quinta-feira, 11 de junho de 2015

EVASÃO DE DIVISAS: PF ESTOURA CONEXÃO VENEZUELA-BRASIL-HONG KONG. EX-VICE-PRESIDENTE DO BANCO DO BRASIL ESTÁ PRESO.

Polícia Federal apreendeu R$ 1 milhão em espécie (reais e euros), lingotes de ouro e um diamante.
A Polícia Federal informou nesta quinta-feira, 11, que pertence à estatal petrolífera venezuelana, a PDVSA (Petróleos de Venezuela), uma das contas operadas pela organização criminosa alvo da Operação Porto Victória para evasão de divisas daquele País. As transações eram realizadas por meio de operações de comércio exterior fictícias fechadas em São Paulo.
A PF identificou titulares de contas em Caracas, entre eles empresários, interessados na fuga de capitais do País vizinho. Uma das contas usadas é da PDVSA. “A Venezuela vive uma grave crise econômica e estão aproveitando para tirar recursos de lá”, informou o delegado Alberto Ferreira Neto, que integra a Delegacia de Repressão a Ilícitos Financeiros e Desvios de Recursos Públicos, braço da PF em São Paulo.
Por meio da conta da PDVSA transitavam valores que, na ponta da transação, iam parar no sistema financeiro de Hong Kong. Um paraíso turístico daquele País asiático chama-se Porto Victória e deu nome à operação desencadeada nesta quinta-feira, 11, pela PF.
Os agentes e delegados mobilizados – efetivo de 130 policiais – cumpriram 11 mandados de prisão, um deles do ex-vice-presidente do Banco do Brasil, Allan Simões Toledo, hoje diretor do Banco Banif. A Porto Victória apreendeu R$ 1 milhão em espécie – reais e euros – além de lingotes de ouro e um diamante.
A PF informou que a próxima etapa da missão vai mirar em clientes de doleiros que realizavam exportações fictícias para de maquinário industrial para a Venezuela. Os contratos de câmbio e de comércio exterior eram fraudados por meio de expedientes no Banif, com a participação de Allan Toledo, segundo a Porto Victória.
Segundo a PF, o esquema se baseou na especialização da retirada ilegal de divisas da Venezuela por meio de importações fictícias promovidas por empresas brasileiras que tinham como fim somente a movimentação financeira. Os produtos brasileiros eram superfaturados em até 5000% para justificar a remessa dos valores vindos da Venezuela. Em geral, a documentação indicava exportação de máquinas moedoras de carne e processamento de camarão.
Em seguida, empréstimos e importações simuladas justificavam o envio dos recursos para Hong Kong, de onde então era encaminhados para outras contas ao redor do mundo. Do blog do Fausto Macedo/Estadão
DO ALUIZIOAMORIM

Dilma precisou de apenas 15 dias e duas entrevistas para transformar em quinteto o quarteto de ladrões da Petrobras e mandar para o espaço 60 mil funcionários da estatal



Dilma durante entrevista concedida à TV France 24 (Foto: Roberto Stuckert Filho)
Dilma durante a entrevista concedida à TV France 24 (Foto: Roberto Stuckert Filho)
Na assombrosa entrevista ao jornal mexicano La Jornada, publicada em 24 de maio no Portal do Planalto, Dilma Rousseff insultou o Brasil que pensa com outra versão forjada para provar que não existem diferenças notáveis entre o maior esquema corrupto descoberto desde o Dia da Criação e um arrastão na praia de Copacabana. Para demonstrar que o noticiário sobre o Petrolão confirma que a imprensa faz muito barulho por nada, o neurônio solitário caprichou na vigarice aritmética.
“A Petrobrás tem 90 mil funcionários, quatro funcionários foram e estão sendo acusados de corrupção”, recitou. Tradução: em vez de destacar a cupidez de alguns gatos pingados, jornais, revistas, emissoras de rádio e canais de TV deveriam festejar com pompas e fitas os 89.996 funcionários que não atropelaram o Código Penal. A única faxineira do planeta que não consegue viver sem sujeira por perto sempre se supera quando instada a discorrer sobre o que chama de “malfeitos”.
E não há perigo de melhorar, avisa a reprise da tapeação inaugurada na conversa com o crédulo mexicano. Reapresentada neste 8 de junho, durante a entrevista à TV France 24, a tese ressurgiu com estranhas oscilações numéricas. “O escândalo da Petrobras não é escândalo da Petrobras, é escândalo de um determinado funcionário que era diretor na Petrobras”, ensinou Dilma na abertura do numerito. Em apenas quinze dias, os quatro larápios da declaração ao La Jornada foram reduzidos a um.  Paulo Roberto Costa, provavelmente.
No minuto seguinte, numa frase só, Dilma acabou com a solidão de Paulinho do Lula e reduziu dramaticamente o quadro funcional da estatal saqueada. “É muito importante entender que a Petrobras tem mais de 30 mil empregados e tem cinco envolvidos”, advertiu a doutora em nada. Portanto, os quatro que viraram um agora são cinco. E dos 90 mil funcionários de 24 de maio sobraram 30 mil. Nada menos que 60 mil desapareceram  sem explicações. É muita gente ─ mesmo para quem é capaz de transferir para a classe média multidões de miseráveis que continuam esmolando nas esquinas do Brasil.
Como fez com os leitores mexicanos, Dilma sonegou também aos telespectadores franceses a identidade dos responsáveis pela roubalheira colossal. Jornalistas deduziram que o quarteto de 24 de maio era composto por Pedro Barusco, ex-gerente, e três diretores nomeados por Lula e mantidos no cargo pela afilhada: Paulo Roberto Costa, Nestor Cerveró e Renato Duque. Mas segue à espera de identificação o malfeitor que transformou o grupo em quinteto e Dilma manteve no anonimato. Talvez estivesse pensando em José Sérgio Gabrielli?.
Alguns otimistas incuráveis acham que os quatro viraram cinco graças à incorporação de Lula ao elenco da Lava-Jato. É uma hipótese altamente improvável. O ex-presidente não foi funcionário da Petrobras. Por enquanto, só estão na mira da Polícia Federal algumas doações suspeitíssimas da Camargo Corrêa ao Instituto Lula e à LILS, empresa que cuida das atividades do palestrante que não sabe escrever e jamais leu um livro. É só um cisco no monturo imenso. É um pedaço de lama no pântano amazônico.
Se a PF e a Justiça cumprirem seu papel, a continuação da história vai mostrar que acabou de entrar em cena o astro do elenco do primeiro épico político-policial à brasileira. No papel de chefão, naturalmente.
DO AUGUSTONUNES

HISTÓRIA DA DECADÊNCIA BRASILEIRA



Maria Lucia Victor Barbosa

Na sua obra Espanha Invertebrada escreveu José Ortega y Gasset: “A história de uma nação não é somente a do seu período formativo e ascendente, mas também a história de sua decadência”. Tudo indica que entramos na história de nossa decadência desde que o governo petista assumiu o cargo mais alto da República.
Lula da Silva reinou em seu primeiro mandato sobre as águas mansas do Plano Real, das políticas públicas do governo anterior. Viajou muito, tornou-se amigo dos piores ditadores mundiais, gozou como nenhum outro presidente das delícias do poder. Delícias, aliás, compartilhadas com os companheiros cortesãos.
No segundo mandato se iniciará a decadência, desenhando-se o que viria em termos econômicos enquanto escândalos de corrupção aumentavam de volume e velocidade. Entretanto, o endeusamento de Lula da Silva, o inocente que nada via, de nada sabia, se mantinha pela força de sua lábia e ele emplacou o “terceiro mandato” através da eleição de Dilma Rousseff.
Os quatro anos desta senhora podem ser descritos como descalabro total. Sob as ordens de Lula ela quebrou a Petrobras e outras estatais, destruiu a indústria, arrebentou o país como um todo. Mesmo assim, com pequena diferença sobre seu adversário Rousseff foi reeleita pregando que Aécio Neves seria o exterminador do futuro brasileiro.
Logo no início do segundo mandato de Rousseff emerge, porém, o inevitável resultado da incompetência governamental, dos truques contábeis, da distorção dos dados: aumento da inflação, do desemprego, da inadimplência, das contas públicas, dos juros, dos impostos. Situação que Joaquim Levy tenta consertar preparando a volta de Lula, mas jogando o peso dos erros do governo sobre as costas do povo. São tempos duríssimos que não acabarão tão cedo, em que pesem as otimistas e sempre erradas previsões dos economistas.
Mas não é apenas econômica a decadência em que o governo de Lula da Silva nos mergulhou. Houve perda de valores e uma crescente amoralidade.
Aqui darei apenas um exemplo dos muitos que poderiam ser apresentados nesse aspecto. Como atinge a formação de crianças desde a mais tenra idade considero criminosas as tentativas que vem sendo feitas pelo governo de se impor como manipulador educacional sexual. No momento ressurge a ideologia de gênero, elaborada através de documento que servirá para formulação de planos municipais, pelo Fórum Nacional de Educação. Nesta construção arbitrária não existe diferença entre menino ou menina, não são levados em conta dados biológicos e psicológicos da identidade humana. O ser humano é considerado como assexuado e deverá escolher se quer ser masculino ou feminino. Seria como revogar a lei da gravidade.
Em magistral artigo, Educação Sexual Compulsória, publicado no Estado de S. Paulo em 08/06/2015, analisa Carlos Alberto di Franco as distorções dessa, diria eu, deseducação:
1) “A confusão causada nas crianças no processo de formação de sua identidade, fazendo-a perder referências; 2) a sexualização precoce, na medida em que a ideologia de gênero promove a necessidade de uma diversidade de experiências sexuais para a formação do próprio gênero; 3) a abertura de um perigoso caminho para a legitimação da pedofilia, uma vez que a ‘orientação’ pedófila é considerada também um tipo de gênero; 4) a banalização da sexualidade humana, dando ensejo ao aumento da violência sexual, sobretudo contra mulheres e homossexuais; 5) a usurpação da autoridade dos pais em matéria de educação dos filhos, principalmente em temas de moral e sexualidade, já que todas as crianças serão submetidas à influência dessa ideologia, muitas vezes sem o conhecimento ou consentimento dos pais”.
Ao tratar desse grave tema que toda sociedade devia tomar conhecimento fatalmente serei tachada de conservadora, o mais novo xingamento utilizado pelo neoesquerda para desqualificar os que não rezam por sua cartilha. Quero lembrar que a tese conservadora, assim como a progressista evoluiu ao longo do tempo em seu significado, mas, em essência, o conservadorismo se refere à natureza humana não modificável pela ação prática, porquanto mergulha suas raízes em uma realidade sobre-humana, a vontade divina. Em outras palavras, somos dotados de uma consciência e sabemos distinguir o bem do mal, em que pesem as várias noções de moral de cada sociedade.
Ao mesmo tempo, o conservadorismo indica que o poder político confiado ao homem é intrinsecamente tirânico se não for controlado. Daí a constante preocupação dos conservadores com a existência de mecanismos de limitação do poder e, principalmente, pela supremacia da lei.
Nesse sentido assumo ser conservadora, sendo ao mesmo tempo uma entusiasta de todo progresso que traga benefícios à humanidade. Lamentável é a decadência em que os autodenominados progressistas da neoesquerda impingiram à nação brasileira.
Maria Lucia Victor Barbosa é socióloga.
mlucia@sercomtel.com.br
www.maluvibar.blogspot.com.br
DO R,DEMOCRATICA