Quem teria estruturado a operação que envolve a Andrade Gutierrez é ninguém menos do que Antonio Palocci, que coordenou a campanha de Dilma em 2010. Era um dos seus “Três Porquinhos”. Os outros dois são José Eduardo Cardozo, hoje na Advocacia-Geral da União, e José Eduardo Dutra, que já morreu
É,
senhores deputados, pensem bem na hora de votar no dia 15… Será que vale
a pena se vender no Mercadão do Lulão. Digamos, para efeitos de
raciocínio, que não se consigam os 342 votos. Alguém realmente acredita
que esse governo chegue ao fim? Só se for maluco.
O sujeito
corre o risco de se prostituir politicamente e ainda ficar sem o
benefício prometido, não é? É um passo para a ruína da carreira
política. Se os senhores parlamentares ainda não perceberam, há uma nova
sociedade nas ruas, com mecanismos também novos de memória e
vigilância.
Por que digo
isso? Porque é evidente que falta ainda saber muito da Operação Lava
Jato. Não tem jeito, não! O crime está entranhado na alma dessa gente. É
um modo de fazer as coisas, de ver o mundo, de entender a política, de
gerir o estado.
Desde que os diretores da Andrade Gutierrez decidiram fazer delação premiada, o solo treme em Brasília. Pois bem: informa a Folha desta
quinta que a empreiteira fez, sim, dações registradas às campanhas de
Dilma de 2010 e 2014. Mas a legalidade de superfície esconde, nas
profundezas, a propina. O dinheiro teria origem em obras superfaturadas
da Petrobras e do setor elétrico.
A informação
consta da delação premiada de Otávio Azevedo Marques, ex-presidente da
empreiteira, e de Flávio Barra, ex-diretor. A dupla elaborou até
planilhas para a compreensão do esquema, com doações feitas em 2010 e
2014 (eleições de Dilma) e 2012 (pleitos municipais). Só na última
disputa presidencial, a campanha da petista recebeu R$ 20 milhões. Da
dinheirama, pelo menos R$ 10 milhões teriam origem em obras
superfaturadas.
Segundo
Azevedo Marques, o propinoduto estava relacionado às obras do Complexo
Petroquímico do Rio, à usina nuclear Angra 3 e à hidrelétrica de Belo
Monte.
A reportagem
informa que a delação da Andrade Gutierrez — ao todo, 11 executivos
prestaram depoimento — inclui obras da Copa do Mundo e atingem PT e
PMDB. Entraram no rolo o Maracanã, o Mané Garrincha e a Arena Amazonas.
Quem teria
estruturado a operação que envolve a Andrade Gutierrez é ninguém menos
do que Antonio Palocci, que coordenou a campanha de Dilma em 2010. Era
um dos seus “Três Porquinhos”. Os outros dois são José Eduardo Cardozo,
hoje na Advocacia-Geral da União, e José Eduardo Dutra, que já morreu.
Bem, meus
caros, todo mundo nega tudo, é claro! Ouvida, a direção do PT se saiu
com uma muito boa: afirmou que a empreiteira doou mais à campanha de
Aécio Neves do que à de Dilma em 2014 e disse estranhar que não haja
denúncia, então, contra o PSDB.
Essa é
daquelas falsas lógicas asininas que só servem aos tolos. Se a Andrade
Gutierrez fez ou não doações ilegais aos PSDB, não sei. Não há
informações a respeito até agora. Mas é fácil saber por que os tucanos
não cobraram propina da empreiteira na Petrobras, em Belo Monte ou em
Angra 3: o partido não apitava por lá, né? Afinal, não estava no comando
das estatais. Tenham paciência!
E, claro, o
PT disse ter recebido apenas doações legais. Vai ver os empreiteiros
fazem delação premiada e confessam crime apenas para chatear os
companheiros…
Não tem jeito, não, senhores! Esse governo não consegue sobreviver à própria biografia.
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