quarta-feira, 26 de junho de 2013

Dilma volta atrás na Constituinte golpista



Folha Poder
A presidente Dilma Rousseff desistiu da proposta de fazer um plebiscito para convocar uma Assembleia Constituinte, relatou nesta terça-feira (25) o presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Marcus Vinícius Coelho, após participar de reunião com a presidente, o vice, Michel Temer, e o ministro José Eduardo Cardozo (Justiça), no Palácio do Planalto.
A mudança de posição do Planalto em relação ao assunto - que foi a principal e mais polêmica proposta apresentada pela presidente em resposta às manifestações que têm tomado as ruas do país nas últimas semanas será apresentada publicamente pelo ministro da Justiça, conforme relato de Coelho.

A Secretaria de Imprensa do Palácio do Planalto não confirma a informação. "O governo sai convencido de que convocar Constituinte não é adequado, porque atrasa a reforma política", disse.
Segundo o presidente da OAB, entidade que desde ontem é uma das mais frontalmente contrárias à proposta de Dilma Rousseff, o modelo que deverá ser proposto publicamente agora é que a própria reforma política seja colocada em plebiscito.

Traduzindo: perguntas específicas, ainda a serem definidas, mas que envolverão basicamente reformas do processo eleitoral e não do sistema de representatividade atual, serão feitas à população, que poderá dizer sim ou não a cada um dos pontos.
O presidente da OAB disse que a ideia é fazer o plebiscito até outubro, de forma que valha para as eleições de 2014.

Pela proposta apresentada ontem pela presidente Dilma, e que pegou até Michel Temer de surpresa, a pergunta a ser levada à população seria sobre a concordância ou não com a convocação de uma Assembleia Constituinte exclusiva para deliberar sobre uma reforma política mais ampla.mNo modelo proposto pela OAB, e agora supostamente encampado pela Presidência da República, não haverá necessidade de alterações na Constituição.

25 de junho de 2013
DO R. DEMOCRATICA

A trinca de conselheiros comprova que Dilma não entendeu a mensagem das multidões

 
O jornalista Lauro Jardim informou que Gilberto Carvalho anda amuado por não ser consultado pela presidente Dilma Rousseff.
Essa é a notícia boa: pouco importa o que tem a dizer quem só diz besteira.
A notícia ruim é que, segundo o ex-seminarista que virou porteiro de bordel (além de secretário-geral da Presidência), a chefe agora ouve apenas ─ além das ordens de Lula ─ a trinca formada por Aloizio Mercadante, Fernando Pimentel e João Santana.
Ministro da Propaganda,João Santana costuma alternar lances espertos com ideias de jerico. Na campanha de 2010, por exemplo, o marqueteiro baiano acertou ao condecorar Dilma Rousseff com a medalha de Mãe do PAC.
A malandragem ajudou a fantasiar de supergerente a dona da lojinha que faliu em Porto Alegreio.
Em contrapartida, foi Santana quem convenceu a presidente a dar as caras na abertura da Copa das Confederações.
Teria uma recepção de rainha, apostou. Foi mais vaiada que um zagueiro que enterrou o time.
Seja qual for o cargo que ocupe, Aloizio Mercadante jamais perde uma chance de justificar o título de Herói da Rendição, obtido graças a notáveis demonstrações de falta de bravura em combate.
Especialista em retiradas e capitulações, inventou a revogação do irrevogável quando liderava a bancada do PT no Senado.
Agora no triplo papel de ministro da Educação, da Economia e de Crises Políticas, foi o primeiro a aconselhar Dilma Rousseff a entrar na batalha da Constituinte. E foi o primeiro a recomendar que se rendesse.
Disfarçado de ministro de Indústria, Comércio e Desenvolvimento, Fernando Pimentel é o Primeiro-Acompanhante e Melhor Amigo da presidente, com quem convive desde quando tentavam trocar a tiros a ditadura militar pela ditadura do proletariado.
A força do afeto manteve Pimentel no emprego mesmo depois da descoberta de que ganhou muito dinheiro usando as fantasias de “conferencista” e “consultor financeiro” .
O palestrante enriqueceu sem abrir a boca. O consultor precisou de meia dúzia de conselhos para levar à falência uma fábrica de tubaína.
Se estivesse disposta a combater a corrupção, Dilma já teria remetido Pimentel para a delegacia mais próxima.
Se quisesse mesmo reduzir a gastança federal, já teria mandado para casa Mercadante e João Santana.
Caso desejasse fazer as duas coisas com um único despejo, Gilberto Carvalho estaria procurando trabalho há muito tempo.
A demissão do secretário-geral reduziria a taxa de mediocridade do Planalto e talvez impedisse o engavetamento das investigações sobre o escândalo protagonizado pela segunda-dama Rosemary Noronha.
Dilma não fará nada disso, claro. Vai continuar ouvindo o coro dos áulicos, contando mentiras, desfiando promessas grisalhas e irritando milhões de brasileiros fartos de tapeação.
Até que as multidões percam a paciência de vez e acordem a presidente surda à mensagem das ruas com uma passeata debaixo da cama.

25/06/2013-Por Augusto Nunes-REV VEJA