segunda-feira, 12 de junho de 2017

'A solução é prender Aécio', diz o procurador Deltan Dallagnol




Aécio Neves (PSDB-MG), presidente nacional do PSDB, fala na tribuna do Senado
O senador Aécio Neves (PSDB-MG), investigado na Lava Jato
12/06/2017 18h27 O procurador da Operação Lava Jato Deltan Dallagnol afirmou nesta segunda (12), ao repercutir reportagem da Folha que revelou que o Senado ainda não afastou Aécio Neves (PSDB-MG) conforme determinou a Justiça, que "a solução é prender Aécio".
Segundo ele, o afastamento do tucano visa a "proteger a sociedade" -e, sem ele, a prisão do senador seria a única maneira de atingir o objetivo.
"O afastamento objetiva proteger a sociedade. Desobedecido, a solução é prender Aécio, conforme pediu o PGR [Procurador-Geral da República, Rodrigo] Janot", escreveu Dallagnol, em uma rede social.
A Procuradoria-Geral da República pediu a prisão do tucano, o que foi negado pelo STF (Supremo Tribunal Federal). A corte, porém, determinou o afastamento do senador, medida que não foi cumprida pela Mesa do Senado. A assessoria de Aécio afirma que ele "está afastado das suas funções legislativas conforme determinação do ministro Edson Fachin".
O procurador Dallagnol vem se queixando de que "o governo PMDB-PSDB declarou guerra aberta à Lava Jato", segundo escreveu em redes sociais.
Ele já criticou a redução do número de delegados dedicados à operação em Curitiba, de nove para quatro, e disse que "o TSE [Tribunal Superior Eleitoral] se apequenou" ao julgar a cassação da chapa Dilma-Temer, na semana passada, "fazendo de conta que a Lava Jato não existe".  DA FOLHA.COM

IBOPE: Internet supera imprensa na influência do eleitor e celebridades ficam na “lanterna”

 
Pesquisa inédita do IBOPE mostra que a Internet e as redes sociais já superam a mídia tradicional na influência quanto à escolha de um candidato. As informações são do Estadão e, com elas, elaboramos os seguintes gráficos:

1 – “Muita influência”


Os números correspondem ao percentual de pessoas para as quais cada um dos itens exerceria “muita influência” na hora de escolher um candidato presidencial. A web, portanto, já ultrapassou a imprensa. Valendo lembrar que boa parte das conversas com amigos/parentes já se dão em meios digitais. E, claro, na lanterna estão as celebridades e artistas, que no fim talvez mais se queimam do que influenciam qualquer coisa.

2 – Internet x Mídia Tradicional


Pois é, “o jogo virou”, como diria o outro. Não por acaso, alguns grupos de mídia traçam verdadeiras cruzadas contra veículos alternativos. Para finalizar…

3 – Mais jovens 16 a 24 anos


Entre as pessoas de 16 e 24 anos, o predomínio da web é ainda maior sobre a imprensa tradicional. Nessa faixa, as redes são “muito influentes” para 48% das pessoas, e a grande mídia teria esse papel apenas para 41%.

Conclusões

Por óbvio, é boa notícia para aqueles que já atuam na web de maneira adequada, citando-se quanto a isso Jair Bolsonaro e João Doria, como já falamos aqui. Alguns outros terão de correr atrás disso, provavelmente questionando o estilo de sua atuação online. De todo modo, os números indicam que 2018 será o “ano da web” na política.
No mais, seria presumível e até intuitivo que as redes aumentassem sua influência, mas ultrapassar a imprensa tradicional é algo que vai além das estimativas mais otimistas. Um sinal de novos tempos, sem dúvida, mas não uma obra do acaso. Tal ultrapassagem, cuja distância talvez tenda a aumentar, certamente decorre de alguns fatores. E a disparidade ainda maior entre os mais novos, nesse sentido, reforça algumas hipóteses.
A grande imprensa no geral tem postura arrogante, não aceita críticas e distorce alguns dados e conclusões de forma deliberada, sem falar no “truque do especialista” – quando chamam algum “estudioso” apenas para reforçar teses esquerdistas. Claro que cedo ou tarde isso começaria a dar errado e, com o acesso cada vez maior da população às redes, podendo consultar fontes diversas, o processo ganhou velocidasde.
Dá para mudar? Claro que dá, mas é muito difícil. Porque o compromisso ideológico, ao que parece, vem antes daquele com os fatos. O resto é consequência disso. DO IMPLICANTE

Representação contra Temer por obstrução de Justiça chega à PGR

A ação pede a abertura de inquérito contra o presidente da República por acionar a Abin para investigar o ministro Edson Fachin, relator da Lava-Jato
Por Marcela Mattos
Veja.com
O presidente Michel Temer, participa da cerimônia de comemoração do 152º aniversário da Batalha Naval do Riachuelo - Data Magna da Marinha - e imposição das Condecorações da Ordem do Mérito Naval, no Grupamento de Fuzileiros Navais em Brasília - 09/06/2017
(Marcos Corrêa/PR/Divulgação
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) protocolou nesta segunda-feira uma representação na Procuradoria-Geral da República pedindo a investigação contra o presidente Michel Temer sobre a possível prática de atos de obstrução das atividades da Justiça, abuso de autoridade e corrupção passiva.
A ação se dá após a revelação, feita por VEJA, de que o governo acionou a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para fazer uma devassa na vida do ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal (STF).
O senador sustenta que o uso do aparato estatal de inteligência “transborda qualquer falsa aparência de motivação pública” e que a sua adoção “se dá com nítido propósito de promover constrangimento público a quem se encontra imbuído da prerrogativa institucional de investigar – caso do Procurador-Geral da República – ou julgar – caso do Ministro Fachin – o representado”.
“Essa ‘operação’, por parte da Abin, não possui qualquer razão de Estado aparente como motivadora que não seja o vil interesse de promover vingança pessoal em favor do representado e, ainda, obstar o andamento do inquérito contra si movido. Haveria, na confirmação dos fatos delitivos ora narrados, flagrante manobra de obstrução do trabalho investigativo através do uso do próprio aparelho estatal, que deveria ser utilizado em sentindo diametralmente oposto, para a asseguração do devido processo legal e garantia de exercício de prerrogativas por parte de membros do Ministério Público e Judiciário”, escreveu Randolfe na representação.
Se acatar a representação, a Procuradoria-Geral da República deve pedir ao Supremo Tribunal Federal (STF) a instauração de um inquérito contra Temer.
Atualmente, o presidente da República já é alvo de inquérito no STF no âmbito da Operação Lava-Jato e que corre nas mãos de Edson Fachin, o ministro que entrou na mira da Abin. A Procuradoria deve apresentar denúncia contra o peemedebista nos próximos dias.12 jun 2017 - DO R.DEMOCRATICA

Senado ignora decisão do STF de afastar Aécio Neves do mandato




BRASÍLIA, DF, BRASIL,27.09.2016. Os senadores Tarso Jereisate (E) e Aécio Neves falam com a imprensa após encontro com o presidente Michel Temer. (FOTO Alan Marques/ Folhapress) PODER
O senador Aécio Neves, que foi afastado do mandato por ordem do STF
Mais de 20 dias após o STF (Supremo Tribunal Federal) determinar que Aécio Neves (PSDB-MG) fosse afastado do mandato, o Senado ainda não cumpriu a decisão da corte.
O nome do tucano permanece no painel de votação e na lista de senadores em exercício do site do Senado. Seu gabinete tem funcionado normalmente. Se o tucano comparecesse a uma sessão estaria apto a votar, de acordo com técnicos consultados.
A Folha procurou desde quinta (8) o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), sua assessoria e a assessoria do Senado questionando as razões do descumprimento da decisão do STF. Não houve resposta.
O tema ainda não foi debatido pela Mesa do Senado, apesar de alguns senadores terem pedido reunião do colegiado a Eunício. É possível que haja encontro na próxima semana sobre o assunto.
Na decisão do dia 17 de maio, Edson Fachin determinou que Aécio ficasse suspenso "do exercício das funções parlamentares ou de qualquer outra função pública", impedindo-o ainda de se encontrar com réus ou investigados no caso de deixar o país.
Fachin levou em conta em sua decisão o áudio gravado pelo empresário Josley Batista, colaborador da Justiça. Na conversa, realizada em 24 de março, o tucano fala em medidas para frear a Lava Jato.
De acordo com Fachin, no áudio, Aécio "demonstra, em tese, muita preocupação e empenho na adoção de medidas que de alguma forma possam interromper ou embaraçar as apurações das práticas de diversos crimes, o que além de ser fato típico, revela risco à instrução criminal."
O Senado não respondeu à Folha qual foi o último dia de presença do tucano. No portal de transparência da instituição, as mais recentes verbas indenizatórias usadas por ele são de maio. Por exemplo, a última nota de combustível é do dia 16 de maio, dois dias antes do afastamento.
Não está claro ainda, por exemplo, se Aécio continuará recebendo sua remuneração de R$ 33.763 mensais e os demais benefícios.
A Folha visitou seu gabinete na tarde de quinta (8). O funcionamento era normal. Assessores do tucano continuam circulando na Casa, inclusive dentro do plenário.
A assessoria de Aécio disse que ele "está afastado das suas funções legislativas conforme determinação do ministro Edson Fachin".
Em dezembro de 2016, o Senado já descumpriu ordem do STF quando Marco Aurélio Mello determinou o afastamento de Renan Calheiros (PMDB-AL) da presidência da Casa. Na ocasião, a Mesa não deu prosseguimento à decisão, e Renan não assinou a intimação. A decisão acabou derrubada por maioria do plenário, após o Senado recorrer.
ROCHA LOURES
Na Câmara dos Deputados, o procedimento foi diferente. No mesmo dia 18 de maio, data da Operação Patmos, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), assinou despacho afastando o então deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) do cargo.
Dias depois, a Mesa da Câmara se reuniu e ratificou a decisão, baixando ato em que manteve o pagamento do salário de R$ 33,7 mil e o plano de saúde do peemedebista.
Entre outros benefícios, Loures perdeu direito à verba de R$ 97 mil para pagamento de assessores, além do chamado cotão –R$ 38 mil mensais para gastos com alimentação, passagens aéreas, aluguel de escritório e gasolina, entre outros.
NOTA
Após a publicação desta reportagem, o Senado divulgou uma nota negando ter descumprido a decisão do STF. Contudo, afirmou que o documento não especificava a forma de cumprimento da medida. Nem a Constituição Federal nem o Regimento da Casa preveem a figura do "afastamento do mandato de senador por decisão judicial".
A instituição disse ainda que "aguarda, com serenidade, informações complementares de como deve proceder para o cumprimento da referida decisão".

Alan Marques - 27.set.2016/Folhapress






Se ficar o Temer come, se correr o Maia pega...

Josias de Souza

Diz-se que o PSDB está dividido entre os caciques de cabeça branca e os índios de cabeça preta. Com excesso de cabeças e carência de miolos, a etnia dos bicudos desenvolveu verdades próprias. Acredita, por exemplo, que basta acomodar a vaca em cima do muro para evitar que ela vá pro brejo. Aferrados às suas crendices, os tucanos especializaram-se na arte da lamentação depois do fato. No momento, o dilema da tribo pode ser resumido assim: se ficar o Michel Temer pega, se correr o Rodrigo Maia come.
Além de perder o discurso e o senso de ridículo, o PSDB perdeu a noção de que, em política, quem escolhe a hora economiza muito tempo. Discute há quase um mês a conveniência de desembarcar do governo Temer. Vendeu a ilusão de que o rompimento viria depois das explicações do presidente sobre o inexplicável áudio da conversa com o delator Joesley Batista. Adiou para depois da decisão do STF sobre a integridade da gravação. Protelou para depois do julgamento do TSE. Agora, cogita esperar pela denúncia da Procuradoria contra o presidente.
É tudo conversa mole. Na verdade, o PSDB hesita porque um pedaço da legenda quer evitar que o PMDB de Temer solte seus cachorros pra cima de Aécio Neves no Senado. E outra ala quer proteger Geraldo Alckmin, que imagina que seu sonho presidencial irá para o beleléu se Rodrigo Maia, do DEM, chegar ao Planalto por meio da eleição indireta que o Congresso terá de realizar se Temer cair.
Quer dizer: o PSDB nem consegue enterrar os seus mortos nem se anima a abandonar o velório alheio. É como se os mais velhos, transbordando de experiência, não percebessem que a legenda não tem futuro se continuar amarrada a líderes enrolados na Lava Jato. E os mais jovens, estalando de imaturidade, imaginam que não há um passado em que dissidentes idealistas abandonaram o PMDB para fundar um partido em que não precisassem chamar bandoleiros de companheiros.


Ibope, internet e voto

Web virou maior influência para eleger um presidente
José Roberto de Toledo, O Estado de S.Paulo
Pela primeira vez, uma pesquisa extraiu da boca do eleitor o que urnas e ruas sugeriam mas faltavam elementos para provar: a internet virou o maior influenciador para eleger um presidente. Sondagem inédita do Ibope revela que 56% dos brasileiros aptos a votar confirmam que as mídias sociais terão algum grau de influência na escolha de seu candidato presidencial na próxima eleição. Para 36%, as redes terão muita influência.
Nenhum dos outros influenciadores testados pelo Ibope obteve taxas maiores que essas. Nem a mídia tradicional, nem a família, ou os amigos - o trio que sempre aparecia primeiro em pesquisas semelhantes. Muito menos movimentos sociais, partidos, políticos e igrejas. Artistas e celebridades ficaram por último.

Temer não sai nem é retirado, ele se degrada

Josias de Souza

O Brasil já teve o Getúlio, que se matou. Teve o Tancredo, que morreu. Teve o Jânio, que saiu. Teve o Collor e a Dilma, que foram retirados. Quando Temer declarou numa entrevista “se quiserem me derrubem, porque eu não renuncio”, ficou entendido que o drama agora é diferente. Não é o Brasil que tem um presidente é o presidente que acha que tem o Brasil. A crise atingiu um estágio de paralisia institucional. Temer não sai nem é retirado, ele se degrada no cargo.
Um presidente com a ética sub judice que, depois dos três anos em que a Lava Jato vem informando que o país foi saqueado pelos esquemas que continuam no poder, consegue dizer que todos têm que aturar a podridão para não comprometer as reformas ou é um cínico ou é um lunático —em nenhum dos dois casos é o presidente que o Brasil precisa.
Temer permanece no cargo porque se tornou o presidente mais conveniente para a banda podre da política, hoje majoritária e hegemônica. Seu governo virou uma superestrutura a serviço do acobertamento do ilícito. Depois de ser absolvido no Tribunal Superior Eleitoral por excesso de provas, Temer ajeita as coisas para que a Câmara impeça, por insuficiência de votos, o Supremo Tribunal Federal de convertê-o em réu. O presidente celebra com seus aliados suspeitos acordos do tipo uma mão suja a outra.
Sem alarde, o Planalto faz um mapeamento da composição da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, primeira escala da denúncia criminal que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, fará contra Temer. Líderes de partidos que compõem a infantaria governista combinaram de substituir na CCJ eventuais defensores da investigação.
Temer está cada vez mais parecido com Eduardo Cunha. A diferença é que Cunha usava a estrutura da Câmara. E Temer abusa da engrenagem de todo o governo. É um caso clássico de obstrução da Justiça. Se não desfrutasse das imunidades inerentes ao cargo, Temer talvez estivesse preso na companhia do ex-assessor Rodrigo Rocha Loures, na penitenciária da Papuda.
O presidente, seus principais auxiliares e apoiadores não enxergam culpados no espelho. Acham que o governo é vítima de uma conspiração. Impossível governar assim, dizem. Fica um ambiente desagradável, o presidente tendo que (não) responder a interrogatório da Polícia Federal, dando satisfação a qualquer pé de chinelo da imprensa… Quem é que consegue encaminhar as reformas desse jeito?

Petição para o impeachment de Gilmar Mendes já tem mais de 600 mil assinaturas


Em primeiro lugar, caso alguns não saibam, é sim possível pedir o impeachment de um ministro do STF. Pois é. Desse modo, assim como ocorreu com Dilma Rousseff e alguns grupos também buscam com Michel Temer, há agora movimento para afastar Gilmar Mendes do Supremo Tribunal Federal.
A petição online, até agora, tem mais de 600 mil assinaturas. Precisamente (até a redação deste post), 613.111 pessoas. O objetivo é atingir um milhão de signatários e, ao que parece, talvez seja mesmo possível.
CLARO que uma petição desse tipo não tem efeito jurídico, mas ainda assim a parte simbólica é evidente. Após a atuação no julgamento da chapa Dilma-Temer no TSE, Gilmar Mendes recebeu muitas críticas, especialmente online. DO IMPLICANTE
A quem quiser assinar, aqui está.