terça-feira, 19 de março de 2019
Basta discordar de cotas raciais, ideologia de gênero etc. No mínimo,
você é um transfóbico, homofóbico, islamofóbico e por aí vai. Artigo de
Ricardo Bordin, via Instituto Liberal:
Você discorda do emprego de cotas raciais para ingresso em
instituições de ensino ou para ocupar cargos na máquina estatal? Acha
errado atribuir ao racismo o fato de que muitos negros morrem em
confrontos com a polícia? Considera injusto culpar os brancos da
presente geração da humanidade pelo sistema escravocrata de séculos
atrás, especialmente levando em conta que inúmeros povos de pele clara
também foram escravizados no decorrer da História?
Se respondeu SIM para tais questões, você será tratado por
jornalistas, estudiosos e demais agentes da patrulha politicamente
correta como RACISTA.
Você discorda do emprego de cotas para mulheres nas campanhas
eleitorais? Acha que o alardeado déficit salarial de gênero, em verdade,
não existe? Considera que muitas mulheres no Brasil estão morrendo não
por uma questão sexista, mas sim porque a violência urbana desenfreada
em nosso país atinge a todos sem distinção?
Se respondeu SIM para tais questões, você será tratado por
jornalistas, estudiosos e demais agentes da patrulha politicamente
correta como MACHISTA e MISÓGINO.
Você discorda da política de fronteiras abertas adotada em boa parte
da Europa? Considera que a imigração em massa, sem o devido controle,
pode levar à corrosão dos valores que moldaram o comportamento dos povos
daquele continente? Acha que seria correto exigir que os migrantes
adaptem-se à cultura local em vez de viver em guetos onde impera sua
própria lei? Você julga que o código de conduta do Islã apresenta alguns
preceitos que são incompatíveis com nossas legislação e visão de mundo?
Se respondeu SIM para tais questões, você será tratado por
jornalistas, estudiosos e demais agentes da patrulha politicamente
correta como XENÓFOBO e ISLAMOFÓBICO.
Você julga errado criminalizar a opinião de quem, como pastores
evangélicos, acha a homossexualidade uma prática que deve ser
respeitada, mas não incentivada? Considera sem sentido criar cotas para
gays e transexuais em instituições de ensino estatais e em concursos
públicos? Pensa que é ultrajante submeter crianças a terapias de
“redesignação de sexo” desde a mais tenra idade?
Se respondeu SIM para tais questões, você será tratado por
jornalistas, estudiosos e demais agentes da patrulha politicamente
correta como HOMOFÓBICO e TRANSFÓBICO.
Você acha que o direito à legítima defesa é inalienável? Que o Estado
não pode impedir alguém de comprar e portar armas visando proteger suas
integridade física e vida? Que um mau homem armado só pode ser parado
por um bom homem (ou mulher) armado?
Se respondeu SIM para tais questões, você será tratado por
jornalistas, estudiosos e demais agentes da patrulha politicamente
correta como ARMAMENTISTA, alguém que quer “resolver tudo na bala” e
sair por aí distribuindo revólveres no semáforo por R$1,99.
Pronto: eis aí a estratégia que visa linkar quaisquer opiniões que
divirjam da esquerda globalista e progressista com os palavrões mais
horripilantes que um ser humano possa vir a ser tachado.
Ser marcado na paleta com estes adjetivos é praticamente sentença de
morte social e profissional. O resultado é o silêncio: ou você concorda
ou é melhor calar a boca. Aliás, quem cala consente: convém você deixar
claro que está do lado deles regularmente, pois quem não está lutando
nas trincheiras da revolução de costumes é inimigo do “progresso”.
Mas a coisa vai muito além. Este ardil mostra-se especialmente
maquiavélico quando ocorrem assassinatos em massa onde indivíduos
VERDADEIRAMENTE racistas, misóginas, homofóbicas, xenófobas ou
islamofóbicas fazem inúmeras vítimas pelos motivos mais torpes
possíveis.
Neste momento, o cidadão comum, que passou anos ouvindo do
especialista da GloboNews que conservadores e liberais são tudo aquilo
que termina com “ista” ou “fóbico”, associa automaticamente as ações
daquele facínora da Nova Zelândia ou dos criminosos de Suzano com…nós!
Tipo assim:
“Nossa, que coisa horrível esse massacre, e ainda por cima motivado
por racismo e intolerância; quem são mesmo aqueles caras que defendem
essas coisas, ainda ontem estavam falando na TV sobre eles… Ah, sim,
DIREITA, né?”
Ou seja, porque aceitamos passivamente receber rótulos terríveis na
testa apenas porque pensamos diferente daquilo que o estamento midiático
nos manda pensar, resulta que, no inconsciente coletivo, o sangue
daquelas crianças paulistas e habitantes da Oceania estaria em nossas
mãos — e a imprensa nem precisa fazer força para acionar este mecanismo
nas mentes de todos quando tais tragédias ocorrem.
Deem uma olhada a sua volta: acentua-se o sentimento de que “careless
talk costs lives”, e que talvez fosse bom criminalizar de uma vez por
todas o “discurso de ódio” desses fanáticos de Direita que não querem um
mundo melhor, como o pessoal do DCE ou o elenco da Malhação.
Sei lá, só achei que seria bom aproveitar para manifestar estes
pensamentos enquanto isso ainda não vira exclusividade dos neomarxistas,
esta galera tão legalzona…DO O.TAMBOSI