sexta-feira, 19 de setembro de 2014

A VITORIA DE MINAS PARA A VITORIA DO BRASIL


O candidato Aécio Neves (PSDB) aposta nos votos de Minas Gerais, sua principal base eleitoral, para tentar passar Marina Silva (PSB) na corrida presidencial e conseguir chegar a um eventual segundo turno contra a presidente Dilma Rousseff, que disputa a reeleição pelo PT. Ao participar de ato em Belo Horizonte, o tucano afirmou que, se conseguir avançar "cinco, seis pontos" nas pesquisas eleitorais no Estado, "será" o presidente da República.
Depois de cair nas pesquisas eleitorais e ver Marina se aproximar de Dilma, que lidera os levantamentos, Aécio lentamente conquista terreno. Apesar de ainda aparecer em terceiro, o Ibope mostrou que o tucano subiu dos 15% que tinha em pesquisa do último dia 12 para 19% em levantamento divulgado dia 16, enquanto Dilma caiu de 39% para 36% e Marina oscilou de 31% para 30%. A pesquisa tem margem de erro de 2 pontos porcentuais para mais ou para menos. 
Segundo Aécio, a coordenação de sua campanha fez uma "análise profunda" dos últimos levantamentos e constatou que, nos "últimos quatro dias", a candidatura cresceu "de forma muito sólida no Estado de São Paulo, que é o mais populoso". E agora a campanha vai investir no seu Estado natal - e também da presidente Dilma -, que tem o maior segundo colégio eleitoral do País e no qual o senador aparece em segundo lugar nas pesquisas, atrás apenas de Dilma. 
"Semana que vem estaremos avançando ainda mais nas pesquisas. Mas a virada tem de se dar em Minas Gerais. Minas tem a possibilidade hoje de nos dar a grande vitória no Brasil", avaliou. "Se nossa candidatura avançar na próxima semana cinco, seis pontos em Minas Gerais, que acredito ser claramente possível, serei presidente da República para fazer o maior governo da história", acrescentou o tucano, ao participar de caminhada com apoiadores na Rua Padre Pedro Pinto, a área comercial mais movimentada da região de Venda Nova, em Belo Horizonte.
Aliado. Além da própria candidatura, o tucano tenta alavancar a do ex-ministro Pimenta da Veiga ao governo de Minas. Segundo o Ibope, o também ex-ministro Fernando Pimentel (PT) tem 43% das intenções de voto no Estado, contra 23% do candidato tucano. Para impulsionar as candidaturas do PSDB, Aécio participará de uma maratona de eventos em Minas nos próximos dias. Além do ato desta sexta na capital, o senador visitará neste sábado Ipatinga, Coronel Fabriciano e Timóteo, no Vale do Aço.
Após cumprir agenda no Rio de Janeiro no domingo, Aécio volta na segunda-feira, 22, para a região metropolitana de Belo Horizonte, onde participará de eventos em Contagem e Betim, e, na quarta-feira, 24, cumpre agenda em Uberaba, no Triângulo Mineiro, de onde segue no mesmo dia para outro evento na capital mineira. 
De acordo com o tucano, se cada aliado seu conseguir "mais quatro ou cinco votos" na próxima semana, a vitória é certa. "Venho a Minas Gerais, à minha terra, para fazer a convocação dos mineiros para uma grande virada. Uma virada em favor do Brasil, mas também de Minas", declarou. "O mineiro experimenta várias coisas e no fim toma sua posição definitiva. Tenho certeza de que nos próximos dias vai haver uma grande reversão nas intenções de voto", completou Pimenta da Veiga.
Adversárias. Além de conclamar os aliados a manterem o ânimo da campanha em Minas, Aécio repetiu ataques que tem feito a Dilma e a Marina. Para o senador, não há diferença entre as adversárias e Marina, apesar de estar no PSB, "é, na essência, do PT". Ele lembrou novamente que a socialista foi colega de ministério de Dilma na gestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e repetiu o mantra que adotou nas últimas semanas: "Existe uma candidatura que representa mudança clara no Brasil e o início de um novo ciclo". 
DO O ESTADÃO

HOMEM-BOMBA DA PETROBRAS CONFESSA EM DELAÇÃO PREMIADA QUE RECEBEU PROPINA DE R$ 1,5 MILHÃO EM ESQUEMA CORRUPÇÃO NA COMPRA DA REFINARIA DE PASADENA

Tudo junto, misturado e muito misterioso.
O ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa contou a investigadores da Polícia Federal e do Ministério Público que recebeu R$ 1,5 milhão de propina de um esquema de corrupção relacionado à compra pela Petrobras da refinaria de Pasadena, nos EUA, informou nesta quinta-feira (18) o Jornal Nacional.
A primeira fase dos depoimentos de Costa a policiais federais e procuradores com base em um acordo de delação premiada terminou na semana passada. Paulo Roberto Costa decidiu colaborar com as investigações na expectativa de obter redução da pena.
Convocado para depor, ele compareceu nesta quarta-feira (17) à CPI mista do Congresso que apura irregularidades na Petrobras, mas se manteve calado e não respondeu a nenhuma das perguntas dos parlamentares. Costa foi preso pela Polícia Federal em março, durante a Operação Lava Jato, da PF, que investiga um esquema de lavagem de dinheiro e evasão de divisas.
Os interrogatórios do ex-diretor da Petrobras começaram  em 29 de agosto, na Superintendência da Polícia Federal no Paraná, onde ele está preso. As revelações foram feitas a um delegado, a um procurador e a um escrivão. A defesa acompanhou tudo. Os depoimentos foram gravados em vídeo, anotados e criptografados (transformados em códigos para evitar a leitura por pessoas de fora da investigação). O material foi guardado em um cofre.
Segundo a revista "Veja", Costa delatou deputados, senadores, governadores e um ministro como beneficiários do suposto esquema de propina na Petrobras.
A decisão sobre a parte dos depoimentos que envolve políticos caberá ao Supremo Tribunal Federal. O relator do caso é o ministro Teori Zavascki. Ele poderá decidir ouvir Paulo Roberto Costa, na presença do advogado e poderá recusar ou fazer adequações à proposta de delação premiada. Para ter a pena reduzida, Costa terá de comprovar as acusações, revelando os participantes da organização criminosa e ajudando a recuperar o dinheiro desviado. Ainda não se sabe quando a Justiça vai homologar o acordo de delação premiada.
Segundo o advogado Pierpaolo Bottini, professor-doutor de direito da Universidade de São Paulo (USP), a redução de pena depende dos detalhes e provas que Paulo Roberto Costa conseguir demonstrar.
"Quanto mais informações ele trouxer, mais benefícios ele vai ter. Quanto mais ele conseguir comprovar as declarações no sentido de apontar outros autores, no sentido demonstrar como essa organização funciona, ou colaborando para recuperar esse dinheiro e esses bens desviados, quanto mais ele conseguir demonstrar isso, maiores benefícios ele terá", afirmou. Do site G1 da Rede Globo
DO A.AMORIM