terça-feira, 14 de agosto de 2012

Ideb 2 – Mercadante, como não poderia deixar de ser, comemora os números vergonhosos do ensino fundamental. E, mais uma vez, a opção pelo desastre

Se o resultado do Ideb 2011 para o ensino médio é uma porcaria, o do ensino fundamental não é muito melhor, embora o ministro Aloizio Mercadante não coubesse no bigode ao anunciá-lo. Parecia ser a redenção. Vejam os quadros publicados na Folha Online com a síntese dos dados nacionais do 5º e do 9º anos do ensino fundamental público (atenção para os dados sobre o Rio de Janeiro). Na sequência, leia reportagem da VEJA.com. Volto em seguida.

 
O Ministério da Educação divulgou nesta terça-feira os novos números do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, o Ideb, com os resultados de 2011. Em que pese a euforia do ministro Aloizio Mercadante, apressado em vender o estudo como prova de que todos os estados bateram as metas estabelecidas, os números mostram que a educação no Brasil continua lamentável, especialmente a pública. Pelos dados, as notas de mais de 37% das cidades brasileiras nos anos finais do Ensino Fundamental ficaram abaixo da meta estipulada pelo Ministério da Educação para 2011. Não seria tão mau se não fosse a tal meta, por si só, pífia: em média, o MEC esperava que as redes públicas, ao final da 8ª série, fossem capazes de atingir nota 3,7. Mesmo assim, muitas não conseguiram.
Em oito estados – Amapá, Alagoas, Maranhão, Sergipe, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Roraima e Tocantins –, menos de 50% dos municípios atingiram essa nota. No Rio de Janeiro, único estado da região Sudeste nesse grupo, apenas 41,3% das cidades atingiram a meta. Em Roraima, um recorde macabro: nenhum dos 17 municípios foi capaz de chegar aos 3,7. A nota do estado como um todo — 3,6 — foi inferior à nota que havia sido registrada pelo Ideb em 2009 – quadro que se repetiu no Amapá, em Alagoas e no Mato Grosso do Sul. Mesmo na região Sul do país, apenas 60% das cidades atingiram a meta.
Para Priscila Cruz, diretora do Instituto Todos Pela Educação, os números ruins para essa etapa do ensino não surpreendem. São frutos da falta de projeto educacional. “A segunda parte do ensino fundamental é metade gerida pela rede municipal e metade, pela estadual”, explica. “Ou seja, o Ministério da Educação (MEC) não tem projeto para essa etapa, parece terra de ninguém.”
Segundo ela, diversas razões explicam o baixo desempenho dos estudantes nessa fase. Entre elas estão o aumento do número de professores que ministram as disciplinas em sala de aula — grande parte deles, é bom que se registre, sem a especialização adequada — e a fragmentação curricular. “Os últimos anos do ensino fundamental já refletem a grande crise que se observa no ensino médio”, critica Priscila. “Mas ninguém parece disposto a encarar este fato.”
Do total de municípios do país, 73,5% tiveram notas até 4,4 – que são ruins. Na ponta oposta, a da excelência, apenas 1,5% das cidades conseguiram notas superiores a 5,5. Destas, 53 ficam no Sudeste, 20 no Sul e, apenas uma no Nordeste, o heroico município de Vila Nova do Piauí, no estado homônimo do Piauí. Alagoas conseguiu outro recorde negativo: todas as cidades do estado ficaram com notas abaixo de 3,4.
Início do fundamental
Ao comentar os dados dos primeiros anos do ensino fundamental, o governo alardeou o fato de todos os estados terem batido a meta do Ideb. As metas batidas, porém, são diferentes para cada estado e, mais uma vez, mostram abismos entre as regiões do país. Enquanto a região Nordeste precisava atingir a nota média de 3,5; na região Sudeste a meta foi de 5,2. É como se o governo se contentasse em exigir menos das crianças em estados mais pobres, por não acreditar que seriam capazes, ali, de aprender mais.
Destacando a participação individual dos municípios, os dados mostram que 22,3% deles não alcançaram a pontuação esperada. Ao todo, 55,1% das cidades com rede de educação municipal – que no início do ensino fundamental responde por 80% das matrículas do Brasil – tiveram Ideb inferior a 5. As disparidades regionais se mantêm: enquanto Sergipe tem 80,9% das escolas municipais com notas inferiores a 3,7, em Santa Catarina, esse mesmo número não passa de 0,7%. Apenas 674 dos 5.136 municípios do país avaliados conseguiram Ideb igual ou superior a 6, sendo que nenhum deles na região Norte. Onze estão localizados no Nordeste, 25 no Centro-Oeste, 179 no Sul e 459 no Sudeste. 
O governo espera que as cidades se igualem apenas em 2021, quando todas alcançariam nota 6 no Ideb. Para isso, estados como Alagoas, por exemplo, que teve o pior Ideb do Brasil nos anos iniciais (3,5), terão de avançar muito mais rapidamente do que outros como Minas Gerais, por exemplo, onde a nota já chegou a 5,8. Conforme a nota sobe, torna-se mais difícil mantê-la em crescimento, explica Priscila Cruz.
Como o Ideb mede também a taxa de reprovação, a tendência imediata, afirma ela, é que as escolas tentem melhorar o fluxo de seus alunos para conseguir turbinar o desempenho. “A política imediata e mais fácil é aumentar a aprovação, sem que necessariamente venha acompanhada pela efetiva aprendizagem do aluno”, explica Priscila. “De nada adianta passar alunos de série sem que eles tenham aprendido. Melhorar a aprendizagem em todos os níveis, porém, é muito mais difícil”, completa Priscila.
Voltei
Os macrodados já dão uma ideia da maluquice que está em curso no país. É o que chamei, no post anterior, de “crime do realismo conformado”. A meta estabelecida para o Norte e para o Nordeste brasileiros, por exemplo, é a confissão de um gigantesco fracasso. O país aceita de bom grado ter, durante muitos anos, vai se saber quantos, um padrão de educação absolutamente rebaixado nessas regiões – e olhem que o conjunto da obra já é ruim. “Ah, mas refletem as diferenças na economia e coisa e tal.” Eu sei. Por isso mesmo, porque as metas são muito tímidas no que concerne à qualidade, o ministro Aloizio Mercadante deveria ser menos exultante ao anunciar os números. De resto, riqueza do estado não significa maior qualidade na educação – e a inversa também pode ser verdadeira.
Há dados que são a confissão de um vexame. Os números do Rio, por exemplo, merecem qual explicação? No ensino médio, já é o último colocado dos estados do Sul e do Sudeste. No ensino fundamental, o que se tem é um descalabro: no 5º ano, o estado está abaixo de Acre, Rondônia, Roraima e Ceará. No 9º, amarga a 21ª posição entre as 27 unidades da federação. Mas cumpriu a meta, e o ministro Mercadante está feliz.
Vejam agora o resultado nacional para os mesmos 5º e 9º anos do ensino fundamental da escola privada. A diferença é gigantesca, assustadora. Representassem esses números o padrão da educação do país, o Brasil estaria entre as nações desenvolvidas. Volto para encerrar.

Encerro
Critiquei ontem, com dureza, uma matéria notavelmente vesga publicada pelo Estadão. Num esforço evidente de justificar a aloprada lei das cotas sócio-raciais para as universidades federais, cometia-se o desatino de comparar o desempenho de negros das escolas públicas com o de brancos das escolas privadas.
Como o próprio texto evidenciava, a questão da cor da pele não tinha peso nenhum na diferença. O achado percentual refletia, por óbvio, diferenças regionais. A grande disparidade não estava entre negros e brancos, mas entre alunos da rede pública e da rede privada. Aí Dilma e Mercadante tiveram uma ideia: vamos garantir aos nossos alunos da escola pública o acesso à universidade, ainda que eles não saibam quase nada.
É a revolução na educação de modelo petista. Entre ser justo e ser justo com quem não sabe, o partido escolhe a segunda opção. Por isso o socialismo foi um sucesso no mundo!
Por Reinaldo Azevedo

Charges


Amarildo
DO R.DEMOCRATICA

Lula pode ser condenado por improbidade administrativa por favorecer banco privado, prejudicando a Caixa.

A Justiça Federal deve decidir na próxima semana se o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva será sentenciado ou não por improbidade administrativa. Ele e o ex-ministro da Previdência Social Amir Lando são acusados pelo Ministério Público Federal de usar a máquina pública em favor do BMG, um dos bancos que cederam empréstimos irregulares ao PT no mensalão, segundo o ex-procurador-geral da República Antônio Fernando de Souza.
Responsável pelo caso, o juiz Paulo Cezar Lopes, da 13.ª Vara Federal, disse ao Estado estar na fase de análise das alegações das defesas e tem a intenção de divulgar a sentença já na próxima semana. "Estou analisando os documentos e tento dar certa prioridade a isso, mas não tenho como me debruçar apenas sobre um caso."
A ação foi apresentada pelo MP em fevereiro de 2011. Um ano depois, estava pronta para ser julgada. A demora na decisão foi criticada ontem pelo advogado Luiz Francisco Corrêa Barbosa, defensor do ex-deputado Roberto Jefferson (PTB). Segundo a procuradora responsável, Luciana Loureiro Oliveira, a irregularidade se refere ao envio de mais de 10 milhões de cartas a segurados do INSS, entre outubro e dezembro de 2004, ao custo de R$ 9,5 milhões, que informavam sobre a possibilidade de obtenção de empréstimos consignados. Após as cartas, o lucro do BMG pulou de R$ 90 milhões, em 2003, para quase R$ 280 milhões, em 2004.
Na defesa de Lula, apresentada em fevereiro, a Advocacia-Geral da União pede o arquivamento da ação, e argumenta que Lula não fez "propaganda gratuita" para o BMG, pois, quando do envio da carta, o banco concorria com a Caixa, que já estava no mercado de consignado.

Gilmar Mendes processa Carta Capital por calúnia, injúria e difamação.

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, requereu à Procuradoria-Geral da República abertura de inquérito por calúnia, injúria e difamação contra a revista Carta Capital. Na representação, ele afirma que a revista, na edição 708, o acusou de receber R$ 185 mil do chamado "mensalão mineiro", em março de 1999, quando era advogado-geral da União. Mendes diz que só virou advogado-geral em janeiro de 2000. Em 1999, era subchefe para Assuntos Jurídicos da Casa Civil. Diz que a lista é falsa, que a revista sabia da falsificação e, mesmo assim, publicou-a. Mendes comenta que a revista trouxe a reportagem para levantar dúvidas a respeito de sua capacidade de julgar o processo do mensalão. (Estadão)

Lula, com mensalite aguda, foge da imprensa.

Lula ficou profundamente irritado com a coordenação de campanha de Haddad e com o próprio candidato, que marcaram o lançamento do programa de governo para o mesmo dia da defesa de Roberto Jefferson, no STF, no julgamento do Mensalão. Ainda com a garganta irritada, Lula também sofre de "mensalite aguda", uma doença que o obriga a ficar em silêncio e longe dos microfones e câmeras que tanto o fascinavam, para evitar perguntas embaraçosas. Ontem, Lula foi envolvido diretamente no esquema criminoso pela defesa de Jefferson. Em vez de ir à festa do Haddad, preferiu ficar em casa.

Marta não quer ver nem a cara do Haddad.

Haddad e a ex-prefeita Marta Suplicy (PT), que tem boicotado os eventos da campanha, quase se encontraram ontem à noite no aniversário de Marco Aurélio de Carvalho, advogado do PT, em um bar no centro. Ela já estava havia quase duas horas no local quando ele chegou. Convidados disseram que ela se levantou da mesa e saiu do salão por porta lateral, enquanto ele entrava pela porta principal.(Folha de São Paulo) 
DO CELEAKS
 

Para quem tem memoria curta - capas da Veja via @marisascruz


DO HORACIOCB

Veja o que fez o François Hollande (em 56 dias de presidência) ..



                                    Será que o Governo Brasileiro conseguiria, com boa vontade política chegar um pouco
                        perto do Presidente da França...
                        Já pensaram como nós iríamos  melhorar de vida...
                                            

QUE EXEMPLO PARA NÓS !!!!!!
Vejam o que fez o presidente francês François Hollande (em 56 dias de presidência) ...
- Suprimiu 100% dos carros oficiais e mandou que fossem leiloados; o dinheiro apurado foi destinado ao Fundo da Previdência e foi distribuido pelas regiões com maior número de centros urbanos com os subúrbios mais pobres.
- Tornou a enviar um documento (doze linhas) para todos os órgãos estaduais que dependem do governo central em que comunicou a abolição do "carro da empresa", provocativo e desafiador, quase a insultar os altos funcionários, com frases como "se um executivo que ganha € 650.000/ano (R$1.631.435,00 por ano, ou R$135.952,92 mensais), não se pode dar ao luxo de comprar um bom carro com o seu rendimento do trabalho, significa que é muito ambicioso, é estúpido, ou desonesto. A nação não precisa de nenhuma dessas três figuras."
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Fora os Peugeot e os Citroën, 345 milhões de euros (R$8.659.155.000.000,00 - R$8,6 trilhões) foram apurados e imediatamente transferidos para criar (a abrir em 15 ago 2012) 175 institutos de pesquisa científica avançada de alta tecnologia, (R$49,5 bilhões para cada um), criasndo empregos para 2.560 desempregados, jovens cientistas, "para aumentar a competitividade e produtividade da nação."
- Aboliu o conceito de paraíso fiscal (definido como "socialmente imoral") e emitiu um decreto presidencial que cria uma taxa de emergência de 75% em impostos para todas as famílias, líquidas, que ganham líquido mais de 5 milhões de euros/ano (mais de R$2.549.500,00 por ano, ou R$1.045.791,00 mensais). Com esse dinheiro (mantendo assim o pacto fiscal), sem gastar um euro do orçamento, contratou 59.870 diplomados desempregados , dos quais 6.900 a partir de 1 de julho de 2012, e depois outros 12.500 em 01 de setembro, como professores na educação pública.
- Cortou a Igreja subsídios estatais no valor de 2,3 milhões de euros (R$57.727.700.000,00 - R$57,7 bilhões) que financiavam escolas privadas, e pôs em marcha (com esse dinheiro) um plano para a construção de 4.500 creches e 3.700 escolas primárias, a partir de um plano de recuperação, para investimento na infraestrutura nacional.
- Estabeleceu um "bonus-cultura" presidencial, um mecanismo que permite a qualquer pessoa pagar zero de impostos se se estabelecer como uma cooperativa e abrir uma livraria independente, contratando, pelo menos, dois licenciados da lista de desempregados, a fim de economizar dinheiro dos gastos públicos e contribuir para o emprego e a criação de novos postos de trabalho.
- Aboliu todos os subsídios do governo para revistas, fundações e editoras, substituindo-os por comissões de "empreendedores estatais" que financiam ações de atividades culturais com base na apresentação de planos de negócios relativos a avançadas estratégias de marketing.
- Lançou um plano especial que dá aos bancos uma oportunidade (sem impostos): Os que oferecerem empréstimos bonificados às empresas francesas que produzem bens receberão benefícios fiscais. Os que oferecerem outras linhas de financiamento pagam uma taxa adicional: é pegar ou largar.
- Reduziu em 25% os salários de todos os funcionários do governo, em 32% de todos os deputados e 40% de todos os altos funcionários públicos que ganham mais de € 800.000 por ano (R$2.007.920,00 por ano ou R$167.326,00 mensais). Com essa economia, (cerca de 4 milhões de funcionários e parlamentares) criou um fundo que dá garantias de bem-estar para "mães solteiras" em difíceis condições financeiras, que garantem um salário mensal por um período de cinco anos, até que a criança vai à escola primária e três anos se a criança é mais velha. Tudo isso sem alterar o equilíbrio do orçamento.
Resultado: Olhem que SURPRESA !!!
O spread com títulos alemães caiu, não por milagre.
A inflação não aumentou.
A produtividade nacional aumentou no mês de junho, pela primeira vez em três anos. 

Que tal o Partido Federalista no Brasil completar o número de assinaturas para eleger candidatos e eleger um presidente da República que adote um programa semelhante?
Os poderes Executivo e principalmente o Legislativo e o Judiciário, além de terem milhões de "aspones" a serem dispensados, têm muitos marajás com altíssimos salários e bonificações de alto privilégio que podem e devem ser bastante reduzidos. 
E os vereadores brasileiros são os pouquíssimos que ganham salários, e devem voltar à condição anterior a 1977, em que não recebiam salário, salvo nas capitais e municípios até 500 mil habitantes. Mas não tinha nada de ser 75% dos salários dos deputados estaduais, o que tornou os vereadores brasileiros verdadeiros "senadores municipais", com direito a contratar auxiliares e alguns até têm automóvel com motorista, o que é um criminoso escândalo. O resultado é pagar salários miseráveis aos professores, médicos e pessoal de saúde nos municípios, sendo que 50% deles não têm água e esgoto tratados, causando doenças que sobrecarregam muito os gastos com saúde pública, e incapacitam as crianças para serem educadas.
Afinal, o altíssimo custo dos governos brasileiros é um acinte a um povo que tem cerca de 80% de pobres, com renda familiar até 3 salários mínimos. 
E mais: a ministra de Desenvolvimento e Combate à Fome, Tereza Campello, anunciou nesta terça-feira (3) que o Brasil tem 16,27 milhões de pessoas em situação de extrema pobreza, o que representa 8,5% da população. A identificação de pessoas que vivem abaixo da linha da pobreza foi feita pelo Instituto de Geografia e Estatística (IBGE). 
Recebido por e-mail de Rogério Cunha
DO UPEC