terça-feira, 29 de maio de 2012

DESPACHO NO STF.

Esta charge do Pater foi feita originalmente para o



 
DO FERRA MULA

O sujeito que mais falou na História do Brasil de repente fecha a boca

O ensurdecedor silêncio de Lula, 
por Sérgio Vaz
O silêncio de Lula está impressionantemente, absurdamente ensurdecedor.
O cara é um falastrão. Um tagarela compulsivo, talvez doentio. Fala pelos cotovelos, fala mais que a boca.
Começou a falar no palanque da Vila Euclides, nas assembléias dos metalúrgicos de São Bernardo, e não parou mais. Perdeu três eleições seguidas e, entre uma outra, andava pelo país falando feito pregador no púlpito, feito camelô da Praça XV quando chega a barca.
Eleito, o que mais fez foi falar. Passou oito anos na Presidência fazendo no mínimo um discurso por dia. Às vezes três.
Mal foi liberado pelos médicos após o tratamento do câncer, voltou a falar.
Aí, a partir do meio-dia de sábado para cá, silenciou.
Um ministro da mais alta Corte de Justiça do país contou que, em conversa privada, Lula disse a ele que era melhor adiar o julgamento do mensalão. Na conversa privada, Lula falou sobre viagem dele, o ministro Gilmar Mendes, a Berlim – uma insinuação clara de chantagem.
A revista Veja começou a circular no início da tarde de sábado com as afirmações de Gilmar Mendes.
Lula, boca de siri. Caladinho. Nem um pio.
Se alguém me acusa de chantagem, de interferir em um julgamento do STF, e sou inocente, saio berrando pra quem quiser ouvir. Falo que nem Lula nos palanques de onde ele jamais saiu. Nego tudo de pé junto, uma, duas, mil vezes.
Isso eu, humildérrimo jornalista aposentado.
Ao Lula, bastaria fazer um sinal e teria diante de si, para ouvi-lo, toda a imprensa nacional, mais os 300 blogueiros progressistas na ocasião reunidos em convescote pago por entidades públicas na Bahia.
Lula, boca chiusa. Fechadinha.
Nélson Jobim desmente a Veja. Gilmar Mendes desmente o desmentido.
Lula, boca fechada.
Aí, na segunda-feira à tarde, 48 horas depois, o Instituto Lula divulga nota. “Meu sentimento é de indignação”, diz a nota do Instituto Lula.
A nota não diz que Gilmar, o amigo dele, mentiu. Diz que seu sentimento é de indignação contra a revista que revelou a conversa.
E diz não em uma nota sua. Lula, o que sempre falou mais que a boca, não falou em nota pessoal. Não falou em uma nota da sua assessoria, mas do Instituto Lula, como se o Instituto Lula fosse ele.
Um instituto, uma fundação, não pertence a quem lhe empresta o nome. Mas Lula e o lulo-petismo sempre confundiram o público com o privado, sempre privatizaram para si o que é público, então não é de se espantar.
O que é de espantar é o silêncio do político que mais falou diante de um microfone em toda a História do Brasil, do Mundo, do Universo.
Um sîlêncio ensurdecedor. E eloquente. Tremendamente eloquente.
Sérgio Vaz é jornalista
Fonte: http://oglobo.globo.com/pais/noblat/
DO LILICARABINA

Para reanimar o chefe em apuros, nada melhor que encomendar mais um recorde aos comerciantes de porcentagens




Por Augusto Nunes
Podem apostar: a seita lulopetista já encomendou a alguma loja de estatísticas outra “pesquisa” concebida para comunicar ao país, ainda na primeira semana de junho, que a popularidade do Supremo Pastor subiu mais um pouco e já se aproxima dos 100% (ou 103%, se computada a margem de erro para cima).
Imediatamente, jornalistas amestrados verão nos resultados a confirmação de que brasileiro não dá maior importância a miudezas políticas.

Estupros do Estado de Democrático de Direito, por exemplo.
Como até devotos delirantes desconfiam que o chefe foi longe demais na conversa com o ministro Gilmar Mendes, o comerciante de porcentagens encarregado do serviço terá de premiar o freguês com algum brinde espetacular.
Desta vez, não basta jurar que o índice de aprovação do governo Dilma Rousseff ultrapassou a fronteira dos 90%.
Para que o rebanho volte a acreditar que Deus, que é brasileiro, resolveu voltar ao país natal disfarçado de Lula, chegou a hora de resgatar Fernando Haddad do buraco dos 3% e instalar o poste de topete na faixa dos dois dígitos.
Os analistas estatizados saberão enxergar no fenômeno mais uma prova de que Gilmar Mendes mentiu.
29/05/2012
DO R.DEMOCRATICA

'Querem melar o mensalão trazendo uma crise ao Judiciário', diz Mendes

Fausto Macedo, de O Estado de S. Paulo
SÃO PAULO - O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou nesta terça-feira, 29, em entrevista ao Estado, que "querem melar o julgamento do processo do mensalão", e apontou para um ex-diretor geral da Polícia Federal, delegado Paulo Lacerda. "Dizem que (Lacerda) está assessorando o PT. Eu tive uma informação, em 2011, que o Paulo Lacerda queria me pegar".
Ministro do STF se diz vítima de 'futricas divulgadas por estelionatários' - Carlos Humberto/STF
Carlos Humberto/STF
Ministro do STF se diz vítima de 'futricas divulgadas por estelionatários'
Mendes suspeita que Lacerda estaria divulgando "informações distorcidas, informações falsas" sobre sua atuação. O ministro também falou sobre o encontro com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no escritório do ex-ministro Nelson Jobim, da Defesa, onde o ex-presidente teria sugerido adiamento do julgamento do processo do mensalão.
Lula teria tentado intimidar o ministro do STF ao insinuar que ele viajou para a Alemanha com despesas bancadas pelo contraventor Carlos Cachoeira. O ex-presidente e o ex-ministro da Defesa negam que o mensalão tenha sido debatido naquele encontro, em 26 de abril.
Estado: Na conversa no escritório de Jobim, o ex-presidente Lula foi taxativo ou falou veladamente?
Ministro Gilmar Mendes: Em relação à CPMI ele foi taxativo e também quando falou da viagem a Berlim. Três ou quatro vezes ele disse: 'Eu tenho o controle da CPMI'. Eu fui me fazendo de desentendido. Percebi o intuito dele quando ele disse: 'Você tem que se preocupar com a CPMI'. Eu disse a ele que não tenho nada com o Demóstenes. 'Vá fundo na CPMI', eu disse a ele. Eu disse que não tenho que ter proteção. Ai ele levou um susto, tanto que fez um movimento corporal mais brusco. Mas em seguida veio com a pergunta. 'E Berlim? E essa história?'
Como o sr. respondeu?
Eu disse a ele: 'Presidente, o senhor está desinformado. Eu vou a Berlim frequentemente. Desde 1979 que vivo indo à Alemanha. Estudei lá, fiz doutorado, fiz mestrado. Vou a Berlim como você vai a São Bernardo do Campo. Contei ao presidente que na viagem a Praga fui recebido pelo embaixador, ex-chefe do cerimonial dele. E em Berlim fui recebido pelo embaixador Everton Vargas, designado por ele (Lula). O almoço (com o embaixador) estava na agenda, ninguém foi fazer turismo oculto.
E sobre o mensalão?
Repassamos vários assuntos, falamos de nomeação de ministros, da PEC da bengala e a falta de interlocução hoje com o STF. Aí ele falou do mensalão. Eu defendi um julgamento eminentemente técnico, fiz uma defesa nesse sentido. Ele falou: 'Não é bom agora porque vai pegar o clima eleitoral.'
Quem puxou o assunto sobre o mensalão?
Ele (Lula).
Como o sr. reagiu?
A conversa prosseguiu normalmente, depois é que percebi o intuito dele (Lula). Eu disse a ele que não seria possível o adiamento (do julgamento), por causa da repercussão e a possibilidade de que dois ministros que receberam a denúncia (contra os réus do mensalão) não mais poderiam participar (por causa da aposentadoria de ambos). Eu disse que (os ministros) são experientes e seria positivo que participassem (do julgamento). Estão fazendo uma grande confusão a partir de premissas evidentemente falsas. Eles construíram a ideia de que podiam melar o julgamento do mensalão trazendo uma crise para o Poder Judiciário. Achavam que podiam evitar o julgamento e passaram então a alimentar essa história com informações distorcidas.
Quais informações?
Eles subsidiaram isso com uma série de informações falsas. Hoje você tem um roteiro da viagem que fiz a Berlim dizendo que teria sido paga pelo Cachoeira, uma viagem para um encontro com o Demóstenes. Posso assegurar, e disso tenho provas documentais, que parte da viagem foi paga diretamente pelo Supremo e o restante por mim. Exibo a quem quiser os comprovantes das despesas que tive. Minha filha faz doutorado na Alemanha, vou lá toda hora. Vou à Europa quatro vezes por ano, participo da Comissão de Veneza (Comissão Europeia para a Democracia), faço os trajetos mais diversos e tenho convites. Em abril (de 2011) eu tinha a viagem a Granada e aí decidi ir a Praga, que eu não conhecia e, depois, segui para Berlim.
Quanto tempo durou a conversa?
Uma hora meia, duas horas.
O ex-presidente citou o nome do ex-ministro José Dirceu?
Falou sim, que às vezes batia desespero no Zé Dirceu.
Jobim nega que no encontro tenha sido abordado o mensalão.
Não vou ficar discutindo com ele. Evidente que a conversa houve, e com detalhes.
Lula também nega o teor da conversa e diz que se sente indignado.
Não vou emitir juízo sobre a nota dele, mas não recuo um passo. Minha visão, hoje, olhando todo esse conjunto é que o estão sobrecarregando pela responsabilidade política e tudo o mais. Acho que é isso. Esquecem que ele é um homem convalescente. Não sou que estou sob pressão, acho que quem está sob pressão é o presidente Lula.
O sr. está assustado?
Essas coisas não me intimidam, evidente que não me intimidam. Você lembra da história do Gilmar de Mello Mendes? A situação é muito similar. Sabe-se que uma notícia é falsa, não obstante divulga-se essa notícia para criar esse estado de pânico. A minha surpresa foi quando ouvi isso da boca do presidente Lula. E, depois, ao saber, de jornalistas que o próprio presidente Lula estava se incumbindo de divulgar essa fantasia de que Cachoeira pagou minhas despesas. Ele está muito mal assessorado, mal informado. Está dando vazão a informações falsas.
Quem está abastecendo o ex-presidente Lula?
Eu imagino que esse grupo de pretensos investigadores de CPI e coisa do tipo. Fala-se até que o Paulo Lacerda o está assessorando.
O sr. suspeita que Paulo Lacerda está por trás desses vazamentos que citam o sr.?
O que se noticia é que hoje ele está prestando assessoria ao PT. Eu já tinha recebido notícia de que Paulo Lacerda tinha como missão me destruir. Ele fez muito mal a esse País, instalando um Estado policial e é bom que fique distante. Realmente ele não respeitou as regras mínimas do Estado de Direito.
Na conversa com o ex-presidente foi citado o nome de Lacerda?
Sim. O Jobim perguntou ao Lula, 'e aí, e o Lacerda?' O Lula respondeu: 'Está chegando, está voltando'. Agora a ficha caiu para mim. Recebi notícias confirmando que (Lacerda) está prestando serviços ao PT na CPMI. Eu não sei, mas isso não tem a menor relevância. Que (Lacerda) tenha boa sorte, mas que não venha com bisbilhotagem e nem reinstalar concepções do Estado policialesco.
O sr. teme Paulo Lacerda?
Imagina, imagina, imagina. Veja que os embates vêm de 2007 quando o Tarso (Genro) era ministro (da Justiça) e ele (Lacerda) chefe da PF. Foi aí que houve aquela divulgação sobre o Gilmar de Mello Mendes (homônimo do ministro, citado em uma operação da PF) e todas as encenações em torno dessas ações continuaram. E nós reagindo às várias operações. NoO CNJ estabelecemos limites, os juízes passaram a fundamentar e a comunicar o CNJ as decisões de escutas telefônicas. Aprovamos a súmula das algemas. Meu papel foi institucional, em prol do Estado de Direito do País. A polícia, naquele período, tinha virado poder nas mãos de Lacerda não tenho nenhum arrependimento de ter enfrentado aquela situação. Desde que essa coisa começou temos sido, minha família e eu, alvos dessas constantes plantações.
O que mais se falou de Lacerda no escritório de Jobim?
Ao longo do tempo a conversa me causou muito incômodo. É sintomático, só hoje me faz sentido. O Jobim perguntou (a Lula) sobre Paulo Lacerda. 'Ele está voltando de Portugal', respondeu o presidente. 'Está por aí'. Eu digo que naquele momento não atribuí maior importância, mas a ficha caiu aos poucos. Dizem que (Lacerda) Está assessorando o PT. Eu tive uma informação, em 2011, que o Paulo Lacerda queria me pegar.
Por que o sr. não representou à Procuradoria Geral?
Não se tratava de representar. Na própria conversa (com Lula) eu demorei a perceber qual era o intuito. Percebi que havia algo errado, tanto que saí de lá (do escritório de Jobim), estava atrasado para um encontro com o senador Agripino, e logo disse a ele: 'Senador, passei por uma situação absolutamente atípica há pouco, diante de um homem ainda visivelmente doente. No dia seguinte comentei com o Sigmaringa Seixas o absurdo de uma situação daquela. Alguns jornalistas vieram me dizer que o próprio ex-presidente era a fonte de informação. Eu comecei a contar sobre aquela conversa (com Lula) para os jornalistas que diziam sobre comentários na CPMI. Veja o grau de desinformação. Depois que duas jornalistas falaram que a fonte era o próprio presidente, que ele estava difundindo essa versão, eu entendi todo o contexto da conversa.
O encontro com Lula no escritório de Jobim foi casual?
Eu tive vários contatos (com Lula), inclusive falei com ele em São Bernardo, quando voltou para casa. Chegamos até a pré agendar um encontro pessoal em São Paulo, mas aí ele foi hospitalizado novamente. O Jobim propôs me ligou um dia e disse: 'O Lula está aqui, não quer falar com ele?'. Para mim era uma oportunidade de revê-lo, de abraça-lo e, claro, colocar a conversa em dia. Óbvio que ele (Lula) continua um ator político importante.
O sr. demorou para revelar essa conversa com Lula. Por que?
Falei para as pessoas. Eu não tinha intuito de divulgar isso publicamente. A revista (Veja) veio me procurar e eu confirmei. Eu tratei de fazer interlocutores, inclusive do governo, saberem que havia algo de indevido. Olha, desde março isso vem sendo alimentado. Estamos vivendo de novo uma situação de descontrole. Por isso foi bom o vazamento de todo o inquérito porque evitou que esses estelionatários ficassem aí de posse de informações privilegiadas. Mas é claro que há uma bagunça no sistema, um quadro ridículo. A Procuradoria, a polícia e a Justiça têm que ordenar. Não é razoável que o cidadão que nada tem com a investigação fique se defendendo a partir de futricas divulgadas por esses estelionatários.
Que futrica?
Por exemplo, minha mulher celebrou aniversário. Enviamos convites públicos, (a revista) Caras estava lá, todos os convidados registrados fotograficamente. Saiu na imprensa. Aí aparecem pessoas, supostamente do grupo do Cachoeira, dizendo que Demóstenes iria faltar a um encontro porque teria que ir ao jantar do aniversário de minha mulher. O que isso mostra? Mostra o quadro surreal que estamos vivendo.
Que outra futrica o sr. pode citar?
Veja outra linha de idiotice. Eu seria responsável pelo retardo do Gurgel (Roberto Gurgel, procurador geral da República) em tomar medidas (com relação à Operação Monte Carlo, da PF). Isso está listado entre as bobagens. Outra linha que está no roteiro dessa investigação é o meu suposto envolvimento com o Jairo Martins, depois surpreendido nessa operação trabalhando com Cachoeira. Sei que (Jairo) é um desses antigos funcionários da Abin que tem uma firma de arapongagem. Eu não o conheço. Ele e ninguém da equipe dele trabalhou para o Supremo, pelo menos no nosso período. O caso da Celg (concessionária de energia elétrica de Goiás), uma decisão técnica tomada no processo vira tema de intrigas porque aparece numa conversa entre Demóstenes e Cachoeira. Alguém minimamente alfabetizado em Direito não faria um escarcéu em torno disso.
Como foi o encontro com Demóstenes na Europa?
O Demóstenes estava em Praga e nós nos encontramos lá. Fomos até Berlim. Não fizemos um passeio turístico oculto. Fomos recebidos pelos embaixadores em Praga e em Berlim. Uma viagem semioficial com toda a transparência e aí começam a fazer intrigas em torno disso, sobre o nosso relacionamento. Saímos lá publicamente, reitero, fomos recebidos pelo embaixador Everton Vargas em Berlim. O embaixador em Praga é o ex-chefe do cerimonial do presidente Lula. Aí a gente fica com esses investigadores, esses arapongas. Eles não precisavam disso, não precisavam fazer intrigas. Bastava telegrafar para a Embaixada via Itamaraty, que saberiam do trajeto que fiz.
A viagem à Berlim foi mesmo paga pelo sr.?
Eu viajo a toda hora, pago minhas despesas. Eu tenho o hábito de pagar as minhas despesas. Eu não vivo de subsídios sindicais. Eu tenho um livro que vendeu quase 100 mil exemplares. Só de direitos autorais eu poderia dar a volta ao mundo se quisesse. Não precisaria fazer uma viagem a Berlim paga por terceiros ou por sindicato.
O sr. está decepcionado com Demóstenes?
Nós tínhamos contatos. Eu fui o presidente do Supremo, ele (Demóstenes) era muito produtivo, foi o relator de quase todos os nossos projetos, era o presidente da Comissão de Constituição e Justiça, um importante articulador para as questões do Judiciário.


Gilmar Mendes acusa 'bandidos' de tentar intimidar STF

REUTERS
O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, disse nesta terça-feira que "bandidos" e "gângsters" estão tentando intimidar a Corte por conta do julgamento do mensalão, que deve ser realizado nos próximos meses.
O ministro disse ainda a jornalistas ter recebido informações de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva seria o "centro de divulgação" de alegações de que o magistrado teria relações com o empresário Carlinhos Cachoeira, que está no epicentro de uma CPI que investiga suas relações com empresários e políticos.
A reação de Mendes vem em meio à polêmica provocada pela publicação pela revista Veja do último fim de semana de relatos do ministro segundo os quais Lula teria tentado pressioná-lo a apoiar o adiamento do julgamento do mensalão em troca de proteção na CPI.
Em declaração a jornalistas, o ministro respondeu às alegações de que teria voado em jatinho de Cachoeira, preso desde fevereiro acusado de comandar uma rede de jogos ilegais.
"Vamos parar de fofoca! Nós estamos lidando com gângsters. Estamos lidando com bandidos. Bandidos que ficam plantando essas informações", disse o ministro a jornalistas.
"Ele (Lula) recebeu esse tipo de informação. Gente que o subsidiou com esse tipo de informação, e ele acreditou nela", acrescentou.

"Grupo de chantagistas. Bandidos. Desrespeitosos. Mas eles não queriam me constranger não, queriam constranger o tribunal. Vamos encerrar com isso. Não quero ter relações com bandidagem", esbravejou.
"O objetivo é melar o julgamento do mensalão. Esse era o objetivo. É dizer 'o Judiciário está envolvido em uma rede de corrupção'. É isso! Tentaram fazer isso com o Gurgel e estão tentando fazer isso comigo agora."
Mendes se referia à pressão de integrantes da CPI, especialmente petistas, sobre o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, por conta do que consideram uma demora do procurador em acionar o STF após receber, em 2009, informações sobre a Operação Vegas, da Polícia Federal, que junto à Operação Monte Carlo servem de base para a CPI.
Mendes negou que teria viajado em jatos de Cachoeira e apresentou comprovantes de que uma viagem que fez a Berlim, na Alemanha, onde mora sua filha, não foi paga pelo empresário.
Segundo relato da revista, Lula teria mencionado um suposto encontro entre Mendes e o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) ao oferecer proteção ao ministro na CPI.
Demóstenes é alvo de um processo por quebra de decoro parlamentar no Conselho de Ética do Senado por suas relações com Cachoeira.

Mendes reconheceu que por duas oportunidades viajou em aviões a convite de Demóstenes, mas afirmou que nas duas ocasiões a aeronave era de uma companhia de táxi aéreo.
"Eu preciso que alguém pague a minha passagem, gente? O meu livro 'Curso de Direito Constitucional' vendeu de 2007 até agora 80 mil exemplares. Dava para dar algumas voltas ao mundo", argumentou.
O ministro voltou a defender celeridade no julgamento do mensalão, escândalo deflagrado em 2005, durante o primeiro mandato de Lula, no qual parlamentares receberiam dinheiro em troca de apoio político ao governo.
Na avaliação dele, o STF ficará "desmoralizado" se demorar a julgar o caso.
"Vão sair dois experientes juízes, que participaram do julgamento anterior, virão dois novos", disse Mendes, numa referência aos ministros Carlos Ayres Britto, atual presidente da Corte, e Cezar Peluso, que se aposentam compulsoriamente do Supremo neste ano, pois completam 70 anos de idade.
FONTE: ESTADÃO

Denúncia contra Lula passa para Justiça Federal

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, encaminhou à primeira instância da Justiça Federal a representação contra o ex-presidente Lula, apresentada pelo senador Alvaro Dias e por líderes e parlamentares dos partidos de oposição. O entendimento do procurador é de que, como Lula não tem mais foro privilegiado, uma investigação contra ele deve ser analisada pelo Ministério Público Federal do Distrito Federal e não pela PGR. Na representação, os líderes do PSDB, DEM, PSOL e PPS acusam o ex-presidente de praticar os crimes de tráfico de influência, coação no curso do processo penal e corrupção ativa pela suspeita de ter feito pressão junto ao ministro Gilmar Mendes para que o STF adiasse o julgamento do escândalo do Mensalão, conforme divulgado na última edição da revista “Veja”. (Postado por Eduardo Mota – assessoria de imprensa)
DO.B.DO ALVARO DIAS

A inacreditável declaração de Marco Maia, presidente da Câmara, terceiro homem na hierarquia da República. Ou: Rebaixamento das instituições

Se me pedissem para apontar duas — apenas duas — características nefastas do petismo, seriam estas: a) desrespeito às instituições; b) tentativa de transformar atos criminosos ou moralmente condenáveis em categorias políticas de resistência. É o que partido traz de sua herança da esquerda. Os partidos da direita democrática são, por fundamento, legalistas. Identificados seus criminosos, não dispõem de arsenal retórico ou teórico para perdoá-los. O DEM expulsou José Roberto Arruda e deixou claro que expulsaria Demóstenes Torres, que pediu para deixar o partido. O PT conservou todos os mensaleiros e, como se vê, para defendê-los, é capaz de tudo.
Marco Maia (RS) é deputado petista. Mas também é presidente da Câmara. A função é tão importante que isso faz dele o terceiro homem na linha de sucessão. Tão logo Dilma complete dois anos e um dia de mandato, caso ela e seu vice sejam impedidos, por qualquer razão, de seguir na Presidência da República, Maia sentará na cadeira até 31 de dezembro de 2014. Esse é apenas um dos exemplos do seu peso institucional.
O PT tem uma bancada gigantesca. Dispõe de parlamentares em penca para defender Lula e, se quiser, atacar o ministro Gilmar Mendes. Maia poderia ter se dispensado desse triste papel. Mas não se fez de rogado. Amesquinhou o cargo que ocupa pondo em dúvida a palavra de Mendes e endossando a versão espalhada pela assessoria de Lula sem ter, obviamente, elementos objetivos para isso. Na Folha, lemos:
“Eu não acredito que o presidente Lula tenha expressado ou tratado o assunto como foi relatado pelo ministro. Eu tenho dúvidas sobre o comportamento do ministro que só veio tratar disso um mês após a reunião”.
É um absurdo! Em primeiro lugar, o ministro deixou claro que já tinha comunicado o conteúdo da reunião a dois senadores, ao procurador-geral da República e ao presidente do STF. Em segundo lugar,  confirmou a história, apurada pela reportagem de VEJA, porque a central de boatos e calúnias contra ele continuou ativa.
Por mais que Maia alegue falar apenas como deputado petista, o fato é que ele não é apenas um deputado petista. Como se trata de um assunto de interesse público, que diz respeito às instituições, opina como presidente da Câmara — um cargo para o qual foi eleito, que traz consigo o sentido da representação.
Trata-se de um inteiro e completo despropósito!
Por Reinaldo Azevedo
REV VEJA 

Perillo se apresenta à comissão e, na prática, pergunta: “Por que Agnelo e Cabral não fazem o mesmo?”

O governador Marconi Perillo (PSDB), de Goiás, fez a coisa certa. Foi ao Congresso e entregou um requerimento ao presidente da CPI do Cachoeira, senador Vital do Rego, oferecendo-se para falar à comissão. Em entrevista coletiva, disse não ter nada a temer, negou que tenha alguma relação indevida com Carlinhos Cachoeira ou que o contraventor tenha interferido em seu governo.
“Pura estratégia! Puro despiste!”, podem dizer muitos. Digamos que sim… Mas então cabe uma pergunta: por que Agnelo Queiroz (PT), governador do Distrito Federal, e Sérgio Cabral (PMDB), governador do Rio, não fazem o mesmo? Assim, todos demonstrariam não temer as indagações dos membros da comissão. E olhem que Perillo teria um verdadeiro exército da base aliada pela frente, não é? Cabral e Agnelo, ao contrário, enfrentariam uns poucos aguerridos da oposição — todos parlamentares experientes, sem dúvida, mas poucos.
Ao se apresentar à CPI, Perillo tenta furar uma bolha no noticiário criada pelo PT, inflada hoje em vídeo gravado por Rui Falcão, segundo a qual ele temeria ser convocado. Ao ir ao Congresso e se apresentar, concedendo entrevistas, perguntou na prática: “Por que Agnelo e Cabral não fazem o mesmo?”.
Taí: por que eles não fazem o mesmo?
Por Reinaldo Azevedo
REV VEJA

Visivelmente irritado e com o tom de voz alterado, Mendes diz que foi alvo de "gângsteres", "chantagistas" e "bandidos"



O ministro Gilmar Mendes (dir.), do Supremo, acusa Lula de comandar 'central de divulgação' de intrigas
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes afirmou nesta terça-feira que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva seria a "central de divulgação" de intrigas contra ele e que a tentativa de envolver seu nome no esquema do empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, tem como objetivo "constranger o tribunal" para "melar o julgamento do mensalão".
"O objetivo [de ligar seu nome ao de Cachoeira] era melar o julgamento do mensalão. Dizer que o Judiciário está envolvido em uma rede de corrupção. Era isso. Tentaram fazer isso com o Gurgel e estão tentando fazer isso agora", afirmou o ministro, fazendo referência às críticas recebidas pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel, por ter segurado investigação, em 2009, sobre a relação entre Cachoeira e o senador Demóstenes Torres (ex-DEM-GO).
"Mas por que eu defendo o julgamento? Porque nós vamos ficar desmoralizados se não o fizermos. Vão sair dois experientes juízes, que participaram do julgamento anterior, virão dois novos, que virão contaminados por uma onda de suspicácia. Por isso, o tribunal tem que julgar neste semestre e por isso essa pressão para que o tribunal não julgue", completou.
Visivelmente irritado e com o tom de voz alterado, Mendes diz que foi alvo de "gângsteres", "chantagistas" e "bandidos", que estavam "vazando" informações sobre um encontro que teve com Demóstenes, em Berlim, e que a viagem teria acontecido após Cachoeira disponibilizar um avião ao senador.
"Não viajei em jatinho coisa nenhuma. Vamos parar com fofoca. A gente está lidando com gângsters. Vamos deixar claro: estamos lidando com bandidos que ficam plantando essas informações", disse o ministro, que apresentou notas e cópias de suas passagens aéreas emitidas na TAM pelo Supremo Tribunal Federal.
Questionado se o ex-presidente Lula estaria entre os tais bandidos e gângsters, Mendes apenas respondeu que ele está "sobreonerado" com a tarefa de adiar o julgamento do mensalão. "Estão exigindo dele uma tarefa de Sísifo [trabalho que se renova incessantemente]", disse. Ele não disse quem seriam "eles" a exigir a tarefa.
Mendes afirmou ter dito a Lula que vai a Berlim como o ex-presidente vai a São Bernardo, que frequenta a cidade europeia desde 1979 e que possui atualmente uma filha que vive lá.
Segundo o ministro, ele não precisa de "fundo sindical, nem dinheiro de empresa" para viajar. Mendes citou que apenas um livro seu, o "Curso de Direito Constitucional", vendeu mais de 80 mil cópias desde 2007 e que com o dinheiro poderia dar "algumas voltas ao mundo".
"Vamos parar de futrica. Não preciso ficar extorquindo van para obter dinheiro. O que é isso. Um pouco mais de respeito", afirmou.
DO MOVC

Autoritários do Brasil, vocês perderam! Se Lula insistir em violar a Constituição, tem de fazer a sua pregação na cadeia!

Por Reinaldo Azevedo
Ou: Queremos os mensaleiros algemados!
Ou: CHEGA, LULA!!!
Duas expressões do território do sagrado se confrontaram nesta segunda-feira nas redes sociais: a falsa e a verdadeira.
De um lado, Luiz Inácio Lula da Silva, o falso sagrado;
de outro, a Constituição da República Federativa do Brasil, o verdadeiro.
De um lado, a mistificação, a empulhação político-ideológica, a mesquinharia travestida de força popular; 

de outro, os fundamentos do estado de direito, da democracia e da liberdade.
De um lado, o vale-tudo que está na raiz das ditaduras, da violência institucional, do mandonismo;
de outro, as instituições.
De um lado, a lógica dos privilégios, da inimputabilidade, da impunidade;
de outro, o triunfo da igualdade perante a lei, que faz de Lula um homem como outro qualquer.

E EU LHES DIGO: DESTA FEITA, E NÃO TEM SIDO ASSIM TÃO USUAL, O BEM TRIUNFOU SOBRE O MAL; a legalidade rechaçou o arbítrio; a democracia repudiou a vocação tirana.
Nas redes sociais, os porta-vozes das trevas gritavam: “Não toquem em Lula, ou haverá rebelião popular!”
E uma autêntica rede da legalidade tecia a sua teia para gritar em uníssono: “Demos a Lula, segundo os limites da lei, o direito de governar o país por oito anos, mas não lhe entregamos a nossa honra, a nossa dignidade, a nossa liberdade!”
De um lado, em suma, um passado que não quer passar vociferava: “Ele é intocável!”
Do outro, com voz ainda mais potente, ouvia-se a resposta: “Intocável é a Constituição da República Federativa do Brasil”!


E a luz se impôs sobre as trevas.
Eles bem que tentaram. Os falsos perfis e os robôs atuaram com força inédita nas redes sociais, buscando dar o tom do debate, “trollando” os que ousavam manifestar uma voz divergente, molestando os adversários, atacando-os com a brutalidade oficialista, cavalgando as mentiras de sempre, esgrimindo as generalizações mais grosseiras, ressuscitando os preconceitos mais rombudos.
Mas nada conseguia disfarçar o real propósito de sua ação. Ali estava uma súcia encarregada de defender bandidos, de amparar malandros, de endossar larápios, de apoiar ladrões de dinheiro público e ladrões da institucionalidade.
Lula tentou roubar do Brasil e dos brasileiros aquilo que não o faz especialmente rico, mas que nos deixa pobres como nação, como país, como povo: o império da lei.
Lula tem tentando reescrever o passado à custa do futuro.
A constatação indeclinável e a verdade inescapável é que um país que deixe impunes os mensaleiros estará assinando um compromisso com a fraude, com a mentira, com a empulhação, com a roubalheira.
Um país que — desta feita sim, com a devida condenação legal — não meta algemas nos pulsos desses malandros estará condenando a si mesmo ao atraso, ao vexame, à ignomínia.
Há muito Lula ultrapassou o limite do aceitável, com seus discursos bucéfalos, com suas escandalosas falsificações da história;
com sua vocação para mentir sobre o próprio passado e o passado do país;
com sua disposição para empenhar o futuro em nome de arranjos presentes;
com sua disposição para acomodar interesses subalternos;
com sua inclinação para lavar a reputação, por mais suja que fosse, de quantos lhe prestassem vassalagem e sujar a biografia, por mais limpa que se mostrasse, de qualquer um que ousasse enfrentá-lo.

Há muito Lula escandaliza o bom senso com sua incrível capacidade de amordaçar o debate, reduzindo-o a um mero arranca-rabo de classes — já que “luta de classes” é debate para gente com mais preparo intelectual do que ele, ainda que equivocada —, enquanto, que espanto!, se beneficia dos privilégios que ele e os seus concederam e concedem a alguns eleitos da República.
Não por acaso, em 2011, num ano não-eleitoral, empresas doaram a seu partido mais de R$ 50 milhões!
Essa é a República de Lula, que faz da concessão desses privilégios um ato de resistência ideológica.
 

Dada a condescendência com que sempre foi tratado, pouco importava a besteira que dissesse ou fizesse, Lula foi criando balda.
Com o tempo, até ele próprio acreditou que, de fato, era o Lula criado pela máquina de propaganda e endeusado pela súcia de “funcionários” do partido.
Com o tempo,
ele passou realmente a acreditar que era aquela figura mágica que recebe títulos de doutor honoris causa às baciadas.
Com o tempo, imaginou que o Brasil inteiro cabia naquela sala de professores e reitores áulicos, que se dispunham a lhe entregar tudo, muito especialmente a honra.
E partiu, então, para o gesto tresloucado: chantagear um ministro do Supremo Tribunal Federal, depois de ter molestado, ainda que com sua famosa e falsa candura, alguns outros.
Desta feita, no entanto, deu tudo errado.
Um valor mais alto se alevantou.

O verdadeiro se impôs sobre o falso.
Acabou a era do bezerro de ouro.
Ou Lula se submete à Constituição ou diz na cadeia por que não.
Este país, como estado, adora um único Deus: a Constituição!

Chega, Lula!
Chega de Lula!
Lula já era e não quer que o Brasil seja!
29.05.2012

DO R.DEMOCRATICA

Saiba por que Gilmar Mendes resolveu revelar o assédio de Lula a Veja


O que você vai ler abaixo não é inferência, interpretação nem opinião. É informação. Este post vai revelar o motivo pelo qual o ministro Gilmar Mendes decidiu contar à Revista Veja detalhes da insidiosa conversa com o ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva ocorrida no dia 26 do mês passado. Desde que a revista chegou às bancas,  três perguntas recorrente e importantes permaneciam sem resposta: Por que Gilmar Mendes resolveu agir dessa forma? Por que o atraso de um mês entre o fato e a versão apresentada pelo ministro? Gilmar tem como provar que ouviu de Lula o que disse ter ouvido no escritório de Nelson Jobim? Uma parte das respostas está contida na entrevista na entrevista concedida hoje ao Jornal Zero Hora.  Disse o ministro: “Fui contando a quem me procurava para contar alguma história. Eu só percebi que o fato era mais grave, porque além do episódio (do teor da conversa no encontro), depois, colegas de vocês (jornalistas), pessoas importantes em Brasília, vieram me falar que as notícias associavam meu nome a isso e que o próprio Lula estava fazendo isso”. Em seguida, a entrevista envereda pela seara de outros assuntos — as intrigas da CPI do Cachoeira. A repórter pergunta a Gilmar Mendes: “Jornalistas disseram ao senhor que o Lula estava associando seu nome ao esquema Cachoeira?”. Ao que o ministro responde: “Isso. Alimentando isso”. Alimentando isso. Não era o que o ministro queria dizer. Se tivesse sido questionado, teria contado que foi procurado por duas importantes jornalistas dias atrás para saber da mesma história. Espantou-se com o vazamento. Apesar de constrangido, ele havia decidido falar sobre o assunto apenas com alguns de seus pares, pessoas discretas que jamais revelariam a conversa constrangedora. E mantê-la longe dos jornais. Essas jornalistas são profissionais respeitabilíssimas. Ocupam posições importantes em uma empresa não menos. A história chegou a elas por intermédio de uma fonte crível que preza da amizade de ambos, Gilmar e Lula. Sabe como a fonte ficou sabendo do diálogo ? Porque Lula contou. Isso mesmo. Foi Lula em pessoa quem cometeu a indiscrição de falar sobre a conversa com Gilmar Mendes, descendo ao nível dos detalhes que agora estão expostos por iniciativa do ex-presidente do STF. Esta é a razão oculta por trás da “inconfidência” do ministro Gilmar Mendes. E também a justificativa para a incapacidade do ex-presidente da República de fazer um desmentido cabal, como o assunto exigiria caso o magistrado pudesse ser desmentido. Não pode. Há testemunhas muito bem identificadas no caminho da informação que transitou entre o escritório de Jobim e as páginas de Veja. Se alguém falou demais, não foi Gilmar Mendes. Foi Lula. Simples assim. Quem fala demais dá bom-dia a cavalo. Deu no que deu. DO B. DO PANNUNZIO

Ex-presidente 'plantava coisas falsas', diz Gilmar

O ministro do STF, Gilmar Mendes, disse na noite de ontem, em Manaus (AM), que decidiu revelar a conversa que teve com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva porque estava sendo alvo de informações 'plantadas' envolvendo sua relação com o senador Demóstenes Torres (ex-DEM, sem partido-GO).
'O que me fez crescer a convicção de que havia algo de errado foi a informação que me veio de pessoas confiáveis de que essas informações estavam sendo plantadas, inclusive com a participação do (ex) presidente. Aí me preocupou', disse Mendes, que participou de evento realizado pela Escola Superior de Magistratura do Amazonas. Ele repetiu, conforme sua versão, que se sentiu constrangido com o fato de Lula insistir no tema CPI do Cachoeira e fazer menção ao encontro com o senador em Berlim. 'Eu estranhei. Não era a relação que nós tínhamos há tantos anos. E era algo atípico. O (Nelson) Jobim estava presente e neste momento complementou: 'O que ele tá querendo dizer é que o deputado Protógenes (Queiroz) pode estar querendo levá-lo à CPI'. E eu ainda ironizei: 'A essa altura, com o que tem aparecido sobre o deputado Protógenes, ele está é precisando de proteção na CPI''.
O ministro garantiu que teve 'relação estritamente profissional' com Demóstenes, 'Quanto aos seus malfeitos, eu não tenho parte nisso.' Ele disse que denunciou a conversa com Lula para evitar qualquer tipo de 'abuso'.
'Não pode fonte oficial, um parlamentar, um ex-presidente da República, um ministro da Justiça, veicular coisas falsas, isso não pode ocorrer', afirmou.
/ RENATA MAGNENTI, ESPECIAL PARA O ESTADÃO

O chantagista chantageado.

Ele foi o mentor do Mensalão, não aquele outro bandido das duas caras. Ele não esteve no quarto ao lado, muito antes pelo contrário: esteve dentro do quarto, esticado na cama, negociando os valores. Quando explodiu o escândalo, a quadrilha foi prática, como qualquer outra quadrilha. Se Fernandinho Beira-Mar é o chefe e, lá de dentro da prisão, continua a comandar o crime organizado, imaginem um supremo mandatário, leve, livre e solto, dentro de um Palácio? Ninguém foi preso no Mensalão. Alguns perderam os anéis, jamais os dedos. Mas havia um pacto. Se protegessem o chefe, este, nos anos de comando máximo do país, apagaria todas as provas e faria anistiar todos os crimes. O tempo foi passando e apareceu um câncer no meio do caminho. Tendo em vista os últimos acontecimentos, se ruim para a pessoa e respeitando-se todos os limites da comiseração humana, bendito câncer para o Brasil. Atropelado pelos prazos, o chefe também atropelou as regras do jogo. Pressionado pelas promessas que fez aos cúmplices, saiu fora do juízo normal. Os cúmplices também fazem chantagem, pois passaram quase oito anos afastados das luzes e arrastados na lama para proteger o mentor, o guru, o líder. Querem reciprocidade ou, talvez, seja mais proveitoso em termos penais que contem a verdadeira história. Uma delação premiada no julgamento do mensalão não está descartada. Uma ou mais. Os compromissos cessarão com o fracasso do chefe em resolver o Mensalão com um dedaço. Afinal de contas, este era o pacto. O chantagista está sendo chantageado. A quadrilha está brigando nos bastidores. Há risco de um motim, pois todos querem salvara a própria pele. Que o STF, a Imprensa e a Democracia resistam. Que o Brasil possa livrar-se, de vez, desta sofisticada organização criminosa que tomou conta do país. 
DO CELEAKS

Prendam o canalha


walmor julio ferreira filho
O Brasil está precisando urgente de um policial para dar voz de prisão ao ex-presidente Lula e levar preso para a Papuda, Bangu, Mossoró , Campo Grande, qualquer uma das penitenciarias do pais.
Por favor, leitor. Se achou forte demais meu apelo, vá à primeira banca de jornal, pegue a revista “Veja” desta semana, que está nas bancas, e leia a escandalosa e inacreditavel historia, em cinco paginas, contada pelo ministro e ex-presidente do Supremo Tribunal, Gilmar Mendes. Lula está assaltando e chantageando o Supremo, como um Zé Cazuza do PT....
O ex-presidente do Supremo, o notório e fraudulento Nelson Jobim, que confessou haver adulterado a Constituicao na Constituinte, para dar mais dinheiro aos banqueiros, convidou Gilmar Mendes a ir a seu escritório de lobby e advocacia administrativa em Brasilia. Lá estava Lula esperando,
CHANTAGEM
1- “Lula disse a Gilmar – “É inconveniente julgar esse processo (o Mernsalão) agora”. “Já teria sido indecoroso simplesmente por sugerir a um ministro do STF o adiamento de julgamento do interesse do seu partido. Mas o ex-presidente Lula cruzaria a fina linha que divide um encontro desse tipo entre uma conversa aceitável e um evidente constrangimento”.
2- “Depois de afirmar que detem o controle político da CPI do Cachoeira, Lula ofereceu proteção ao ministro Gilmar Mendes dizendo que ele não teria motivo para preocupação com as investigações. Se Gilmar aceitasse ajudar os mensaleiros,ele seria blindado na CPI. Um ex-presidente oferecendo saldo conduto a um ministro da mais alta corte do país.”
3 –“Fiquei perplexo, disse Gilmar à “Veja”, com o comportamento e as insinuações despropositadas do ex-presidente Lula. Lula perguntou: – “E a viagem à Berlim?” O ministro confirmou o encontro em Berlim com o senador Demostenes Torres e disse que pagou de seu bolso todas as suas despesas, tendo como comprovar as origens dos recursos: – “Vou à Berlim como você vai a São Bernardo. Minha filha mora lá. Vá fundo na CPI.”
AYRES BRITO
4 – “O ministro Gilmar relatou o encontro a dois senadores, ao Procurador Geral da República e ao Advogado Geral da União”.
“Mendes ainda ouviu Lula revelar que encarregaria o amigo Sepulveda Pertence de conversar sobre o processo com a ministra Carmen Lúcia, do STF: -“O Pertence vai cuidar dela”. E mais: “- Eu disse ao Toffoli que ele tem de participar do julgamento.” (Toffoli foi assessor de José Dirceu e a mulher dele, Roberta Rangel, é advogada de “Dirceu e três mensaleiros). Sobre Joaquim Barbosa:- “É um complexado, um traidor”. “O Dirceu está desesperado”.
O presidente do STF Ayres Brito resume: – “O Lula me disse que qualquer dia desses a gente toma um vinho. Depois que conversei com o Gilmar, acendeu a luz amarela”.

Chamem o policial da esquina para prender Lula.
DO LILICARABINA