PAZ AMOR E VIDA NA TERRA
" De tanto ver triunfar as nulidades,
De tanto ver crescer as injustiças,
De tanto ver agigantarem-se os poderes
nas mãos dos maus, o homem chega
a desanimar-se da virtude,
a rir-se da honra,
a ter vergonha de ser honesto".
[Ruy Barbosa]
Até agora se sabia que o príncipe-herdeiro da maior
empreiteira do Brasil, o empresário Marcelo Odebrecht, cuidava
diretamente das principais negociações da Odebrecht com políticos em
geral – em especial os mais altos hierarcas da era petista no poder. Um
capítulo específico da delação premiada de Marcelo, ao qual ISTOÉ teve
acesso, mostra que a atuação dele tinha ainda mais capilaridade: o
empreiteiro também negociava e autorizava repasses em nome da
petroquímica Braskem, braço da Odebrecht em sociedade com a Petrobras.
Em sua delação, Marcelo conta como participou pessoalmente da negociação
de um pagamento de um caminhão de dinheiro à campanha presidencial de
Dilma Rousseff em 2010: um total de R$ 50 milhões em propinas da Braskem
em troca de benefícios fiscais para a petroquímica. DA REVISTA ISTOÉ
MAIS UMA PROVA Testemunho de Marcelo Odebrecht reforça a existência de irregularidades na campanha de Dilma Rousseff
O depoimento de Marcelo Odebrecht impressiona pela fartura de
detalhes. Segundo seu relato, o financiamento “por fora” da campanha de
Dilma naquele ano foi arquitetada em parceria com o então ministro da
Fazenda Guido Mantega. Inicialmente, Marcelo tinha acionado seu
subordinado, o executivo Alexandrino de Alencar, dono de trânsito livre
junto ao governo do ex-presidente Lula, para proceder uma primeira
abordagem. A relação de Alexandrino com o petismo era melíflua, como
indicam centenas de trocas de emails em poder da Lava Jato. Mas, como a
operação envolvia muito dinheiro e a verba era destinada à campanha da
sucessora do cliente número um da empreiteira, amigo de seu pai Emílio
Odebrecht, o próprio Marcelo assumiu a condução das tratativas com
Mantega, conforme contou ele na delação. Nos encontros, o empreiteiro
acertou com o ex-ministro as minúcias da concessão de incentivos fiscais
à Braskem. Foi numa dessas ocasiões que Mantega foi taxativo: precisava
de R$ 50 milhões para a campanha de Dilma.
Dinheiro foi repassado ao caixa paralelo da petista em troca de benefícios fiscais para a Braskem
Como os valores sairiam do caixa dois da Braskem no setor de
operações estruturadas, nome pomposo para o departamento de propinas da
Odebrecht, Marcelo teve que discutir o tema com a cúpula da
petroquímica. O cálculo foi orientado por uma lógica pragmática:
avaliou-se que o prejuízo seria maior caso o governo endurecesse as
cobranças de impostos. Foi dado então o sinal verde para que os cerca de
R$ 50 milhões fossem repassados à campanha de Dilma via caixa dois, em
troca dos benefícios fiscais. Ao fazer um périplo no último mês por
países da Europa, como Espanha e Itália, a ex-presidente Dilma Rousseff,
comportando-se como se ainda fosse a mandatária do País, bradou contra o
que classificou de assalto à democracia no Brasil. O que cada vez mais
as evidências e os testemunhos mostram, no entanto, é que assalto, se
houve, foi outro. Procurado por ISTOÉ, o advogado de Mantega, José
Roberto Batochio, afirmou que o ministro “nega peremptoriamente os fatos
relatados” e sustentou que os delatores mentem para obter benefícios na
Justiça. NOVOS PERSONAGENS
A ingerência de Marcelo sobre os repasses de propina da Braskem não era
por acaso. O empreiteiro chegou a ocupar a presidência do conselho de
administração da petroquímica. Outros executivos da Odebrecht, já
criminosos confessos, também eram conselheiros da empresa, como o
diretor de Relações Institucionais Cláudio Melo Filho, que admitiu ter
negociado propinas com deputados federais e senadores. As delações jogam
luz também sobre novos personagens na estrutura do propinoduto. De
acordo com os relatos colhidos pela Lava Jato, quando as negociações de
liberação de dinheiro para campanhas envolviam a Braskem, o aval de
Marcelo Odebrecht não bastava. O presidente da petroquímica também tinha
que avalizar as transferências. Um dos executivos integrantes do rol de
delatores, Carlos Fadigas, que comandou a empresa entre 2010 e 2016,
reconheceu sua participação nos pagamentos. Fadigas ponderou, no
entanto, que as operações de mais relevo ficavam concentradas em Marcelo
Odebrecht, quando envolvia o governo federal, e Cláudio Melo Filho,
quando as tratativas incluíam o Legislativo. Acertada a propina, Fadigas
era consultado para bater o martelo.
Depois de acertar com Mantega, Marcelo Odebrecht recebeu o sinal verde da cúpula da Braskem
E-MAILS REVELADORES Troca de mensagens com Marcelo Odebrecht deixa clara a participação de Guido Mantega e Romero Jucá
Os delatores ainda mencionam a participação do antecessor de Fadigas,
Bernardo Gradin, na autorização de pagamentos do setor de operações
estruturadas a campanhas, o que também incluiria o repasse via caixa
dois para a campanha da petista Dilma Rousseff. Gradin é um dos
protagonistas de uma bilionária briga societária com a família Odebrecht
que até hoje se arrasta pela Justiça. Recentemente, a família de
Marcelo quis comprar a fatia dos Gradin no grupo, mas não houve acordo e
o tempo fechou. Em meio ao clima de tensão, Gradin ficou de fora da
lista de 77 delatores da Odebrecht. A situação do ex-presidente da
petroquímica pode gerar um caso inusitado dentro da megadelação: um
ex-funcionário que não fez acordo e que corre risco de ser severamente
punido pela Justiça. Em um dos casos relatados, a Braskem teria acertado
o pagamento de propina para o ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto
Costa, para obter preços mais baratos na compra de nafta junto à
Petrobras. Segundo os delatores, Bernardo Gradin pediu que o executivo
Alexandrino de Alencar intercedesse junto à Petrobras em favor do preço
do nafta. Registros da Petrobras apontam que Gradin participou de uma
reunião na estatal com Paulo Roberto Costa e Marcelo Odebrecht para
discutir o assunto. Por meio de sua assessoria, Bernardo Gradin negou
participação em pagamentos de propina e afirmou que “essa suposta
alegação não tem o menor fundamento”.
FIM DO MISTÉRIO Jucá e Eunício negam ter recebido propina e pedem a abertura do sigilo das delaçõesPROPINA A EUNÍCIO
As informações relacionadas à Braskem na delação da Odebrecht também
prometem detonar altas patentes do Legislativo. O ex-presidente Carlos
Fadigas confirmou em sua delação que autorizou pagamentos de propina ao
presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), para que ele deixasse
de criar empecilhos para a aprovação de uma medida provisória de
interesse da petroquímica. Fadigas contou que pediu a ajuda de Cláudio
Melo Filho, o então diretor de relações institucionais da Odebrecht, e
que foi avisado da necessidade de pagamentos a Eunício para que a MP
613/2013 fosse aprovada. O caso veio a público na delação de Cláudio
Melo, no fim do ano passado. Eunício era conhecido nas planilhas pelo
codinome “Índio” e teria recebido cerca de R$ 2 milhões. Em nota, a
assessoria de Eunício afirmou que “desconhece a citação e não comenta
supostos vazamentos de trechos parciais de delações premiadas.O senador
não fez parte da Comissão que avaliou a MP 613 e não apresentou emendas
nem aditivas nem supressivas à MP 613/2013”.
O próprio Marcelo Odebrecht também participou ativamente das
negociações de propina relacionadas às medidas provisórias de interesse
da Braskem. Em novembro de 2011, o príncipe-herdeiro acionou novamente
Mantega, pedindo sua ajuda na aprovação de um projeto no Congresso que
barateava produtos brasileiros. Mantega teria garantido que o senador
Romero Jucá (PMDB-RR) cuidaria da demanda. Em seguida, o próprio Carlos
Fadigas teria ido ao Congresso em companhia de Cláudio Melo Filho para
discutir o assunto com os senadores e, posteriormente, autorizou
pagamentos a Jucá, que nega peremptoriamente ter recebido propina. Em um
email em poder dos investigadores da Lava Jato, de 30 de novembro de
2011, endereçado a Fadigas e a Melo Filho, Marcelo Odebrecht diz: “Falei
com GM (Guido Mantega). Está totalmente engajado em resolver até o
final do ano. Disse que já falou com Jucá”. Em email anterior, Odebrecht
afirma: “Veja com Jucá se GM está mesmo firma conforme me disse. Ele me
disse que orientou RJ a botar para votar esse ano”.
Os mais de 900 depoimentos dos executivos da Odebrecht já estão nas
mãos do procurador-geral da República Rodrigo Janot e de seu grupo de
trabalho na Lava Jato. Com a homologação da delação pelo Supremo
Tribunal Federal, Janot analisa os depoimentos para solicitar um pacote
de abertura de inquéritos contra os políticos e demais personagens
citados pelos 77 executivos. Após os pedidos, a Procuradoria-Geral da
República deve solicitar o levantamento do sigilo de uma parte do
material. Internamente, os procuradores tentam correr para finalizar
essa etapa do trabalho até o fim deste mês. Em seguida, serão
deflagradas efetivamente as investigações em cima das delações
explosivas da Odebrecht, a chamada delação do fim do mundo. Resta saber
se irá sobrar pedra sobre pedra no meio político.
O juiz Sergio Moro acaba de emparedar, silenciosamente, aqueles em Brasília que fazem de tudo para soltar Eduardo Cunha. Moro não negou somente o habeas corpus
impetrado pelos advogados de Cunha. Juridicamente, essa decisão era
esperada. O juiz foi além. Aproveitou a decisão, a mais relevante que
tomou nos últimos meses, para fazer a defesa mais enfática, desde o
começo da Lava Jato,
sobre a necessidade das prisões preventivas. E defendeu o uso das
prisões preventivas invocando, especialmente, as decisões de Teori Zavascki que mantiveram Cunha na cadeia.
O
nó estratégico de Moro atinge diretamente os ministros do Supremo, que
deverão julgar na próxima semana se soltam ou não Cunha. O nó:
para revogar a prisão de Cunha, os ministros agora terão de, além de
mudar o entendimento do Tribunal para o assunto, ir contra decisões de
Teori exatamente contra o peemedebista. Nesse cenário, votarão, perante a opinião pública, contra um ministro cuja morte comoveu o país e em favor de um político odiado por boa parte dela.
Os argumentos de Moro:
•
No caso de Cunha: nada mudou, e os fatos que embasaram a preventiva
(garantir a ordem pública, sobretudo) não só permanecem como foram
reforçados pela atuação belicosa do ex-deputado no processo. Moro
relembra que a segunda instância manteve a prisão de Cunha, no que foi
seguida pelo ministro Félix Fischer, do STJ, e, no STF, por Teori – duas
vezes. A frase que enquadrou o STF: “O eminente ministro Teori
Zavascki teve não uma, mas duas oportunidades para cassar a prisão
preventiva decretada por este juízo, e não o fez”. Moro disse
ainda que “não trairá o legado” de Teori. Donde, quem revogar a prisão
fará exatamente isto: trair o legado de Teori.
• Nos
demais casos rumorosos da Lava Jato, como o de Paulo Roberto Costa e o
de Marcelo Odebrecht: foram as preventivas que encerraram as “carreiras criminais” dos investigados – sempre sob a égide de garantir a ordem pública, entre outros fundamentos. Ou seja, sem preventivas, não haveria Lava Jato.
O
trecho mais importante do despacho: “Em todos esses casos, o
desmantelamento da atividade criminal e a interrupção do ciclo delitivo,
protegendo outros indívidos, a sociedade brasileira e os cofres
públicos de novos crimes, só foi possível com a prisão preventiva e que
teve suporte de todas as instâncias do Poder Judiciário brasileiro.
Assim não fosse, é provável que ainda estaria Paulo Roberto Costa
recebendo propina e na posse de seus ativos no exterior, quiçá
deslocados para outro país, Alberto Youssef ainda estaria lavando
dinheiro de propina em contratos públicos e a entregando a agentes
políticos, e o Clube das Empreiteiras e o Departamento da Propina ainda
estariam em plena atividade” . Os números que interessam:
• Há sete presos provisórios sem julgamento na Lava Jato. •
Foram 79 prisões preventivas nos três anos de Operação. Um número
baixo, em comparação com o trabalho cotidiano das varas criminais. E
infinitamente distante das cerca de 800 prisões da Operação Mãos Limpas,
na Itália. O que está por trás das
críticas às prisões preventivas, segundo Moro, é o “lamentável
entendimento de que há pessoas acima da lei”. Moro: “A questão real – e é
necessário ser franco sobre isso – não é a quantidade, mas a qualidade
das prisões, mas propriamente a qualidade dos presos provisórios. O
problema não são as setenta e nove prisões ou os atualmente sete presos
sem julgamento, mas sim que se tratam de presos ilustres, por exemplo,
um dirigente de empreiteira, um ex-ministro da Fazenda, um ex-governador
de estado, e, no presente caso, um ex-presidente da Câmara dos
Deputados”. O juiz leva o raciocínio à etapa seguinte. “As críticas às
prisões preventivas refletem, no fundo, o lamentável entendimento de que
há pessoas acima da lei e que ainda vivemos em uma sociedade de castas,
distante de nós a igualdade republicana”, disse. A reação de Moro ao que percebeu serem ameaças de Cunha: além
de manter a prisão do ex-deputado, comprometeu-se a redobrar o empenho.
Foi explícito e claro. “Revogar a preventiva de Eduardo Cosentino da
Cunha poderia ser interpretada erroneamente como representando a
capitulação deste Juízo a alguma espécie de pressão política a qual
teria sofrido em decorrência do referido episódio”. Quem tentou falar
grosso com Moro até agora, como Marcelo Odebrecht e Lula, deu-se mal.
Cunha, ao que tudo indica, apostou na estratégia errada. O jeito Moro de dar um xeque até no presidente Michel Temer:
o juiz relembrou o caso das perguntas que Cunha queria fazer a Temer
durante o processo – e que haviam sido vetadas por Moro. Eram, e
qualquer um via isso, um recado ameaçador de Cunha ao presidente. O
próprio juiz observou agora que “tais quesitos (perguntas),
absolutamente estranhos ao objeto da ação penal, tinham por motivo óbvio
constranger o Exmo. Sr. Presidente da República e provavelmente
buscavam com isso provocar alguma espécie intervenção indevida da parte
dele em favor do preso”. O subtexto é claro: Moro usou as armas de Cunha
contra Temer para alertar o presidente de que Curitiba está atenta à
possível articulação, em Brasília, para livrar o ex-deputado. O juiz
escreveu textualmente que Cunha tentou intimidar o presidente da
República. Citar esse episódio pode parecer uma defesa do presidente. É,
na verdade, uma defesa da Lava Jato. O que está em jogo: • A estabilidade do governo Temer. Quanto
mais tempo Cunha ficar preso, maior a chance de insistir numa delação
premiada. Uma delação dele, combinada à do operador Lúcio Funaro,
parceiro de Cunha, teria potencial para fulminar o primeiro escalão do
governo. • A estabilidade da Câmara. A delação de Cunha, a depender da extensão, também atingiria deputados influentes. • A estabilidade da Lava Jato.
Se o Supremo ignorar o nó de Moro e reverter o entendimento sobre as
prisões preventivas, estejam os ministros certos ou errados, a operação
será manietada. A contagem regressiva:
Moro sentenciará Cunha até o fim de março. Caso o ex-deputado não seja
solto pelo STF e acabe condenado em Curitiba, não restará a ele outra
opção. É delação – ou cadeia por muitos, muitos anos, talvez para a
família dele também. DA REVISTA ÉPOCA
VITÓRIA - A Polícia Militar do Espírito Santo suspende a paralisação
na manhã deste sábado, 11. Depois de mais uma rodada de negociação, o
governo não se comprometeu com reajuste. O acordo firmado prevê que o
governo analise o cronograma de promoções e suspenda a punição aos PMs
amotinados.
Na manhã desta sexta-feira, a Secretaria de Segurança havia
anunciado que 703 PMs foram indiciados por crime de revolta (motim de
policial armado). O governo se comprometeu ainda a apresentar cronograma
para promover policiais que têm direito à progressão na carreira por
tempo de serviço prestado e a formar comissão para analisar a carga
horária da corporação e apresentar propostas em 60 dias.
Nos sete dias de paralisação, 121 pessoas foram assassinadas no
Estado, 666 veículos roubados e furtados e 300 lojas saqueadas. Os dados
são parciais e ainda não foram confirmados pela Secretaria de
Segurança.
ENTENDA A CRISE NO ESPÍRITO SANTO
Familiares e amigos de policiais militares no Espírito Santo
começaram, na noite de sexta-feira, 3, a fazer manifestações impedindo a
saída das viaturas para as ruas e afetando a segurança dos municípios.
Sem reajuste há quatro anos, os PMs reivindicam aumento salarial e
melhores condições de trabalho.
O motim dos policiais levou a uma onda de homicídios e ataques a lojas. Com medo, a população passou a evitar sair de casa e donos de estabelecimentos fecharam as portas. Os capixabas já estocam comida.
Na segunda-feira, 6, a prefeitura de Vitória suspendeu o funcionamento das escolas municipais e de unidades de saúde.
Também na segunda, o governo federal autorizou o envio da Força Nacional e das Forças Armadas para reforçar o policiamento nas ruas de cidades do Espírito Santo. Apesar do reforço, o clima de tensão se manteve no Estado.
A morte de um policial civil na noite de terça-feira, 7, motivou uma paralisação da categoria na quarta, agravando ainda mais a crise de segurança no Espírito Santo.
Após o fracasso nas negociações com policiais militares do
Espírito Santo, o governo capixaba decidiu endurecer com os PMs e com as
mulheres líderes do motim. No total, 703 policiais militares já foram indiciados por crime de revolta. DO ESTADÃO
O secretário de Segurança Pública, André Garcia, afirmou nesta
sexta-feira (10), que 703 policiais foram indiciados pelo crime de
revolta. Eles terão o ponto cortado desde o último sábado (4), quando
começaram os protestos de familiares de PMs na porta de batalhões. Caso
sejam condenados, os militares podem pegar de 8 a 20 anos de detenção.
Os PMs serão expulsos da instituição se forem condenados pelo crime de
revolta, disse o comandante-geral da PM, Nylton Rodrigues, em entrevista
à imprensa. Esse crime é configurado quando os militares se reúnem,
armados, ocupando quartel, agindo contra a ordem recebida de superior,
ou negando-se a cumpri-la.
Na quinta-feira (9), eram 327 policiais militares indiciados e, nesta
sexta, foram mais 376. Somando os números, dá o total de 703 indiciados
em inquérito policial militar pelo crime de revolta.
“Quando há ação de desobediência, o PM comete crime militar. Chega uma
hora em que a desobediência evolui para motim, crime militar com pena de
detenção de quatro a oito anos. Depois, se os policiais estão armados, o
motim evolui para revolta”, explicou o comandante-geral da PM.
André Garcia afirmou que, se for preciso, demite todos os policiais
militares e faz um novo concurso. "A anistia não é um ato do governo
estadual, mas do governo federal. Mesmo se fosse, não é um caso de
anistia", afirmou Garcia.
A condução dos inquéritos vai ficar a cargo da Corregedoria da PM.
Quando concluídos, serão encaminhados para o Juízo de Direito da Vara da
Auditoria Militar, que vai enviar o processo para análise da Promotoria
de Justiça junto à Vara da Auditoria Militar. Segundo o Ministério
Público Estadual, cabe a um promotor avaliar cada inquérito e decidir se
denuncia os militares e propõe uma ação penal ou se arquiva os casos.
Ainda segundo o secretário, haverá identificação das mulheres dos
protestos. “Também vamos identificar as mulheres que participam do
movimento e vamos enviar a lista para o MPF [Ministério Público
Federal], que vai fazer a análise”, disse.
Policiamento O
secretário disse que ainda 3 mil militares vão estar nas ruas do
Espírito Santo nesta sexta, mas destacou que vai pedir mais efetivo. "Os
responsáveis pelo movimento vão pagar os custos da mobilização das
forças federais", afirmou. Mais de 1.700 homens das Forças Armadas e
Nacional estão nas ruas e, segundo o Exército, serão 3.000 até final de
semana.
Pelo sétimo dia, o estado vive uma onda de violência que deixou 121
mortos. Escolas, postos de saúde e ônibus seguem sem funcionar na Grande
Vitória e em outras regiões do estado (veja o que abre e fecha nesta sexta-feira).
Negociações André
Garcia disse que o governo já esgotou a capacidade de diálogo com os
PMs. O movimento que paralisou o policiamento no estado pede aumento
salarial (reposição da inflação e 10% de ganho real), além de melhores
condições de trabalho. O governo disse ser impossível dar reajuste, mas
propôs avaliar promoções, carga horária dos PMs e outras reivindicações
(veja listas mais abaixo).
Segundo o governo, caberá às Forças Armadas, que assumiram o comando da
segurança pública no estado, dedicir as "medidas necessárias" tomar
para "o restabelecimento da lei e da ordem", afirmou Pompeu.
"Essas medidas dependem de avaliação caso a caso, do comando militar,
das forças de segurança, que estão no comando da segurança pública, que
aqui está com o general do Exército", disse Julio Pompeu, secretário de
Direitos Humanos.
O coronel Alves da Costa, que participa da operação, afirmou nesta
sexta que as tropas não receberam ordem para retirar as famílias dos PMs
das portas dos quartéis.
Proposta mulheres dos PMs:
Parcelamento da reposição salarial
Garantia de anistia para os policiais aquartelados
Desistência da ação contra as associações de policiais
Proposta do governo:
Crimes e infrações administrativas serão apurados sem perseguições;
Apresentar um cronograma para promoções previstas em lei
Formar uma comissão para avaliar a carga horária de trabalho da categoria
Encaminhar, em até 90 dias, uma proposta à Ales para tornar obrigatório o bacharelado em Direito para o ingresso no curso de CFO
Governo reitera a impossibilidade fiscal e legal da concessão do reajuste
Governo se propõe a desistir de ações contra Associações de Classe
Governo se dispõe a dialogar com a categoria para debater outras eventuais pautas DO G1
Foi muito preciso o governador do Espírito Santo, Paulo Hartung,
quando classificou de “sequestro” a greve dos policiais militares no
Estado. “O que está acontecendo no Espírito Santo é chantagem aberta.
Isso é a mesma coisa que sequestrar a liberdade e o direito do cidadão
capixaba e cobrar resgate”, disse Hartung, diante da terrível sensação
de insegurança que tomou a população do Estado em razão da paralisação
dos policiais, que exigem aumento de salário.
O caso do Espírito Santo ilustra, de forma dramática, até que
ponto as corporações de funcionários públicos em todo o País estão
dispostas a ir para arrancar do Estado aquilo que julgam ser seus
direitos inalienáveis – mesmo que as leis sejam atropeladas, que as
instituições sejam desrespeitadas e que o resto da população, que paga
impostos para ter serviços essenciais, tenha de ser sacrificado.
No momento em que, mais do que nunca, está clara a necessidade de
racionalizar os escassos recursos públicos, em razão da severa crise
que o País enfrenta, é preciso emprestar total apoio aos governantes que
se dispõem a arrostar essas corporações, que não se importam em fazer a
população de refém de seus interesses. Somente esse apoio deixará claro
que os cidadãos estão realmente cansados da irresponsabilidade na
administração pública e que não toleram mais o oportunismo dos que se
empenham em incendiar o País para dobrar os joelhos do Estado ante suas
reivindicações.
O fato é que há muito tempo certas corporações de funcionários
públicos ignoram a realidade do País, fazendo exigências absurdas e, em
alguns casos, apelando inclusive para a violência quando se julgam
preteridas. O episódio do Espírito Santo é hoje o mais representativo
dessa truculência, mas está longe de ser o único.
Na quarta-feira passada, em Brasília, por exemplo, policiais
civis que protestavam contra a reforma da Previdência tentaram invadir o
plenário da Câmara dos Deputados. Foram contidos pelos policiais
legislativos. Segundo o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), um
dos manifestantes chegou a sacar uma arma para intimidar os policiais
que tentavam manter a ordem. “O debate da reforma será feito, a
sociedade será convidada para debater a reforma, mas não na base da
violência”, disse Maia.
Greves e manifestações de policiais são especialmente graves
porque envolvem servidores armados, cuja função é proteger a sociedade, e
não deixá-la à mercê de bandidos. Mas a violência tem notabilizado
outros movimentos reivindicatórios de servidores públicos, sempre na
expectativa de intimidar o Estado. Vêm se tornando perigosamente
recorrentes as invasões de grevistas a prédios públicos, especialmente
as Casas Legislativas, como demonstrações de força para pressionar
parlamentares e governantes a atender a suas exigências.
É por essa razão que a resistência anunciada pelo governo do
Espírito Santo é importante. Trata-se de um desafio aos que,
desconsiderando totalmente a duríssima conjuntura econômica, pretendem
capturar o Estado e submetê-lo a seus interesses, muitas vezes na marra.
Como disse o governador Hartung, “se o Espírito Santo não enfrentar
essa situação, daqui a pouco esse movimento será em todo o País”.
Mas soa quase quixotesca a luta dos que levam a sério da Lei de
Responsabilidade Fiscal, como parece ser o caso da administração do
Espírito Santo. O governo do Rio de Janeiro, por exemplo, anunciou que
haverá aumento de 10,22% nos salários de policiais militares e civis do
Estado. A decisão foi tomada depois que circularam rumores de que os
policiais fluminenses poderiam realizar movimento semelhante ao dos
colegas capixabas.
Ou seja, o governo do Rio, embora esteja economicamente
arruinado, parcelando salários e deixando de pagar as contas em razão de
notória irresponsabilidade fiscal, preferiu ceder à corporação sindical
armada antes que esta decidisse revogar, por sua própria conta, o
Estado de Direito. É o caso de perguntar o que falta acontecer para que
essa situação seja considerada inaceitável. DO ESTADÃO
A nomeação de Moreira
Franco como ministro é uma afronta à opinião pública, reconhece
editorial do Estadão. Agravada, no Senado, pela designação do ministro
Lobão para a Comissão de Justiça. Vive-se ainda a república podre do
lulopetismo, da qual o PMDB foi fiel escudeiro:
O imbróglio jurídico
envolvendo a nomeação de Moreira Franco como ministro da
Secretaria-Geral da Presidência – até ontem, eram duas liminares
suspendendo o ato presidencial – é apenas parte do problema, e nem é a
principal. A ascensão do amigo a um cargo com foro privilegiado foi um
erro não trivial de Michel Temer, voltando a expor de forma acintosa as
graves fragilidades do primeiro escalão do governo.
Ocioso dizer que o
governo não precisava passar por isso justamente neste momento. O País
começava a manifestar uns primeiros sinais de melhora, depois de meses
de ansiosa expectativa por estancar a crise econômica. O governo de
Michel Temer ganhava contornos de estabilidade até então inédita –
afinal não faz muito ainda havia vozes a sustentar que Temer não
chegaria a 2018. O Executivo havia colocado seus candidatos prediletos
nas presidências da Câmara e do Senado, preparando terreno para as
reformas. Pois bem, justamente nesse contexto de virada de jogo, Temer,
certamente entusiasmado com as vitórias recém-conquistadas, nomeou como
ministro o então secretário do Programa de Parcerias de Investimentos,
Moreira Franco, personagem frequente em documentos da Operação Lava
Jato.
Isso não significa
dizer que as liminares suspendendo a nomeação de Moreira Franco foram
corretas. Evidentemente os juízes da 14.ª Vara Federal em Brasília e da
6.ª Vara Federal no Rio de Janeiro não têm competência para sustar um
ato do presidente da República. Caberia ao Supremo Tribunal Federal, se
fosse o caso, analisar a legalidade da nomeação. Seria ingovernável o
país em que qualquer juiz federal de primeira instância pudesse
suspender a nomeação de um ministro de Estado.
Ganha então contornos
de ironia quando a juíza da 6.ª Vara Federal do Rio, logo após o
Tribunal Regional Federal da 1.ª Região ter cassado a primeira liminar,
concede outra, dizendo: “Não se afigura coerente que suas promessas ao
assumir o mais alto posto da República sejam traídas exatamente por quem
as lançou no rol de esperanças dos brasileiros, que hoje encontram-se
indignados e perplexos ao ver o seu presidente adotar a mesma postura da
ex-presidente impedida e que pretendia, também, blindar o ex-presidente
Lula. Ao mestre com carinho”. O presidente Temer poderia ter-se poupado
– e aos brasileiros que confiam em seu governo – desse reproche.
A nomeação de Moreira
Franco é um erro de governo. Em primeiro lugar, o ato afronta a opinião
pública, alienando ainda mais parte considerável da população que, com
acerto, julga o governo não apenas pelas lentes da eficiência, mas
também pelas da moralidade. É evidente que a população não deseja
tolerância com a corrupção. E, com razão, sente-se indignada com esse
tipo de nomeação, que transmite uma mensagem afrontosa a todos os que
enfrentam as dificuldades cotidianas sem fazer a mínima concessão à
honra. Afinal, é o presidente dizendo que não encontrou nenhum cidadão
sem o passivo que pesa sobre o ex-governador que estivesse em condições
de assumir o cargo.
Além de ignorar a
opinião pública, a nomeação de Moreira Franco desestabiliza o governo. A
estabilidade – esse bem tão necessário ao País, do qual o presidente é o
primeiro garantidor – não depende só dele. Seus auxiliares diretos
podem pôr a perder esse bem tão precioso. E é de justiça reconhecer que,
na matéria, Moreira Franco não tem o pior currículo. Há outros, no
círculo de colaboradores próximos de Temer, com maior potencial de dano.
E, se o presidente acha que a fórmula para se proteger é a divulgação
das delações, urge abandonar essa doce ilusão. O volume é tal que impede
qualquer sonho de instantaneidade. Quando começarem os vazamentos,
começarão longas semanas, talvez meses, de doloroso sofrimento.
A realidade sempre
restringe a liberdade de atuação, também a um presidente. Fazer
política, no sentido nobre da palavra, é ter um diagnóstico claro do que
é possível a cada momento. Muitas vezes as melhores decisões para o
País estão bem distantes de ideais de companheirismo e amizade, que são
os sentimentos que parecem unir o sr. Michel Temer a algumas pessoas que
o cercam. Na Presidência, ele tem obrigações maiores que as da
camaradagem, do convívio de longos anos. Seu dever, agora, é com cada um
– e com todos – dos brasileiros que governa. Não pode mais manter seu
destino ligado a pessoas que, no mínimo, têm muito a esclarecer à
Justiça e à sociedade. DO O.TAMBOSI
Depois de
dar uma zapeada pelos sites dos jornalões e revistas nacionais constatei
como estão inquietos, raivosos e histéricos os jornalistas da grande
mídia. Imitam seus colegas da media mainstream de New York,
London e adjacências. Mas enquanto esse bando de histéricos ladra a
caravana do Presidente Donald Trump segue o seu caminho. Esses
vagabundos continuam manejando as notícias com aquela cara de pau comum a
todos os esquerdistas. Eles podem enganar alguns leitores e
telespectadores incautos que continuam a ver a Fake News, The Globe, a
Falha de S. Paulo e o site da Veja que parece mais uma página de
humor com base em Fakes. Ah!, tem também o Estadão, que reúne um
ajuntamento de retardados e histéricos. Se fosse apenas isso, vá lá, mas
o problema é que eles mentem, distorcem e redigem as notícias não como
elas são na realidade mas pela ótica que interessa ao esquerdismo. E isto tudo
acontece porque nesta quinta-feira o Presidente Donald Trump empossou
como Procurador Geral de Justiça dos Estados Unidos, o conhecido senador
pelo Alabama, Jeff Session, que não costuma comer cru e não se pauta
pelos ditames do pensamento politicamente correto, muito menos pelo que
dizem dele os jornalistas vagabundos, asquerosos e mentirosos que
dominam toda grande mídia. Quando as ignomínias se agigantam o estoque
de impropérios não dá conta de qualificá-las. Neste caso,
o melhor então é reportar as verdade dos fatos. O novo Procurador Geral
Jeff Session irá fazer toda essa canalhada da grande mídia e os
meliantes do esquerdismo delirante a dançar miudinho. Assim, nos Estados
Unidos sob o governo do Presidente Donald Trump, valerá muito chamar a
polícia que passará simplesmente a adquirir o status de polícia, ora essa! Abro este
post com o vídeo acima do ato de posse do Procurador Geral Jeff Session
e, logo abaixo, o seu discurso de posse que, como se vê, está
afinadíssimo com as promessas de campanha do Presidente Donald Trump. Os
bandidos das ruas, , os esquerdistas histéricos, os imigrantes ilegais e
os jornalistas da grande mídia já começam a dançar miudinho. Afinal, a
lei e a ordem deverão prevalecer. Esta expectativa é na verdade um ponto
fora da curva, haja vista que se trata de uma normalidade de um Estado
de Direito. E isto é a prova da esculhambação que foi o desgoverno de
Hussein Obama e os Democratas bundalelês. Mais um pouco os Estados
Unidos fariam parte da América 'Latrina'. Segue o
texto do discurso de posse do novo "Attorney General" Jeff Session.
Curto e grosso. Mais abaixo, um vídeo especial em que o jornalista
afro-americano, Kevin Martin, do site Infowars, exulta a escolha de Jeff Session.
EM DEFESA DO POVO AMERICANO
Sr. Presidente obrigado por esta grande honra. É algo que eu nunca imaginei que aconteceria na minha vida.
Mas
eu amo o DOJ (Departamento de Justiça). Eu me importo com suas
tradições e sua herança. Eu estive 15 anos naquele grande Departamento e
a honra de liderá-lo agora é algo que eu não tenho palavras para
expressar de forma eficaz.
Há um monte de coisas que precisamos fazer.
Primeiro,
precisamos valorizar e apoiar e incentivar as pessoas fabulosas que
trabalham lá. Eu trabalhei com eles ao longo dos anos. Eu sei o quão bom
eles são e seus talentos precisam ser direcionados ao benefício desta
Nação em muitas maneiras diferentes.
Temos
um problema de crime. Gostaria que a ascensão que estamos vendo no
crime na América hoje fosse algum tipo de aberração, ou blip.
Meu
melhor julgamento tendo sido envolvido na aplicação da lei penal por
muitos anos é que esta é uma tendência permanente perigosa. Coloca a
saúde e a segurança do povo americano em risco.
Destacamos
os talentos e habilidades do DOJ da maneira mais eficaz possível para
enfrentar este aumento no crime e para proteger as pessoas de nosso
país.
Temos
uma ameaça crescente - desde que eu era advogado dos EUA - do
terrorismo, Sr. Presidente. Você falou firmemente sobre isso. Você levou
esta Nação a dizer que nós vamos responder eficazmente à ameaça do
terrorismo, e você pode contar com o seu DOJ para fazê-lo de forma
eficaz.
E
você disse algo que eu acredito, e eu acho que o povo americano
acredita, que precisamos de um sistema legal de imigração, que sirva ao
interesse do povo dos Estados Unidos.
Isso não é errado, isso não é imoral, isso não é indecente.
Admitimos
um milhão de pessoas por ano, mais legalmente, e precisamos acabar com
essa ilegalidade que ameaça a segurança pública e derruba os salários
dos americanos que trabalham.
É
uma honra além das palavras servir sob você e sua liderança. Você está
montando um grande gabinete, que é apenas uma emoção para mim ter a
oportunidade de participar, e eu estou ansioso para ter certeza de que
cada onça de força que tenho e que o povo do DOJ vai ter foco em
preservar e proteger a Constituição e a segurança deste país.
Defenderemos
as leis deste país aprovadas pelo Congresso. Defenderemos as ordens
legítimas do POTUS (Presidente of United States) com vigor e
determinação.
Obrigado a todos por estarem aqui, vejo muitos bons amigos e que Deus abençoe todos os nossos esforços. Tradução livre com auxílio de tradutor online via siteInfowars.
DETONANDO A MÍDIA MENTIROSA
Neste
vídeo o jornalista afro-americano Kevin Martin, do site Infowars,
exulta a nomeação de Jeff Session como Procurador Geral dos Estados
Unidos. Ninguém melhor que Kevin Martin para dar seu testemunho, afinal,
ele é um afro-americano. Por essas e outras que não dá para ler e ouvir
mais a grande mídia. Ave, internet, sites e blogs independentes! DO A.AMORIM