segunda-feira, 19 de março de 2012

Investigação no Tocantins tira radiografia da corrupção no Judiciário

Felipe Recondo e Ricardo Brito, de O Estado de S. Paulo
BRASÍLIA - Quando a corregedora Nacional de Justiça, Eliana Calmon, revoltou a magistratura ao afirmar, no ano passado, que havia “bandidos de toga”, ela não revelou nomes, mas tinha uma lista com casos emblemáticos, como o encontrado em Tocantins. A corregedora já conhecia parte das quase 5 mil páginas da ação penal 490, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), uma espécie de radiografia de tudo o que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) busca combater no Judiciário.
Willamara, presidente do TJ, acusada de corrupção - Divulgação/TJ-TO
Divulgação/TJ-TO
Willamara, presidente do TJ, acusada de corrupção
Ao longo de quatro anos, uma ampla e detalhada investigação mostra que 4 dos 12 desembargadores montaram esquemas no Tribunal de Justiça do Tocantins (TJ-TO) para vender sentenças, satisfazer interesses de políticos locais, cobrar pedágio para liberar o pagamento de precatórios, confiscar parte dos salários dos assessores para financiar viagens ao exterior e cobrar dos cofres públicos indenização vultosa por danos morais por terem sido investigados.
Os indícios e provas colhidos levaram o Ministério Público a denunciar quatro desembargadores, dois procuradores do Tocantins, sete advogados, três servidores do tribunal e outras duas pessoas envolvidas no esquema.
O Estado teve acesso à denúncia do MP, e aos 15 volumes e 47 apensos da ação penal no STJ contra a presidente do Tribunal de Justiça de Tocantins, Willamara Leila de Almeida, e os desembargadores Carlos Luiz de Souza, Amado Cilton Rosa e José Liberato Póvoa.
Perícias em computadores de advogados e juízes, depoimentos de testemunhas, ligações telefônicas gravadas com autorização da Justiça, vídeos e fotos captados pela Polícia Federal mostram em detalhes como o esquema funcionava. Nas 152 páginas, o Ministério Público denunciou os envolvidos por formação de quadrilha, corrupção ativa, corrupção passiva, tráfico de influência, peculato e concussão.
Sentença copiada. No primeiro dos casos em que o MP aponta indícios de venda de sentenças, as investigações mostram que o desembargador Carlos Souza não teve sequer o trabalho de escrever o voto que iria proferir e que atendia aos interesses de advogados que defendiam o Instituto de Ensino Superior de Porto Nacional (Iespen) - Germiro Moretti e Francisco Deliane e Silva (juiz aposentado).
A Polícia Federal apreendeu na casa de um dos advogados um computador em que o voto estava sendo escrito. A última versão do texto datava do dia 20 de junho de 2007, às 9h36. Horas depois, o caso estaria na pauta de julgamento do TJ-TO. Para saber se aquele texto correspondia ao voto proferido pelo desembargador Carlos Souza, a PF fez uma comparação entre os dois.
Das 146 linhas do documento, 131 foram usadas no voto do desembargador. As poucas alterações foram para corrigir erros de digitação ou para substituir termos jurídicos em latim por expressões em português. Os grifos e os erros de pontuação do texto encontrado no computador do advogado foram mantidos no voto do desembargador.
Conversas telefônicas entre Morreti e Deliane reforçaram as suspeitas do Ministério Público. No dia em que o processo entraria na pauta do TJ, os dois conversaram sobre o voto. “Deu tempo, Deliane?”, pergunta Moretti. “Eu comecei. Vou terminar hoje cedo”, responde. Moretti explica o porquê da cobrança: “Já ligaram pra mim de lá agora cedo. Se tava pronto pra mim (sic) levar pra eles ver (sic). Entendeu?”. Deliane diz então que o texto estaria pronto antes da sessão. “Lá pras 10 horas”, prometeu. “Tá bom”, concluiu Moretti.
Partilha. Em outra conversa, Deliane e Moretti discutem a partilha do dinheiro que a faculdade Iespen despendeu para ganhar aquele processo. Pelo acerto que fizeram, os R$ 100 mil seriam divididos entre os envolvidos - R$ 15 mil para o desembargador Liberato Póvoa e R$ 15 mil para Carlos Souza. Os R$ 70 mil restantes seriam partilhados entre advogados e servidores que participaram da negociação.
Depois de descoberto o esquema, Moretti confessou o pagamento aos desembargadores e reconheceu que chegou a entregar dinheiro na casa do desembargador Liberato Póvoa.
A PF também filmou o advogado chegando à casa do desembargador Carlos Souza com uma maleta preta nas mãos. As imagens mostram que, em seguida, o desembargador sai de casa e guarda algo no assoalho do seu carro.
Em outro caso, o mesmo advogado - Germiro Moretti - negocia a compra de decisão em favor de uma empresa por R$ 15 mil, sendo R$ 10 mil para o desembargador Liberato Póvoa. Mas, indicando que a venda de sentenças era uma praxe, Moretti diz que é preciso acelerar as negociações para evitar que o advogado da outra parte negocie a decisão em outro sentido. “Tenho que correr primeiro”, afirmou.
No mesmo dia em que foi proferida a decisão favorável ao grupo, Germiro Moretti e o outro advogado da causa, Joaquim Gonzaga Neto, foram ao Tribunal de Justiça do Tocantins, sob a vigilância da PF. À noite, encerrado o expediente, o desembargador Liberato Póvoa telefona para Moretti e pede que o advogado passe em sua casa. Em depoimento, Moretti confirmou que os R$ 10 mil foram pagos.

DILMA E O BRASIL ALEIJADO, VAI MAL !!!!



VAI MAL
*ARTHUR VIRGÍLIO
          Lisboa – O governo Dilma Rousseff está paralisado. Não realiza as obras dos PACs por inapetência administrativa e/ou por restrições naturais que o TCU opõe a superfaturamentos e corrupção. Montou base “aliada” fisiológica, exageradamente numerosa, disforme, sem identidade, sem programa de país que supostamente pudesse uni-la.
          Em apenas 14 meses, Dilma perdeu 14 Ministros, a maioria deles sob pesadas acusações de corrupção. Falta expelir a extensa lista dos incompetentes.
          Inexiste a articulação política. Dilma entende pouco do assunto e as peças-chave do seu esquema são neófitas, conhecem pouco Brasília, desconhecem os meandros de cada partido, parecem matutos deslumbrados com os arranha-céus da cidade grande.
           A Presidente virou refém do mais deslavado “toma-lá-dá-cá” da história brasileira. O projeto montado por Lula funcionava porque ele, inegavelmente, é hábil político e porque tinha a protegê-lo as reformas do período Fernando Henrique, e a conjuntura internacional extremamente benigna. Agora, a margem de manobra é menor e, paradoxalmente, as demandas dos “aliados” são maiores, até porque o exército do rei Xerxes, flácido, frouxo, sem combatividade, era o maior do mundo.
          A oposição precisa encontrar o seu viés, numa e noutra Casa. Vozes isoladas a representam e isso dá fôlego a um governo fraco, deficiente, incompetente e inseguro.
          A corrupção grassa e o exemplo vem de cima. Não há tecido da máquina oficial que, espremido, não produza secreção purulenta. O aparelhamento político do Estado, com fins corruptos, chegou ao paroxismo. As agências reguladoras viraram apêndices dos Ministérios, perderam a independência, elas que nasceram para representar o Estado, que é permanente, e não os governos, que são transitórios, e que deveriam também proteger os interesses dos consumidores, hoje ignorados.
          O governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, admite ter recebido R$50 mil do laboratório Hipolabor, quando dirigia a Anvisa. A Procuradoria–Geral da República afirma tratar-se de suborno. O acusado, “defende-se” dizendo tratar-se de “empréstimo” que fez a um lobista da União Química, outra indústria farmacêutica, e que esses R$50 mil seriam o ressarcimento do empréstimo.
          Por que o lobista de uma empresa pagaria “empréstimo” através de uma concorrente? E é justo, legal, decente, legítimo, um dirigente de agência reguladora “emprestar” dinheiro a lobista de setor que ele deveria fiscalizar com rigor, isenção, sem promiscuidades?
          O Brasil está virando um “clube dos cafajestes”. Os exemplos dados às novas gerações são os da amoralidade e da imoralidade.
          Nesse rumo, não iremos a lugar nenhum. Sermos o 6o PIB do mundo, com renda cruelmente repartida e corrupção institucionalizada, nos define como uma grande republiqueta, jamais como uma grande nação.
          *Diplomata, foi líder do PSDB no Senado

A CONFISSÃO DO MOLUSCO


19 de Março de 2012 23:11
Lula vai a uma igreja e se ajoelha na frente de Jesus crucificado, rezando:
Lula: - Jesus, estou totalmente arrependido e gostaria de redimir meus pecados.
Jesus: - Está bem. Que tens feito?
Lula: - Depois de oito anos no governo, deixei meu povo arruinado e na miséria.
Jesus: - Dê graças ao Pai!
Lula: - Também traí o povo e meu partido, que me deram apoio e, quando precisaram de mim, dei-lhes as costas. Expulsei do partido os Verdadeiros petistas!
Jesus: - Dê graças ao Pai!
Lula: Economizei verbas da saúde, educação, moradia, conservação de estradas, pesquisas científicas, tudo para encher os cofres do PT. Mandei comprar toalhas e lençóis importados, de linho egípcio, para o Palácio Alvorada e Granja do Torto. Enchi os depósitos do palácio com todos os tipos de bebidas caras.
Jesus: - Dê graças ao Pai!
Lula: Comprei um avião a jato novo, importado, dando emprego para estrangeiros e não para os brasileiros que trabalham na Embraer. É que, receber mala preta da Embraer ia dar zebra . Protegi as maracutaias do Zé Dirceu, do Waldomiro e do tesoureiro do partido. Comprei votos de Deputados e senadores com liberação de verbas de emendas deles ao orçamento.
Jesus: - Dê graças ao Pai!
Lula: Arregacei com os velhinhos, cobrando novamente dos aposentados a contribuição previdenciária, sem qualquer contra prestação do Estado para eles. Comprei o apoio da Rede Globo com liberação de financiamento pelo BNDES, para eles pagarem dívidas vencidas, negocinho de pai para filho com o dinheiro do povo. Coloquei o protetor de marginais Tomás Bastos Como Ministro da Justiça.
Jesus: - Dê graças ao Pai!
Lula: Protegi os delinqüentes do MST e dei apoio às invasões do MST para desestabilizar a democracia e tentar dar um golpe e assumir como o Fidel. Agora não sei como fazer para parar aquele bando de bandidos. Dei apoio ao Hugo Chavez, o maior bandido da América Latina.
Jesus: - Dê graças ao Pai!
Lula: - Protegi o Meirelles e o presidente do Banco do Brasil quando a imprensa apurou as realidades sobre as delinqüências dos dois.
Jesus: - Dê graças ao Pai!
Lula: - Mas, Jesus, estou realmente arrependido e a única coisa que o Senhor tem para me dizer é: "dê graças ao Pai"?
Jesus: - Sim, agradeça ao Pai que estou aqui pregado na cruz, porque senão desceria dela para te encher de porrada, seu ignorante, analfabeto, deslumbrado, traidor, ladrão, sem vergonha, mentiroso, golpista, corrupto, aproveitador ... Vai trabalhar vagabundo!
Nota: Quem receber esta corrente tem obrigação ética e cívica de retransmiti-la .

Se esta corrente não continuar o Lula será eleito, depois do desgoverno de sua “protegida”.Garotinho será novamente governador, o Jader Barbalho vai voltar à presidência do Senado e Marta Suplicy continuará na política.
Se quebrares a corrente terás 7 anos de atraso de vida!

POR FAVOR NÃO QUEBRE A CORRENTE...
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Nasce o feminismo de resultados - GUILHERME FIUZA



O Dia Internacional da Mulher, data mais machista do calendário mundial, 
ganhou neste ano contornos especiais no Brasil. Como se sabe, 8 de março
 é o dia em que a mulher é tratada como classe – na homenagem mais
 constrangedora que se poderia conceber. É o "dia delas", exaltam os
 festejos paternalistas, reduzindo todas as pessoas do sexo feminino a
 uma categoria. Mas, como esse tipo de bondade sempre pode piorar, a
 criatividade populista em torno da "presidenta" está produzindo um mês
 da mulher como nunca se viu antes – pelo menos em termos de maquiagem
 progressista.
Dilma Rousseff foi homenageada com uma sessão no Congresso Nacional. Lá,
 o Dia da Mulher caiu na terça-feira 13. Coincidentemente, o mesmo dia 
marcado para o ministro da Fazenda dar explicações sobre o escândalo da
 Casa da Moeda, no mesmo Congresso Nacional. Foi emocionante ver Guido
 Mantega protegido pelo feminismo. Não se via um disfarce feminino tão
 eficiente desde a fuga de Brizola para o Uruguai vestido de mulher, conforme
 a lenda da ditadura.
José Sarney também deu seu brado feminista. Às voltas com mais uma denúnci

a de privatização do Estado por sua grande família, o presidente do Senado 
voltou suas energias para o Dia Internacional da Mulher. Em discurso emocionado,
 elogiou o "caráter de mulher" de Dilma Rousseff. Só um homem realmente sensível
 saberia identificar uma mulher com caráter de mulher.
Só um homem sensível como José Sarney saberia identificar uma mulher com 

caráter de mulher
Na sessão solene, vários políticos tiveram a oportunidade de parabenizar Dilma

 por ela ser mulher. É um mérito e tanto. É preciso muito talento gerencial para
 juntar, naquela escuridão danada, os cromossomos X – sem deixar que um Y venha
 estragar tudo, dando origem a um ser com barba, gravata e nenhum dia 
internacional de bajulação. Parabéns, Dilma! Esse gesto nobre se espalha pelo mundo
 a cada 8 de março, congratulando esposas, amantes, secretárias, ministras e 
especialmente mães, que, se não fossem mulheres, não dariam a ninguém a chance
 de nascer (o que provocaria uma onda de desemprego entre os obstetras).
Esse galanteio genérico da sociedade para com o sexo feminino não é o que há de
 mais estranho na modernidade. O mais estranho é boa parte das mulheres aceitar essa
 esmola moral, entrando felizes no curralzinho VIP do mês de março – o "seu" mês! – 
com pulseirinha de identificação e tudo. Talvez Luz Del Fuego precisasse nascer de 
novo para mandar José Sarney ir procurar o "caráter de mulher" no seu mausoléu em
 São Luís, no Maranhão, de preferência na próxima encarnação. Ou quem sabe uma 
junta celestial reunindo Zilda Arns, Ruth Cardoso e Leila Diniz pudesse fulminar com 
um raio esse feminismo de elevador – se possível esclarecendo que símbolos femininos 
não nascem em laboratório sindical.
Em pronunciamento oficial na TV, Dilma Rousseff declarou que sua própria eleição foi

 marcante para a afirmação das mulheres no Brasil. Mais feminino que isso, só a viúva
 profissional Cristina Kirchner usando sua condição de vítima do destino para violentar 
a liberdade de imprensa. Ouçam os cromossomos XX de Dilma falando à nação no dia 8
 de março: "A mulher é uma pessoa dedicada e trabalhadora". Sotaque estranho. Quem
 reduz a mulher a "uma pessoa" talvez a esteja confundindo com "uma coisa" – uma
 coisa útil, que serve para embelezar discursos. Em lugar da mulher-objeto sexual, a 
mulher-objeto demagógico.
No mesmo discurso, a presidente lançou uma ameaça velada aos homens: eles ficarão 

em dívida com a sociedade se não olharem as mulheres com igualdade. Depois, na 
abertura da sessão pelo Dia Internacional da Mulher, o presidente da Câmara dos 
Deputados, Marco Maia, companheiro de Dilma, defendeu a criação de uma cota
 feminina no Congresso Nacional. Talvez seja o nascimento do feminismo de resultados,
 onde a mulher é uma pessoa cujo valor se mede pela aritmética. Considerando que a 
Presidência da República foi conquistada para as mulheres por um homem, a lógica 
está perfeita.
O Brasil assiste orgulhoso a essa espécie de corporativismo feminista, em que a 

nomeação de mulheres para os altos escalões do governo é um bem em si mesmo, 
não importando quem sejam as portadoras dos cromossomos XX. Se o parâmetro de 
igualdade não for a saudosa companheira Erenice, nem tudo estará perdido.
REVISTA ÉPOCA 

HINO DOS CAFAJESTES - Ultraje a Rigor

Música do Ultraje a Rigor de 1986. Imagens encontradas na Internet. Dedicado ao Senado Nacional em 20/08/09. A parte da letra que foi cortada (censurada em 1986) é "e o povo pra enganar!".

Este video está sendo postado até por sugestão de um leitor.
DO FERRA MULA 

Momento primitivo....


Veja na seção História em Imagens o protótipo do carro-restaurante do trem-bala que Lula começou a construir em 2007, Dilma Rousseff inaugurou em 2011 e, por enquanto, só circula no Brasil Maravilha registrado em cartório.Augusto Nunes - Veja Online
Aqui o trem-Bala. Como será o trem-bala na imaginação de Lula e Dilma? Aquela coisa acima é uma coisa do outro mundo. MOVCC

Apareceu o vídeo de quando Paulo Henrique Amorim, o ultrapetista, ultragovernista, ultraesquerdista e ultralulista ainda não tinha a alma… vermelha! Lula era o seu alvo!

Quem vê ou lê o hoje ultrapetista, ultragovernista, ultraesquerdista e ultralulista Paulo Henrique Amorim, cuja página na Internet recebe generoso patrocínio de estatais, não diria que, na campanha eleitoral de 1998, ele foi um implacável algoz de Luiz Inácio Lula da Silva. Amorim era o chefão do Jornal da Band e liderou uma verdadeira campanha contra o então candidato petista à Presidência, que disputava o cargo pela terceira vez.

Lula teve de recorrer à Justiça e ganhou direito de resposta (ver post abaixo deste). Já escrevi um texto a respeito e perguntei se algum leitor, por acaso, teria uma fita gravada daquela memorável jornada antipetista deste valente, que agora chama a imprensa de “golpista”, descobrindo que o PT é a salvação do Brasil e da civilização. E não é que um desses aficionados por jornalismo na televisão tinha tudo guardadinho?
Vejam uma das reportagens. Volto em seguida para alguns esclarecimentos.

Voltei
Como vocês viram, na reportagem acima, Paulo Henrique Amorim já informa que Lula ganhara na Justiça o direito de resposta. O vídeo é significativo porque o agora ultrapetista, ultragovernista, ultraesquerdista e ultralulista faz uma reconstituição de sua denúncia. O esforço da investigação de Amorim buscava demonstrar que o apartamento de cobertura em que morava Lula era fruto de uma maracutaia envolvendo Roberto Teixeira, seu compadre, e o dono da construtora que levantou o edifício, que teria obtido um benefício ilegal na Prefeitura de São Bernardo quando o petista Djalma Bom era o prefeito. Existe o vídeo em que este incansável perseguidor da verdade apresenta a reportagem específica, contra Teixeira. Vocês terão a chance de vê-lo também.
Os filmes demonstram que Amorim pode mudar de opinião sobre o objeto de seus afetos e ódios, mas não muda o estilo. Em 1998, Lula era um pato manco. FHC o venceu pela segunda vez no primeiro turno. O PT tinha feito a besteira de combater o Real — do qual Paulo Henrique Amorim era, obviamente, um grande admirador. Mas também é o caso de louvar a coerência do Colosso de Rhodes do jornalismo: ele nunca muda de lado! É sempre governista e não abre mão de ser implacável com quem está fora do poder.
Entendam melhor a denúncia que ele fazia contra o Roberto Teixeira. Retomo depois.
Retomando
Atenção! Não há um só — e a Internet está aí, aberta à pesquisa — desses governistas fanáticos que não tenha sido governista fanático em qualquer tempo. E isso inclui o passado mais remoto, o regime militar. Nesse particularíssimo sentido, são todos mais espertos do que este escriba. Como comecei cedo na militância política, fui crítico de todos os governos, de Geisel pra cá. No post abaixo, há um outro momento especialíssimo do jornalismo e da política.
Que fique a lição a alguns bobalhões que saem por aí reproduzindo denúncias de alguns, como direi?, “ícones” de certo jornalismo. Ontem, o alvo era Lula — um representante da oposição. Hoje, os alvos são outros… Também da oposição! E tudo feito sempre com a mesma convicção. Enviaram-me um post em que Paulo Henrique Amorim se jacta de ganhar muito dinheiro, acusando seus eventuais críticos de inveja ou algo assim. Também exibe sinais dessa riqueza, expondo seus hábitos caros e supostamente refinados.
Sei lá a quem está respondendo. Eu nunca vi nenhum de seus críticos acusando-o de ser mal remunerado ou pouco esperto. Burros são os que reproduzem de graça as acusações que ele faz.
Por Reinaldo Azevedo
REV VEJA

O confronto entre Lula e Paulo Henrique Amorim num direito de resposta. Ou: O choque de suas éticas formidáveis

No post acima, vocês viram duas das reportagens de 1998 do Jornal da Band, que estava sob o comando de Paulo Henrique Amorim. Pois bem. Lula obteve direito de resposta, que reproduzo abaixo. É um momento raro da história porque, como vocês verão, dois gigantes da ética se encontram — em lados opostos. Mas, de algum modo, ali já estava a semente que germinaria mais tarde e que levaria os Correios e a Caixa Econômica Federal a patrocinar o colosso do jornalismo. Toda a  imprensa chapa-branca — que, segundo Agamenon Mendes Pedreira, tem a alma marrom — conta hoje com o patrocínio de estatais.
O vídeo é um pouco longo: 9min40s. Mas vale cada segundo. Vejam. Volto depois.

A ética de Lula
Lula reclama, como viram, do que considera ataque injusto contra ele, construído com inverdades. E como faz isso? Pontuo alguns momentos.
1min - Notem que ele sugere saber alguma coisa sobre a vida pessoal de Fernando Henrique Cardoso, mas, generoso que é, decidiu não usar na campanha. Nota: se a denúncia de Paulo Henrique Amorim tivesse fundamento, não se tratava de problema pessoal coisa nenhuma!
2min29s - Lula saca o argumento que ficou internacionalmente conhecido por “Minha mãe nasceu analfabeta”. Usa, para não variar, a sua origem humildade como atestado prévio de honestidade. O que é, evidentemente, uma mistificação.
3min08s - Vejam ali o chefão do PT, o partido dos dossiês, a reclamar que os jornalistas não pensam na sua família, nos seus filhos, que vão à escola. Quando foi que os petistas levaram isso em consideração? Sempre moeram a reputação dos adversários sem piedade.
4min - Para se defender, Lula sai atacando o governo FHC e saca a denúncia estupidamente mentirosa sobre o Proer. O homem que reclamava das injustiças de que era vítima atacava o muito bem-sucedido programa de reestruturação de bancos, que preparou o país para enfrentar crises. Anos depois, na Presidência, dada o estouro da bolha nos EUA, o Apedeuta sugeriu a Obama que adotasse o… Proer!
4min30s - Ataca a imprensa, que acusa de privilegiar o candidato do governo. Expoente hoje do jornalismo chapa-branca e “de alma marrom”, segundo Agamenon, Paulo Henrique acusa a imprensa de privilegiar os candidatos da oposição…
5min25s - Lula anuncia que vai processar seus acusadores. Não sei no que deu o processo. Se descobrir, eu conto.
A ética de Paulo Henrique Amorim
Vocês sabe que Paulo Henrique Amorim resistiu a cumprir o acordo judicial em que se obrigava a publicar, sem comentários adicionais, uma retratação em que reconhecia a idoneidade do jornalista Heraldo Pereira. Muito bem! Vejam, a partir de 6min19s, o que o valente faz com o direito de resposta de Lula. Encerrado o pronunciamento do outro, sem nem um intervalo, ele reitera as denúncias e ainda acrescenta supostos elementos novos.
Vale dizer: ele decidiu cumprir, muito à sua maneira, a decisão judicial. É evidente que jornalistas e veículos não são obrigados a gostar do direito de resposta nem precisam se calar depois dele. Mas há um modo ético de conduzir a questão. E, evidentemente, não é esse.
Cumpre um esclarecimento: Paulo Henrique Amorim era fanaticamente antilulista, mas não trabalhava para o governo FHC. Certamente a Band, a exemplo de todas as emissoras, tinha anúncio de estatais, mas o Colosso de Rhodes não contava com patrocínio pessoal de empresas públicas. A prática, como se conhece hoje, é criação do lulo-petismo — foi umadas inovações do modelo petista de comunicação.
Lula pedia mais responsabilidade da imprensa. Hoje, com dinheiro público, seus áulicos fazem o que se vê.
Por Reinaldo Azevedo
REV VEJA

O roubo na saúde provoca indignação!

A reportagem do Fantástico sobre o roubo na saude confirma conclusões a que chegou o Banco Mundial há alguns anos após realizar pesquisa no Brasil: O que falta mesmo não é dinheiro e sim organização, planejamento, competência e honestidade. Há alguns meses o TCU denunciou desvios de mais de 600 milhões de reais em dois anos, o que nos motivou a tentar assinaturas para instação da CPMI da Saude. A maioria governista no Congresso não permitiu. O deboche dos corruptos apresentado ‘a Nação pela Rede Globo na noite deste domingo não seria suficiente para convocar os governistas à responsabilidade? É crime hediondo, roubo e assassinato, pois morrem brasileiros sem assistência médica e o pretexto é a falta de recursos. A complacência das autoridades  estimula a corrupção e a impunidade e faz do governo uma fábrica de escândalos. Reabilitar a capacidade de indignação da população é imprescindível.
DO B. DO ALVARO DIAS