terça-feira, 7 de maio de 2019

Bolsonaro mandou ‘virar a página’ com Olavo, diz Heleno


Em entrevista a Cristiana Lôbo, da GloboNews, Augusto Heleno afirmou que Jair Bolsonaro mandou a ala militar “virar a página” e não alimentar discussões com Olavo de Carvalho.
“A postura do presidente é muito clara e acho que muito lúcida. Diante de todos os fatos que já aconteceram, ele determinou que a gente virasse a página disso e deixasse de alimentar essa discussão, que não tem acrescentado nada”, declarou o ministro-chefe do GSI.
“A melhor solução daqui para a frente é esse silêncio”, completou.

Bolsonaro tem de usar ‘quepe de capitão’, diz Simone Tebet

Simone Tebet, a presidente da CCJ do Senado, disse lamentar o tempo que se perde com a repercussão em torno dos ataques de Olavo de Carvalho aos militares.
“Nós estamos deixando uma única pessoa desestabilizar o governo e, consequentemente, o Brasil”, afirmou a emedebista.
A senadora também cobrou atitudes concretas de Jair Bolsonaro: “Se o presidente da República não usar o seu quepe de capitão, estaremos ladeira abaixo”.
O Antagonista pondera que a “única pessoa” tem o apoio explícito dos filhos do presidente e de suas milícias virtuais. MILICIAS VIRTUAIS...TÁ UMA GRACINHA...ESTAREMOS NO ENCALÇO DE TODA A MÍDIA...E QQ BOLA  FORA O PAU QUEBRA...

Uma Tornozeleira para quem precisa

terça-feira, 7 de maio de 2019


Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
O Brasil tem coisas muito mais importantes para resolver do que especular se o Presodentro Lula vai ou não para o regime semiaberto. É hora de focar toda atenção nas mudanças econômicas e na garantia de que Sérgio Moro terá plenas condições de seguir no trabalho de combate à corrupção. Enquanto isso, a oposição perdida faz duas manobras loucas. A primeira é tentar tirar o COAF do Ministério da Justiça. A segunda é uma megafusão de legendas políticas ainda com poder, porém desmoralizadas, como PSDB, DEM e PSD. Fato concreto é que os criminosos políticos estão desesperados. Então, a campanha certa para eles é: “Minha Cela; Minha Vida”... Ou: “Uma tornozeleira para quem precisa”...

“MILITARES NÃO SÃO CONSERVADORES. TÊM MUITO MAIS VIÉS SOCIALISTA DO QUE CAPITALISTA”, AFIRMA O DEPUTADO LUIZ PHILIPPE.

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terça-feira, maio 07, 2019


Deputado Federal Luiz Philippe de Orléans e Bragança 
A matéria que segue após este prólogo é uma entrevista do Deputado Federal Luiz Philippe de Orléans e Bragança (PSL-SP) publicada pelo site da Gazeta do Povo. 
Luiz Philippe de Orléans e Bragança, é um cientista político, escritor, ativista, empresário brasileiro e Príncipe de Orléans e Bragança, no Brasil e França. Em 2019, assumiu como Deputado Federal pelo estado de São Paulo onde foi eleito nas eleições gerais de 2018 pelo Partido Social Liberal, com 118 457 votos.
Dentre esses novos deputados que assumiram este ano Luiz Philippe está entre os mais bem preparados. Inclusive possui um site muito bem feito de acesso livre onde faz postagens de seus artigos e suas opiniões.
Durante a campanha eleitoral que levou o então deputado Jair Messias Bolsonaro à Presidência da República o nome do Príncipe Luiz Philippe de Orléans e Bragança constou da lista de nomes cotados para Vice-Presidente na chapa de Bolsonaro.
Todavia a escolha recaiu sobre o nome do General Hamilton Mourão que, carregado pela liderança e o prestígio popular de Jair Bolsonaro chegou à Vice-Presidência da República, enquanto o Príncipe Luiz Philippe postulou uma vaga de Deputado Federal por São Paulo e foi eleito.
Nesta entrevista dá para se conhecer um pouco do perfil intelectual e político de Luiz Philippe e, até prova em contrário, constata-se que é bem informado, politicamente conservador e possui uma boa formação intelectual. No que respeita ao aparelho militar que cerca o Presidente Jair Bolsonaro, o Príncipe vai diretamente ao ponto: "Os militares não são conservadores. Eles têm uma característica nacionalista e estatizante. Têm muito mais viés socialista que capitalista". Leiam:
O RABO DO TUBARÃO
As tensões entre a base conservadora de apoio ao presidente Jair Bolsonaro e os militares têm marcado o início do governo.
Deputado federal eleito na onda direitista de outubro passado, Luiz Philippe de Orléans e Bragança (PSL-SP), é um dos que têm lado assumido. "Os militares se tornaram o que o [ex-presidente] Fernando Henrique queria que fossem. Querem ir para a África ganhar comenda", afirma.
Descendente da família real brasileira (que, aliás, foi derrubada pelos militares em 1889), Luiz Philippe, 50, não costuma realçar seu sangue nobre como característica política. Em quase duas horas de conversa na semana passada, não mencionou esse aspecto nenhuma vez. Apresenta-se como empresário liberal, ativista de causas conservadoras e estudioso da política externa. Na Câmara, é vice-presidente da Comissão de Relações Exteriores.
É também um admirador do filósofo Olavo de Carvalho. O ponto básico do deputado é: falta conservadorismo à turma da farda.
"Os militares não são conservadores. Eles têm uma característica nacionalista e estatizante. Têm muito mais viés socialista que capitalista", afirma.
Perguntado se inclui nesse diagnóstico inclusive os que dão expediente no Palácio do Planalto, como os generais Augusto Heleno (Segurança Institucional), Carlos Alberto dos Santos Cruz (Secretaria de Governo) e o vice-presidente, Hamilton Mourão, a resposta do deputado foi positiva. "Mas não quero falar individualmente deles, muitos são meus amigos. Estou falando do aspecto geral".
Quando critica o desejo de generais de ganhar comenda da ONU, o deputado tem dois alvos óbvios: Heleno, que chefiou tropas de paz no Haiti, e Santos Cruz, que fez o mesmo na República Democrática do Congo.
"Os militares se tornaram globalistas. A lealdade deles é regional, é à América Latina, à África. É como a ONU vê o Brasil", declara.
Coisas mais importantes acabam sendo deixadas de lado, afirma Luiz Philippe. "Não querem cuidar de fronteira, de temas transnacionais". O deputado também vê resistência grande deles, os militares, em apoiar a pauta conservadora do governo. "No caso da agenda moralizante, são um corpo resistor. Resistem à mudança na área educacional, por exemplo".
O único aspecto positivo, aponta o parlamentar, é a capacidade administrativa que os generais possuem. "Isso ajuda muito na parte gerencial", admite.
Para Luiz Philippe, a guerra aberta empreendida por Olavo de Carvalho contra os militares é positiva porque deixa claras as diferenças de visão sobre o governo. "O Olavo é um cara que está jogando luz nessas características. A população acha que os militares são conservadores. Não é verdade. Eles são estatizantes, têm muita proximidade com o PT".
Durante a campanha eleitoral, o nome do deputado circulou como possível indicado a diversos postos importantes. Ele diz que foi cotado para ser vice de Bolsonaro e inclusive teve conversas a respeito desta possibilidade com os filhos do presidente. E nega a outra hipótese que circulou, de ser nomeado chanceler.
E o que ele acha, então, do atual ocupante do Itamaraty, o ministro Ernesto Araújo, outro representante da ala olavista? "O Araújo é um burocrata, como são os diplomatas de carreira. Não é um mau burocrata, é a característica dele", afirma.
Mas em alguns momentos, afirma Luiz Philippe, a diplomacia requer uma certa agressividade, especialmente em um cenário internacional em que a direita, a seu ver, está comendo poeira. "Qual é a proposta global da direita hoje? Não existe. A ONU é de esquerda, a União Europeia é de esquerda, o Foro de São Paulo é de esquerda".
Liberal convicto na economia, ele defende priorizar entidades supranacionais com essas características, como a OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), à qual o Brasil quer se filiar. "Estamos num momento definidor. Queremos ser a cabeça da sardinha ou o rabo do tubarão?".

Traduzindo a metáfora marítima: queremos liderar o mundo dos pobres, como, segundo ele, pregam o PT e os militares, ou entrar no clube dos ricos, ainda que na rabeira? A resposta, para Luiz Philippe, é evidente: melhor ser rabo de tubarão. Do site da Gazeta do Povo - DO A.AMORIM