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Papo reto e sem mimimi: Todos seremos infectados pelo Coronavírus. A maioria esmagadora nem deve sentir os sintomas. Muitos terão de procurar cuidados médicos. Encontrarão dificuldades, se a pandemia se expandir no Brasil. Outros, lamentavelmente, vão sofrer com a doença, mas devem se curar. Uma minoria, infelizmente, vai morrer. Eis a vida como ela é – sem roteiro de Nelson Rodrigues...
“Lockdown”? Foi proposta de idiota, canalha ou ambos. Funcionou em algum lugar? Fala sério... Em Bruzundanga não dá para suportar! Nem adianta achar que o isolamento social vai fazer mágica. O bicho vai te pegar. Aliás, já está pegando... Até agora, o vírus tem sido cruel com idosos, cardíacos, diabéticos e portadores de problemas respiratórios. O resto tende a ser polêmica inútil, exceto alguns fatores geopolíticos relevantes que não podem ser ignorados estrategicamente.
Aqueles que estudaram os impérios e como eles foram forjados sabem que conspirações macroeconômicas foram a base da criação da hegemonia dos impérios nos últimos 1.000 anos. Por isso, é interessante que os leitores do Alerta Total – se já não leram nas redes sociais – reflitam, cuidadosamente, sobre dois textos que reproduzimos a seguir. Não concorde inteiramente com eles. Porém, pense, questione, proponha soluções. Não podemos aceitar o pragmatismo cínico das falsas saídas autoritárias combinadas com picaretagem econômica.
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“Não existe almoço grátis” é uma expressão de origem incerta, mas que os liberais adotaram. Utilizam-na para criticar políticas distributivas, e dizer que alguém está sempre pagando a conta. “O setor produtivo”, que para eles é representado pelos empresários, não pelos trabalhadores.
Eis que, diante da crise do Coronavírus, que já teve imenso impacto nas bolsas e nos bolsos de megaempresários, nos deparamos com uma conversão repentina, como a de Abílio Diniz.
“É preciso gastar dinheiro. Dinheiro mesmo. Muito dinheiro. Conversei hoje com Guedes. Ele está a par disso. Vai colocar mais de R$ 600 bilhões em circulação. Ele é liberal, mas em momentos de crise somos todos keynesianos“, afirmou Diniz, durante live da XP Investimentos realizada na noite da última quarta-feira (25/03).
O “milagre” pode ser tudo, menos surpreendente. É a mesma lógica adotada na crise de 2008, em que o governo americano promoveu um resgate trilionário de bancos, diante de uma crise por estes mesmos criada. E gerando um risco moral gigantesco: incentivos para que os mesmos erros voltem a ser cometidos impunemente.
Ser liberal nessas condições é maravilhoso. Quando há lucro, defendo que todo ele deve ser privado, pelo corte de tributos. Mas quando há prejuízo, nas crises, o governo tem que ajudar. E onde essa conta fecha? Apenas no fantástico mundo do neoliberalismo de ocasião, ou do “laissez-faire, mas só quando a gente quer”.
O que o governo precisa fazer neste momento é transferir dinheiro diretamente para a base da pirâmide, de modo a garantir a renda e a capacidade de consumo da população. É essa base que tem o condão de aquecer a economia em um momentos de retraimento da demanda, como nas crises. Para quem virou keynesiano agora: na base, o efeito multiplicador é muito maior, porque essas pessoas consomem tudo o que recebem e fazem girar a economia.
E isso pode ser feito tanto por meio da garantia de uma renda básica, como a recentemente aprovada pela Câmara dos Deputados, quanto por meio da concessão de linhas de créditos a juro zero. Estas últimas podem ser estendidas até mesmo a micro, pequenos e médios empreendedores, desde que se comprometam a não demitir ninguém ou cortar salários.
O economista Eduardo Moreira tem uma proposta bastante interessante, que consiste na emissão de um cartão de crédito pela Caixa Econômica, com o valor da renda básica emergencial liberado às famílias. Este cartão apenas poderia ser utilizado para adquirir produtos das empresas que assumissem o compromisso de garantir o emprego e a renda aos seus trabalhadores no período da crise.
São várias as possibilidades. O que não pode acontecer é se utilizar os recursos que o Estado dispõe - e que seriam muito maiores, se grandes fortunas, lucros e dividendos e grandes heranças houvessem sido devidamente tributadas no passado - para entregar na mão de banqueiros e dos grandes conglomerados econômicos. Mas isso é justamente o que o governo está fazendo.
Há cerca de uma semana, o Banco Central anunciou que comprará títulos soberanos brasileiros, de posse das instituições financeiras, com 10% de desconto, para “garantir o bom funcionamento dos mercados”. Esse estoque de títulos corresponde a 31 bilhões de dólares (161 bilhões de reais).
Os bancos são os que mais lucram, mesmo nas crises. O que eles fizeram com os bilhões que receberam em cima dos juros cobrados do cidadão comum?
Não há tampouco garantia de que recursos transferidos a empresas serão utilizados em benefício dos trabalhadores. Joseph Stiglitz, nobel de Economia, critica a estratégia do “trickle-down”, ou “gotejamento”. Ele demonstra empiricamente que esses recursos, quando repassados a grandes conglomerados econômicos, são quase sempre distribuídos na forma de bônus a sócios e CEOs.
Muito mais efetivo, portanto, é transferir esses recursos diretamente às mãos dos empregados que sofrerem os efeitos desta crise, e permitir que estes continuem comprando, o que também ajudará o empresário.
Aos liberais que recentemente se converteram em keynesianos - mas apenas o keynesianismo da crise, o keynesianismo oportuno, especial para os nossos amigos -, um recado: a máxima “não existe almoço grátis” é verdadeira, sempre foi. Alguém irá pagar a conta. Neste caso, seremos todos nós que pagaremos pelos delírios de quase 50 anos de neoliberalismo.
2.153 bilionários possuem mais riqueza do que 60% do planeta. Eles não reunidos neste momento planejando como nos ajudar com esta crise. A “mão invisível” não virá socorrer ninguém. Seguremos nas mãos uns dos outros, que é o que dá pra fazer agora, muito precariamente.
Diferentemente do que tem sido pregado, a economia não é algo separado da escolha das pessoas, como a física ou a química. Ela é uma construção social, produto das nossas escolhas. E é graças às regras do jogo até hoje vigentes que o trabalhador está diante de uma escolha que jamais deveria ter que fazer: perder o emprego ou arriscar a vida.
O papel principal do governo é proteger as pessoas em momentos como esses, para que não aconteça um genocídio. Quando tudo isso terminar, teremos uma outra economia, muito debilitada, mas quem sabe também outras concepções de Estado e outras regras do jogo. A humanidade precisará aprender a ser mais solidária. O mundo após esta crise pode ser melhor ou pior, mas jamais será o mesmo. (Anjuli Tostes, no Jornal GGN)
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A Guerra Biológica é mais barata e rápida que uma Guerra Normal.
Vamos fazer uma análise maluca, mas com possibilidades de acontecer.
Eu me chamo China, fiquei por anos trabalhando muito duro e acumulando riquezas.
Eu tenho um fornecedor chamado Brasil, o qual tem terras mais férteis que a minha e produz alimentos, minérios e outras comodities que eu preciso comprar.
Eu tenho um rival, chamado EUA, o qual tem uma potência militar muito maior que a minha que pretende colocar sanções ao meu comércio e me ameaça no ranking mundial.
Lanço um vírus. Me preparo primeiro (já estou a anos acumulando riquezas para esse golpe). Infecto uma pequena região, isolo, trato e perco 0,01% da minha população (perda muito menor do que em uma guerra tradicional e um custo muito menor).
Nesse meu vírus, preservo a população mais jovem que futuramente será escravizada e elimino a população idosa, que detêm o conhecimento, riquezas e lideram muitos governos e empresas mundiais.
Paro minhas fábricas de produção, gerando um caos na economia mundial e digo que esse é o exemplo certo a ser feito.
Espalho o vírus no mundo. Todo o mundo, desesperado, começa o pânico.
Governos gastam recursos, exércitos voltam à área de saúde, desemprego, fome, perdas astronômicas, nas maiores empresas do mundo, enfraqueço toda a economia mundial.
Todo o mundo para. Nesse momento, nosso território começa a produzir e gerar riqueza novamente.
Governantes não sabem o que fazer. Começa a briga interna, em todos os países. A população fica procurando culpados entre si e cada vez mais dá tempo para finalizar o meu golpe.
As bolsas de valores caem. Começamos então, com todo o dinheiro que guardamos por anos a comprar essas empresas as quais precisamos ter controle a preço de banana.
Inevitavelmente, assim como uma guerra, milhares de pessoas morrem. Algum tempo depois, eles juntam os fatos e percebem o golpe sofrido.
Governantes desesperados pedem para a população voltar a trabalhar, mas essa está em pânico devido as noticias e gera um conflito interno, pois a população está desacreditada e confusa, dificultando o aquecimento da economia.
Com o poder acionário de várias empresas produtivas, começo a enviar novos lideres para elas, o qual tem o intuito de “escravizar” todo esse povo para trabalhar para meu país.
A recessão nesses países vai estar muito forte e os trabalhadores irão aceitar trabalhar por menos, somente para não passarem fome.
Tenho uma produção mundial, com trabalho escravo e com produção direcionada aos meus interesses.
Vendo um frango produzido no Brasil por apenas 1 real para o meu país, e vendo a 10 reais para o mercado interno brasileiro, tornando-os cada vez mais pobres e dependentes.
Consigo manipular a economia mundial. Mando meu povo assumir cidades que sejam interessantes e cadeias produtivas.
Vocês entenderam agora o que está acontecendo?
Para todos aqueles que ainda não enxergaram essa guerra, serão escravizados por várias gerações.
Muitos se perguntam por que existiram guerras?
Algumas existiram. Pessoas e governantes preferem perder a vida a ver o seu povo escravizado.
Vamos enxergar lá na frente, o que vai ser no futuro, quando seu filho irá trabalhar 12 horas por dia em uma fábrica comandada por chineses, e recebendo meio salário mínimo.
Quando irá no mercado e não conseguir comprar comida com qualidade e preços que temos hoje à disposição.
Para os que reclamam que o arroz está R$ 3,00 o quilo (R$ 15,00 pacote com 5kg), ele provavelmente será quase todo exportado a China e custará R$ 30,00 o pacote de 1 Kg.
Esse é o golpe que estamos levando. Pensem em um jogo de estratégia, onde o inimigo está várias jogadas à nossa frente.
Fechem as bolsas. Não permitam que eles comprem nossas empresas (já estão comprando. A bolsa hoje, 24 de março de 2020, subiu quase 10%).
Parem de brigar entre si e vejam quem é o verdadeiro inimigo.
Eu não sei vocês, mas eu prefiro morrer lutando, do que ser e ver meu povo ser escravizado.
Precisamos, urgentemente, dar um contra golpe ou seremos eternos escravos dos chineses.
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Caminho para alguma conclusão: Nenhuma novidade que o mundo jamais será o mesmo depois da crise pela COVID-19. O fundamental é que cada um saiba que também não será o mesmo. Os chineses apenas jogam o jogo deles. Nós, brasileiros é que precisamos nos transformar em “brasilianos”. O Brasil tem uma oportunidade única para crescer, se desenvolver e para o nosso povo tomar vergonha na cara. Temos de propor, debater e implantar o inédito Projeto Estratégico de Nação.
Precisamos de um choque de Capitalismo Democrático, rompendo com o Capimunismo Rentista, Improdutivo e Criminoso (Regime Cricri). Temos de pressionar por Reforma Política (com Voto Distrital, fim do voto obrigatório e partidos sem financiamento estatal). Precisamos de reforma administrativa com reforma tributária. Não há saída – a não ser eliminar os parasitas e os criminosos institucionalizados.
Assim, vamos para o Federalismo Pleno, com uma nova Constituição enxuta, fácil de cumprir, dispensando interpretações do Supremo Tribunal Federal. Este tem de ser o Brasil pós-coronavírus. Mudança, já!
Não dá mais para suportar – com ou sem coranavírus – um Brasil que opera em ritmo de manicômio judicial...
Infelizmente (ou o contrário), o Brasil só vai evoluir se passar por um grande sacrifício nunca antes encarado na História desse País... O coronavírus vem cumprir seu papel histórico. Como tem de ser...