sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

50 milhões em propinas para a campanha de Dilma

Até agora se sabia que o príncipe-herdeiro da maior empreiteira do Brasil, o empresário Marcelo Odebrecht, cuidava diretamente das principais negociações da Odebrecht com políticos em geral – em especial os mais altos hierarcas da era petista no poder. Um capítulo específico da delação premiada de Marcelo, ao qual ISTOÉ teve acesso, mostra que a atuação dele tinha ainda mais capilaridade: o empreiteiro também negociava e autorizava repasses em nome da petroquímica Braskem, braço da Odebrecht em sociedade com a Petrobras. Em sua delação, Marcelo conta como participou pessoalmente da negociação de um pagamento de um caminhão de dinheiro à campanha presidencial de Dilma Rousseff em 2010: um total de R$ 50 milhões em propinas da Braskem em troca de benefícios fiscais para a petroquímica. DA REVISTA ISTOÉ

mais uma prova Testemunho de Marcelo Odebrecht reforça a existência de irregularidades na campanha de Dilma Rousseff
MAIS UMA PROVA Testemunho de Marcelo Odebrecht reforça a existência de irregularidades na campanha de Dilma Rousseff
O depoimento de Marcelo Odebrecht impressiona pela fartura de detalhes. Segundo seu relato, o financiamento “por fora” da campanha de Dilma naquele ano foi arquitetada em parceria com o então ministro da Fazenda Guido Mantega. Inicialmente, Marcelo tinha acionado seu subordinado, o executivo Alexandrino de Alencar, dono de trânsito livre junto ao governo do ex-presidente Lula, para proceder uma primeira abordagem. A relação de Alexandrino com o petismo era melíflua, como indicam centenas de trocas de emails em poder da Lava Jato. Mas, como a operação envolvia muito dinheiro e a verba era destinada à campanha da sucessora do cliente número um da empreiteira, amigo de seu pai Emílio Odebrecht, o próprio Marcelo assumiu a condução das tratativas com Mantega, conforme contou ele na delação. Nos encontros, o empreiteiro acertou com o ex-ministro as minúcias da concessão de incentivos fiscais à Braskem. Foi numa dessas ocasiões que Mantega foi taxativo: precisava de R$ 50 milhões para a campanha de Dilma.
Dinheiro foi repassado ao caixa paralelo da petista em troca de benefícios fiscais para a Braskem
Como os valores sairiam do caixa dois da Braskem no setor de operações estruturadas, nome pomposo para o departamento de propinas da Odebrecht, Marcelo teve que discutir o tema com a cúpula da petroquímica. O cálculo foi orientado por uma lógica pragmática: avaliou-se que o prejuízo seria maior caso o governo endurecesse as cobranças de impostos. Foi dado então o sinal verde para que os cerca de R$ 50 milhões fossem repassados à campanha de Dilma via caixa dois, em troca dos benefícios fiscais. Ao fazer um périplo no último mês por países da Europa, como Espanha e Itália, a ex-presidente Dilma Rousseff, comportando-se como se ainda fosse a mandatária do País, bradou contra o que classificou de assalto à democracia no Brasil. O que cada vez mais as evidências e os testemunhos mostram, no entanto, é que assalto, se houve, foi outro. Procurado por ISTOÉ, o advogado de Mantega, José Roberto Batochio, afirmou que o ministro “nega peremptoriamente os fatos relatados” e sustentou que os delatores mentem para obter benefícios na Justiça.
NOVOS PERSONAGENS
A ingerência de Marcelo sobre os repasses de propina da Braskem não era por acaso. O empreiteiro chegou a ocupar a presidência do conselho de administração da petroquímica. Outros executivos da Odebrecht, já criminosos confessos, também eram conselheiros da empresa, como o diretor de Relações Institucionais Cláudio Melo Filho, que admitiu ter negociado propinas com deputados federais e senadores. As delações jogam luz também sobre novos personagens na estrutura do propinoduto. De acordo com os relatos colhidos pela Lava Jato, quando as negociações de liberação de dinheiro para campanhas envolviam a Braskem, o aval de Marcelo Odebrecht não bastava. O presidente da petroquímica também tinha que avalizar as transferências. Um dos executivos integrantes do rol de delatores, Carlos Fadigas, que comandou a empresa entre 2010 e 2016, reconheceu sua participação nos pagamentos. Fadigas ponderou, no entanto, que as operações de mais relevo ficavam concentradas em Marcelo Odebrecht, quando envolvia o governo federal, e Cláudio Melo Filho, quando as tratativas incluíam o Legislativo. Acertada a propina, Fadigas era consultado para bater o martelo.
Depois de acertar com Mantega, Marcelo Odebrecht recebeu o sinal verde da cúpula da Braskem  

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E-MAILS REVELADORES Troca de mensagens com Marcelo Odebrecht deixa clara a participação de Guido Mantega e Romero Jucá
Os delatores ainda mencionam a participação do antecessor de Fadigas, Bernardo Gradin, na autorização de pagamentos do setor de operações estruturadas a campanhas, o que também incluiria o repasse via caixa dois para a campanha da petista Dilma Rousseff. Gradin é um dos protagonistas de uma bilionária briga societária com a família Odebrecht que até hoje se arrasta pela Justiça. Recentemente, a família de Marcelo quis comprar a fatia dos Gradin no grupo, mas não houve acordo e o tempo fechou. Em meio ao clima de tensão, Gradin ficou de fora da lista de 77 delatores da Odebrecht. A situação do ex-presidente da petroquímica pode gerar um caso inusitado dentro da megadelação: um ex-funcionário que não fez acordo e que corre risco de ser severamente punido pela Justiça. Em um dos casos relatados, a Braskem teria acertado o pagamento de propina para o ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, para obter preços mais baratos na compra de nafta junto à Petrobras. Segundo os delatores, Bernardo Gradin pediu que o executivo Alexandrino de Alencar intercedesse junto à Petrobras em favor do preço do nafta. Registros da Petrobras apontam que Gradin participou de uma reunião na estatal com Paulo Roberto Costa e Marcelo Odebrecht para discutir o assunto. Por meio de sua assessoria, Bernardo Gradin negou participação em pagamentos de propina e afirmou que “essa suposta alegação não tem o menor fundamento”.

FIM DO MISTÉRIO Jucá e Eunício negam ter recebido propina e pedem a abertura do sigilo das delações
FIM DO MISTÉRIO Jucá e Eunício negam ter recebido propina e pedem a abertura do sigilo das delações
PROPINA A EUNÍCIO
As informações relacionadas à Braskem na delação da Odebrecht também prometem detonar altas patentes do Legislativo. O ex-presidente Carlos Fadigas confirmou em sua delação que autorizou pagamentos de propina ao presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), para que ele deixasse de criar empecilhos para a aprovação de uma medida provisória de interesse da petroquímica. Fadigas contou que pediu a ajuda de Cláudio Melo Filho, o então diretor de relações institucionais da Odebrecht, e que foi avisado da necessidade de pagamentos a Eunício para que a MP 613/2013 fosse aprovada. O caso veio a público na delação de Cláudio Melo, no fim do ano passado. Eunício era conhecido nas planilhas pelo codinome “Índio” e teria recebido cerca de R$ 2 milhões. Em nota, a assessoria de Eunício afirmou que “desconhece a citação e não comenta supostos vazamentos de trechos parciais de delações premiadas.O senador não fez parte da Comissão que avaliou a MP 613 e não apresentou emendas nem aditivas nem supressivas à MP 613/2013”.
O próprio Marcelo Odebrecht também participou ativamente das negociações de propina relacionadas às medidas provisórias de interesse da Braskem. Em novembro de 2011, o príncipe-herdeiro acionou novamente Mantega, pedindo sua ajuda na aprovação de um projeto no Congresso que barateava produtos brasileiros. Mantega teria garantido que o senador Romero Jucá (PMDB-RR) cuidaria da demanda. Em seguida, o próprio Carlos Fadigas teria ido ao Congresso em companhia de Cláudio Melo Filho para discutir o assunto com os senadores e, posteriormente, autorizou pagamentos a Jucá, que nega peremptoriamente ter recebido propina. Em um email em poder dos investigadores da Lava Jato, de 30 de novembro de 2011, endereçado a Fadigas e a Melo Filho, Marcelo Odebrecht diz: “Falei com GM (Guido Mantega). Está totalmente engajado em resolver até o final do ano. Disse que já falou com Jucá”. Em email anterior, Odebrecht afirma: “Veja com Jucá se GM está mesmo firma conforme me disse. Ele me disse que orientou RJ a botar para votar esse ano”.
Os mais de 900 depoimentos dos executivos da Odebrecht já estão nas mãos do procurador-geral da República Rodrigo Janot e de seu grupo de trabalho na Lava Jato. Com a homologação da delação pelo Supremo Tribunal Federal, Janot analisa os depoimentos para solicitar um pacote de abertura de inquéritos contra os políticos e demais personagens citados pelos 77 executivos. Após os pedidos, a Procuradoria-Geral da República deve solicitar o levantamento do sigilo de uma parte do material. Internamente, os procuradores tentam correr para finalizar essa etapa do trabalho até o fim deste mês. Em seguida, serão deflagradas efetivamente as investigações em cima das delações explosivas da Odebrecht, a chamada delação do fim do mundo. Resta saber se irá sobrar pedra sobre pedra no meio político.
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Moro parte para o ataque e dá nó no Supremo


O Juiz federal Sérgio Moro (Foto: Paulo Lopes/Futura Press/Folhapress)
O juiz Sergio Moro acaba de emparedar, silenciosamente, aqueles em Brasília que fazem de tudo para soltar Eduardo Cunha. Moro não negou somente o habeas corpus impetrado pelos advogados de Cunha. Juridicamente, essa decisão era esperada. O juiz foi além. Aproveitou a decisão, a mais relevante que tomou nos últimos meses, para fazer a defesa mais enfática, desde o começo da Lava Jato, sobre a necessidade das prisões preventivas. E defendeu o uso das prisões preventivas invocando, especialmente, as decisões de Teori Zavascki que mantiveram Cunha na cadeia.
O nó estratégico de Moro atinge diretamente os ministros do Supremo, que deverão julgar na próxima semana se soltam ou não Cunha. O nó: para revogar a prisão de Cunha, os ministros agora terão de, além de mudar o entendimento do Tribunal para o assunto, ir contra decisões de Teori exatamente contra o peemedebista. Nesse cenário, votarão, perante a opinião pública, contra um ministro cuja morte comoveu o país e em favor de um político odiado por boa parte dela.
O ex-presidente da Câmara e deputado cassado, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), preso na operação Lava Jato (Foto:   Paulo Lisboa/Brazil Photo Press / Agência O Globo)
Os argumentos de Moro:
• No caso de Cunha: nada mudou, e os fatos que embasaram a preventiva (garantir a ordem pública, sobretudo) não só permanecem como foram reforçados pela atuação belicosa do ex-deputado no processo. Moro relembra que a segunda instância manteve a prisão de Cunha, no que foi seguida pelo ministro Félix Fischer, do STJ, e, no STF, por Teori – duas vezes. A frase que enquadrou o STF: “O eminente ministro Teori Zavascki teve não uma, mas duas oportunidades para cassar a prisão preventiva decretada por este juízo, e não o fez”. Moro disse ainda que “não trairá o legado” de Teori. Donde, quem revogar a prisão fará exatamente isto: trair o legado de Teori.
• Nos demais casos rumorosos da Lava Jato, como o de Paulo Roberto Costa e o de Marcelo Odebrecht: foram as preventivas que encerraram as “carreiras criminais” dos investigados – sempre sob a égide de garantir a ordem pública, entre outros fundamentos. Ou seja, sem preventivas, não haveria Lava Jato.
O trecho mais importante do despacho: “Em todos esses casos, o desmantelamento da atividade criminal e a interrupção do ciclo delitivo, protegendo outros indívidos, a sociedade brasileira e os cofres públicos de novos crimes, só foi possível com a prisão preventiva e que teve suporte de todas as instâncias do Poder Judiciário brasileiro. Assim não fosse, é provável que ainda estaria Paulo Roberto Costa recebendo propina e na posse de seus ativos no exterior, quiçá deslocados para outro país, Alberto Youssef ainda estaria lavando dinheiro de propina em contratos públicos e a entregando a agentes políticos, e o Clube das Empreiteiras e o Departamento da Propina ainda estariam em plena atividade” .
Os números que interessam:
• Há  sete presos provisórios sem julgamento na Lava Jato.
• Foram 79 prisões preventivas nos três anos de Operação. Um número baixo, em comparação com o trabalho cotidiano das varas criminais. E infinitamente distante das cerca de 800 prisões da Operação Mãos Limpas, na Itália.
O que está por trás das críticas às prisões preventivas, segundo Moro, é o “lamentável entendimento de que há pessoas acima da lei”. Moro: “A questão real – e é necessário ser franco sobre isso – não é a quantidade, mas a qualidade das prisões, mas propriamente a qualidade dos presos provisórios. O problema não são as setenta e nove prisões ou os atualmente sete presos sem julgamento, mas sim que se tratam de presos ilustres, por exemplo, um dirigente de empreiteira, um ex-ministro da Fazenda, um ex-governador de estado, e, no presente caso, um ex-presidente da Câmara dos Deputados”. O juiz leva o raciocínio à etapa seguinte. “As críticas às prisões preventivas refletem, no fundo, o lamentável entendimento de que há pessoas acima da lei e que ainda vivemos em uma sociedade de castas, distante de nós a igualdade republicana”, disse.
A reação de Moro ao que percebeu serem ameaças de Cunha: além de manter a prisão do ex-deputado, comprometeu-se a redobrar o empenho. Foi explícito e claro. “Revogar a preventiva de Eduardo Cosentino da Cunha poderia ser interpretada erroneamente como representando a capitulação deste Juízo a alguma espécie de pressão política a qual teria sofrido em decorrência do referido episódio”. Quem tentou falar grosso com Moro até agora, como Marcelo Odebrecht e Lula, deu-se mal. Cunha, ao que tudo indica, apostou na estratégia errada.
O jeito Moro de dar um xeque até no presidente Michel Temer: o juiz relembrou o caso das perguntas que Cunha queria fazer a Temer durante o processo –  e que haviam sido vetadas por Moro. Eram, e qualquer um via isso, um recado ameaçador de Cunha ao presidente. O próprio juiz observou agora que “tais quesitos (perguntas), absolutamente estranhos ao objeto da ação penal, tinham por motivo óbvio constranger o Exmo. Sr. Presidente da República e provavelmente buscavam com isso provocar alguma espécie intervenção indevida da parte dele em favor do preso”. O subtexto é claro: Moro usou as armas de Cunha contra Temer para alertar o presidente de que Curitiba está atenta à possível articulação, em Brasília, para livrar o ex-deputado. O juiz escreveu textualmente que Cunha tentou intimidar o presidente da República. Citar esse episódio pode parecer uma defesa do presidente. É, na verdade, uma defesa da Lava Jato.
O que está em jogo:
• A estabilidade do governo Temer. Quanto mais tempo Cunha ficar preso, maior a chance de insistir numa delação premiada. Uma delação dele, combinada à do operador Lúcio Funaro, parceiro de Cunha, teria potencial para fulminar o primeiro escalão do governo.
• A estabilidade da Câmara. A delação de Cunha, a depender da extensão, também atingiria deputados influentes.
• A estabilidade da Lava Jato. Se o Supremo ignorar o nó de Moro e reverter o entendimento sobre as prisões preventivas, estejam os ministros certos ou errados, a operação será manietada.
A contagem regressiva: Moro sentenciará Cunha até o fim de março. Caso o ex-deputado não seja solto pelo STF e acabe condenado em Curitiba, não restará a ele outra opção. É delação – ou cadeia por muitos, muitos anos, talvez para a família dele também. DA REVISTA ÉPOCA

Governo e PM fazem acordo para encerrar motim no ES

VITÓRIA - A Polícia Militar do Espírito Santo suspende a paralisação na manhã deste sábado, 11. Depois de mais uma rodada de negociação, o governo não se comprometeu com reajuste. O acordo firmado prevê que o governo analise o cronograma de promoções e suspenda a punição aos PMs amotinados. 
Na manhã desta sexta-feira, a Secretaria de Segurança havia anunciado que 703 PMs foram indiciados por crime de revolta (motim de policial armado). O governo se comprometeu ainda a apresentar cronograma para promover policiais que têm direito à progressão na carreira por tempo de serviço prestado e a formar comissão para analisar a carga horária da corporação e apresentar propostas em 60 dias.
Nos sete dias de paralisação, 121 pessoas foram assassinadas no Estado, 666 veículos roubados e furtados e 300 lojas saqueadas. Os dados são parciais e ainda não foram confirmados pela Secretaria de Segurança.
ENTENDA A CRISE NO ESPÍRITO SANTO
Familiares e amigos de policiais militares no Espírito Santo começaram, na noite de sexta-feira, 3, a fazer manifestações impedindo a saída das viaturas para as ruas e afetando a segurança dos municípios.  Sem reajuste há quatro anos, os PMs reivindicam aumento salarial e melhores condições de trabalho.
O motim dos policiais levou a uma onda de homicídios e ataques a lojas. Com medo, a população passou a evitar sair de casa e donos de estabelecimentos fecharam as portas. Os capixabas já estocam comida
Na segunda-feira, 6, a prefeitura de Vitória suspendeu o funcionamento das escolas municipais e de  unidades de saúde. 
Também na segunda, o governo federal autorizou o envio da Força Nacional e das Forças Armadas para reforçar o policiamento nas ruas de cidades do Espírito Santo. Apesar do reforço, o clima de tensão se manteve no Estado. 
A morte de um policial civil na noite de terça-feira, 7, motivou uma paralisação da categoria na quarta, agravando ainda mais a crise de segurança no Espírito Santo. 
Após o fracasso nas negociações com policiais militares do Espírito Santo, o governo capixaba decidiu endurecer com os PMs e com as mulheres líderes do motim. No total, 703 policiais militares já foram indiciados por crime de revolta. DO ESTADÃO

Mais de 700 policiais foram indiciados por revolta no ES, diz secretário



O secretário de Segurança Pública, André Garcia, afirmou nesta sexta-feira (10), que 703 policiais foram indiciados pelo crime de revolta. Eles terão o ponto cortado desde o último sábado (4), quando começaram os protestos de familiares de PMs na porta de batalhões. Caso sejam condenados, os militares podem pegar de 8 a 20 anos de detenção.
Os PMs serão expulsos da instituição se forem condenados pelo crime de revolta, disse o comandante-geral da PM, Nylton Rodrigues, em entrevista à imprensa. Esse crime é configurado quando os militares se reúnem, armados, ocupando quartel, agindo contra a ordem recebida de superior, ou negando-se a cumpri-la.
Na quinta-feira (9), eram 327 policiais militares indiciados e, nesta sexta, foram mais 376. Somando os números, dá o total de 703 indiciados em inquérito policial militar pelo crime de revolta.
“Quando há ação de desobediência, o PM comete crime militar. Chega uma hora em que a desobediência evolui para motim, crime militar com pena de detenção de quatro a oito anos. Depois, se os policiais estão armados, o motim evolui para revolta”, explicou o comandante-geral da PM.
André Garcia afirmou que, se for preciso, demite todos os policiais militares e faz um novo concurso. "A anistia não é um ato do governo estadual, mas do governo federal. Mesmo se fosse, não é um caso de anistia", afirmou Garcia.
A condução dos inquéritos vai ficar a cargo da Corregedoria da PM. Quando concluídos, serão encaminhados para o Juízo de Direito da Vara da Auditoria Militar, que vai enviar o processo para análise da Promotoria de Justiça junto à Vara da Auditoria Militar. Segundo o Ministério Público Estadual, cabe a um promotor avaliar cada inquérito e decidir se denuncia os militares e propõe uma ação penal ou se arquiva os casos.
Ainda segundo o secretário, haverá identificação das mulheres dos protestos. “Também vamos identificar as mulheres que participam do movimento e vamos enviar a lista para o MPF [Ministério Público Federal], que vai fazer a análise”, disse.
Policiamento
O secretário disse que ainda 3 mil militares vão estar nas ruas do Espírito Santo nesta sexta, mas destacou que vai pedir mais efetivo. "Os responsáveis pelo movimento vão pagar os custos da mobilização das forças federais", afirmou. Mais de 1.700 homens das Forças Armadas e Nacional estão nas ruas e, segundo o Exército, serão 3.000 até final de semana.
Pelo sétimo dia, o estado vive uma onda de violência que deixou 121 mortos. Escolas, postos de saúde e ônibus seguem sem funcionar na Grande Vitória e em outras regiões do estado (veja o que abre e fecha nesta sexta-feira).
Negociações
André Garcia disse que o governo já esgotou a capacidade de diálogo com os PMs. O movimento que paralisou o policiamento no estado pede aumento salarial (reposição da inflação e 10% de ganho real), além de melhores condições de trabalho. O governo disse ser impossível dar reajuste, mas propôs avaliar promoções, carga horária dos PMs e outras reivindicações (veja listas mais abaixo).
Segundo o governo, caberá às Forças Armadas, que assumiram o comando da segurança pública no estado, dedicir as "medidas necessárias" tomar para "o restabelecimento da lei e da ordem", afirmou Pompeu.
"Essas medidas dependem de avaliação caso a caso, do comando militar, das forças de segurança, que estão no comando da segurança pública, que aqui está com o general do Exército", disse Julio Pompeu, secretário de Direitos Humanos.
O coronel Alves da Costa, que participa da operação, afirmou nesta sexta que as tropas não receberam ordem para retirar as famílias dos PMs das portas dos quartéis.
Proposta mulheres dos PMs:
  • Parcelamento da reposição salarial
  • Garantia de anistia para os policiais aquartelados
  • Desistência da ação contra as associações de policiais
Proposta do governo:
  • Crimes e infrações administrativas serão apurados sem perseguições;
  • Apresentar um cronograma para promoções previstas em lei
  • Formar uma comissão para avaliar a carga horária de trabalho da categoria
  • Encaminhar, em até 90 dias, uma proposta à Ales para tornar obrigatório o bacharelado em Direito para o ingresso no curso de CFO
  • Governo reitera a impossibilidade fiscal e legal da concessão do reajuste
  • Governo se propõe a desistir de ações contra Associações de Classe
  • Governo se dispõe a dialogar com a categoria para debater outras eventuais pautas DO G1

Estado sequestrado

Foi muito preciso o governador do Espírito Santo, Paulo Hartung, quando classificou de “sequestro” a greve dos policiais militares no Estado. “O que está acontecendo no Espírito Santo é chantagem aberta. Isso é a mesma coisa que sequestrar a liberdade e o direito do cidadão capixaba e cobrar resgate”, disse Hartung, diante da terrível sensação de insegurança que tomou a população do Estado em razão da paralisação dos policiais, que exigem aumento de salário. 
O caso do Espírito Santo ilustra, de forma dramática, até que ponto as corporações de funcionários públicos em todo o País estão dispostas a ir para arrancar do Estado aquilo que julgam ser seus direitos inalienáveis – mesmo que as leis sejam atropeladas, que as instituições sejam desrespeitadas e que o resto da população, que paga impostos para ter serviços essenciais, tenha de ser sacrificado. 
No momento em que, mais do que nunca, está clara a necessidade de racionalizar os escassos recursos públicos, em razão da severa crise que o País enfrenta, é preciso emprestar total apoio aos governantes que se dispõem a arrostar essas corporações, que não se importam em fazer a população de refém de seus interesses. Somente esse apoio deixará claro que os cidadãos estão realmente cansados da irresponsabilidade na administração pública e que não toleram mais o oportunismo dos que se empenham em incendiar o País para dobrar os joelhos do Estado ante suas reivindicações.
O fato é que há muito tempo certas corporações de funcionários públicos ignoram a realidade do País, fazendo exigências absurdas e, em alguns casos, apelando inclusive para a violência quando se julgam preteridas. O episódio do Espírito Santo é hoje o mais representativo dessa truculência, mas está longe de ser o único.
Na quarta-feira passada, em Brasília, por exemplo, policiais civis que protestavam contra a reforma da Previdência tentaram invadir o plenário da Câmara dos Deputados. Foram contidos pelos policiais legislativos. Segundo o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), um dos manifestantes chegou a sacar uma arma para intimidar os policiais que tentavam manter a ordem. “O debate da reforma será feito, a sociedade será convidada para debater a reforma, mas não na base da violência”, disse Maia.
Greves e manifestações de policiais são especialmente graves porque envolvem servidores armados, cuja função é proteger a sociedade, e não deixá-la à mercê de bandidos. Mas a violência tem notabilizado outros movimentos reivindicatórios de servidores públicos, sempre na expectativa de intimidar o Estado. Vêm se tornando perigosamente recorrentes as invasões de grevistas a prédios públicos, especialmente as Casas Legislativas, como demonstrações de força para pressionar parlamentares e governantes a atender a suas exigências.
É por essa razão que a resistência anunciada pelo governo do Espírito Santo é importante. Trata-se de um desafio aos que, desconsiderando totalmente a duríssima conjuntura econômica, pretendem capturar o Estado e submetê-lo a seus interesses, muitas vezes na marra. Como disse o governador Hartung, “se o Espírito Santo não enfrentar essa situação, daqui a pouco esse movimento será em todo o País”.
Mas soa quase quixotesca a luta dos que levam a sério da Lei de Responsabilidade Fiscal, como parece ser o caso da administração do Espírito Santo. O governo do Rio de Janeiro, por exemplo, anunciou que haverá aumento de 10,22% nos salários de policiais militares e civis do Estado. A decisão foi tomada depois que circularam rumores de que os policiais fluminenses poderiam realizar movimento semelhante ao dos colegas capixabas. 
Ou seja, o governo do Rio, embora esteja economicamente arruinado, parcelando salários e deixando de pagar as contas em razão de notória irresponsabilidade fiscal, preferiu ceder à corporação sindical armada antes que esta decidisse revogar, por sua própria conta, o Estado de Direito. É o caso de perguntar o que falta acontecer para que essa situação seja considerada inaceitável. DO ESTADÃO

Erro grave na hora errada. Temer cada vez mais parecido com Dilma.

A nomeação de Moreira Franco como ministro é uma afronta à opinião pública, reconhece editorial do Estadão. Agravada, no Senado, pela designação do ministro Lobão para a Comissão de Justiça. Vive-se ainda a república podre do lulopetismo, da qual o PMDB foi fiel escudeiro:
O imbróglio jurídico envolvendo a nomeação de Moreira Franco como ministro da Secretaria-Geral da Presidência – até ontem, eram duas liminares suspendendo o ato presidencial – é apenas parte do problema, e nem é a principal. A ascensão do amigo a um cargo com foro privilegiado foi um erro não trivial de Michel Temer, voltando a expor de forma acintosa as graves fragilidades do primeiro escalão do governo.
Ocioso dizer que o governo não precisava passar por isso justamente neste momento. O País começava a manifestar uns primeiros sinais de melhora, depois de meses de ansiosa expectativa por estancar a crise econômica. O governo de Michel Temer ganhava contornos de estabilidade até então inédita – afinal não faz muito ainda havia vozes a sustentar que Temer não chegaria a 2018. O Executivo havia colocado seus candidatos prediletos nas presidências da Câmara e do Senado, preparando terreno para as reformas. Pois bem, justamente nesse contexto de virada de jogo, Temer, certamente entusiasmado com as vitórias recém-conquistadas, nomeou como ministro o então secretário do Programa de Parcerias de Investimentos, Moreira Franco, personagem frequente em documentos da Operação Lava Jato.
Isso não significa dizer que as liminares suspendendo a nomeação de Moreira Franco foram corretas. Evidentemente os juízes da 14.ª Vara Federal em Brasília e da 6.ª Vara Federal no Rio de Janeiro não têm competência para sustar um ato do presidente da República. Caberia ao Supremo Tribunal Federal, se fosse o caso, analisar a legalidade da nomeação. Seria ingovernável o país em que qualquer juiz federal de primeira instância pudesse suspender a nomeação de um ministro de Estado. 
Ganha então contornos de ironia quando a juíza da 6.ª Vara Federal do Rio, logo após o Tribunal Regional Federal da 1.ª Região ter cassado a primeira liminar, concede outra, dizendo: “Não se afigura coerente que suas promessas ao assumir o mais alto posto da República sejam traídas exatamente por quem as lançou no rol de esperanças dos brasileiros, que hoje encontram-se indignados e perplexos ao ver o seu presidente adotar a mesma postura da ex-presidente impedida e que pretendia, também, blindar o ex-presidente Lula. Ao mestre com carinho”. O presidente Temer poderia ter-se poupado – e aos brasileiros que confiam em seu governo – desse reproche.
A nomeação de Moreira Franco é um erro de governo. Em primeiro lugar, o ato afronta a opinião pública, alienando ainda mais parte considerável da população que, com acerto, julga o governo não apenas pelas lentes da eficiência, mas também pelas da moralidade. É evidente que a população não deseja tolerância com a corrupção. E, com razão, sente-se indignada com esse tipo de nomeação, que transmite uma mensagem afrontosa a todos os que enfrentam as dificuldades cotidianas sem fazer a mínima concessão à honra. Afinal, é o presidente dizendo que não encontrou nenhum cidadão sem o passivo que pesa sobre o ex-governador que estivesse em condições de assumir o cargo.
Além de ignorar a opinião pública, a nomeação de Moreira Franco desestabiliza o governo. A estabilidade – esse bem tão necessário ao País, do qual o presidente é o primeiro garantidor – não depende só dele. Seus auxiliares diretos podem pôr a perder esse bem tão precioso. E é de justiça reconhecer que, na matéria, Moreira Franco não tem o pior currículo. Há outros, no círculo de colaboradores próximos de Temer, com maior potencial de dano. E, se o presidente acha que a fórmula para se proteger é a divulgação das delações, urge abandonar essa doce ilusão. O volume é tal que impede qualquer sonho de instantaneidade. Quando começarem os vazamentos, começarão longas semanas, talvez meses, de doloroso sofrimento.
A realidade sempre restringe a liberdade de atuação, também a um presidente. Fazer política, no sentido nobre da palavra, é ter um diagnóstico claro do que é possível a cada momento. Muitas vezes as melhores decisões para o País estão bem distantes de ideais de companheirismo e amizade, que são os sentimentos que parecem unir o sr. Michel Temer a algumas pessoas que o cercam. Na Presidência, ele tem obrigações maiores que as da camaradagem, do convívio de longos anos. Seu dever, agora, é com cada um – e com todos – dos brasileiros que governa. Não pode mais manter seu destino ligado a pessoas que, no mínimo, têm muito a esclarecer à Justiça e à sociedade. DO O.TAMBOSI

PRESIDENTE DONALD TRUMP EMPOSSA JEFF SESSION COMO PROCURADOR GERAL DOS ESTADOS UNIDOS E FAZ A ESQUERDA ENLOUQUECER.

sexta-feira, fevereiro 10, 2017

 

Depois de dar uma zapeada pelos sites dos jornalões e revistas nacionais constatei como estão inquietos, raivosos e histéricos os jornalistas da grande mídia. Imitam seus colegas da media mainstream de New York, London e adjacências. Mas enquanto esse bando de histéricos ladra a caravana do Presidente Donald Trump segue o seu caminho. Esses vagabundos continuam manejando as notícias com aquela cara de pau comum a todos os esquerdistas. Eles podem enganar alguns leitores e telespectadores incautos que continuam a ver a Fake News, The Globe, a Falha de S. Paulo e o site da Veja que parece mais uma página de humor com base em Fakes. Ah!, tem também o Estadão, que reúne um ajuntamento de retardados e histéricos. Se fosse apenas isso, vá lá, mas o problema é que eles mentem, distorcem e redigem as notícias não como elas são na realidade mas pela ótica que interessa ao esquerdismo. 
E isto tudo acontece porque nesta quinta-feira o Presidente Donald Trump empossou como Procurador Geral de Justiça dos Estados Unidos, o conhecido senador pelo Alabama, Jeff Session, que não costuma comer cru e não se pauta pelos ditames do pensamento politicamente correto, muito menos pelo que dizem dele os jornalistas vagabundos, asquerosos e mentirosos que dominam toda grande mídia. Quando as ignomínias se agigantam o estoque de impropérios não dá conta de qualificá-las.
Neste caso, o melhor então é reportar as verdade dos fatos. O novo Procurador Geral Jeff Session irá fazer toda essa canalhada da grande mídia e os meliantes do esquerdismo delirante a dançar miudinho. Assim, nos Estados Unidos sob o governo do Presidente Donald Trump, valerá muito chamar a polícia que passará simplesmente a adquirir o status de polícia, ora essa!
Abro este post com o vídeo acima do ato de posse do Procurador Geral Jeff Session e, logo abaixo, o seu discurso de posse que, como se vê, está afinadíssimo com as promessas de campanha do Presidente Donald Trump. Os bandidos das ruas, , os esquerdistas histéricos, os imigrantes ilegais e os jornalistas da grande mídia já começam a dançar miudinho. Afinal, a lei e a ordem deverão prevalecer. Esta expectativa é na verdade um ponto fora da curva, haja vista que se trata de uma normalidade de um Estado de Direito. E isto é a prova da esculhambação que foi o desgoverno de Hussein Obama e os Democratas bundalelês. Mais um pouco os Estados Unidos fariam parte da América 'Latrina'.
Segue o texto do discurso de posse do novo "Attorney General" Jeff Session. Curto e grosso. Mais abaixo, um vídeo especial em que o jornalista afro-americano, Kevin Martin, do site Infowars, exulta a escolha de Jeff Session. 
EM DEFESA DO POVO AMERICANO
Sr. Presidente obrigado por esta grande honra. É algo que eu nunca imaginei que aconteceria na minha vida.
Mas eu amo o DOJ (Departamento de Justiça). Eu me importo com suas tradições e sua herança. Eu estive 15 anos naquele grande Departamento e a honra de liderá-lo agora é algo que eu não tenho palavras para expressar de forma eficaz.
Há um monte de coisas que precisamos fazer.
Primeiro, precisamos valorizar e apoiar e incentivar as pessoas fabulosas que trabalham lá. Eu trabalhei com eles ao longo dos anos. Eu sei o quão bom eles são e seus talentos precisam ser direcionados ao benefício desta Nação em muitas maneiras diferentes.
Temos um problema de crime. Gostaria que a ascensão que estamos vendo no crime na América hoje fosse algum tipo de aberração, ou blip.
Meu melhor julgamento tendo sido envolvido na aplicação da lei penal por muitos anos é que esta é uma tendência permanente perigosa. Coloca a saúde e a segurança do povo americano em risco.
Destacamos os talentos e habilidades do DOJ da maneira mais eficaz possível para enfrentar este aumento no crime e para proteger as pessoas de nosso país.
Temos uma ameaça crescente - desde que eu era advogado dos EUA - do terrorismo, Sr. Presidente. Você falou firmemente sobre isso. Você levou esta Nação a dizer que nós vamos responder eficazmente à ameaça do terrorismo, e você pode contar com o seu DOJ para fazê-lo de forma eficaz.
E você disse algo que eu acredito, e eu acho que o povo americano acredita, que precisamos de um sistema legal de imigração, que sirva ao interesse do povo dos Estados Unidos.
Isso não é errado, isso não é imoral, isso não é indecente.
Admitimos um milhão de pessoas por ano, mais legalmente, e precisamos acabar com essa ilegalidade que ameaça a segurança pública e derruba os salários dos americanos que trabalham.
É uma honra além das palavras servir sob você e sua liderança. Você está montando um grande gabinete, que é apenas uma emoção para mim ter a oportunidade de participar, e eu estou ansioso para ter certeza de que cada onça de força que tenho e que o povo do DOJ vai ter foco em preservar e proteger a Constituição e a segurança deste país.
Defenderemos as leis deste país aprovadas pelo Congresso. Defenderemos as ordens legítimas do POTUS (Presidente of United States) com vigor e determinação.
Obrigado a todos por estarem aqui, vejo muitos bons amigos e que Deus abençoe todos os nossos esforços. Tradução livre com auxílio de tradutor online via site Infowars.
DETONANDO A MÍDIA MENTIROSA

Neste vídeo o jornalista afro-americano Kevin Martin, do site Infowars, exulta a nomeação de Jeff Session como Procurador Geral dos Estados Unidos. Ninguém melhor que Kevin Martin para dar seu testemunho, afinal, ele é um afro-americano. Por essas e outras que não dá para ler e ouvir mais a grande mídia. Ave, internet, sites e blogs independentes! DO A.AMORIM