sábado, 11 de junho de 2016

Justiça quebra segredo dos cartões corporativos usados por Rosemary Noronha, a amante de Lula

Está chegando ao final um dos maiores mistérios da República. Os autos do Mandado de Segurança 20895, impetrado pelo repórter Thiago Herdy e por O Globo já estão conclusos desde 27 de março, na mesa do ministro Napoleão Nunes Maia Filho, do Superior Tribunal de Justiça, para que mande cumprir o acórdão da 1ª Seção da corte, que autorizou o acesso aos dados do cartão corporativo do governo federal usado pela ex-chefe da representação da Presidência da República em São Paulo, Rosemary Nóvoa de Noronha, a amante de LulaX9 (ele delatava companheiros para o Dops paulista durante a ditadura militar, conforme Romeu Tuma Jr, em seu livro "Assassinato de Reputações"). O tribunal acolheu pedido feito pela rede de jornais Infoglobo e pelo jornalista Thiago Herdy Lana para terem acesso aos gastos, com as discriminações de tipo, data, valor das transações e CNPJ/razão social. Como se sabe, desde a década de 1990, quando se conheceram no Sindicato dos Bancários de São Paulo, numa reunião conduzida pelo dirigente sindical João Vaccari Neto, Rosemary era concubina do então líder sindical Lula. Em 2003, ao assumir o poder, Lula trouxe a companheira para perto de si, nomeando-a para o importante cargo de chefe de gabinete da Presidência da República em São Paulo. E o romance prosseguiu, com o presidente usufruindo da companhia de Rose em 32 viagens internacionais que tiveram a ausência da primeira-dama. Tudo continua bem, até que novembro de 2012, já no governo Dilma Rousseff, Rose acabou envolvida na Operação Porto Seguro, da Polícia Federal, que investigou venda de pareceres técnicos para liberação de obras favorecendo empresas privadas, e foi imediatamente demitida e está respondendo a processo. Desde 2013, já rolava na Justiça o mandado de segurança apresentado pelo repórter Thiago Herdy e pelo O Globo para quebrar o sigilo dos gastos do cartão de Rosemary Noronha, sob argumento de que o acesso a documentos administrativos tem status de direito fundamental, consagrado na Constituição Federal e em legislação infraconstitucional. Em 2014, quando cresceu no PT o movimento "Volta, Lula", para que o ex-presidente Lula fosse candidato, Dilma Rousseff resistiu e não quis abrir mão da candidatura. Lula insistiu e ela então lançou sobre a mesa a cartada decisiva, ameaçando divulgar os absurdos gastos de Rose no cartão corporativo da Presidência, que se tornariam um escândalo capaz de destruir a campanha eleitoral do PT, Lula foi obrigado a recuar. Para o relator do caso no STJ, ministro Napoleão Nunes Maia Filho, a recusa de fornecer os documentos e as informações a respeito dos gastos efetuados com o cartão corporativo, com o detalhamento solicitado, constitui violação ilegal do direito líquido e certo da empresa e do jornalista de terem acesso à informação de interesse coletivo, assegurado pela Constituição e regulamentado pela Lei 12.527/11 (Lei de Acesso à Informação). "Inexiste justificativa para manter em sigilo as informações solicitadas, pois não se evidencia que a publicidade de tais questões atente contra a segurança do presidente e vice-presidente da República ou de suas famílias, e nem isso ficou evidenciado nas informações da Secretaria de Comunicação", afirmou em seu parecer. "A divulgação dessas informações seguramente contribui para evitar episódios lesivos e prejudicantes; também nessa matéria tem aplicação a parêmia consagrada pela secular sabedoria do povo, segundo a qual é melhor prevenir do que remediar", concluiu o ministro, que vai mandar cumprir a sentença do STJ. Segundo o jornalista Cláudio Humberto, do site Diário do Poder, nos governos petistas de Lula e Dilma, de 2003 a 2015, os gastos com cartões corporativos já somaram R$ 615 milhões, o que significa mais de R$ 51 milhões por ano, enquanto em 2002, último ano do governo Fernando Henrique Cardoso, a conta dos cartões foi de apenas R$ 3 milhões. Cerca de 95% dessas despesas são "secretas", por decisão do então presidente Lula, que alegou "segurança do Estado", após o escândalo de ministros usando essa forma de pagamento em gastos extravagantes, como pagar tapiocas, resorts de luxo, jantares, cabeleireira, aluguel de carro, etc... Claudio Humberto diz que a anarquia chegou ao ponto de um alto funcionário do Ministério das Comunicações quitar duas mesas de sinuca usando o cartão, enquanto em São Bernardo seguranças da família do então presidente Lula pagavam equipamentos de musculação com cartão corporativo e compraram R$ 55 mil em material de construção para a filha dele, Lurian. Quando o sigilo for quebrado, esta nação vai estremecer. DO VIDEVERSUS


Alvo de disputa com Dilma, EBC poderá ser extinta pelo governo Temer

Sede da Empresa Brasil de Comunicação - Divulgação
O fim da EBC tem apoio de Geddel Vieira Lima, ministro-chefe da Secretaria de Governo, e de Moreira Franco, secretário-executivo do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI).
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Desde que Dilma Rousseff foi afastada da presidência no dia 12 de maio, o comando da estatal responsável pela TV Brasil é disputado entre a petista e Temer. O interino chegou a demitir o jornalista Ricardo Melo da presidência da EBC, nomeado por Dilma pouco antes da aprovação do processo de impeachment pelo Senado, e a escalar o jornalista Laerte Rimoli para a presidência da empresa. No entanto, uma liminar do ministro Dias Toffoli, do STF, reconduziu Melo ao cargo na semana passada. Rimoli, quando assumiu, fez demissões de quadros supostamente ligados ao PT, extinguiu o termo “presidenta” usado na gestão de Dilma e apontou mudanças na programação. Também cancelou dois contratos de parceria com a TV dos Trabalhadores, ligada à CUT. Ao retornar ao posto, Melo anunciou que vai revisar todos os atos tomados pelo antecessor.
Na última quinta-feira, a TV Brasil exibiu uma entrevista com Dilma feita pelo jornalista Luis Nassif. A veiculação estava até então suspensa por pressão de funcionários da empresa pública, também segundo o blog do Moreno. A EBC afirmou, contudo, que nunca houve qualquer impedimento. Também ressaltou que encaminhou solicitação de entrevistas, no mesmo formato, a Temer, ao presidente do Senado, Renan Calheiros, e ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski. do o globo