A presidente Dilma Rousseff desistiu da proposta de fazer um plebiscito
para convocar uma Assembleia Constituinte, relatou nesta terça-feira
(25) o presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Marcus
Vinícius Coelho, após participar de reunião com a presidente, o vice,
Michel Temer, e o ministro José Eduardo Cardozo (Justiça), no Palácio do
Planalto.
A mudança de posição do Planalto em relação ao assunto - que foi a
principal e mais polêmica proposta apresentada pela presidente em
resposta às manifestações que têm tomado as ruas do país nas últimas
semanas será apresentada publicamente pelo ministro da Justiça, conforme
relato de Coelho.
A Secretaria de Imprensa do Palácio do Planalto não confirma a informação. "O governo sai convencido de que convocar Constituinte não é adequado, porque atrasa a reforma política", disse.
Segundo
o presidente da OAB, entidade que desde ontem é uma das mais
frontalmente contrárias à proposta de Dilma Rousseff, o modelo que
deverá ser proposto publicamente agora é que a própria reforma política
seja colocada em plebiscito.
Traduzindo: perguntas específicas, ainda a serem definidas, mas que
envolverão basicamente reformas do processo eleitoral e não do sistema
de representatividade atual, serão feitas à população, que poderá dizer
sim ou não a cada um dos pontos.
O presidente da OAB disse que a ideia é fazer o plebiscito até outubro, de forma que valha para as eleições de 2014.
Pela proposta apresentada ontem pela presidente Dilma, e que pegou até
Michel Temer de surpresa, a pergunta a ser levada à população seria
sobre a concordância ou não com a convocação de uma Assembleia
Constituinte exclusiva para deliberar sobre uma reforma política mais
ampla.mNo modelo proposto pela OAB, e agora supostamente encampado pela
Presidência da República, não haverá necessidade de alterações na
Constituição.
25 de junho de 2013
DO R. DEMOCRATICA
O jornalista Lauro Jardim informou que Gilberto Carvalho anda amuado por não ser consultado pela presidente Dilma Rousseff.
Essa é a notícia boa: pouco importa o que tem a dizer quem só diz besteira.
A
notícia ruim é que, segundo o ex-seminarista que virou porteiro de
bordel (além de secretário-geral da Presidência), a chefe agora ouve
apenas ─ além das ordens de Lula ─ a trinca formada por Aloizio
Mercadante, Fernando Pimentel e João Santana.
Ministro da
Propaganda,João Santana costuma alternar lances espertos com ideias de
jerico. Na campanha de 2010, por exemplo, o marqueteiro baiano acertou
ao condecorar Dilma Rousseff com a medalha de Mãe do PAC.
A malandragem ajudou a fantasiar de supergerente a dona da lojinha que faliu em Porto Alegreio.
Em contrapartida, foi Santana quem convenceu a presidente a dar as caras na abertura da Copa das Confederações.
Teria uma recepção de rainha, apostou. Foi mais vaiada que um zagueiro que enterrou o time.
Seja
qual for o cargo que ocupe, Aloizio Mercadante jamais perde uma chance
de justificar o título de Herói da Rendição, obtido graças a notáveis
demonstrações de falta de bravura em combate.
Especialista em retiradas e capitulações, inventou a revogação do irrevogável quando liderava a bancada do PT no Senado.
Agora
no triplo papel de ministro da Educação, da Economia e de Crises
Políticas, foi o primeiro a aconselhar Dilma Rousseff a entrar na
batalha da Constituinte. E foi o primeiro a recomendar que se rendesse.
Disfarçado
de ministro de Indústria, Comércio e Desenvolvimento, Fernando Pimentel
é o Primeiro-Acompanhante e Melhor Amigo da presidente, com quem
convive desde quando tentavam trocar a tiros a ditadura militar pela
ditadura do proletariado.
A força do afeto manteve Pimentel no
emprego mesmo depois da descoberta de que ganhou muito dinheiro usando
as fantasias de “conferencista” e “consultor financeiro” .
O
palestrante enriqueceu sem abrir a boca. O consultor precisou de meia
dúzia de conselhos para levar à falência uma fábrica de tubaína.
Se estivesse disposta a combater a corrupção, Dilma já teria remetido Pimentel para a delegacia mais próxima.
Se quisesse mesmo reduzir a gastança federal, já teria mandado para casa Mercadante e João Santana.
Caso desejasse fazer as duas coisas com um único despejo, Gilberto Carvalho estaria procurando trabalho há muito tempo.
A
demissão do secretário-geral reduziria a taxa de mediocridade do
Planalto e talvez impedisse o engavetamento das investigações sobre o
escândalo protagonizado pela segunda-dama Rosemary Noronha.
Dilma
não fará nada disso, claro. Vai continuar ouvindo o coro dos áulicos,
contando mentiras, desfiando promessas grisalhas e irritando milhões de
brasileiros fartos de tapeação.
Até que as multidões percam a
paciência de vez e acordem a presidente surda à mensagem das ruas com
uma passeata debaixo da cama.
25/06/2013-Por Augusto Nunes-REV VEJA