terça-feira, 29 de maio de 2012

Autoritários do Brasil, vocês perderam! Se Lula insistir em violar a Constituição, tem de fazer a sua pregação na cadeia!

Por Reinaldo Azevedo
Ou: Queremos os mensaleiros algemados!
Ou: CHEGA, LULA!!!
Duas expressões do território do sagrado se confrontaram nesta segunda-feira nas redes sociais: a falsa e a verdadeira.
De um lado, Luiz Inácio Lula da Silva, o falso sagrado;
de outro, a Constituição da República Federativa do Brasil, o verdadeiro.
De um lado, a mistificação, a empulhação político-ideológica, a mesquinharia travestida de força popular; 

de outro, os fundamentos do estado de direito, da democracia e da liberdade.
De um lado, o vale-tudo que está na raiz das ditaduras, da violência institucional, do mandonismo;
de outro, as instituições.
De um lado, a lógica dos privilégios, da inimputabilidade, da impunidade;
de outro, o triunfo da igualdade perante a lei, que faz de Lula um homem como outro qualquer.

E EU LHES DIGO: DESTA FEITA, E NÃO TEM SIDO ASSIM TÃO USUAL, O BEM TRIUNFOU SOBRE O MAL; a legalidade rechaçou o arbítrio; a democracia repudiou a vocação tirana.
Nas redes sociais, os porta-vozes das trevas gritavam: “Não toquem em Lula, ou haverá rebelião popular!”
E uma autêntica rede da legalidade tecia a sua teia para gritar em uníssono: “Demos a Lula, segundo os limites da lei, o direito de governar o país por oito anos, mas não lhe entregamos a nossa honra, a nossa dignidade, a nossa liberdade!”
De um lado, em suma, um passado que não quer passar vociferava: “Ele é intocável!”
Do outro, com voz ainda mais potente, ouvia-se a resposta: “Intocável é a Constituição da República Federativa do Brasil”!


E a luz se impôs sobre as trevas.
Eles bem que tentaram. Os falsos perfis e os robôs atuaram com força inédita nas redes sociais, buscando dar o tom do debate, “trollando” os que ousavam manifestar uma voz divergente, molestando os adversários, atacando-os com a brutalidade oficialista, cavalgando as mentiras de sempre, esgrimindo as generalizações mais grosseiras, ressuscitando os preconceitos mais rombudos.
Mas nada conseguia disfarçar o real propósito de sua ação. Ali estava uma súcia encarregada de defender bandidos, de amparar malandros, de endossar larápios, de apoiar ladrões de dinheiro público e ladrões da institucionalidade.
Lula tentou roubar do Brasil e dos brasileiros aquilo que não o faz especialmente rico, mas que nos deixa pobres como nação, como país, como povo: o império da lei.
Lula tem tentando reescrever o passado à custa do futuro.
A constatação indeclinável e a verdade inescapável é que um país que deixe impunes os mensaleiros estará assinando um compromisso com a fraude, com a mentira, com a empulhação, com a roubalheira.
Um país que — desta feita sim, com a devida condenação legal — não meta algemas nos pulsos desses malandros estará condenando a si mesmo ao atraso, ao vexame, à ignomínia.
Há muito Lula ultrapassou o limite do aceitável, com seus discursos bucéfalos, com suas escandalosas falsificações da história;
com sua vocação para mentir sobre o próprio passado e o passado do país;
com sua disposição para empenhar o futuro em nome de arranjos presentes;
com sua disposição para acomodar interesses subalternos;
com sua inclinação para lavar a reputação, por mais suja que fosse, de quantos lhe prestassem vassalagem e sujar a biografia, por mais limpa que se mostrasse, de qualquer um que ousasse enfrentá-lo.

Há muito Lula escandaliza o bom senso com sua incrível capacidade de amordaçar o debate, reduzindo-o a um mero arranca-rabo de classes — já que “luta de classes” é debate para gente com mais preparo intelectual do que ele, ainda que equivocada —, enquanto, que espanto!, se beneficia dos privilégios que ele e os seus concederam e concedem a alguns eleitos da República.
Não por acaso, em 2011, num ano não-eleitoral, empresas doaram a seu partido mais de R$ 50 milhões!
Essa é a República de Lula, que faz da concessão desses privilégios um ato de resistência ideológica.
 

Dada a condescendência com que sempre foi tratado, pouco importava a besteira que dissesse ou fizesse, Lula foi criando balda.
Com o tempo, até ele próprio acreditou que, de fato, era o Lula criado pela máquina de propaganda e endeusado pela súcia de “funcionários” do partido.
Com o tempo,
ele passou realmente a acreditar que era aquela figura mágica que recebe títulos de doutor honoris causa às baciadas.
Com o tempo, imaginou que o Brasil inteiro cabia naquela sala de professores e reitores áulicos, que se dispunham a lhe entregar tudo, muito especialmente a honra.
E partiu, então, para o gesto tresloucado: chantagear um ministro do Supremo Tribunal Federal, depois de ter molestado, ainda que com sua famosa e falsa candura, alguns outros.
Desta feita, no entanto, deu tudo errado.
Um valor mais alto se alevantou.

O verdadeiro se impôs sobre o falso.
Acabou a era do bezerro de ouro.
Ou Lula se submete à Constituição ou diz na cadeia por que não.
Este país, como estado, adora um único Deus: a Constituição!

Chega, Lula!
Chega de Lula!
Lula já era e não quer que o Brasil seja!
29.05.2012

DO R.DEMOCRATICA

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