quinta-feira, 2 de junho de 2011

Lula e seu BANDO são recebidos por Chávez com honras de estado.

Lula e seu time são recebidos por Chávez com honras de estado.

Coturno Norturno
Inacreditável! Lula recebido por Chávez com honras de chefe de estado, junto com José Dirceu (chefe da sofisiticada organização criminosa do mensalão, segundo o PGR), Franklin Martins(ex-Secom), Paulo Okamoto(ex-Sebrae), Maria Fernanda Ramos (ex-Caixa Federal) e sabem quem? Adivinhem quem? Emilio Odebrecht, presidente do Conselho de Administração da Odecrecht. Eles perderam completamente a vergonha na cara. É a mistura do mensalão com o "beenedezão", com a comissão, com o palestrão, com a corrupção. Leiam aqui. Tem até vídeo!

PS - O bando quer ser tratado como autoridade constituída eternamente. Quando eu me refiro aos POBRES, não entendam que eu esteja me referindo ao pobre honesto, trabalhador, honrado. Falo desse tipo  de estelionatário da miséria, ex-pobre vagabundo, que é uma desgraça para a vida do país! São os ladrões eternos que se protegem sob a capa protetora de "salvadores dos miseráveis". Precisamente seus discursos são os mais primitivos, que torna acessível às massas, "fome e miséria", impregnado de imagens e parábolas de cafajestes. Não há dúvida de que, todos disfarçados de políticos. Nunca esse bando irá largar o OSSO. É preciso que aconteça uma revolução! Mas, o amigo do peito deles, manda para cá seus homens para bater no povo. MOVCC/Gabriela

Lula e seu time são recebidos por Chávez com honras de estado.


Increditável! Lula recebido por Chávez com honras de chefe de estado, junto com José Dirceu (chefe da sofisiticada organização criminosa do mensalão, segundo o PGR), Franklin Martins(ex-Secom), Paulo Okamoto(ex-Sebrae), Maria Fernanda Ramos (ex-Caixa Federal) e sabem quem? Adivinhem quem? Emilio Odebrecht, presidente do Conselho de Administração da Odecrecht. Eles perderam completamente a vergonha na cara. É a mistura do mensalão com o "beenedezão", com a comissão, com o palestrão, com a corrupção. Leiam aqui. Tem até vídeo!

Bolsa Verde da Dilma explica a sua intolerância com o Código Florestal.

Está explicado porque Dilma Rousseff vem encrencando de forma absurda com o novo Código Florestal. Não é porque ela não leu e não entendeu. É que ela quer tomar o verde da Marina Silva. O verde que valeu 20 milhões de votos em 2010. A Bolsa Verde, lançada hoje, vai dar R$ 100 por mês para quem "promover ações de preservação ambiental". Entenderam, senhores produtores rurais? Entenderam porque Dilma Rousseff está encrencando com o Código Florestal? Ela está pagando para o pobre plantar árvore, em vez de plantar arroz, feijão, batata, comida.
DO B. COTURNO NOTURNO

Pedro Simon pede afastamento imediato de Palocci do governo

Por Gabriela Guerreiro, na Folha Online:
Integrante da base de apoio da presidente Dilma Rousseff, o senador Pedro Simon (PMDB-RS) pediu nesta quinta-feira o afastamento imediato do ministro Antonio Palocci (Casa Civil) do cargo. Em discurso na tribuna do Senado, Simon disse que está “ficando feio” para o PT e o PMDB impediram que Palocci seja convocado para prestar esclarecimentos no Senado.
“Ministro, Vossa Excelência deveria se afastar. Se afastar hoje ou amanhã, antes de se criar CPI ou antes do Ministério Público se posicionar. A grande saída é o senhor se afastar.”
Simon disse que não está condenando o ministro por antecipação, mas que o coordenador político do governo deveria se explicar à sociedade comparecendo ao Congresso para depor, como deseja a oposição. “O escândalo de hoje faz esquecer o passado, mas esse é um caso que a gente não esquece.”
Diversos senadores do PT, que acompanharam o discurso de Simon, não se manifestaram para defender o ministro. Também não houve nenhum parlamentar que endossou as críticas de Simon. O senador Pedro Taques (PDT-MT), governista, tentou comentar as palavras do peemedebista, mas acabou impedido depois que Simon extrapolou o seu tempo na tribuna.
Taques disse que defende a convocação do ministro para se explicar ao Congresso, uma vez que as investigações da Procuradoria Geral da República “não tem nada a ver” com os esclarecimentos ao Congresso.
Reportagem da Folha revelou que o patrimônio de Palocci cresceu 20 vezes nos últimos quatro anos, por meio de sua empresa de consultoria Projeto. A oposição tenta convocar o ministro para se explicar no Congresso, mas a ação de deputados e senadores governistas têm conseguido impedir que o ministro seja chamado a depor.
Ontem, a Câmara chegou a aprovar requerimento de convocação do ministro, mas a base do governo conseguiu suspender seus efeitos até a semana que vem.
Por Reinaldo Azevedo
REV. VEJA

Já que somos contra o homicídio, temos uma tarefa, lembram-se?

Temos uma missão civilizatória, não se esqueçam! Em algum momento do dia, em algum lugar, é preciso gritar: “FORA, HADDAD!”
Devemos fazê-lo, entre outros motivos, porque somos contra os tiranos que lêem livros antes de matar pessoas. Também somos contra aqueles que não lêem livros antes de matar pessoas.
Nós somos contra a que se matem pessoas. Por isso, dizemos:
“FORA, HADDAD!”
Por Reinaldo Azevedo

Não tem solução



“...Palocci: politicamente frágil, não pode fazer articulação política; moralmente baqueado, perdeu credibilidade para atuar na interlocução intra e extraministérios; na berlinda, não pode frequentar uma solenidade oficial sem que seja o foco de todas as atenções.”
Foto: Ricardo Stucker/PR
Lula e Palocci são unha e carne, comem no mesmo cocho e estão no mesmo barco.
Dora Kramer
Fonte: O Estado de S. Paulo - 02/06/2011

O ministro Antonio Palocci não tem mais como ficar no governo e quem diz isso não é a oposição. A esta provavelmente interessaria que ele ficasse na Casa Civil ao ponto de desgaste tão insustentável que se efetivasse o funcionamento de uma CPI.

Confirmada a convocação aprovada ontem na Comissão de Agricultura na Câmara, são quase nulas as chances de Palocci dar um show de convencimento. Não depois de tanta luta para se esconder. Derrubar a convocação, faltar? É pior.

Quem diz que Antonio Palocci não tem como ficar no governo é a situação. Aí entendida tanto quanto à posição dos governistas quanto ao agravamento das circunstâncias.

O exame dessas duas variantes resulta numa conclusão: a saída de Palocci da Casa Civil, e provavelmente da vida pública, no momento só depende da definição de quando e como ocorrerá o desfecho.

Pelo menos dois ministros já são vistos na cabeceira da pista para assumir a Casa Civil: Paulo Bernardo, das Comunicações, e José Eduardo Cardozo, da Justiça. Se a escolha realmente recairá sobre um dos dois, é algo ainda fora do campo de visão.

O que a paisagem nos mostra claramente é a perda de condições de Palocci de funcionar como o previsto pelo governo: politicamente frágil, não pode fazer articulação política; moralmente baqueado, perdeu credibilidade para atuar na interlocução intra e extraministérios; na berlinda, não pode frequentar uma solenidade oficial sem que seja o foco de todas as atenções.

Em resumo: toma, e de forma negativa, todo o espaço da cena. Tornou-se um problema quando era para ser uma solução. E para enfrentar um problema só há dois caminhos: resolvê-lo ou livrar-se dele.

A possibilidade de uma solução razoavelmente indolor ficou perdida neste quase um mês de carência de explicações e abundância de suspeições. Se o procurador-geral da República resolver abrir investigações, confirma-se a razão das suspeitas. Se não, a oposição ganha mais um argumento em favor da abertura da investigação parlamentar.

Pergunte-se a qualquer governista na posse plena de serenidade mental o motivo de Palocci não ter-se defendido e a resposta é uma só: não há explicação que não suscite novos e mais graves questionamentos.

Portanto, não há remédio. A respeito dessa sinuca falam os petistas que nos últimos dias resolveram compartilhar com o público suas impressões sobre o episódio e a falta de cerimônia dos demais partidos da base em manifestar suas opiniões.

Uma nítida sinalização de que não há mais o que salvar e, portanto, salve-se quem puder conseguir agora posição melhor na fotografia desse cenário adverso.

Quando uma defensora do governo como a senadora Gleisi Hoffmann aborda o afastamento do ministro durante uma reunião cujo conteúdo obviamente acabaria vindo a público, é de se imaginar que não se motive pelo mero desejo de ver o marido, Paulo Bernardo, como substituto dele na Casa Civil.

Além de não falar sozinha, a senadora não é tola nem primária.

A justificativa apresentada por ela ao alegar que o caso Palocci é "pessoal", e que no mensalão houve motivação coletiva, mais a informação do senador Eduardo Suplicy sobre uma consultoria de R$ 1 milhão, com taxa de sucesso para uma fusão de empresas, mostram que quanto mais se fala nesse episódio mais complicado fica.

Por isso, a cada dia se dilui a veemência das defesas, bem como na mesma proporção se animam os oportunistas a dar vazão aos seus baixos instintos.

O deputado Anthony Garotinho confere folclore ao chantagear o governo sabendo perfeitamente que o Planalto não pode mais resolver a questão no varejo e ao ironizar chamando as suspeitas que pesam sobre Palocci de "diamante de R$ 20 milhões". Sem maiores preocupações com detalhes como compostura e nome a zelar, diverte-se.

Em tese, a demissão de Palocci não deveria encerrar a questão, pois o caso em si do enriquecimento suspeito permanece em aberto. Mas, olhando as coisas sob o prisma do pragmatismo governamental, hoje o preço da retirada é o mais barato que o Planalto poderia conseguir para tirar o assunto de pauta.

*Acrescentamos subtítulo, foto e legenda ao texto original

DO BLOG THE PASSIRA NEWS

Palocci vai falar. Para a TV do cliente que vendeu um banco quebrado para o PT?


Da Revista Época:

Após duas semanas de pressão, o ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, vai falar sobre seus negócios como consultor à frente da empresa Projeto. Até este momento, está certo que Palocci dará uma entrevista a uma emissora de televisão amanhã, sexta-feira. Até uma hora atrás, essa era a opção mais provável. Palocci nem pensa em conceder uma entrevista coletiva para esclarecer em que áreas atuou e o que fez.

Palocci tem sido pressionado publicamente a falar. Depois das pressões de parlamentares, especialmente do PT, hoje foi a vez do ministro da Secretaria Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, cobrar publicamente esclarecimentos de Palocci para tentar reduzir a crise política que paralisa o governo. Apesar das pressões, a estratégia de Palocci era esperar para saber até onde a imprensa e políticos conseguiriam avançar na descoberta de seus negócios, para depois se explicar. Agora, o prazo parece ter se esgotado e Palocci terá de se arriscar.

Atualizando 18:39 - já correm boatos de que será para o Jornal Nacional...

Por quem os sinos dobram? Coveiro do PT tenta "salvar" Palocci.

É má notícia para Antônio Palocci Filho. Segundo informa a Folha Poder, uma operação liderada pelo ministro Gilberto Carvalho (Secretaria Geral) tenta realinhar o PT em defesa do ministro da Casa Civil. Segundo petistas, Carvalho tenta convencer o partido a elaborar uma nota favorável ao ministro. Até o início da tarde, a Executiva do PT descartava a redação de uma nota pela permanência de Palocci, sob o argumento de que é um problema do governo. Para evitar o abandono do ministro, Carvalho recrutou deputados, entre eles Ricardo Berzoini (SP), para convencer o partido a fazer nota em favor do ministro. 

Mais cedo, Carvalho afirmou que Palocci não irá aguardar a manifestação do procurador Geral da República, Roberto Gurgel, para dar explicações públicas sobre o crescimento de seu patrimônio. "Ele não vai aguardar o parecer", disse após o lançamento do Brasil Sem Miséria. Na mesma linha da fala da presidente Dilma Rousseff, Carvalho disse que a crise envolvendo Palocci não está paralisando o governo. "A crise para nós tem um peso, uma importância, mas ela é muito relativa. A ordem da presidente é que a gente continue trabalhando", disse ele.Questionado se a situação de Palocci no governo é "delicada", Carvalho respondeu: "mas continua firme"."Nós não perdemos o nosso norte", disse Carvalho, acrescentando que "as crises são importantes, a gente enfrenta com maturidade". 

Toda a vez que alguém morre ou está moribundo no PT, quem é chamado? Cilberto Coveiro Carvalho. A família do prefeito assassinado Celso Daniel, exilada na França, que o diga.
DO B. DO CEL

Oposição irá ao STF para garantir convocação de Palocci

Denise Madueño/ BRASÍLIA - O Estado de S.Paulo
A oposição prepara uma ofensiva no Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar garantir a convocação do ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, caso o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), anule a decisão tomada ontem pela Comissão de Agricultura. O DEM já elabora o texto da ação e o PPS trabalha em um mandado de segurança.
Marco Maia suspendeu ontem à noite a convocação do ministro, aprovada na comissão pela manhã. Ele dará a palavra final sobre a validade da votação na terça-feira da próxima semana. "Já avisamos que, se ele anular a convocação, iremos ao STF para garantir o respeito à Constituição, que estipula que apenas as comissões da Casa podem deliberar sobre a convocação de ministros de Estado", afirma o deputado Rubens Bueno (PPS-PR).
O líder do DEM, Antonio Carlos Magalhães Neto (BA), lembrou que a convocação de ministros é uma prerrogativa dos parlamentares e está prevista na Constituição. ACM Neto avisou Marco Maia que, caso ele anule a decisão da comissão, o partido irá obstruir todas as votações na Casa.
Depois de duas semanas de tentativas, os partidos de oposição conseguiram aprovar a convocação de Palocci para explicar na Câmara a multiplicação de seu patrimônio e suposto tráfico de influência praticado por sua empresa, a Projeto. Os governistas, maioria na comissão, contestaram o resultado da votação simbólica, sem o registro dos votos nominalmente, e recorreram ao presidente da Câmara pedindo a anulação da votação.

A privatização dos aeroportos mostra que Dilma foi obrigada a aprender o que o governo FHC ensinou no século passado

A propaganda maquiavélica de Dilma e do PT durante a campanha de 2010. Gente sem noção

Abobado

Um blog que odeia petralhas, principalmente os petralhas safados e ladrões!

A privatização dos aeroportos mostra que Dilma foi obrigada a aprender o que o governo FHC ensinou no século passado

A propaganda maquiavélica de Dilma e do PT durante a campanha de 2010. Gente sem noção
Como reagiriam as tropas do PT se José Serra ganhasse a eleição e, no quinto mês do mandato, anunciasse a reestatização da telefonia? Certamente exigiriam que o novo presidente, ajoelhado no milho e aos berros, pedisse perdão a Lula pelo equívoco monumental cometido por Fernando Henrique Cardoso. Pois bem: a reestatização das empresas telefônicas representaria para o PSDB o que representa para o PT a privatização dos três maiores aeroportos, anunciada nesta terça-feira por Dilma Rousseff. O que esperam os tucanos para escancarar a prova definitiva de que o palavrório sobre a “herança maldita” foi apenas uma pilantragem eleitoreira difundida pela seita que Lula conduz?
Para evitar o colapso dos aeroportos de Guarulhos, Viracopos e Brasília, a superexecutiva que Lula promoveu a gerente de país tratou de assimilar às pressas a lição ministrada por FHC no fim do século passado: como a iniciativa privada é muito mais ágil, eficaz e competente que o mamute estatal, é preciso livrar certos setores da economia das garras federais. Durante quase 15 anos, a cegueira ideológica proibiu o PT de enxergar as incontáveis vantagens da privatização. Durante oito, a maioria dos caciques do PSDB fingiu não enxergá-las por miopia oportunista.
De costas para milhões de brasileiros que sempre compreenderam a relevância do legado da Era FHC, os candidatos José Serra e Geraldo Alckmin caíram no conto da “herança maldita” em três campanhas presidenciais sucessivas. Em 2010, caso fosse acusado por Lula e Dilma de planejar a privatização dos aeroportos, Serra certamente prometeria transferir a capital para Guarulhos. Depois desta terça-feira, talvez descubra que deveria ter repetido o que FHC escreveu num artigo publicado pelo Estadão em 2009.
Lula se esqueceu dos ganhos que a privatização do sistema Telebrás trouxe para o povo brasileiro, com a democratização do acesso à internet e aos celulares”, replicou o ex-presidente. “Esqueceu que a Vale privatizada paga mais impostos ao governo do que este jamais recebeu em dividendos quando a empresa era estatal. Esqueceu que a Embraer, hoje orgulho nacional, só pôde dar o salto que deu depois de privatizada. Esqueceu que essas empresas continuam em mãos brasileiras, gerando empregos e desenvolvimento no país”.
Como Serra preferiu recitar declarações de amor à Petrobras, Dilma Rousseff, sem ser contraditada, atravessou a temporada eleitoral enfileirando falatórios que acabou de jogar no lixo. “Eu não entrego o meu país”, disse, por exemplo, em 10 de abril de 2010. “Não vou destruir o Estado, diminuindo seu papel. Não permitirei que o patrimônio nacional seja dilapidado e partido em pedaços”. Reeditou a falácia em 7 de outubro: “Nós somos contra a forma, o conteúdo e o sentido das privatizações”.
Uma semana depois, no programa eleitoral do PT, garantiu que FHC e Serra, juntos “venderam dezenas de empresas brasileiras e agora estão querendo voltar ao poder, já pensando em privatizar mais”. O eleitorado deveria optar pela candidata de Lula “para o Brasil seguir não privatizando”. O que espera Serra para exigir da presidente explicações para a abrupta mudança de rota? Dilma decerto dirá que a Infraero vai controlar 49% das ações e que o governo seguirá monitorando os aeroportos. Mentira. A estatal precisa dessa fatia para, daqui a alguns meses, ser também privatizada com algum lucro. Hoje não vale nada.
Fernando Henrique Cardoso merecia adversários menos boçais e aliados mais valentes, escrevi num post de 2010. Há algo de muito errado quando um grande governante tem de recordar ele próprio o muito que fez. Desde janeiro de 2003, patrulhas federais se valeram da meia verdade ou da mentira grosseira para transformar em “herança maldita” um legado de estadista. A cada avanço dos vendedores de fumaça, os comandantes do PSDB se renderam sem luta.
A oposição oficial sempre comprou como verdades milenares as falsidades que o governo vende. A mais repetida transformou a privatização no Grande Satã do liberalismo. Nesta terça-feira, Dilma tirou o demônio para dançar. O PT sabe que perdeu. Os líderes oposicionistas precisam saber que venceram ─ sem luta. Talvez se animem a desfraldar a bandeira que, durante oito anos, mantiveram arriada por falta de altivez e coragem.
Augusto Nunes
REV. VEJA

Líder do PSDB apresenta representação contra ministro-chefe da CGU


Duarte Nogueira alega que Jorge Hage Sobrinho se omitiu sobre caso Palocci

Brasília, 1 de junho de 2011 – O líder do PSDB na Câmara, Duarte Nogueira (SP),  protocola nesta quarta-feira, no Ministério Público Federal, representação contra o ministro-chefe da Controladoria-Geral da União (CGU), Jorge Hage Sobrinho. O documento pede a abertura de inquérito civil para investigar a suposta prática de improbidade administrativa pelo ministro. Para Nogueira, Hage se omitiu do dever de fiscalizar possíveis atos ilícitos praticados pelo ministro da Casa Civil, Antonio Palocci.
Na representação, o deputado afirma que os fatos até agora conhecidos acerca do extraordinário crescimento patrimonial do petista apontam para indícios consistentes da prática de tráfico de influência. O parlamentar rechaçou a recusa do órgão de fiscalização em investigar Palocci. A CGU alega que o ministro não pode ser alvo de investigação porque não foi nomeado para integrar a equipe de transição do governo de Dilma Rousseff e, portanto, não era considerado formalmente um agente público.

Dúvidas sobre transição para governo Dilma 

O líder tucano lembrou que, em 3 de dezembro do ano passado, Palocci foi oficialmente anunciado como coordenador técnico do governo de transição, portanto está diretamente vinculado ao Poder Executivo e sujeito ao controle da controladoria. “A verdade é que a CGU está deixando de cumprir com a sua obrigação institucional de fiscalizar os agentes públicos. Com base nessa omissão vamos representar ao Ministério Público Federal”, declarou.

Ofício ao Coaf

Da tribuna, Nogueira cobrou ainda resposta imediata do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) ao ofício protocolado pelo PSDB em 17 de maio. O documento questiona se o órgão identificou movimentação financeira suspeita ou atípica do ministro e da empresa. “Até hoje, duas semanas depois, nenhuma resposta. Essa tem sido a prática sistemática do governo: repetir à exaustão que não há nada a ser investigado no extraordinário aumento do patrimônio do ministro Palocci. O que vimos até agora foi um governo em silêncio, alheio à cobrança do Congresso e da sociedade pelos esclarecimentos que até agora não foram prestados”, afirmou o líder ao ressaltar a importância de uma CPI mista para apurar o caso.
Fonte: Diário Tucano

Pacientes dão nota 8,9 ao SUS paulista

Pesquisa de satisfação ouviu 204 mil usuários de 630 hospitais públicos

Brasília, 1 de junho de 2011 – Os pacientes dos hospitais públicos do Estado de São Paulo dão nota 8,86 ao SUS (Sistema Único de Saúde). É o que aponta a mais recente Pesquisa de Satisfação dos Usuários do SUS realizada pela Secretaria da Saúde, com 204,4 mil pessoas.
O levantamento ouviu pacientes internados em 630 instituições hospitalares que atendem pela rede pública no Estado, no período entre julho e dezembro de 2010. A nota média é melhor do que a verificada em 2009, que foi de 8,65.
Além do serviço de internação, as maternidades da rede pública paulista também melhoraram na avaliação dos pacientes. A média obtida foi de 7,98, contra 7,79 em 2009.
“A nossa batalha é por melhorar de forma contínua e progressiva os índices de avaliação do serviço público de saúde no Estado. Por este motivo, a pesquisa de satisfação é uma importante ferramenta para a condução de políticas públicas de gestão na área da saúde”, afirma o secretário da Saúde, Giovanni Guido Cerri.
Por meio da aplicação de um questionário, respondidos pelos pacientes por meio de carta-resposta, internet e telefone, a pesquisa de satisfação dos usuários SUS conseguiu apontar outros marcadores de avaliação da qualidade do serviço.
Em relação aos pacientes internados, 92,5% apontaram como ótimo ou bom o atendimento médico realizado, 89% aprovaram o serviço de enfermagem e 86,8% relatam como ótima ou boa a estrutura, a conservação e a limpeza de quartos, enfermarias e UTIs das unidades. Além disso, 85,9% aprovaram a sinalização e localização dos quartos e 89,1% classificaram como ótimo ou bom os horários de visita.
Sobre as maternidades, 84,1% das pacientes avaliaram como excelente ou boa a equipe de médicos e enfermeiros e 83,6% aprovaram a estrutura de quartos, enfermarias e UTIs oferecidas pela rede pública de saúde de São Paulo.
A edição de 2010 da Pesquisa de Satisfação dos Usuários SUS também avaliou outros serviços, como as farmácias públicas de medicamentos especializados e serviços que realizam procedimentos de alta complexidade, como quimioterapia, radioterapia, hemodiálise, transplantes e cateterismo.
Dos pacientes que realizaram procedimentos complexos, 93,7% indicaram como excelente ou bom o trabalho executado por médicos e enfermeiros. Além disso, 67% dos pacientes conseguiram agendar seus procedimentos em até 20 dias após o pedido do médico, e 24% deles agendaram para o dia seguinte.
Com relação aos medicamentos especializados, 89,8% dos pacientes indicaram como excelente ou bom o atendimento prestado e 75,1% esperam no máximo uma hora para receberem o remédio.
O objetivo da Pesquisa de Satisfação dos Usuários do SUS é monitorar a qualidade de atendimento e a satisfação do usuário, reconhecer os bons prestadores, identificar possíveis irregularidades e ampliar a capacidade de gestão eficiente da saúde pública.
Fonte: Agência Tucana com Portal do Governo do Estado de São Paulo

Miserável.

Esta foto foi feita hoje, durante o lançamento do Programa Brasil sem Miséria. Acima, outro slogan do governo petista: País Rico é um Pais sem Pobreza. O que está rindo na foto da cerimônia botou R$ 20 milhões na conta em quatro anos. Em dois meses, depois de Dilma já estar eleita e dele comandar o Governo de Transição, embolsou R$ 10 milhões. Do que será que ele está rindo? Só pode ser da nossa cara. Só pode ser deste país miserável chamado Brasil.

Cuba trata Lula como se os U$ 200 milhões do BNDES enterrados lá fossem dele.

Ontem, em Cuba, Raul Castro fez reunião de trabalho com o ex-presidente Lula, para prestação de contas sobre os U$ 200 milhões que o ex-presidente mandou o BNDES afundar na ilha jurássica, para a construção do Porto de Mariel. Lula não é mais nada e não tem delegação ou autoridade para este tipo de reunião. A não ser que tenha alguma participação privada no negócio. Do jeito que o governo petista está, não é de se duvidar. Leia aqui, em espanhol, no Granma.
DO C.NOTURNO

Democracia ou ditadura do PT?


Vergonha!


Trechos da sessão do plenário do Senado Federal de quarta-feira, 1º de Junho de 2011.
O vídeo inicia logo após pronunciamento da senadora Lúcia Vânia (PSDB-GO), quando a senadora Marta Suplicy (PT-SP), que presidia a sessão, coloca de forma autoritária em votação requerimento do senador Marcelo Crivella (PP-RJ) que determinava o encerramento da discussão do PLV 14/2011 (MP 520/2011) quando ainda haviam vários oradores inscritos para debater a matéria.
Em seguida, na edição, segue trecho onde o Senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA) cobra o cumprimento do regimento da Casa, uma vez que os requerimentos e qualquer proposição, para serem aprovados, devem cumprir trâmite previstos. Um exemplo é a própria discussão e encaminhamento pelo plenário de toda proposta.
Após a palavra do senador paraense, o Senador Romero Jucá (PMDB-RR), líder do Governo, propõe a suspensão da sessão por cinco minutos, para que se tente um acordo.
Por fim, outros três senadores fizeram um revezamento na tribuna (Álvaro Dias, Aécio Neves e Demóstenes Torres). Com isso, a oposição venceu o governo e conseguiu derrubar duas medidas provisórias, já que perderiam a vigência após a meia-noite.
A Constituição Federal e a Democracia foram respeitadas. E isto só ocorreu graças a todo o esforço da oposição no Senado Federal. Aqui
DO BLOG ABOBADO

PT e Palocci


Pelo visto o PT se sentiu com forças para contrariar Lula, abrindo uma providencial brecha  para que a oposição pudesse convocar o ministro Palocci a explicar-se .
O PT já discute até possíveis sucessores à Casa Civil: os ministro Gilberto Carvalho e Paulo Bernardo. Entretanto, a indicação de Gilberto Carvalho é de risco pois ele tem pés de barro por ter seu nome fortemente associado à morte de Celso Daniel , que por coincidência, terá seu suposto mandante indo a julgamento em breve. Aliás, o acusado Sergio, o Sombra sabe o valor de uma boa amizade...para o bem e para o mal.
 
Mara Montezuma Assaf
DO B. LILICARABINA

De onde veio o dinheiro?

Corre em Brasília o boato de que o pior problema de Antônio Palocci Filho, ministro da Casa de Irene, notabilizada pelo mensalão, corrupção, prevaricação, dossiês e tamiflus, seria outro, em meio a todas as denúncias: os cheques que pagaram o seu estupendo apartamento de R$ 6,6 milhões não seriam dele ou da sua empresa. Lembram que ele informou que pagou o imóvel com dois cheques, um de R$ 3,6 milhões e outro de R$ 3 milhões? Pois bem. Os cheques seriam de  empresas diferentes, ambas doadoras da campanha de Dilma Rousseff. Os cheques, assim sendo, não teriam caído na conta de Palocci, não havendo movimentação financeira captada pelo COAF, pois teriam sido repassados diretamente à construtora.

Recordar é viver... Lembram da cartinha abaixo? Cliquem sobre ela e ampliem para ler.


Logo no início de novembro, com Dilma já eleita, os companheiros realizaram uma nova campanha para doações. O mais estranho de tudo é que não havia, na carta, uma conta oficial onde deveriam ser depositadas as doações. Tudo era feito com base em um telefonema ou em um pedido de informações por email. Pois é. À epoca, publicamos um post que dizia:

Se você fosse empresário e fornecedor do governo federal, como se sentiria? Poderia pensar que, se não contribuir, poderá entrar em alguma lista negra? Não pensaria com os seus talões, assim, bem vou pegar R$ 1 mil, R$ 5 mil, R$ 10 mil, R$ 100 mil e depositar lá? Melhor ser precavido, pois se eles são capazes de enviar uma carta destas, do que não serão capazes em quatro anos de governo?

Eles não precisaram quatro anos. Hoje o terceiro governo petista está completando seis meses e o Coordenador Financeiro da Campanha de Dilma Rousseff não consegue justificar de onde tirou R$ 20 milhões em quatro anos, sendo que R$ 10 milhões foram obtidos depois da cartinha acima, enviada a empresários. É isso mesmo: R$ 10 milhões, em apenas dois meses. Depois da cartinha. Casualmente.

Tchau, Palocci.

 Dilma com o PMDB: no Palácio, sem Palocci.

A coluna de Dora Kramer, no Estadão e diversos jornais do país, intitulada "Não tem solução":

O ministro Antonio Palocci não tem mais como ficar no governo e quem diz isso não é a oposição. A esta provavelmente interessaria que ele ficasse na Casa Civil ao ponto de desgaste tão insustentável que se efetivasse o funcionamento de uma CPI. Confirmada a convocação aprovada ontem na Comissão de Agricultura na Câmara, são quase nulas as chances de Palocci dar um show de convencimento. Não depois de tanta luta para se esconder. Derrubar a convocação, faltar? É pior.


Quem diz que Antonio Palocci não tem como ficar no governo é a situação. Aí entendida tanto quanto à posição dos governistas quanto ao agravamento das circunstâncias. O exame dessas duas variantes resulta numa conclusão: a saída de Palocci da Casa Civil, e provavelmente da vida pública, no momento só depende da definição de quando e como ocorrerá o desfecho. Pelo menos dois ministros já são vistos na cabeceira da pista para assumir a Casa Civil: Paulo Bernardo, das Comunicações, e José Eduardo Cardozo, da Justiça. Se a escolha realmente recairá sobre um dos dois, é algo ainda fora do campo de visão.

O que a paisagem nos mostra claramente é a perda de condições de Palocci de funcionar como o previsto pelo governo: politicamente frágil, não pode fazer articulação política; moralmente baqueado, perdeu credibilidade para atuar na interlocução intra e extraministérios; na berlinda, não pode frequentar uma solenidade oficial sem que seja o foco de todas as atenções. Em resumo: toma, e de forma negativa, todo o espaço da cena. Tornou-se um problema quando era para ser uma solução. E para enfrentar um problema só há dois caminhos: resolvê-lo ou livrar-se dele.

A possibilidade de uma solução razoavelmente indolor ficou perdida neste quase um mês de carência de explicações e abundância de suspeições. Se o procurador-geral da República resolver abrir investigações, confirma-se a razão das suspeitas. Se não, a oposição ganha mais um argumento em favor da abertura da investigação parlamentar. Pergunte-se a qualquer governista na posse plena de serenidade mental o motivo de Palocci não ter-se defendido e a resposta é uma só: não há explicação que não suscite novos e mais graves questionamentos.

Portanto, não há remédio. A respeito dessa sinuca falam os petistas que nos últimos dias resolveram compartilhar com o público suas impressões sobre o episódio e a falta de cerimônia dos demais partidos da base em manifestar suas opiniões. Uma nítida sinalização de que não há mais o que salvar e, portanto, salve-se quem puder conseguir agora posição melhor na fotografia desse cenário adverso. Quando uma defensora do governo como a senadora Gleisi Hoffmann aborda o afastamento do ministro durante uma reunião cujo conteúdo obviamente acabaria vindo a público, é de se imaginar que não se motive pelo mero desejo de ver o marido, Paulo Bernardo, como substituto dele na Casa Civil.

Além de não falar sozinha, a senadora não é tola nem primária. A justificativa apresentada por ela ao alegar que o caso Palocci é "pessoal", e que no mensalão houve motivação coletiva, mais a informação do senador Eduardo Suplicy sobre uma consultoria de R$ 1 milhão, com taxa de sucesso para uma fusão de empresas, mostram que quanto mais se fala nesse episódio mais complicado fica. Por isso, a cada dia se dilui a veemência das defesas, bem como na mesma proporção se animam os oportunistas a dar vazão aos seus baixos instintos.

O deputado Anthony Garotinho confere folclore ao chantagear o governo sabendo perfeitamente que o Planalto não pode mais resolver a questão no varejo e ao ironizar chamando as suspeitas que pesam sobre Palocci de "diamante de R$ 20 milhões". Sem maiores preocupações com detalhes como compostura e nome a zelar, diverte-se. Em tese, a demissão de Palocci não deveria encerrar a questão, pois o caso em si do enriquecimento suspeito permanece em aberto. Mas, olhando as coisas sob o prisma do pragmatismo governamental, hoje o preço da retirada é o mais barato que o Planalto poderia conseguir para tirar o assunto de pauta.

PT também abandona Palocci e já discute quem ocupará o seu posto.

Do Estadão:

Na contramão da estratégia traçada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, dirigentes e líderes do PT não só querem a saída do ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, como já discutem pelo menos dois nomes para substituí-lo. O argumento é o de que a manutenção de Palocci provoca enorme desgaste ao governo da presidente Dilma Rousseff e sua preservação aumentará ainda mais a crise política. Um sintoma da mudança de tom em relação a Palocci ocorrerá na reunião desta quinta-feira, 2, da Executiva Nacional do PT, em Brasília. Na prática, o partido de Dilma lavará as mãos: não produzirá resolução apoiando o ministro, mas também não pedirá sua cabeça em público.

A fragilidade cada vez maior de Palocci - convocado nesta quarta-feira, 1º, para prestar esclarecimentos na Comissão de Agricultura da Câmara - já alimenta uma disputa fratricida no PT pelo espólio da Casa Civil. Dois nomes são citados para a vaga: Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral) e Paulo Bernardo (Comunicações). Para queimar Bernardo, grupos que se opõem a ele vazaram a informação de que a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) pedira a saída de Palocci em um almoço oferecido a Lula, em Brasília, na semana passada. Foi uma tentativa de constrangimento, já que Gleisi é mulher de Bernardo.

Ela telefonou para Palocci nesta quarta para desfazer o que chamou de "intriga" com o objetivo de atingir Bernardo. No almoço com Lula, a senadora perguntou ao ex-presidente até que ponto valia "queimar gordura" para defender Palocci por causa de um projeto pessoal do ministro, se ele não dava explicações sobre a evolução do seu patrimônio. Com o governo sob cerco político, outros petistas reforçaram nesta quarta o coro das cobranças a Palocci, acusado de enriquecimento ilícito e tráfico de influência. De nada adiantaram os apelos de Lula, que, antes de viajar para Cuba, chamou companheiros a seu escritório, em São Paulo, para pedir que não rifassem o chefe de Casa Civil. "Se vocês não segurarem Palocci, a oposição não vai dar sossego", disse Lula.

Procurador Geral da República "procura" apenas uma parte do que Palocci está escondendo. Está "procurando", em primeiro lugar, um jeito de ficar no cargo.

Da Folha de São Paulo:

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, não fez nenhuma pergunta ao ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, sobre o aumento do seu patrimônio. Gurgel apenas encaminhou as representações dos partidos de oposição e pediu que ele se manifeste a respeito. Na prática, isso significa que Palocci poderá falar de forma genérica, uma vez que o procurador nada perguntou. O ministro encaminhou parte de suas explicações na sexta-feira. Ontem enviou a segunda parte. A oposição ingressou com cinco representações com pedido para que a Procuradoria apure indícios de enriquecimento ilícito, tráfico de influência, improbidade administrativa e prevaricação.

A partir da resposta de Palocci, Gurgel tomará a decisão de abrir ou não investigação. O Planalto aposta na não abertura de um inquérito para tentar resolver a crise. As denúncias contra Palocci e a possibilidade de abertura de uma investigação criminal acontecem em um momento-chave para o atual procurador-geral.Desde 5 de maio, o nome de Gurgel está, junto ao de outros dois procuradores, na mesa da presidente Dilma para ela decidir quem comandará o Ministério Público Federal nos próximos dois anos. Ele é o favorito. Em paralelo à Procuradoria, o Ministério Público Federal do DF abriu investigação para apurar se Palocci enriqueceu ilicitamente. O foco é apurar se sua evolução patrimonial é compatível com ganhos de sua empresa. Se não for, o ministro poderá responder por improbidade administrativa. 

PT dá prazo até terça para Palocci pedir demissão.

Ao postergar para terça-feira a decisão de acatar ou não a convocação para depoimento na Comissão de Agricultura, o presidente do PT, Marco Maia, deu o tempo que Antônio Palocci Filho, ministro da Casa de Irene, onde sempre imperou o mensalão, a prevaricação, a corrupção, os dossiês e os tamiflus, pedir demissão do cargo e ir curtir os seus secretos milhões, ganhos em lugares incertos e não sabidos. A matéria abaixo é da Folha de São Paulo.

Um novo revés sofrido pelo governo no Congresso agravou ontem a situação do ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, ampliando as dificuldades que ele encontra para se livrar da desconfiança em torno de seus negócios como consultor de empresas. Uma comissão da Câmara dos Deputados aprovou a convocação do ministro para explicar a atuação de sua consultoria, que faturou R$ 20 milhões no ano passado, quando Palocci exerceu o mandato de deputado federal e chefiou a campanha da presidente Dilma Rousseff. A convocação foi aprovada sem que o PT e outros partidos governistas se mobilizassem em defesa de Palocci. A base do governo só esboçou uma reação no fim do dia, quando o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-SP), anunciou a suspensão da convocação até terça-feira.

Sinais das dificuldades do ministro apareceram em toda parte. Em conversas reservadas, Dilma e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ampliaram a pressão para que o chefe da Casa Civil rompa o silêncio e explique seus negócios em público. O senador Eunício Oliveira (PMDB-CE), que faz parte da base do governo, avisou que na próxima semana a Comissão de Constituição e Justiça do Senado votará outro requerimento para que Palocci seja convocado a depor. Várias lideranças petistas procuraram se distanciar de Palocci nos últimos dias, cobrando explicações sobre seu enriquecimento e evitando assumir sua defesa em público. A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), mulher do ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, chegou a sugerir que ele deixe o cargo.

O próprio Marco Maia fez cobranças ontem depois de anunciar que iria "congelar" a convocação do ministro por alguns dias. "O Palocci tem que se explicar", afirmou. O governo está trabalhando para evitar a paralisia provocada pelas suspeitas em torno do ministro, anunciando iniciativas como a privatização de três dos principais aeroportos do país e um novo plano de combate à miséria. A convocação de Palocci foi aprovada na Comissão de Agricultura da Câmara, quando os principais líderes do governo participavam de uma reunião no Palácio do Planalto com Dilma e o próprio Palocci. Segundo participantes do encontro, o ministro abaixou a cabeça e se calou ao receber a notícia.

Políticos comentavam desde a véspera que a oposição escolhera a Comissão de Agricultura como palco para a convocação. Um deputado do PT disse a um senador do partido que parte da bancada decidiu deixar "correr frouxa" a sessão na comissão, que é comandada pelo DEM. Na hora da votação, o presidente da comissão, Lira Maia (DEM-PA), pediu aos deputados que concordavam com a convocação de Palocci que ficassem como estavam. Alguns levantaram os braços, votando contra. Não houve contagem dos votos e imediatamente Lira Maia anunciou a aprovação da convocação do ministro. Trinta deputados da base governista apresentaram à noite um requerimento para tentar derrubar a decisão. Maia prometeu analisar vídeos e outros registros da sessão antes de resolver o que fazer.
Lula e Dilma abandonam o companheiro Palocci.

Da Folha de São Paulo:

O ex-presidente Lula disse ao ministro Antonio Palocci (Casa Civil) que fez a sua parte e que, a partir de agora, cabe a ele se defender para pôr um fim à crise política. A presidente Dilma recomendou o mesmo a seu ministro, dizendo que ele deve dar uma explicação pública sobre seu crescimento patrimonial o mais rapidamente possível.Os dois recados foram dados dentro de uma avaliação de que a crise já começa a deteriorar a imagem do governo Dilma e que esse processo precisa ter um "limite".Segundo a Folha apurou, Lula disse a Palocci que agora ele é o único que pode dar explicações sobre o caso e que, politicamente, não pode mais ficar em silêncio.

O ex-presidente comentou reservadamente que não cabe mais a ele e ao Palácio do Planalto fazerem a defesa do ministro, porque isso não teria mais o efeito esperado.A crise envolvendo Palocci começou depois que a Folha revelou que o seu patrimônio multiplicou 20 vezes nos últimos quatro anos, período em que atuou como consultor.A pressão para que ele fale publicamente cresce desde a semana passada, quando aumentou a insatisfação da presidente Dilma com o silêncio de seu ministro.Inicialmente, Palocci cogitava falar apenas após o pronunciamento do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, que analisa um pedido de abertura de investigação requerido pela oposição.

Agora, a avaliação do governo é que ele não pode mais esperar e teria de se antecipar para evitar colocar mais pressão sobre o procurador da República.Segundo a Folha apurou, Palocci ainda conta com o apoio firme de Lula e da presidente Dilma, mas a avaliação do governo é que está havendo um certo esgotamento de seu suporte dentro do PT, o que agrava a sua situação. Um pronunciamento público poderia estancar o desgaste de haver petistas criticando o silêncio de Palocci. O governo espera que o chefe da Casa Civil aceite as recomendações e fale hoje publicamente sobre o caso.

Até aqui, além de Lula, os ministros Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral) e José Eduardo Cardozo (Justiça) foram os que mais defenderam publicamente o ministro. Mas isso não impediu que os petistas dentro do Congresso cobrassem uma explicação oficial de Palocci, primeiro reservadamente e, nos últimos dias, explicitamente. A preocupação do governo aumentou depois que o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) relatou que Palocci teria dito que havia ganhado R$ 1 milhão assessorando um processo de fusão de empresas no setor privado. Nesse caso, a operação poderia ter envolvido órgãos públicos de defesa da concorrência, o que pode gerar questionamentos sobre a atuação de Palocci. Diante da aparente falta de apoio no PT, o presidente do partido, Rui Falcão, convocou uma reunião da Executiva para dar o que é chamado de "ordem unida", tentando evitar que o "fogo amigo" fragilize mais o ministro.