quinta-feira, 14 de abril de 2011

Camaleões vermelhos!

Andei dando uma lida nos sites de notícias para medir as reações ao texto de FHC.
Impressionante a quantidade de asneiras ditas por mal intencionados e por muitos que não leram ( como diria meu falecido pai: "Na excepção da palavra", isto é, ler e entender o que vai escrito ) a mensagem que FHC sublimou em seu belo texto.
Quanta ignorância.

Mas, e é óbvio, faltava a eminência parda da quadrilha. O Capo di Tuti Capi
Desculpem-me se pareço repetitivo:
Erram os que pensam que o Cachaça é burro.
Não é. É inteligentíssimo.

Li, no Estadão, que o picolé de Cachaça respondeu ao texto de FHC.
Segue abaixo destacado em pequenos e valiosos grifos.

'Não sei como alguém estuda tanto para esquecer o povão', diz Lula sobre FHC
Em Londres, ex-presidente critica posição de Fernando Henrique Cardoso em artigo no qual sugere que a oposição reveja seu foco de atuação

LONDRES - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou nesta quinta-feira, 14, em Londres, o artigo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso intitulado "O papel da oposição", publicado na internet, na segunda-feira, pela Revista Interesse Nacional. "Não sei como é que alguém estuda tanto e depois quer esquecer do povão", afirmou Lula, após participar de uma palestra a investidores da Telefónica. Para ele, fazem parte do povo as classes média e rica e os mais pobres. "O povão é a razão de ser do Brasil."
Lula disse que o Brasil já teve político que disse preferir o "cheiro de cavalo ao do povo", referindo-se a uma célebre frase do general João Batista de Oliveira Figueiredo, presidente durante o regime militar. Agora, afirmou Lula, tem ex-presidente "que fala que é preciso não ficar atrás, esquecer o povão". "Eu não entendo, não sei o que ele (Fernando Henrique Cardoso) quis dizer."
Lula discorda da avaliação de que o governo "engoliu" a oposição no País. De acordo com ele, o Poder Executivo saiu fortalecido da eleição. "É assim mesmo, já fui oposição com 16 deputados", disse. O ex-presidente avalia que a oposição não "capta" o desejo do povo. "O povo não aceita mais oposição vingativa, com ódio, negativista. O povo brasileiro quer gente que pensa no Brasil", declarou. "A oposição quer que tenha desgraça para poder ter razão."

Prestaram bastante atenção?

Anotem: SE LULLA CHIOU E CORREU PARA SALVAR O PETISMO, É POR QUE FHC ACERTOU EM CHEIO.
LuLLa foi o único que entendeu perfeitamente o que disse FHC.
E aí, nas entrelinhas, o cidadão que discrimina quem estuda, como se, mais uma vez, tentasse provar, tendo a si mesmo como exemplo, que um asno iletrado pode chegar à presidência da república concorrendo com sumidades universitárias.
E aí, em sua fina inteligência, ele complementa dizendo que todas as classes são também o "povão" a que FHC se referiu.
Erraram feio os oposicionistas ao menosprezar a inteligência do Cachaça.
Mais uma vez vou ser repetitivo.
Existem pessoas com inteligência inquestionável que usam esta capacidade para o mau.
A história está cheia de bons exemplos.

• Hitler, como LuLLa, não tinha estudo. Era um asno, como uLLa no quesito educação. Qual a obra de Hitler?
• Osmany Ramos, o médico assassino, é outro exemplo.
• Marcola é também nosso exemplo tupiniquim.
• Fernandinho Beira Mar outro
• E LuLLa, entre os criminosos, não poderia estar de fora.

LuLLa entendeu perfeitamente o recado de FHC. E FHC, por seu turno, falou exatamenbte o que tinha que ser dito.
Vamos pela lógica?

LuLLa passou a vida inteira, comno candidato e depois como presidente, dizendo defensor ferrenho dos oprimidos e pobres deste país.
Pois bem, no governo quem mais se beneficiou do governo da quadrilha por LuLLa chefiada?
Naordem:

Os banqueiros, a classe média, chamada discriminatóriamente por LuLLa de dona Zelite e por último, atrás do último da fila, o tal de povão.
Cascata?
Enquanto os bancos, demonizados pelo discurso vingativo e rancoroso de LuLLa mesmo como presidente, lucravam cifras astronômicas, a população pobre aumentava em seu grau de pobreza absoluta segundo o IPEA.
Enquanto LuLLa demonizava a "classe média exploradora dos mais pobres" vangloriava-se de tê-la aumentado com os tais de mais pobres.
Até neste ponto, FHC foi visionário e realista ao chamar de camaleões petistas, essa quadrilha chefiada por LuLLa.
Ao conclamar a oposição a esquecer do povão e mirar na classe média nascida sob o governo do alcoólatra, FHC mais uma vez acertou em cheio.
Segundo o IBGE cerca de 70 milhões de brasileiros fazem parte da classe média no Brasil.
O "povão" encabrestado pelo desemprego crescente e tendo como tábua de salvação a miserável Bolsa Esmola de LuLLa, está sim, preso ao LuLLismo.
Mas a nova classe média, com acesso aos meios de comunicação e, possívelmente acordada por ter sido enganada por LuLLa pensando que poderia comprar tudo o que via nos Shoppings, como aqui tentou demonstrar um comentarista, hoje vê crescer o risco de entrar para a lista de inadimplentes do SERASA e dos SPCs da vida.
Será que estes 70 milhões de brasileiros estão contentes com tudo o que o miserável Cachaça lhes deu?
Será que o sujeito que se enfiou no crédito fácil da compra de carros ao se deparar com a posibilidade de perdê-lo por falta de pagamento está satisfeito por ter sido enganado?
Essa é a busca da tal mensagem proposta por FHC e do caminho a ser encontrado pela oposição, para que ela possa, finalmente, vender seu peixe.

Mas precisa mostrar também que o ódio, a que o Cachaça se referiu, sempre anda na boca dos camaleões vermelhos.
Foi Serra quem, durante a campanha eleitoral, disse que era preciso extirpar o DEM da vida pública?
Não, foi LuLLa.
Foi Serra quem incentivou as agressões vistas na campanha?
Não, foi LuLLa e sua quadrilha.
Foi Serra quem disse que Mário Covas deveria levar uma surra em praça pública?
Não, foi o petismo rancoroso.
LuLLa não consegue ter argumentos educados para responder FHC. É por isso que ele perdeu duas vezes para ele.
Então o que faz o ensaboado?
Faz o que sempre fez na vida: usa de jogo rasteiro e compara o texto de FHC com a estupidez de Figueiredo.
É nessa conversa mole do ensaboado que a oposição se deixou enrolar e perdeu o que disputou.
E é isso, que FHC chama atenção.
LuLLa entendeu e sentiu a cacetada.
FHC sabe fazer com LuLLa o que LuLLa faz como ninguém com a oposição:
Tirá-los do sério.

Mais uma vez:

BRAVO! BRAVO! BRAVÍSSIMO! PARA FHC.
DO BLOG COMUNIDADE GENTE DECENTE

PT TUDO PODE

por Janer Cristaldo

E segue o baile no galpão. Isto é, no Congresso. Manifestantes ligados à União Nacional dos Estudantes (UNE), a movimentos indígenas, negros e religiosos fizeram hoje um protesto na Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados comparando o deputado Jair Bolsonaro a Hitler. No protesto, acompanhado pela ministra da Secretaria Especial de Direitos Humanos, Maria do Rosário, os manifestantes traziam cartazes em que Bolsonaro aparece travestido de Hitler, além de palavras de ordem contra a homofobia e o racismo.
Que falta de memória, a desta gente. Que me conste, o deputado jamais manifestou qualquer simpatia por Hitler. Quem ousou manifestar admiração por Hitler neste Brasil foi um outro senhor, em uma entrevista à Playboy, em 1979: "O Hitler, mesmo errado, tinha aquilo que eu admiro num homem, o fogo de se propor a fazer alguma coisa e tentar fazer". Este senhor chamava-se – e ainda se chama – Luís Inácio Lula da Silva. Jamais ouvi alguém chamá-lo de nazista.
Não bastasse sua admiração pelo ditador alemão, manifestou seu apreço pelo celerado iraniano, o aiatolá Khomeini: "Eu não conheço muita coisa sobre o Irã, mas a força que o Khomeini mostrou, a determinação de acabar com aquele regime do xá foi um negócio sério".
Se foi. O aiatolá levou seu país a uma guerra que gerou um milhão de cadáveres. Quem mata um é criminoso, quem mata muitos é conquistador, quem mata todos é Deus — dizia Jean Rostand. Líderes cujas matanças vão de três a cinco dígitos são abomináveis. Toda glória aos genocidas de sete ou mais dígitos.
Não bastasse isto, Lula é fanzoca de Fidel Castro, o mais antigo tirano da América Latina. E considera Kadafi “amigo, irmão e líder”. O homem manifesta seu apreço pela escória da humanidade e o Bolsonaro é acusado de nazista. A senadora petista Marta Suplicy pode acusar seu adversário político de homossexual – como se ser homossexual fosse crime. A ministra petista Matilde Ribeiro pode afirmar que não é racismo quando um negro se insurge contra um branco.  O ex-presidente petista pode manifestar seu apreço por Hitler, Khomeini, Kadafi. Mas quem não for do PT – esta santa sigla que absolve de todo pecado – não pode sequer manifestar a opinião de que não quer ver seu filho casado com uma negra.
"A sociedade brasileira não aceita que um representante eleito por vias democráticas pratique crimes e incite o preconceito e reforce a opressão. Pressionaremos os congressistas pelo aprofundamento do processo de investigação por quebra de decoro parlamentar que já está em andamento na Câmara", afirma nota dos manifestantes da UNE.
Ora uma coisa é proferir uma besteira. Bolsonaro foi estúpido em sua afirmação. Está condenando uma boa metade da nação, que não viu mal algum em miscigenar-se. Mas proferir uma besteira é uma coisa. Outra – a meu ver bem mais grave – é meter a mão em dinheiro público. Não vi nenhuma manifestação da UNE contra os representantes petistas eleitos por vias democráticas que se locupletaram com o mensalão. A petistas, tudo é permissível. Chamar adversário de bicha, defender o racismo e até mesmo roubar.
Na crônica de ontem (5/4), comparei a affaire Bolsonaro ao escândalo em torno a Berlusconi, condenado por gostar de prostitutas, enquanto Martin Luther King, que pagava profissionais com dinheiro de suas campanhas em prol dos direitos dos negros, mereceu o prêmio Nobel da Paz. O pecado de Berlusconi, pelo que se lê, parece ter sido pagar a Ruby, porque é crime pagar uma prostituta menor de idade. Se a Ruby nada recebesse não seria crime. Mas ser prostituta menor de idade não é crime. Não poucos países contemporâneos estão participando desta legislação hipócrita. Prostituir-se é legal. Mas pagar por uma prostituta é crime.
Leitor atento me observa um outro fato:
Outra categoria de gente livre para fazer e dizer qualquer coisa é a dos gays: lembra do Tiger Woods, quando foi execrado e perdeu contratos milionários por ter arrumado amantes e transado com prostitutas? Na época pensei que se ele tivesse sido descoberto com homens e declarado aos gritos ser gay ninguém trataria do caso como escândalo e ele, por certo, não perderia nem um centavo de publicidade, afinal quem "descontrata" um gay? Lembro de um artigo, creio que do Ancelmo Góis, relatando, com a maior naturalidade, a visita de um costureiro estrangeiro a uma sauna gay do Rio e o preço que o mesmo pagou a um michê, dizendo que tal valor, 300 dólares, inflacionou o mercado, já que o referido teria ficado extasiado com os dotes amorosos de seu contratado”.
Tem razão o leitor. Homossexual algum será acusado por deitar-se com dezenas de homens. Mas ai do coitado que gosta de mulheres em profusão. Quanto a Bolsonaro, milita no partido errado, o PP. 
Militasse no PT, teria o sagrado direito de chamar adversário de bicha, de defender racismo e admirar Castro e Kadafi, Hitler e Khomeini.
DO B. MUJAHDIN CUCARACHA

Quanto vai custar para o Brasil botar o "porquinho" Dutra no Senado?

Até agora, o preço foi apenas de R$ 52 mensais , que é o que custa a caixa de Diovan para regular a hipertensão do suplente e presidente petista, José Eduardo Dutra. O cara ficou doente por não ter sido aquinhoado com a vaga no Senado. O tal do Valadares, que é o senador titular,  tem razão, aquele ministério da Micro-Empresa que estão oferecendo para ele é uma merreca de R$ 6 milhões por ano, menos que a verba do Sebrae em Garanhuns. Agora já acenam com o Turismo e o tal do Valadares avisou que aceita falar com a Dilma. Tudo para botar o "porquinho" Dutra no Senado. Se não botar, o cara vai ter um AVC. Portanto, custe o que custar para o Brasil, o "porquinho" Dutra vai virar senador. Leia a matéria do Estadão. Aqui.DO B. DO CEL

Vejam como os terroristas da VAR-Palmares só queriam o bem, o belo e o justo!

Quando se discute ainda hoje o real papel que teve Dilma Rousseff na organização terrorista VAR-Palmares, costumo ironizar: “Ah, ela se encarregava de organizar saraus e tardes lítero-musicais e de dar aula de piano”.  Pensem bem: qual é a tarefa de uma organização voltada para o terrorismo? Cuidar das belas artes! E só uma nota à margem: ela nunca se arrependeu de nada, não! O máximo a que chegou foi afirmar que mudou junto com o Brasil, o que daria pano pra manga. Para mim, isso significa que, se o Brasil não tivesse mudado, ela continuaria com a prática de antes. E, antes, a VAR-Palamares fazia o quê?

Está em curso a instalação da tal Comissão da Verdade. Quisesse ela a verdade, vá lá! Mas isso é mentira! Trata-se apenas de mais um passo para dourar um lado da batalha com novos brocados de heroísmo e satanizar o outro. Leiam o que publica o Estadão de hoje. Volto em seguida.
VAR-Palmares planejou execução de militares
Por Felipe Recondo e Leonencio Nossa:
Documento da Aeronáutica tornado público ontem pelo Arquivo Nacional, após ter sido mantido em segredo durante três décadas, revela que a organização guerrilheira VAR-Palmares, que contou em suas fileiras com a hoje presidente Dilma Rousseff, determinou o “justiçamento” - ou seja, o assassinato - de oficiais do Exército e de agentes de outras forças considerados reacionários nos anos da ditadura militar.
Com cinco páginas, o relatório A Campanha de Propaganda Militar, redigido por líderes do grupo, avalia que a eliminação de agentes da repressão seria uma forma de sair do isolamento. O texto foi apreendido em um esconderijo da organização, o chamado aparelho, e encaminhado em caráter confidencial ao então Ministério da Aeronáutica.
O arquivo, revelado pelo Estado no ano passado e aberto a consulta pública anteontem, faz parte do acervo do Centro de Segurança e Informação da Aeronáutica (CISA). No Arquivo Nacional, em Brasília, novo endereço do acervo que estava em poder do serviço de inteligência da Aeronáutica, há um conjunto de documentos que tratam da VAR-Palmares. Mostram, entre outras coisas, a participação de militares da ativa e a queda de líderes do grupo em Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo e São Paulo.
Os nomes dos integrantes do grupo receberam uma tarja preta, o que impede estabelecer relações diretas entre eles e as ações relatadas. É possível saber, por exemplo, que militantes de Belo Horizonte receberam em certa ocasião dez revólveres calibre 38 e munição, mas não os nomes desses militantes.
Na primeira página, o relatório de cinco páginas destaca que o grupo não tem “nenhuma possibilidade” de enfrentar os soldados nas cidades. Sobre o justiçamento de militares observa: “Deve ser feito em função de escolha cuidadosa (trecho incompreensível) elementos mais reacionários do Exército.”
Extermínio
Na época da redação do texto, entre 1969 e 1970, a ditadura tinha recrudescido o combate aos adversários do regime. Falava-se em setores das forças de completo extermínio dos subversivos. Em dezembro de 1968, o regime havia instituído o AI-5, que suprimia direitos civis e coincidia com o início de uma política de Estado para eliminar grupos de esquerda.
A VAR-Palmares surgiu em 1969 com a fusão do grupo Colina (Comando de Libertação Nacional), em que Dilma militava, com a Vanguarda Popular Revolucionária (VPR), do capitão Carlos Lamarca. Dilma, à época com 22 anos, foi presa em janeiro de 1970 em São Paulo. Ela só foi libertada em 1972, após passar por uma série de sessões de tortura.
(…)
O documento tornado público classifica as ordens como contraofensiva. Seria uma resposta aos “crimes” do regime militar contra a esquerda: “O justiçamento punitivo visa especialmente paralisar o inimigo, eliminando sistematicamente os cdf da repressão, os fascistas ideologicamente motivados que pressionam os outros.”
O texto também dá orientações sobre como definir e vigiar possíveis alvos. A ideia era uma fazer uma lista dos oficiais “reacionários” e de pessoas ligadas à CIA, a agência central de inteligência dos Estados Unidos.
A VAR-Palmares tinha definido como alvos prioritários o delegado Sérgio Paranhos Fleury, do Dops, e seu subordinado Raul Careca, acusados de comandar a máquina da tortura nos porões de São Paulo: “Careca, Fleury são assassinos diretos de companheiros também. Trata-se de represália clara. Já outros investigados serão eliminados sob condição, conforme vimos acima.”
Voltei
Ali onde há parênteses, suprimi este trecho:
“Sempre que fala sobre seu envolvimento com a resistência ao regime militar, Dilma costuma ressaltar que sua visão atual da vida não tem ’similaridade’ com o que pensava durante o tempo de guerrilha.”
Destaquei na abertura e reitero: essa não-similaridade, segundo ela mesma, se deve ao fato de o Brasil “ter mudado”; logo, se não tivesse… Isso quer dizer que não reconhece que os grupos terroristas foram, em si, um erro. É importante ressaltar que o Brasil não mudou sozinho, num passe de mágica. Alguém o mudou! E posso assegurar que não foram os terroristas. Mais de uma vez, de resto, Dilma demonstrou gratidão e reconhecimento por seus “companheiros” de luta, verdadeiros “heróis”. Acima, vê-se como eram mesmo humanistas notáveis.
Por Reinaldo Azevedo
Rev.Veja

Os reacionários - O Demiurgo Apedeuta falou. E parte da imprensa está feliz como pinto no lixo!

Voltei! E como!

Certa imprensa está feliz como pinto no lixo! Aliás, cabe a metáfora mesmo, não a comparação: É pinto no lixo. Ela estava com saudade do demiurgo; não via a hora de aquela doce e acolhedora boçalidade lhe confortar o espírito. Promoveu uma distorção canalha, absurda, do artigo escrito pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso para levantar a bola na rede para o Apedeuta — que, obviamente, foi lá e cortou.
Em seu artigo, FHC escreveu o que deveria ser óbvio a qualquer humano que ande com os membros superiores longe do chão: o PSDB — a oposição de modo geral — não tem de disputar o mercado de idéias com o PT, o que não quer dizer abandoná-lo, menosprezá-lo ou coisa assim. Partidos escolhem a “parte” da sociedade com a qual pretendem propor questões gerais para a sociedade. Só o fascismo e o comunismo são totalizantes — o que quer dizer, no caso, que são totalitários. Mais: resta evidente do conjunto que o ex-presidente se refere a mecanismos de cooptação.
Mas quê! A canalha intelectual, moral e ideológica saiu urrando: “FHC não quer saber do povão!” Os mais vigaristas mesmo ainda disseram: “Não é que eu ache isso, mas vão dizer isso…” Ah, bom!
Na Inglaterra, depois de faturar uns R$ 200 paus da Telefônica, o Demiurgo Apedeuta não teve dúvida: deu seqüência ao trabalho iniciado pelas franjas do seu partido nas redações:
“Eu. Sinceramente. não sei o que ele quis dizer. Nós já tivemos políticos que preferiam cheiro de cavalo que o povo. Agora tem um presidente que diz que precisa não ficar atrás do povão, esquecer o povão. Eu sinceramente não sei como é que alguém estuda tanto e depois quer esquecer do povão”.
Eis aí. Tem o padrão Lula na gramática, na fineza de raciocínio e na honestidade intelectual. Um documento que deveria servir ao debate, que não faria mal nenhum ao país, serviu para reforçar posições do establishment. Os reacionários não aceitam debater coisa nenhuma. Hoje, no Estadão, o ex-presidente esclarece, como se precisasse, o que quis dizer em seu artigo.
A boçalidade brasileira é tal, especialmente em áreas da imprensa, REITERO ISSO,  que um artigo precisa agora conter nota de rodapé para explicitar não uma referência teórica, não uma citação histórica, não uma baliza do pensamento. É preciso explicar o óbvio!
Depois de faturar a sua grana em nome do “povão”, Lula foi se encontrar com Hobsbawm, o penúltimo marxista, segundo quem a América Latina, o Brasil em particular, é o único lugar em que ainda se discute política segundo critérios do século 19. É verdade!
Mas Lula ganha um dinheirão segundo a lógica do século 21! Aliás, não fosse a privatização da telefonia promovida pelo governo FHC, ele não estaria lá engordando o caixa com a Telefonica, em Londres. Ele era contra, não é mesmo?
Mas por que teria amor à coerência quem não tem o menor amor à verdade?
Por Reinaldo Azevedo

Nenhuma luz no fim do túnel.

Ontem, o Senado aprovou o trem-bala ligando São Paulo-Rio, um buraco de R$ 50 bilhões para os cofres públicos. Hoje, no Rio, boa parte dos trens parou porque roubaram os fios da rede elétrica. O poder público não é capaz  de garantir um mínimo de organização e qualidade para o transporte de massa, mas desvia dezenas de bilhões para fazer uma obra fadada à corrupção e ao prejuízo. O povão que o Lula adula e que o FHC descarta não sabe ligar uma coisa com a outra. A oposição não tem didática para explicar  (basta ver a propaganda do PSDB que vai ao ar a partir de hoje) e o povão vai acabar achando que o tal trem-bala da Dilma vai passar na frente da sua casa, custando dois mirréis a passagem. Infelizmente, não há luz no fim do túnel.


B.DO CEL

Duplo recado

“O ministro Fernando Haddad daria um ótimo prefeito de São Paulo”.

Dilma Rousseff, embutindo dois recados numa frase só: quer ver  o ministro da Educação pelas costas e odeia São Paulo.
AUGUSTO NUNES-VEJA

O dilmês é mais complicado que o chinês

Celso Arnaldo captura a presidente com uma trinca de quinta em Pequim e confirma: o dilmês é mais complicado que o chinês

“Essa resposta eu não respondo”, diz Dilma Rousseff no fim do vídeo que registra os principais momentos da entrevista coletiva concedida em Pequim. “Responder respostas” nem o padrinho Lula consegue. O problema é que a afilhada não consegue responder também a perguntas, como constata o jornalista Celso Arnaldo Araújo em mais uma análise antológica do palavrório presidencial.

Em grande forma, o implacável caçador de cretinices capturou, além de Dilma, a escolta formada por uma trinca de quinta categoria: Aloízio Mercadante, Fernando Pimentel e Edison Lobão. Sozinha, a entrevistada é capaz de deixar pálido de espanto qualquer jornalista. Consultando uma papelada e ouvindo cochichos, ela consegue piorar espetacularmente. O vídeo de 5 minutos adverte: o dilmês é mais complicado que o chinês

POR CELSO ARNALDO ARAÚJO

O maior tesouro arqueológico da China são os Guerreiros de X´ian, o lendário Exército de Terracota — sete mil figuras de soldados e cavalos descobertas e desenterradas em 1974 ao lado do mausoléu do imperador Qin.

Numa mostra de sua força, a imperatriz Dilma compareceu à entrevista coletiva na China com um exército composto pelas três estranhas figuras, misto de guerreiros e cavalgaduras, que lhe fazem guarda, sombra e ponto neste vídeo – o do meio, Magro Velho, parece ser também de terracota, e, pela aparência mumificada, talvez ancestral em relação aos colegas de X´ian. As rachaduras profundas do rosto, porém, sugerem terra de má origem – ou mal cotada pelos empreiteiros da época. Deve ter faltado laca no acabamento. Na entrevista, não diria uma sílaba, não mexeria um músculo. Os outros dois são de materiais mais flexíveis, moldados à semelhança do soberano da ocasião – mas igualmente ordinários no feitio e na importância histórico-arqueológica.

Impassíveis, como obedientes guerreiros de barro tosco, sem vida e sem alma, obrigados pelo destino a permanecer na mesma posição por milhares de anos, percebe-se seu incômodo quase humano ao ouvir a imperatriz se esforçando para descobrir e desenterrar de sua tumba neuronal as palavras com que procura descrever os achados da expedição brasileira à China.

Na vã tentativa de verbalizar raciocínios próprios do crânio pequeno do primeiro hominídeo, o Australopithecus Afarensis, ela busca ajuda na maçaroca de pergaminhos que manipula nervosamente. Nada encontra, nas mãos e na mente. Diante do apuro da imperatriz, os três guerreiros parecem querer vir à vida – como no filme “Uma noite no Museu” – em socorro da soberana. Só um deles – o de óculos, com dentição pré-histórica – materializa o auxílio, na forma de sussurros auriculares, para corrigir, por exemplo, o cargo do presidente Hu Jintao, que a imperatriz chamou de primeiro-ministro. Cavaco Silva e José Sócrates, na viagem a Portugal, não conseguiram lhe explicar a diferença entre um pastel de nata e outro.

Quando a soberana fala da “importância que para nossa parceria têm mecanismos mais amplos dessa parceria”, o guerreiro de bigode de morcego – único de sua dinastia – lança um olhar ao longe, vazio, pura desesperança e desespero. Nada pode fazer. O mesmo ocorre quando vem à tona o “no que se refere a valor agregado”. O trauma do debate da Band, com um saldo de 32 “no que se refere”, ainda estava bem fresco para o Irrevogável de X´ian.

Em seguida, o guerreiro de óculos, situado estrategicamente atrás do ouvido bom da imperatriz, se torna humanoide pelo átimo de tempo necessário para cochichar a palavra “missão” e socorrer a imperatriz com o nome do grupo chinês que vai ao Brasil — e que ela tenta, sem sucesso, por uns bons segundos, cavoucar com as próprias mãos, no próprio cérebro. Missão impossível. Ponto para o guerreiro de óculos. A imperatriz se empolga com a missão, que então ganha significado mais lato, e de lavra própria: “É o que eles chamam de missão de compra e nós também, aquelas missões que você manda aos países para avaliar quais são as oportunidades de importação em setores manufatureiros”.

Seria “exportação”, mas não vem ao caso. Os guerreiros ficam mais aliviados com esse “setores manufatureiros”, que tem toda pinta de tema de palestra na Fiesp. Mas voltam a se angustiar, incontinenti, com o tropeço seguinte da imperatriz técnica: o “relacionalmento” quase faz os três saltarem sobre o corpo da Protegida para resgatá-la, encoberta e muda, de mais um constrangimento internacional. Contêm-se.

E a imperatriz continua compulsando os pergaminhos, obsessivamente. Mal ouve a pergunta de um dos súditos da mídia sobre o câmbio irreal e perigoso ora em vigência. Se ouviu, sua resposta não é deste mundo: “Sabemos perfeitamente o porquê que nós estamos, todos nós sabemos”. Nem todos, imperatriz: “Nós vamos buscar uma taxa de câmbio, ao longo de meu governo, compatível com as taxas de câmbio, aliás as taxas de juro internacionais. Vamos buscar uma taxa de juro compatível com as taxas de juro internacionais. Eu falei câmbio aí, mas é juros, porque depois cês vão lá e…”

O humor envergonhado da imperatriz faz os três bonecos, ainda perfilados, arriscar um sorriso maroto e devoto, um sorriso de terracota rachada, misturada com pau e lama. Não tinham alternativa – a não ser chorar em silêncio, recolhidos à sua insignificância. Como os guerreiros de X´ian, um dia eles serão recolhidos ao lado da triste imperatriz, no mausoléu da história do Brasil.

 

DO RESISTENCIA DEMOCRATICA

Kátia Abreu deve presidir o PSD.

Única mulher entre os políticos que aderiram ao PSD no seu lançamento, a senadora Kátia Abreu (TO), de saída do DEM, deverá ser a nova presidente da sigla. Ontem, ela reafirmou o que havia manifestado no seu discurso no Senado, na semana que passou, que  o PSD nasce para "dar voz" à classe média. Ontem, FHC deu ressonância ao foco do novo partido, em seu polêmico artigo. A senadora declarou que o partido se voltará para "os 100 milhões de contribuintes brasileiros" que não vêem a contrapartida de seus impostos. "Quem paga tem o direito de exigir educação, saúde, justiça e segurança de qualidade, compatível com sua contribuição como pagador de impostos", acrescenta o manifesto de fundação, num tom sensível aos interesses da classe média. Em contrapartida, sem restringir o campo de ação "às novas classes possuidoras" - na definição de Fernando Henrique -, Kátia Abreu ressaltou que o PSD também vai disputar os votos do "povão": "Não viemos para um duelo ideológico, mas não aceitaremos que o monopólio dos mais pobres fique com a esquerda. O capital não precisa de proteção, o mercado o protege", completou.

DO BLOG DO CEL

Começou.

Eles não são amadores. Muito menos honestos. São velhacos. Espertos. Em termos de política com objetivo de tomada de poder ou, no caso, de continuidade, estes cabras comem fernandos henriques cardosos no café da manhã. Vejam a declaração de Lula, direto do luxo londrino, onde cobra U$ 200 mil por palestra, sem ter que chegar perto de nenhum pobre:

"Eu sinceramente não sei o que ele quis dizer. Nós já tivemos políticos que preferiam cheiro de cavalo que o povo. Agora tem um presidente que diz que precisa não ficar atrás do povão, esquecer o povão. Eu sinceramente não sei como é que alguém estuda tanto e depois quer esquecer do povão... O povão é a razão de ser do Brasil, e dele fazem parte a classe média, a classe rica, os mais pobres. Todos são brasileiros ... O povo brasileiro não aceita mais uma oposição vingativa, com ódio, negativista. O que o povo brasileiro quer é gente que pense com otimismo no Brasil, afinal de contas conquistamos um estágio de autoestima que já não podemos voltar atrás.
DO COTURNO NOTURNO