sábado, 22 de novembro de 2014

Alvoroço na quadrilha.

A quadrilha está alvoroçada com a possível nomeação da doutora Kátia Abreu como Ministra da Agricultura da Anta e do governo do Partido-Quadrilha de LuLLa.
Dona Kátia deveria ter vergonha nas fuças. Pena.
Do nosso ponto de vista, aceitando, Dona Kátia Abreu passa a ser integrante e conivente de um governo de corruptos.
Do ponto de vista petralha, dona Kátia Abreu não passa de uma representante nojenta da direita criminosa.
Duas qualificações que denigrem muitos mais do que exaltam.
Coisa nojenta.

O juízo final de Vargas, o ladrão.

André Vargas, o ladrão que ousou levantar os punhos na presença de Quincas, revelando seu baixo nível, vainser finalmente cassado. Vai ser cassado por que é LADRÃO.
Vargas afrontou Quincas por que Quincas cumpriu com seu dever de magistrado.
Já Vargas vai ser cassado por que, como parlamentar, optou por ser ladrão.
E na primeira semana de Dezembro. É presente de Papi Noel.

É melhor falar, Baiano.

Baiano, ladrão que agia na PTRROUBRÁS à mando de Renan & Cia e mais PMDB, está tentando fazer o mesmo jogo duro que Youssef e PRC fizeram.
Em se tratando de Sérgio Moro vão dar, como Youssef e PRC, com os burros na água.
Não demora e eLLe abre a latrina.

Não foi só PRC.

A situação da Anta de plantão vai se complicando sobremaneira.
Veja deste final de semana revela emails trocados entre um funcionário mequetrefe, no caso Paulo Roberto Costa, e a poderosa Ministra das Minas e Energia, verdadeira manda-chuva do setor elétrico.
Aquela que, enfezada chamava repórteres de "meu querido", quando queria colocá-los dentro da definição de cocôs de cavalos de bandidos. Gente sem expressão que "sabiam de nada" por que eLLa, a gerentona cocô, era quem sabia de tudo.
Mas não foi só Paulo Roberto Costa quem mandou que a dona Dilma peitasse o TCU para que a ladroagem agisse como agora se sabe que agiu, através das revelações escabrosas da Lava-jato.
Em 2012 a alta diretoria da PTRROUBRÁS alertou para a mesma gerentona eficaz, a bagunça que grassava bem debaixo de suas ventas.
No comunicado está escrito:
"Uma diretoria com liberdade de ação acima do desejável, em que a presidência da estatal não tinha controle total sobre algumas de suas decisões, o que gerava terreno fértil para irregularidades, respaldado por partidos aliados - PP e PMDB."
Esta notícia foi dada pela Folha de São Paulo, no dia 10 de setembro de 2014 e reproduzida aqui no mesmo dia, às 06:58hs da matina.
GRAÇA FOSTER TEM QUE SER DEMITIDA, A BEM DO SERVIÇO PÚBLICO.
DILMA TEM QUE SER IMPINCHADA PELO BEM DO BRASIL.
LULLA TEM QUE SER PRESO PELO BEM DA DEMOCRACIA.
DO GENTE DECENTE

Humberto Costa, pitbull da Dilma e do PT no Senado, levou R$ 1 milhão de propina, segundo delação premiada.

O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PT-PE), recebeu R$ 1 milhão do esquema de propinas e corrupção na Petrobrás para sua campanha em 2010, segundo afirmou o ex-diretor de Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa em um dos seus depoimentos da delação premiada.
O petista integra uma extensa lista de políticos acusados pelo ex-diretor da Petrobras na delação por meio da qual espera ter sua pena reduzida. Dos depoimentos sigilosos, já vieram à tona outros nomes de supostos beneficiários de dinheiro de propina dos contratos da Petrobras, como o da ex-ministra da Casa Civil Gleisi Hoffmann, também do PT, o do ex-senador, já morto, Sérgio Guerra, do PSDB, e o do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, do PSB, que também já morreu.
Gleisi e Campos teriam recebido o dinheiro, por meio de intermediários, para campanhas políticas. Guerra teria recebido o dinheiro para abafar as investigações de uma CPI sobre a Petrobrás instalada no Congresso Nacional no ano de 2009. Gleisi, o PSDB e o PSB negam ter recebido propinas, assim como o líder do PT no Senado.
No caso de Humberto Costa, o ex-diretor da estatal disse que o dinheiro foi solicitado pelo empresário Mário Barbosa Beltrão, amigo de infância do petista e presidente da Associação das Empresas do Estado de Pernambuco (Assimpra). Paulo Roberto Costa afirmou que o dinheiro saiu da cota de 1% do PP – Partido Progressista que tinha o controle político da diretoria Abastecimento da estatal. 
Ainda segundo o ex-diretor, outras unidades da companhia foram loteadas para o PT (Serviços) e o PMDB (Internacional). Cada diretoria arrecadava 1% de cada grande contrato. A Diretoria de Serviços, sob o comando político do PT, realizava todas as licitações das demais unidades e, por isso, o partido ficava com os outros 2% sobre os contratos da estatal, segundo o ex-diretor de Abastecimento.
Paulo Roberto Costa assumiu o cargo em 2004, por indicação pessoal do então deputado José Janene (PP-PR), que integrava a base aliada do Palácio do Planalto na gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Janene, que foi réu no processo do mensalão, morreu em 2010. Segundo o delator, o PP decidiu que tinha que ajudar na candidatura de Humberto Costa, razão pela qual teria cedido parte de sua comissão. Paulo Roberto Costa afirmou ainda que, se não ajudasse, seria demitido. 
Humberto Costa foi eleito em 2010, o primeiro senador pelo PT de Pernambuco. Antes, havia exercido cargo de secretário das Cidades de Pernambuco (2007 a 2010) no governo Eduardo Campos e foi ministro da Saúde no primeiro mandato de Lula, de janeiro de 2003 a julho de 2005. O ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás relatou que conheceu Humberto Costa ainda no Ministério da Saúde. Em sua delação, Paulo Roberto Costa disse que “um amigo” de Humberto Costa, o empresário Mário Beltrão, lhe pediu colaboração de R$ 1 milhão para a campanha do petista ao Senado, em 2010.
Ele não soube informar como ocorreu o repasse do dinheiro, mas declarou que o empresário lhe confirmou o pagamento. Disse, também, que o seu contato era sempre com Mário Barbosa Beltrão, que dirige a Associação das Empresas do Estado de Pernambuco, “entidade sem fins lucrativos” e que anuncia como meta “a prestação de serviços aos seus associados e a defesa dos seus interesses legítimos junto aos órgãos governamentais”. Assimpra criou o “Grupo de Trabalho pelo Desenvolvimento de Pernambuco” que promove reuniões mensais “com a participação de empresários, políticos, formadores de opinião, com a finalidade de discutir os problemas de Pernambuco e apontar soluções”.
A lista de parlamentares que teriam sido beneficiados pelo esquema da Petrobras, segundo a delação de Paulo Roberto Costa, tem 32 nomes, entre deputados e senadores. Parte das revelações do ex-diretor da estatal petrolífera foi confirmada pelo doleiro Alberto Youssef, antigo parceiro de José Janene – ambos apontados como mentores da Lava Jato. O doleiro está preso na sede da Polícia Federal em Curitiba, base da Lava Jato, desde 17 de março. Paulo Roberto Costa está em regime de prisão domiciliar, em seu apartamento, no Rio. (Estadão) -DO CELEAKS-COTURNONOTURNO

Calça arriada no Congresso. Mais uma.

 

Quem conhece os posicionamentos de Joaquim Levy sobre o orçamento sabe que ele é radicalmente contra a manobra feita pela dona Dilma para esconder sua incompetência nas contas públicas, a ponto de querer estuprar a Lei de Responsabilidade Fiscal.
Seria bom que a oposição convocasse o futuro novo ministro para saber o que ele pensa sobre o assunto.
A idéia de pessoas ligadas com a Anta presidencial é retardar a efetivação de Joaquim Levy como ministro da fazenda até que o estupro na LRF seja consumado na Comissão de Orçamento, na próxima terça, 25, para que ele não sirva de contra-ponto aos desejos dos canalhas do governo Dilma.
Conclusão óbvia:
DONA DILMA PREPARA MAIS UMA CLÁSSICA CALÇA ARRIADA NOS CONGRESSISTAS OTÁRIOS QUE AJUDAM O PT A FU..... O BRASIL.

Teori decidiu não Zavasckar.

Depois de ter tomada uma chupada pública de Sérgio Moro por libertar presos da Operação Lava-jato, Teori, o Garfield da Suprema Taba decidiu começar a agir, digamos, de forma legal.
Teori-Garfield-ZavasckarHoje ele negou habeas corpus de um dos empreiteiros envolvidos na roubalheira da PTRROUBRÁS.
Enfim, Teori resolveu não Zavasckar.
MUITO BEM, TEORI!!!!!!!
Estamos gostando de ver.

Dona Kátia no paraíso.

Dona Kátia Abreu, ferrenha oposicionista do passado, hoje MINISTRA DA AGRICULTURA DA DILMA.
Quem diria, não?
O que teria feito com que dona Kátia Abreu, que no passado chutava os fundilhos dos petralhas, hoje se transformasse na amiguinha dileta da petralhada, a ponto de conseguir um ministério para chamar de seu?

Amigos para sempre? SQN.

A porta aberta por Fernando Cavendish, leia-se Delta, teve o dedão de dois caciques do PMDB.
O Mesmo se deu com Fernando Baiano.
Quem deu as chaves para os dois foram Sérgio Cabral e Eduardo Paes.
Dona Caveirão sabia de tudo.
Ah!
Dona Dilma também.

Segura essa Renan.

O tal de Baiano vai explodir no Partido dos Mercenários que manda no senado.
Resumo:
Vai explodir no colo de Renan e sua tchurma.

Vermelho por vermelho.....

E TRABUCO DISSE NÃO.
Trabucão é coisa grande, grande não, enorme, no vermelhão Bradesco.
O banco vermelho por natureza, kibeleza.
Mas Trabucão disse não para a Véia.
Não quis mudar de vermelho. Vermelho por vermelho......
Trabucão sabe que no vermelho em que se encontra, conquistou credibilidade.
No vermelho para o qual foi convidado, teria que emprestar sua credibilidade.
Vamos falar sério: Ser ministro da fazenda da Anta é o mesmo que ser fiador de mau pagador.
Furada.
trabucco-Fazenda-charge

Quebra o sigilo dele, Moro!!!!!!

Se o Dr Sérgio Moro quebrar o sigilo telefônico de Marcelo Odebreecht, poderosão da Construtora, vai conhecer o telefone vermelho de LuLLa.
A troca de telefonemas tem sido intensa nos últimos meses.
Marcelão deveria se preocupar. Afinal, pode ser preso por tentar obstruir a justiça.

Claquete petralha.

90% do "povo" que estará na frente do Palácio da Anta, no dia de sua posse, será paga.
Já foram encomendados lanchinhos, refrescos, passagens e um "bolsa posse" de 100 merrecas, a moeda da corrupção de Banânia.
SIT!!!!!
BATE PALMAS!!!!!!
GRITA: DILMÁÁÁÁÁÁÁÁÁ!
DO GENTEDECENTE

Dinheiro desviado abasteceu "caixa 1" das campanhas de PT, PMDB, PP e PTB


Delegados e procuradores da operação Lava Jato concluem que os partidos foram usados como lavanderias do esquema de corrupção instalado na Petrobras e farão uma devassa na prestação de contas da campanha eleitoral

Claudio Dantas Sequeira, de Curitiba (PR)

e Mário Simas Filho
ISTOÉ
Não é novidade que recursos públicos surrupiados por intermédio de obras superfaturadas, empresas de fachada e outras modalidades de corrupção acabem abastecendo o chamado caixa 2 das campanhas políticas. Essa é uma prática condenável e recorrente no Brasil. Agora, o que a Operação Lava Jato descobriu é que PT, PMDB, PP e PTB usaram a contabilidade oficial, o caixa 1 das campanhas eleitorais, para receber milhões de reais desviados da Petrobras. Para chegar a essa conclusão, os delegados e procuradores que participam das investigações tomaram conhecimento de centenas de movimentações bancárias no Brasil e no exterior, analisaram documentos que veem sendo apreendidos desde março e ouviram os depoimentos de empreiteiros, ex-diretores e ex-funcionários da estatal.

Os operadores Fernando Soares, Vaccari Neto e Youssef (da esq. para a dir.): os interlocutores dos partidos aliados junto aos empreteiros
“Estamos diante de um crime gravíssimo, que transforma os partidos políticos em autênticas lavanderias de dinheiro ilegal”, disse à ISTOÉ, na tarde da terça-feira 18, uma das autoridades com acesso a toda investigação. “A situação (investigação) coloca em xeque inclusive as doações eleitorais legalmente registradas, que podem indicar uma forma estruturada de lavagem de dinheiro”, atesta um relatório analítico da Polícia Federal, elaborado pela Delegacia de Repressão a Crimes Financeiros ao qual ISTOÉ teve acesso. Com essa descoberta, a Operação Lava Jato irá abrir mais uma frente de investigação e promover uma devassa nos cofres dos partidos envolvidos. É essa futura investigação a responsável por elevar às alturas a temperatura no Palácio do Planalto e no comando dos partidos aliados na última semana.


A força-tarefa montada pela Lava Jato tem como fazer uma apuração nas contas de campanhas muito mais aprofundada do que rotineiramente é feito pelo Tribunal Superior Eleitoral. De acordo com os delegados e procuradores, a estratégia de usar o cofre oficial dos partidos para colocar nas campanhas o dinheiro desviado de estatais teve início depois de revelado o escândalo do mensalão e ganhou força nas disputas eleitorais de 2010 e 2014. Os relatos feitos por diretores de empreiteiras presos na semana passada indicaram que as doações para as campanhas eram feitas diretamente pelos tesoureiros ou operadores dos partidos, que tinham acesso ao doleiro Alberto Youssef e a contas mantidas no exterior, particularmente na Suíça e na Holanda. Os recursos eram sempre remetidos às legendas e nunca para candidatos pré-estabelecidos. Dessa forma fica mais difícil o rastreamento desse dinheiro. Às empreiteiras apenas era informado o valor que deveriam declarar como doação oficial a ser registrada no TSE. “O dinheiro do sobrepreço pago pela Petrobras já estava depositado em contas indicadas pelos operadores dos partidos e não tínhamos acesso a esses recursos. Eles apenas diziam quanto teríamos que declarar à Justiça Eleitoral”, disse aos delegados o diretor da divisão de engenharia da Galvão Engenharia, Erton Medeiros Fonseca, na tarde da segunda-feira 17. Discurso semelhante foi feito por Idelfonso Colares Filho, ex-diretor da Queiroz Galvão. No mesmo dia, Othon Zanoide de Morais, diretor da Vital Engenharia – empresa do grupo Queiroz Galvão –, repetiu a versão apresentada por Fonseca e Medeiros. Os três também confirmaram doações feitas para o PT, PMDB e PP, através de João Vaccari Neto, o tesoureiro petista; Fernando Soares, que falava em nome do PMDB, e Youseff, que depois da morte do deputado José Janene passou a atuar pelo PP. Sobre o PTB, dois delegados afirmaram à ISTOÉ que a operação é semelhante, mas os nomes denunciados ainda são mantidos sob sigilo. Na quarta-feira 19, Ricardo Ribeiro Pessoa, presidente da UTC, também admitiu ter assumido o repasse oficial de recursos para PMDB, PP e PT.

Os depoimentos colhidos na última semana reforçam, segundo a PF, o que já fora dito em delação premiada pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e descrito em um relatório de análise da Delegacia Regional de Combate ao Crime Organizado a respeito das investigações promovidas sobre empresas do grupo OAS e suas relações com o doleiro Alberto Youssef. “A empresa abriga em seus quadros funcionários envolvidos com o desvio de recursos para enriquecimento ilícito próprio e pagamento de despesas com campanhas eleitorais de partidos políticos”, diz o documento. Há, ainda, documentos apreendidos pela Operação Lava Jato que, segundo os relatórios produzidos pela Polícia Federal, confirmam o uso do dinheiro desviado da Petrobras para alimentar o caixa oficial das campanhas. Na casa de Costa, a Polícia apreendeu uma agenda contendo uma planilha que relaciona o nome de empreiteiras, o contato dentro da empresa e, em uma terceira coluna, a situação da empresa. No relatório redigido pela Delegacia de Repressão a Crimes Financeiros, que investigou a agenda do ex-diretor da Petrobras, os delegados concluem que: “Embora não seja possível precisar a qual campanha se refira o documento, é possível estabelecer que o grupo atuasse também ocultando repasse de valores por meio de doações legais de campanha”. Essa semana, parte dos policiais envolvidos na Operação começaram a fazer o confronto de rastreamentos bancários recebidos do exterior com as doações oficiais feitas para as campanhas políticas. É muito dinheiro para ser seguido (leia quadro na pág. 37). Desde o início da Operação, a PF e o Ministério Público têm monitorado as doações feitas por Camargo Corrêa, UTC e Mendes Júnior, dentre outras.


Se a devassa a ser promovida nos cofres partidários confirmarem as conclusões a que já chegaram os delegados e procuradores que comandam a Operação Lava Jato, legendas gigantes como PT e PMDB poderão, dentre outras coisas, perder o acesso aos milionários recursos do Fundo Partidário. Mais que isso, se as investigações forem concluídas até o fim do ano – o que delegados e procuradores consideram praticamente impossível – não se pode descartar a possibilidade de o TSE vir a impedir a diplomação da presidente reeleita. Por essa razão, o Palácio do Planalto não esconde a insatisfação com o ministro Dias Toffoli, presidente do TSE. Os principais líderes petistas sustentam que Toffoli nada fez para impedir que as contas da campanha da presidente Dilma Rousseff fossem examinadas pelo ministro Gilmar Mendes, tido como desafeto do PT.

O receio fez com que o Planalto estimulasse o Ministério Público Eleitoral para questionar a permanência de Mendes na fiscalização das finanças eleitorais do PT. A movimentação no TSE que tanto preocupa o Planalto teve início na quinta-feira 13, com o fim do mandato do ministro Henrique Neves. Era ele o relator do processo sobre as contas da campanha de Dilma Rousseff deste ano, mas deixou a Corte antes de iniciar a análise do caso. No mesmo dia, houve um novo sorteio de relator e Gilmar Mendes assumiu o processo. Horas depois de assumir como relator, o ministro determinou que sua assessoria examinasse as contas apresentadas pela campanha. A disposição de Mendes inicia uma nova fase da Justiça Eleitoral. Em anos anteriores, as contas dos candidatos eleitos eram analisadas por amostragem e em tempo curto demais, que duravam, no máximo, uma semana.

Emissário do PP Othon Zanoide, da Vital Engenharia, disse que Youssef passou a operar em nome do partido depois da morte do deputado Janene
Pela lei, as contas devem ser analisadas até o dia 17 de dezembro do ano da eleição. Se irregularidades graves forem encontradas, os ministros podem impedir a diplomação do eleito no dia 18. Segundo técnicos da Corte ouvidos por ISTOÉ, tradicionalmente a análise da prestação de contas da campanha presidencial é feita tão rapidamente que inviabiliza a consolidação de provas sobre irregularidades que venham a ser encontradas. Em 2010, apesar do prazo curto, os técnicos detectaram irregularidades na prestação de contas da então candidata eleita Dilma Rousseff, como empresas doadoras abertas no ano eleitoral e pessoas físicas doando acima do limite permitido. Na época, o ministro Marco Aurélio Mello ressaltou a falta de tempo para analisar as notas fiscais da campanha e sugeriu o adiamento da votação sobre as contas. Os ministros alegaram que poderia ocorrer instabilidade jurídica e decidiram aprová-las, apesar das ressalvas sobre as irregularidades. Agora, o temor dos petistas é que Mendes faça uma parceria com os delegados e procuradores da Operação Lava Jato e possa, assim, rapidamente esquadrinhar as entranhas da contabilidade eleitoral do partido. Na quinta-feira 20, o ministro pediu ajuda de técnicos do TCU, da Receita Federal e do Banco Central para analisar as contas de campanha de Dilma.



Este ano, Gilmar Mendes pretende evitar que a votação ocorra sem tempo para a devida análise pelos ministros do teor das prestações de contas. Por isso, colocou a própria equipe do gabinete para analisar quem são os doadores da campanha da presidente. De acordo com técnicos, a orientação do ministro é para que qualquer irregularidade seja detalhada e comprovada em pareceres consistentes, distribuídos aos ministros dias antes da votação em plenário. O ministro já admitiu que sua equipe vai se debruçar especialmente nas doações realizadas por empreiteiras envolvidas na Operação Lava Jato, que abasteceram as campanhas eleitorais. As empresas investigadas doaram R$ 60,4 milhões aos candidatos presidenciáveis na última eleição, sendo que R$ 47,8 milhões foram entregues para a campanha de Dilma. A arrecadação da campanha da petista registra ainda que 20% do total recebido partiu diretamente das empreiteiras OAS e UTC Engenharia, que doaram R$ 20 milhões e R$ 5 milhões, respectivamente, e cujos dirigentes que autorizaram os repasses estão na cadeia. Independentemente de qualquer parceria com a Operação Lava Jato, a equipe de Gilmar Mendes se dedica a levantar os números das doações e os detalhes dos contratos que essas empresas ainda mantêm com o governo. Somente neste ano, R$ 2,3 bilhões estão previstos para serem repassados a essas construtoras. Em contrapartida, as doações realizadas pelas nove empresas investigadas somaram mais de R$ 218 milhões somente nesta eleição.


Presidente do clube Pessoa, da UTC, se apresentava como líder do cartel das empreiteiras e diz ter contribuído para PMDB, PT e PP
Fotos: Montagem sobre fotos, Adriano Machado/Istoé, Márcia Foletto/Agência O Globo; MARCOS BEZERRA/FUTURA PRESS -DO R.DEMOCRATICA

Duque, o milionário

Como o ex-diretor da Petrobras Renato Duque, depois de descoberto por Silvinho Pereira e chancelado por José Dirceu, ascendeu da modesta gerência de contratos para o comando de obras faraônicas na estatal e conseguiu acumular riqueza

Claudio Dantas Sequeira, Josie Jeronimo, Rogério Daflon
ISTOÉ
A cobertura suntuosa em endereço nobre na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, foi decorada por um badalado escritório de arquitetura. Paredes e tetos receberam revestimentos de altíssimo nível. Cômodos foram preenchidos por móveis assinados e objetos de arte – algumas telas de jovens pintores em ascensão. Quando a reforma terminou, os amigos mais próximos improvisaram um trocadilho elogioso. “Duque, agora você tem o seu palácio!”. A ostentação incomodou os vizinhos, que tentaram embargar a obra diversas vezes, acusando-o de violar as leis do condomínio e da prefeitura. Renato Duque deu de ombros. “Sou dono do prédio”, disse. E não estava mentindo. O edifício onde mora foi ele mesmo que ergueu. Associou-se a uma desconhecida construtora chamada Fercon, executou a obra e depois cobriu parte do custo com a venda de um dos apartamentos. Outros dois ele doou para as filhas. Sua cobertura duplex vale hoje R$ 4,5 milhões, mas o preço vai subir quando chegar o metrô, que acoplará esse pedaço da Barra à zona sul carioca.
AMBICIOSO
O estilo de Renato Duque à frente da diretoria de Serviços da Petrobras
agradou a seus padrinhos políticos, para quem obras caras eram sinônimo de gordas propinas
O crescimento patrimonial de Duque se estende à família. O filho comprou recentemente um imóvel ao lado e nem precisou vender o que havia ganho do pai no Canal de Marapendi, a uns seis quilômetros dali. O ex-diretor da Petrobras também não se desfez do apartamento em que morava na Tijuca, bairro de classe média. Adquiriu duas lojas comerciais de alto padrão e construiu uma casa de veraneio em Penedo, cidade turística de colonização finlandesa. Também investiu na compra de dólares e joias. Tudo isso, somado aos R$ 3,2 milhões bloqueados pelo Banco Central em suas contas bancárias indicaria que o patrimônio de Duque hoje superaria facilmente os R$ 15 milhões. Sem contar as somas oriundas de propinas recebidas de contratos da Petrobras que teriam sido depositadas em contas na Suíça. Os delegados da PF ensaiam um raciocínio que encontra respaldo na lógica financeira do crime: se o gerente abaixo de Duque, Pedro Barusco, se comprometeu a devolver R$ 250 milhões, imagina quanto o chefe dele conseguiu acumular. “O Duque não vai poder se calar porque vai ter que explicar a riqueza que ele amealhou”, disse o juiz Sérgio Moro, responsável pela Lava Jato.
Renato de Souza Duque era um homem maduro, na casa dos 48 anos, quando o PT chegou ao governo, em 2003. Natural de Cruzeiro (SP), fez a vida no Rio de Janeiro. Formou-se engenheiro pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e entrou para os quadros da Petrobras em 1978. Foi gerente de plataformas flutuantes, depois superintendente de perfurações na Bacia de Campos, gerente de contratos de perfuração e ainda de recursos humanos da área de exploração e produção. Também gerenciou a divisão de engenharia e tecnologia de poços, retornando em seguida para a gerência de contratos.
IMAGINA O CHEFE
Pedro Barusco, gerente subordinado a Duque, se comprometeu a devolver R$ 250 milhões
Em 2003, já era engenheiro sênior da companhia quando foi descoberto pelo então secretário-geral do PT Silvio Pereira. “Silvinho Land Rover” fora escalado pelo então ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, para encontrar um funcionário de carreira “inteligente e discreto”, e acima de tudo fiel, capaz de assumir a mais estratégica diretoria da estatal. Duque se enquandrava no perfil. Pai de família, homem de poucas palavras, metódico, ambicioso e com enorme capacidade de trabalho. Afinal, a Diretoria de Serviços era composta por seis áreas, respondendo tanto pela assistência médica dos empregados e por rodar a folha de pagamento como pelas pesquisas, toda a área de tecnologia da informação e telecomunicações, assim como pelo cadastramento de fornecedores, a compra de equipamentos e a condução de grandes empreendimentos da companhia, sejam plataformas, sejam refinarias ou gasodutos.
Os colegas da Associação dos Engenheiros da Petrobras (Aepet), entidade de classe que frequentava, se surpreenderam com a ascensão de Duque. Da modesta gerência de contratos ele saltou para o comando de obras faraônicas, com o poder de fechar e pagar contratos e negociar diretamente com executivos de grandes empreiteiras. E nunca se fez tanta obra e se fechou tanto contrato bilionário. O crescimento da demanda por energia e de materiais refinados levou a Petrobras a redesenhar sua estratégia de produção, colocando em prática um amplo plano de investimentos. Duque era o cara certo, no lugar certo, na hora perfeita.
PATRIMÔNIO
A cobertura duplex de Renato Duque na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro,
está orçada hoje em R$ 4,5 milhões
Ainda em 2003, ele tentou emplacar, a pedido da Odebrecht, obra de um gasoduto para levar a produção do Rio de Janeiro para Ilhabela (SP). O empreendimento orçado em R$ 5 bilhões foi vetado, pois a utilização de navios para transportar a produção era menos onerosa. Mas o estilo ambicioso de Duque agradou a seus padrinhos políticos, para quem obras caras eram sinônimo de gordas propinas ou “comissões”, como eles gostam de dizer. Assim, em pouco tempo, ele se tornou, nas palavras de companheiros de firma, o “arrecadador mor” do PT no esquema da Petrobras.
A atuação de Duque na companhia ganhou cores novas com a parceria de Pedro Barusco. Diferentemente do diretor, que nessa época ainda não pensava em morar na Barra e cultivava o futsal com amigos num clube de Laranjeiras, Barusco era espalhafatoso e adorava ostentar, mesmo que sua conta bancária ainda não sustentasse o estilo de vida de xeique árabe. Colegas contam que o recém-nomeado gerente de Engenharia, morador de Joatinga, um minúsculo e valorizadíssimo bairro carioca, entre São Conrado e Barra da Tijuca, levava tacos de golfe para as reuniões de trabalho na estatal. Entre uma planilha e outra, exibia-se contando quanto havia custado o novo passatempo. Mas o jeito, digamos assim, mais extrovertido de Barusco harmonizava bem com a seriedade de Duque, numa estratégia eficaz para cultivar sócios e abrir novas frentes de negócios. O gerente era o “relações-públicas” da parte que cabia ao PT no esquema e Duque o responsável por criar métodos de arrecadação sem despertar grandes suspeitas.
Tinham contato diário, pessoalmente ou por telefone. Viajavam para o o exterior para visitar obras ou estaleiros em Cingapura, Coreia do Sul, Japão, China. Tornaram-se unha e carne. Apesar da relação estreita, Duque e Barusco mantinham a relação no estrito campo profissional. Não se frequentavam socialmente. Por outro lado, Duque tornou-se grande amigo de João Vaccari Neto, o tesoureiro do PT. “Tivemos uma empatia”, disse à PF. Passaram a jantar em restaurantes chiques de São Paulo e do Rio de Janeiro. Vaccari abriu os olhos do diretor para os prazeres efêmeros da vida.
O divisor de águas apontado por gerentes da Petrobras na estratégia de onerar obras e transformar aditivos em propina foi a modificação do método de seleção das empreiteiras. Antes, a companhia formulava os projetos básicos das obras que lançaria em editais. Assim, as empresas só poderiam apresentar propostas com preços unitários para concorrer. Duque reformulou o procedimento. Entregou às empreiteiras o direito de apresentar o projeto que melhor caberia, só após a seleção. Com isso, abriu a porta para bilhões em aditivos. A satisfação do PT com os serviços prestados por Duque era tamanha que em março de 2010 o deputado estadual Gilberto Palmares (PT-RJ) decidiu fazer uma homenagem formal ao diretor. Usou sua influência de parlamentar para encaminhar uma honraria a Duque. Concedeu ao engenheiro o título de cidadão do Rio de Janeiro, em solenidade na Assembleia Legislativa do Estado.
O reinado durou até fevereiro de 2012, quando Graça Foster assumiu a presidência da companhia. Ele aproveitou a oportunidade para deixar a estatal. Os padrinhos de Duque ainda tentaram emplacar um sucessor, mas a nova presidente insistiu em escolher o substituto. Richard Olm foi o escolhido. Barusco saiu antes, em 2011, para integrar a direção da Sete Brasil ao lado de João Carlos Ferraz, gerente financeiro da Petrobras e homem de confiança de Almir Barbassa, diretor financeiro da Petrobras. A Sete foi a primeira empresa brasileira dona de sondas de exploração capazes de operar no pré-sal e as alugava para a Petrobras.
Duque abriu sua consultoria e entrou para a lista de investigados do esquema desbaratado pela Lava Jato após o depoimento de delação premiada de um ex-colega, o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa. O delator afirmou que Duque recebia propinas de empreiteiras, para facilitar contratos. A versão foi detalhada pelos executivos da Toyo Julio Camargo e Augusto Mendonça, que denunciaram o pagamento de R$ 50 milhões em propina a Duque na compra de sondas, na obra da Repav, de Cabiúnas 2, da Repar, do Comperj e até do gasoduto Urucu-Manaus. Do total, R$ 12 milhões teriam sido depositados numa conta chamada Drenos, no banco Cramer, na Suíça. À PF, Duque rejeitou todas as acusações. Disse não possuir contas no exterior e negou a existência de um cartel de empreiteiras que acertavam contratos superfaturados com a Petrobras. Admitiu, porém, ter recebido R$ 1,6 milhão da UTC por serviços de consultoria prestados à empreiteira. Ele recebeu o dinheiro na conta da 3DTM Consultoria, empresa que abriu dois dias antes de pedir exoneração da Petrobras em 25 de abril de 2012. 22.Nov.14-DO R.DEMOCRATICA