quinta-feira, 3 de novembro de 2016

Sergio Moro divulga 2 horas de escutas telefonicas de #Lula, #Dilma e #Lindberg

O Juiz Federal Sergio Moro Divulgou hoje quase duas horas de escutas telefônicas feitas em conversas entre o Ex-Presidente Lula, a Ex-presidente Dilma Roussef, o ex-ministro chefe da casa civil. Nas conversas fica explícito as intenções da organização. O PT planeja usar seus deputados, senadores e seu pouco apoio popular para realizar manifestações por todo o país e atrapalhar a vida do governo Temer. 
Assista ao Vídeo abaixo: 
DO CARLOSPARRINI

STF mostra que a Justiça tarda, mas não chega


O Supremo Tribunal Federal demonstrou nesta quinta-feira que a Justiça não é apenas cega. Sua balança está desregulada. E a espada perdeu o fio. Formou-se no plenário do Supremo uma maioria de seis votos a favor do entendimento segundo o qual réus não podem ocupar cargos situados na linha de sucessão da Presidência da República. Porém, antes que o veredicto pudesse ser proclamado um dos ministros, Dias Toffoli, pediu vista do processo. Adiou-se o desfecho do caso para uma data indefinida.
Costuma-se dizer que os ministros do Supremo estão sentados à direita de Deus. No caso de Toffoli, ficou entendido que, o ministro está sentado ao lado de alguém que se considera acima de Deus. O adiamento do anúncio do veredicto que veta a presença de réus em cargos que podem levar seus ocupantes ao exercício da Presidência beneficiou uma única e suprema divindade: o presidente do Senado Federal.
Ao protelar o veredicto, o Supremo estendeu um tapete vermelho para que Renan Calheiros desfile seu rastro pegajoso de processos no comando do Senado até fevereiro de 2017, quando termina sua presidência. O senador responde a 12 processos no Supremo. Uma denúncia que poderia convertê-lo em réu aguarda por um julgamento há 3 anos e oito meses.
Ao poupar Renan, o Supremo ajuda o investigado. Socorre também o governo Michel Temer, que trata o encrencado como herói das reformas no Senado. A Suprema Corte só não ajuda à sociedade brasileira, atormentada pela constatação de que a Justiça tarda, mas não chega. - DO J.DESOUZA

Estado pede reintegração de posse de todas as escolas de Curitiba

 Da Gazeta do Povo:
A Procuradoria-Geral do Estado (PGE) pediu, na terça-feira (1.°), a reintegração de posse de todas as escolas de Curitiba. O pedido, na verdade, é para que o efeito da liminar que autorizou a reintegração de 23 escolas da capital seja estendido às demais instituições tomadas pelos alunos na capital. O documento relaciona 44 colégios e ainda não foi analisado pela Justiça, segundo fontes ouvidas pela Gazeta do Povo.
Assinado pela procuradora do Estado Mariana Carvalho Waihrich, o recurso argumenta que “a manutenção das ocupações continua oferecendo risco aos estudantes, bem como aos pais e membros da comunidade envolvidos (…)”. A procuradora cita como exemplo os diversos momentos de tensões gerados quando grupos favoráveis à desocupação manifestaram “interesse em invadir as escolas e retirar à força os ocupantes”.
O pedido atinge também o Colégio Estadual do Paraná (CEP), que teve a reintegração de posse suspensa em comum acordo com o governo estadual, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Defensoria Pública e Ministério Público.
“Outrossim, requer o cumprimento da ordem de reintegração pela sra. Oficial de Justiça, nos exatos termos em que foi proferida, em relação ao Colégio Estadual do Paraná, no qual os ocupantes permanecem no prédio público, descumprindo a ordem judicial”, diz o texto.
Confira as escolas nomeadas no pedido:
Pedro Macedo, Lysimaco Ferreira da Costa, Leôncio Correia R. Costa Rica, Barão do Rio Branco, Instituto de Educação Erasmo Pilotto, Loureiro Fernandes, Xavier da Silva, São Paulo Apóstolo, Alfredo Parodi, José Guimarães, Alcyone Moraes de Castro, Algacyr Munhoz Maeder, Prof. Julio Mesquita, Maria Gai Grendel, Conselheiro Carrão, Natália Reginato, Pio Lanteri, Senhorinha de Moraes Sarmento R, Hildebrando de Araújo, Julia Wanderley, Lamenha Lins, Dr. Xavier da Silva, Santo Agostinho, Anibal Khury, João Bettega, João Turin, Deputado Olivio Belich, Prof Elysio Vianna, Prof João Loyola, Prof Nilo Brandão, Teotonio Vilela, Emilio de Menezes, Euzebio da Mota, Guilherme Pereira Neto, Instituto de Educação do Paraná, João Paulo II, La Salle, Roberto Langer Junior, Monteiro Lobato, Milton Carneiro, Nirlei Medeiros, Papa João Paulo I, Santos Dumont e Victor do Amaral.

Jair Meneguelli, ex presidente da CUT e “petistas” têm mordomias e salários milionários no SESI

José Oitavo Borges
Não há explicação moral que possa justificar o que acontece no Sesi (Serviço Social da Indústria), caracterizando as chamadas as distorções do sistema.
Faz sucesso permanente na internet o resumo de uma reportagem publicada pela revista Época sobre a política trabalhista e o padrão salarial do Sesi, que se transformou numa sucursal do PT, para dar invejáveis empregos (não é preciso trabalhar) a amigos e parentes dos detentores do poder, a começar por uma nora do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Detalhe: os salários são mencionados em valores de 2014 e já tiveram dois reajustes.
VOCÊ SABE QUEM É MARLENE ARAÚJO?
Não, né? Marlene Araújo vem a ser “relações institucionais” do Sesi em São Bernardo do Campo. Trabalha (?) pouco, raramente aparece por lá e ganha R$ 13.500,00 mensais.
Foi nomeada com o nome de solteira. Seu nome de casada é Marlene Araújo Lula da Silva.
Casada com Sandro Luís Lula da Silva, filho de Lula.
Márcia Regina Cunha, mulher do deputado cassado João Paulo Cunha (condenado no Mensalão) é ‘gerente de marketing’ do Sesi desde 2003, salário de R$ 22.000,00.
É lotada em Brasília, mas mora em São Paulo.
Rogério Aurélio Pimentel, assessor de Lula no sítio de Atibaia, também tem cargo no Sesi, onde ganha R$ 10.000,00 desde 2011.
O advogado Douglas Martins de Souza é consultor jurídico do Sesi em Brasília, R$ 36.000,00 mensais.
Filiado ao PT desde 2000, foi secretário adjunto da Secretaria de Igualdade Racial no governo Lula.
Osvaldo Bargas, vice de Jair Meneghelli na CUT, recebe salário de R$ 33.000,00.
E a sindicalista Sandra Cabral, amiga de Delúbio Soares, ganha R$ 36.000,00 mensais.
Jair Meneghelli, ex-presidente da CUT, é presidente do Sesi, salário de R$ 60.000,00 mensais, mais vantagens e benefícios, inclusive apartamento de graça.
Desloca-se em Brasília num Ford Fusion preto 2016 e em São Paulo num Toyota Corolla 2016.
Jair Meneguelli, ex-presidente da CUT,  ganha mais de R$ 60 mil, fora as mordomias  mais vantagens e benefícios, inclusive apartamento e carro de graça.
Jair Meneguelli, ex-presidente da CUT, ganha mais de R$ 60 mil, fora as mordomias mais vantagens e benefícios, inclusive apartamento e carro de graça. - DO NEYLOPES

O nocaute eleitoral danificou a cabeça baldia

Neste outubro, o PT elegeu o prefeito em apenas oito dos 645 municípios do Estado de São Paulo. Qual teria sido a causa de tamanho fiasco na mais populosa e desenvolvida unidade da federação? A corrupção em escala industrial? A ladroagem desavergonhada? A catastrófica incompetência administrativa? A política econômica desastrosa? A expansão apavorante do desemprego? Ou a soma desses espantos e outros mais?
Nada disso, ensinou Lula em Buri, onde reapareceu nesta terça-feira. Segundo o único doutor honoris causa do mundo que não lê nem escreve, o problema é o que chama de “conservadorismo paulista”. Como o massacre ocorrido em São Paulo se repetiu em todo o país, pode-se deduzir que tanto os nordestinos da região da seca quanto os ribeirinhos da Amazônia hoje são tão conservadores quanto um bilionário quatrocentão.
Na cabeça baldia danificada pelo nocaute, o fenômeno serve para explicar tudo ─ da ausência de candidatos do PT em Buri ao triunfo de João Doria na periferia da capital, do desaparecimento do “cinturão vermelho” formado pelos municípios do ABC ao sumiço do palanque ambulante, imobilizado em São Bernardo por falta de interessados. Deve-se presumir que também explica por que nenhum dos candidatos lançados pelo partido desde 1982 conseguiu homiziar-se no Palácio dos Bandeirantes.
As urnas impediram a chegada ao governo estadual de gente como José Dirceu, José Genoíno e o próprio Lula. O primeiro está na cadeia. O segundo esteve. O terceiro logo estará. Os três exemplos avisam que conservadorismo pode ser o outro nome da sensatez. DO A.NUNES

Afinal, o Poder Judiciário determinou a “tortura” de secundaristas que ocupam escolas?

Causou grande consternação nas redes sociais e nas hostes progressistas a determinação de um juiz do Distrito Federal que ordenou, há poucos dias, a desocupação de uma escola na cidade de Tabatinga. Na decisão, o magistrado autorizou a Polícia Militar a utilizar técnicas alternativas para o cumprimento da ordem, como proibir a entrada de mantimentos e privar os invasores do sono, mediante o uso de equipamentos de som para mantê-los acordados. Entre os “ocupantes” há muitos menores de idade – daí o cuidado de não se determinar a desocupação à força, pura e simples, como se vê na reintegração de posse de invasões, nas quais bombas de efeito moral e balas de borracha normalmente são utilizadas em caso de resistência ao cumprimento da ordem.
Mas quem disse que o cuidado do juiz ao preservar a integridade física dos menores também não geraria enorme grita na esquerda? Foi exatamente o que aconteceu: rapidamente a decisão foi equiparada a “tortura”, já que a privação do sono é um meio de minar a resistência de prisioneiros dos quais se procura obter alguma informação, e é também uma tática de guerra psicológica que já foi muito utilizada em combate. É claro que a equiparação é totalmente descabida e exagerada, fruto da já conhecida histeria da esquerda: um misto de messianismo auto-imposto e má-intenção indisfarçável na condução das suas “narrativas”.
A tortura é proibida por convenção internacional à qual o Brasil aderiu por intermédio do Decreto n. 40, assinado em 15 de fevereiro de 1991 pelo então presidente Fernando Collor. A “Convenção Contra a Tortura e Outros Tratamentos ou Penas Cruéis, Desumanos ou Degradantes” foi aprovada pela Assembléia da ONU em 1984, com a tramitação para sua promulgação no Brasil tendo iniciado em 1989. Pois bem: logo no art. 1º, o decreto conceitua “tortura”:
“Para os fins da presente Convenção, o termo “tortura” designa qualquer ato pelo qual dores ou sofrimentos agudos, físicos ou mentais, são infligidos intencionalmente a uma pessoa a fim de obter, dela ou de uma terceira pessoa, informações ou confissões; de castigá-la por ato que ela ou uma terceira pessoa tenha cometido ou seja suspeita de ter cometido; de intimidar ou coagir esta pessoa ou outras pessoas; ou por qualquer motivo baseado em discriminação de qualquer natureza; quando tais dores ou sofrimentos são infligidos por um funcionário público ou outra pessoa no exercício de funções públicas, ou por sua instigação, ou com o seu consentimento ou aquiescência. Não se considerará como tortura as dores ou sofrimentos que sejam conseqüência unicamente de sanções legítimas, ou que sejam inerentes a tais sanções ou delas decorram”.
A “narrativa da tortura” estava se apoiando no fato de a privação de sono e víveres ser um “tratamento desumano e degradante”, mas esquecendo do principal: a determinação vinha em uma ordem judicial de desocupação, que considerou a presença dos estudantes nas dependências de prédio público, impedindo a realização das atividades normais lá desempenhadas, ilegal. Ou seja, se está diante de dores ou sofrimentos que são conseqüência unicamente de sanções legítimas. Voltemos às reintegrações de posse que, volta e meia, são exibidas ao vivo no noticiário televisivo: quando os invasores resistem ao cumprimento da determinação, a polícia usa a força física e implementos como bombas de efeito moral e jatos d’água. É bem verdade que, há alguns anos, o episódio do “Massacre do Pinheirinho” (em que NINGUÉM morreu) já foi um ensaio geral da “narrativa da tortura”. Afinal, de acordo com a esquerda escandalizada, era legítimo que quem não tinha onde morar morasse lá – a ordem judicial de reintegração de posse, a ilegalidade da invasão, tudo isso era um mero detalhe. É óbvio que a histeria coletiva do “Massacre do Pinheirinho” foi um episódio cuidadosamente elaborado pelos roteiristas habituais das “narrativas” da esquerda, na tentativa de transformar o episódio em um “símbolo de resistência” contra um oponente político. Exatamente a mesma coisa está acontecendo agora, com a “ocupação” de escolas públicas.
Não deveria causar surpresa que a “narrativa da tortura” tenha surgido logo após uma seqüência tragicômica de vídeos em que os “secundaristas” são entrevistados sobre os motivos das “ocupações”, e não conseguem explicar sequer o significado da sigla “PEC”, da proposta de emenda à constituição contra a qual, supostamente, estão rebelados. A “narrativa da tortura” também é uma resposta enviesada ao terrível episódio acontecido em uma escola “ocupada” em Curitiba, no qual dois estudantes, após usarem drogas, se desentenderam e um acabou morto pelo outro – com uma faca do refeitório do colégio. Uma das integrantes do movimento tentou dizer, em depoimento prestado à Assembléia Legislativa do Estado do Paraná, que embora os dois alunos estivessem participando da “ocupação”, a culpada pelo crime era “a sociedade”. Não colou: foi pregação para convertidos, e só eles aplaudiram o espetáculo de cinismo que, tivesse sido dado por um adulto, teria sido ainda mais criticado. Na verdade, a jovem foi só a interposta pessoa entre os verdadeiros articuladores das “ocupações” – a CUT, que controla o APP Sindicato no Paraná – e os ouvintes do discurso. Filha de um integrante do PT, a pretensa “Malala das araucárias” não tardou a aparecer em fotos abraçada à senadora Gleisi Hoffman e recebeu um telefonema do ex-presidente Lula parabenizando-a pela atuação.
A “narrativa da tortura” engrossa o rol de ridicularia da esquerda em um de seus momentos mais críticos: os PT e suas linhas auxiliares foram apeados da presidência da república e varridos do mapa nas eleições municipais. Nos EUA, uma virada eleitora de Donald Trump parece a cada dia mais provável. O “protagonismo” da esquerda – e seu controle da máquina e do cofre público – vai minguando, e depois de décadas nadando de braçada e ainda sem uma oposição verdadeiramente organizada, a esquerda está acuada e enfraquecida. É exatamente por isso que ela está usando crianças e adolescentes como se fossem “escudos humanos”, insuflando-os a “ocupar” escolas e desafiar a lei exatamente para que, quando a primeira ordem de desocupação for cumprida, ela possa criar um “mártir” – ou, na falta dele, gritar que houve “tortura”. Não se pode esquecer que a advogada do PT que auxiliava os “ocupantes” da escola na qual aconteceu o homicídio tentou rapidamente capitalizar o cadáver, botando o crime na conta do “ódio e intolerância da direita” horas antes da Secretaria de Segurança elucidar o assassinato, e revelar o que realmente aconteceu.
Tudo isso mostra que a esquerda moderna já superou seus paradigmas do passado: o operário e o guerrilheiro não são mais os soldados revolucionários por excelência. Essa função, hoje, é distribuída entre os criminosos “comuns”, os cães-de-fila defendidos ardorosamente pelo ideário progressista como “vítimas da sociedade”; e o estudantes da rede pública. As escolas e universidades públicas há muito se tornaram verdadeiros madraçais ideológicos, ambientes que alternam a pregação e a permissividade: com a tolerância e o incentivo à sexualidade precoce e o consumo de drogas, os jovens são seduzidos pelo ambiente de “novidade” e transgressão; como uma espécie de “contraturno” dessa balbúrdia, há a pregação ideológica, que consegue ser inserida até em exercícios de matemática e física.
O preço da liberdade, como diz o ditado, é a eterna vigilância: começou-se a questionar projeto de hegemonia da esquerda moderna, mas sua influência e infiltração na sociedade são profundos e duradouros, e a isso é necessário, sempre, estar atento. Por isso é alentador que haja tantos alunos e pais de alunos contrários às “ocupações” e tentando restabelecer a normalidade da rotina escolar, embora o prejuízo almejado pelos manifestantes já tenha sido, em parte, atingido com o cancelamento parcial do ENEM. Seja como for, há esperança; esperança suficiente para não permitir a ascensão do totalitarismo moderno que, há décadas, se disfarça de ingênua boa intenção.
Thiago Pacheco é advogado, pós graduado em Processo Civil e formado em jornalismo. Escreve no Implicante às quintas-feiras. - DO IMPLICANTE

Cobaias do lulopetismo nas escolas: prejuízos milionários para os cofres públicos.

Ejetado do poder, o PT se agarra às entidades estudantis, que manipula junto com o PCdoB e outros grupúsculos anacrônicos da esquerda. Os prejuízos para o Enem acarretarão um custo adicional de 12 milhões de reais para os cofres públicos. Intolerância e radicalismo incompatíveis com a democracia, critica editorial do Estadão:
Apesar de o número de escolas ocupadas ter caído significativamente em todo o País, uma vez que os governadores foram autorizados pela Justiça a usar a Polícia Militar para desalojar os invasores, mais de 191 mil estudantes – num total de 8,6 milhões de inscritos – não poderão fazer o Exame Nacional do Ensino Médio na data prevista. Por causa das ocupações que ainda restam, principalmente nos Estados do Paraná, de Minas Gerais e da Bahia, o Ministério da Educação teve de remarcar as provas desses estudantes, o que acarretará um custo adicional de R$ 12 milhões para os cofres públicos. 
A União Brasileira de Estudantes Secundaristas (Ubes), que é apoiada pelo PT e por facções de esquerda, acusa o governo de aproveitar a realização do Enem para pressionar os alunos das escolas públicas a suspender essa forma de protesto contra a MP do Ensino Médio e contra a PEC dos gastos públicos, tentando com isso enfraquecer a chamada “Primavera Secundarista”. A entidade alega que o número de estudantes prejudicados pelas ocupações é muito pequeno, correspondendo a 2,2% do total de inscritos, e vem estimulando os secundaristas a reagir às determinações judiciais. 
Para os líderes estudantis, bem como para o partido e para as facções radicais que os manipulam, as invasões de escolas são uma forma de exercício da liberdade de manifestação do pensamento assegurada pela Constituição. Também afirmam que têm o “direito” de invadir, uma vez que as escolas públicas “pertenceriam” aos alunos. E a porta-voz que elegeram, uma adolescente de 16 anos, afirmou em discursos na Assembleia Legislativa do Paraná e na Comissão de Direitos Humanos do Senado que os secundaristas recorrerão a “novos métodos de desobediência civil” para resistir às medidas do governo nos campos da educação e da economia.
Esses argumentos – endossados publicamente pelo ex-presidente Lula, a ponto de ter telefonado para essa adolescente a cumprimentando por suas opiniões – mostram o desconhecimento das regras mais elementares do Estado de Direito por parte desse grupelho de estudantes. Por falta de instrução cívica ou má-fé, não percebem que, ao manter escolas públicas ocupadas nos dias das provas do Enem, prejudicarão o direito de um número significativo de colegas de fazer um exame cujas notas são usadas no Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que substituiu o vestibular nas universidades federais. 
Por despreparo, não compreendem que são apenas beneficiários – e não “proprietários” – das escolas da rede pública de ensino. Não entendem, e não querem entender, que invadir é crime e não um direito. Por cegueira ideológica, esquecem-se de que a desobediência civil é, historicamente, uma forma pacífica de protesto político, enquanto qualquer invasão ou ocupação é, por definição, um ato de violência. Como nas escolas invadidas são os “coletivos” que determinam quem pode ou não entrar e o que os invasores podem ou não fazer, as ocupações nada têm de democráticas – são manifestações autoritárias por excelência. Repetimos: a interdição de espaços públicos para impor a vontade política de minorias é sempre um ato de violência.
Mais grave ainda, quando invocam a democracia para justificar invasões, descumprimento acintoso de ordens judiciais e práticas de “desobediência civil” e “atos de resistência”, essa minoria de secundaristas não se limita a afrontar o primado da lei e o princípio da ordem estabelecida. No discurso, eles entoam o mantra do diálogo e da democracia, o que lhes permite ocultar sob uma cortina de fumaça o verdadeiro objetivo daqueles que os usam como marionetes: a substituição da democracia – que só se sustenta no respeito à lei – pela irracionalidade do assembleísmo. 
Na realidade, a causa dessa minoria de invasores de escolas públicas, defendida sob o olhar complacente de muitos pais, advogados ativistas e conselheiros tutelares, não tem nada de nobreza, romantismo e heroísmo. Quando impedem colegas de fazer o Enem, eles escancaram uma intolerância e um radicalismo incompatíveis com a democracia.- DO O.TAMBOSI