PAZ AMOR E VIDA NA TERRA
" De tanto ver triunfar as nulidades,
De tanto ver crescer as injustiças,
De tanto ver agigantarem-se os poderes
nas mãos dos maus, o homem chega
a desanimar-se da virtude,
a rir-se da honra,
a ter vergonha de ser honesto".
[Ruy Barbosa]
O senador Aécio Neves (PSDB-MG), investigado na Lava Jato
DE CURITIBA
12/06/2017 18h27
O procurador da Operação Lava Jato Deltan Dallagnol afirmou nesta segunda (12), ao repercutir reportagem da Folha que revelou que o Senado ainda não afastou Aécio Neves (PSDB-MG) conforme determinou a Justiça, que "a solução é prender Aécio".
Segundo ele, o afastamento do tucano visa a "proteger a sociedade" -e,
sem ele, a prisão do senador seria a única maneira de atingir o
objetivo.
"O afastamento objetiva proteger a sociedade. Desobedecido, a solução é
prender Aécio, conforme pediu o PGR [Procurador-Geral da República,
Rodrigo] Janot", escreveu Dallagnol, em uma rede social.
A Procuradoria-Geral da República pediu a prisão do tucano,
o que foi negado pelo STF (Supremo Tribunal Federal). A corte, porém,
determinou o afastamento do senador, medida que não foi cumprida pela
Mesa do Senado. A assessoria de Aécio afirma que ele "está afastado das
suas funções legislativas conforme determinação do ministro Edson
Fachin".
O procurador Dallagnol vem se queixando de que "o governo PMDB-PSDB
declarou guerra aberta à Lava Jato", segundo escreveu em redes sociais.
Ele já criticou a redução do número de delegados dedicados à operação em
Curitiba, de nove para quatro, e disse que "o TSE [Tribunal Superior
Eleitoral] se apequenou" ao julgar a cassação da chapa Dilma-Temer, na
semana passada, "fazendo de conta que a Lava Jato não existe".
DA FOLHA.COM
Pesquisa inédita do IBOPE mostra que a Internet e as redes sociais já
superam a mídia tradicional na influência quanto à escolha de um
candidato. As informações são do Estadão e, com elas, elaboramos os
seguintes gráficos:
1 – “Muita influência”
Os números correspondem ao percentual de pessoas para as quais cada um
dos itens exerceria “muita influência” na hora de escolher um candidato
presidencial. A web, portanto, já ultrapassou a imprensa. Valendo
lembrar que boa parte das conversas com amigos/parentes já se dão em
meios digitais. E, claro, na lanterna estão as celebridades e artistas,
que no fim talvez mais se queimam do que influenciam qualquer coisa.
2 – Internet x Mídia Tradicional
Pois é, “o jogo virou”, como diria o outro. Não por acaso, alguns
grupos de mídia traçam verdadeiras cruzadas contra veículos
alternativos. Para finalizar…
3 – Mais jovens 16 a 24 anos
Entre as pessoas de 16 e 24 anos, o predomínio da web é ainda maior
sobre a imprensa tradicional. Nessa faixa, as redes são “muito
influentes” para 48% das pessoas, e a grande mídia teria esse papel
apenas para 41%.
Conclusões
Por óbvio, é boa notícia para aqueles que já atuam na web de maneira
adequada, citando-se quanto a isso Jair Bolsonaro e João Doria, como já falamos aqui.
Alguns outros terão de correr atrás disso, provavelmente questionando o
estilo de sua atuação online. De todo modo, os números indicam que 2018
será o “ano da web” na política.
No mais, seria presumível e até intuitivo que as redes aumentassem
sua influência, mas ultrapassar a imprensa tradicional é algo que vai
além das estimativas mais otimistas. Um sinal de novos tempos, sem
dúvida, mas não uma obra do acaso. Tal ultrapassagem, cuja distância
talvez tenda a aumentar, certamente decorre de alguns fatores. E a
disparidade ainda maior entre os mais novos, nesse sentido, reforça
algumas hipóteses.
A grande imprensa no geral tem postura arrogante, não aceita críticas
e distorce alguns dados e conclusões de forma deliberada, sem falar no
“truque do especialista” – quando chamam algum “estudioso” apenas para
reforçar teses esquerdistas. Claro que cedo ou tarde isso começaria a
dar errado e, com o acesso cada vez maior da população às redes, podendo
consultar fontes diversas, o processo ganhou velocidasde.
Dá para mudar? Claro que dá, mas é muito difícil. Porque o
compromisso ideológico, ao que parece, vem antes daquele com os fatos. O
resto é consequência disso. DO IMPLICANTE
O
presidente Michel Temer, participa da cerimônia de comemoração do 152º
aniversário da Batalha Naval do Riachuelo - Data Magna da Marinha - e
imposição das Condecorações da Ordem do Mérito Naval, no Grupamento de
Fuzileiros Navais em Brasília - 09/06/2017 (Marcos Corrêa/PR/Divulgação
O
senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) protocolou nesta segunda-feira uma
representação na Procuradoria-Geral da República pedindo a investigação
contra o presidente Michel Temer sobre a possível prática de atos de
obstrução das atividades da Justiça, abuso de autoridade e corrupção
passiva. A ação se dá após a revelação, feita por VEJA, de que o governo acionou a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para fazer uma devassa na vida do ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal (STF). O
senador sustenta que o uso do aparato estatal de inteligência
“transborda qualquer falsa aparência de motivação pública” e que a sua
adoção “se dá com nítido propósito de promover constrangimento público a
quem se encontra imbuído da prerrogativa institucional de investigar –
caso do Procurador-Geral da República – ou julgar – caso do Ministro
Fachin – o representado”. “Essa
‘operação’, por parte da Abin, não possui qualquer razão de Estado
aparente como motivadora que não seja o vil interesse de promover
vingança pessoal em favor do representado e, ainda, obstar o andamento
do inquérito contra si movido. Haveria, na confirmação dos fatos
delitivos ora narrados, flagrante manobra de obstrução do trabalho
investigativo através do uso do próprio aparelho estatal, que deveria
ser utilizado em sentindo diametralmente oposto, para a asseguração do
devido processo legal e garantia de exercício de prerrogativas por parte
de membros do Ministério Público e Judiciário”, escreveu Randolfe na
representação. Se
acatar a representação, a Procuradoria-Geral da República deve pedir ao
Supremo Tribunal Federal (STF) a instauração de um inquérito contra
Temer. Atualmente,
o presidente da República já é alvo de inquérito no STF no âmbito da
Operação Lava-Jato e que corre nas mãos de Edson Fachin, o ministro que
entrou na mira da Abin. A Procuradoria deve apresentar denúncia contra o
peemedebista nos próximos dias.12 jun 2017 - DO R.DEMOCRATICA
O senador Aécio Neves, que foi afastado do mandato por ordem do STF
TALITA FERNANDES RANIER BRAGON
DE BRASÍLIA
Mais de 20 dias após o STF (Supremo Tribunal Federal) determinar que Aécio Neves (PSDB-MG) fosse afastado do mandato, o Senado ainda não cumpriu a decisão da corte.
O nome do tucano permanece no painel de votação e na lista de senadores
em exercício do site do Senado. Seu gabinete tem funcionado normalmente.
Se o tucano comparecesse a uma sessão estaria apto a votar, de acordo
com técnicos consultados.
A Folha procurou desde quinta (8) o presidente do Senado, Eunício
Oliveira (PMDB-CE), sua assessoria e a assessoria do Senado
questionando as razões do descumprimento da decisão do STF. Não houve
resposta.
O tema ainda não foi debatido pela Mesa do Senado, apesar de alguns
senadores terem pedido reunião do colegiado a Eunício. É possível que
haja encontro na próxima semana sobre o assunto.
Na decisão do dia 17 de maio, Edson Fachin determinou que Aécio ficasse
suspenso "do exercício das funções parlamentares ou de qualquer outra
função pública", impedindo-o ainda de se encontrar com réus ou
investigados no caso de deixar o país.
Fachin levou em conta em sua decisão o áudio gravado pelo empresário Josley Batista, colaborador da Justiça. Na conversa, realizada em 24 de março, o tucano fala em medidas para frear a Lava Jato.
De acordo com Fachin, no áudio, Aécio "demonstra, em tese, muita
preocupação e empenho na adoção de medidas que de alguma forma possam
interromper ou embaraçar as apurações das práticas de diversos crimes, o
que além de ser fato típico, revela risco à instrução criminal."
O Senado não respondeu à Folha qual foi o último dia de presença
do tucano. No portal de transparência da instituição, as mais recentes
verbas indenizatórias usadas por ele são de maio. Por exemplo, a última
nota de combustível é do dia 16 de maio, dois dias antes do afastamento.
Não está claro ainda, por exemplo, se Aécio continuará recebendo sua remuneração de R$ 33.763 mensais e os demais benefícios.
A Folha visitou seu gabinete na tarde de quinta (8). O
funcionamento era normal. Assessores do tucano continuam circulando na
Casa, inclusive dentro do plenário.
A assessoria de Aécio disse que ele "está afastado das suas funções
legislativas conforme determinação do ministro Edson Fachin".
Em dezembro de 2016, o Senado já descumpriu ordem do STF quando Marco
Aurélio Mello determinou o afastamento de Renan Calheiros (PMDB-AL) da
presidência da Casa. Na ocasião, a Mesa não deu prosseguimento à
decisão, e Renan não assinou a intimação. A decisão acabou derrubada por
maioria do plenário, após o Senado recorrer.
ROCHA LOURES
Na Câmara dos Deputados, o procedimento foi diferente. No mesmo dia 18
de maio, data da Operação Patmos, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia
(DEM-RJ), assinou despacho afastando o então deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) do cargo.
Dias depois, a Mesa da Câmara se reuniu e ratificou a decisão, baixando
ato em que manteve o pagamento do salário de R$ 33,7 mil e o plano de
saúde do peemedebista.
Entre outros benefícios, Loures perdeu direito à verba de R$ 97 mil para
pagamento de assessores, além do chamado cotão –R$ 38 mil mensais para
gastos com alimentação, passagens aéreas, aluguel de escritório e
gasolina, entre outros.
NOTA
Após a publicação desta reportagem, o Senado divulgou uma nota negando
ter descumprido a decisão do STF. Contudo, afirmou que o documento não
especificava a forma de cumprimento da medida. Nem a Constituição
Federal nem o Regimento da Casa preveem a figura do "afastamento do
mandato de senador por decisão judicial".
A instituição disse ainda que "aguarda, com serenidade, informações
complementares de como deve proceder para o cumprimento da referida
decisão".
Diz-se
que o PSDB está dividido entre os caciques de cabeça branca e os índios
de cabeça preta. Com excesso de cabeças e carência de miolos, a etnia
dos bicudos desenvolveu verdades próprias. Acredita, por exemplo, que
basta acomodar a vaca em cima do muro para evitar que ela vá pro brejo.
Aferrados às suas crendices, os tucanos especializaram-se na arte da
lamentação depois do fato. No momento, o dilema da tribo pode ser
resumido assim: se ficar o Michel Temer pega, se correr o Rodrigo Maia
come.
Além de perder o discurso e o senso de ridículo, o PSDB
perdeu a noção de que, em política, quem escolhe a hora economiza muito
tempo. Discute há quase um mês a conveniência de desembarcar do governo
Temer. Vendeu a ilusão de que o rompimento viria depois das explicações
do presidente sobre o inexplicável áudio da conversa com o delator
Joesley Batista. Adiou para depois da decisão do STF sobre a integridade
da gravação. Protelou para depois do julgamento do TSE. Agora, cogita esperar pela denúncia da Procuradoria contra o presidente.
É
tudo conversa mole. Na verdade, o PSDB hesita porque um pedaço da
legenda quer evitar que o PMDB de Temer solte seus cachorros pra cima de
Aécio Neves no Senado. E outra ala quer proteger Geraldo Alckmin, que
imagina que seu sonho presidencial irá para o beleléu se Rodrigo Maia,
do DEM, chegar ao Planalto por meio da eleição indireta que o Congresso
terá de realizar se Temer cair.
Quer dizer: o PSDB nem consegue
enterrar os seus mortos nem se anima a abandonar o velório alheio. É
como se os mais velhos, transbordando de experiência, não percebessem
que a legenda não tem futuro se continuar amarrada a líderes enrolados
na Lava Jato. E os mais jovens, estalando de imaturidade, imaginam que
não há um passado em que dissidentes idealistas abandonaram o PMDB para
fundar um partido em que não precisassem chamar bandoleiros de
companheiros.
Web virou maior influência para eleger um presidente
José Roberto de Toledo, O Estado de S.Paulo
Pela primeira vez, uma pesquisa extraiu da boca do eleitor o que urnas e
ruas sugeriam mas faltavam elementos para provar: a internet virou o
maior influenciador para eleger um presidente. Sondagem inédita do Ibope
revela que 56% dos brasileiros aptos a votar confirmam que as mídias
sociais terão algum grau de influência na escolha de seu candidato
presidencial na próxima eleição. Para 36%, as redes terão muita
influência.
Nenhum dos outros influenciadores testados pelo Ibope obteve taxas
maiores que essas. Nem a mídia tradicional, nem a família, ou os amigos -
o trio que sempre aparecia primeiro em pesquisas semelhantes. Muito
menos movimentos sociais, partidos, políticos e igrejas. Artistas e
celebridades ficaram por último.
O
Brasil já teve o Getúlio, que se matou. Teve o Tancredo, que morreu.
Teve o Jânio, que saiu. Teve o Collor e a Dilma, que foram retirados.
Quando Temer declarou numa entrevista “se quiserem me derrubem, porque
eu não renuncio”, ficou entendido que o drama agora é diferente. Não é o
Brasil que tem um presidente é o presidente que acha que tem o Brasil. A
crise atingiu um estágio de paralisia institucional. Temer não sai nem é
retirado, ele se degrada no cargo.
Um presidente com a ética sub judice
que, depois dos três anos em que a Lava Jato vem informando que o país
foi saqueado pelos esquemas que continuam no poder, consegue dizer que
todos têm que aturar a podridão para não comprometer as reformas ou é um
cínico ou é um lunático —em nenhum dos dois casos é o presidente que o
Brasil precisa.
Temer permanece no cargo porque se tornou o
presidente mais conveniente para a banda podre da política, hoje
majoritária e hegemônica. Seu governo virou uma superestrutura a serviço
do acobertamento do ilícito. Depois de ser absolvido no Tribunal
Superior Eleitoral por excesso de provas, Temer ajeita as coisas para
que a Câmara impeça, por insuficiência de votos, o Supremo Tribunal
Federal de convertê-o em réu. O presidente celebra com seus aliados
suspeitos acordos do tipo uma mão suja a outra.
Sem alarde, o
Planalto faz um mapeamento da composição da Comissão de Constituição e
Justiça da Câmara, primeira escala da denúncia criminal que o
procurador-geral da República, Rodrigo Janot, fará contra Temer. Líderes
de partidos que compõem a infantaria governista combinaram de
substituir na CCJ eventuais defensores da investigação.
Temer está
cada vez mais parecido com Eduardo Cunha. A diferença é que Cunha usava
a estrutura da Câmara. E Temer abusa da engrenagem de todo o governo. É
um caso clássico de obstrução da Justiça. Se não desfrutasse das
imunidades inerentes ao cargo, Temer talvez estivesse preso na companhia
do ex-assessor Rodrigo Rocha Loures, na penitenciária da Papuda.
O
presidente, seus principais auxiliares e apoiadores não enxergam
culpados no espelho. Acham que o governo é vítima de uma conspiração.
Impossível governar assim, dizem. Fica um ambiente desagradável, o
presidente tendo que (não) responder a interrogatório da Polícia
Federal, dando satisfação a qualquer pé de chinelo da imprensa… Quem é
que consegue encaminhar as reformas desse jeito?
Em primeiro lugar, caso alguns não saibam, é sim possível
pedir o impeachment de um ministro do STF. Pois é. Desse modo, assim
como ocorreu com Dilma Rousseff e alguns grupos também buscam com Michel
Temer, há agora movimento para afastar Gilmar Mendes do Supremo
Tribunal Federal.
A petição online,
até agora, tem mais de 600 mil assinaturas. Precisamente (até a redação
deste post), 613.111 pessoas. O objetivo é atingir um milhão de
signatários e, ao que parece, talvez seja mesmo possível.
CLARO
que uma petição desse tipo não tem efeito jurídico, mas ainda assim a
parte simbólica é evidente. Após a atuação no julgamento da chapa
Dilma-Temer no TSE, Gilmar Mendes recebeu muitas críticas, especialmente
online. DO IMPLICANTE