PAZ AMOR E VIDA NA TERRA " De tanto ver triunfar as nulidades, De tanto ver crescer as injustiças, De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto". [Ruy Barbosa]
terça-feira, 6 de novembro de 2018
"O incrível destino do juiz que inspirou Moro e de seus algozes", por Vilma Gryzinski
“Quem silencia e abaixa a cabeça, morre cada vez que faz isso; quem fala e anda com a cabeça erguida, morre uma vez só”.
Giovanni Falcone morreu
uma vez só e o estrondo é ouvido até hoje. Não apenas dos 400 quilos de
TNT enterrados debaixo do asfalto da estrada para o aeroporto de
Palermo – uma
carga tão violenta que foi registrada no sismógrafo do Instituto de
Geofísica e Vulcanologia das imediações, faltando menos de quatro
minutos para a seis horas da tarde de 23 de maio de 1992.
Como o mais conhecido dos muitos “cadaveri eccelenti”, ou cadáveres
ilustres, como os mafiosos chamavam suas vítimas famosas, o barulho
deixado por Falconi foi mencionado em diversas ocasiões por Sergio Moro, a última delas referindo-se ao processo de decisão de deixar a magistratura – e a Lava Jato –para ser ministro da Justiça.
E 2015, disse Moro: “Nos momentos de dificuldade, leio livros sobre
Giovanni Falcone e vejo que os casos nos quais ele atuava eram muito
mais profundos do que o meu”.
Falcone estabeleceu parâmetros de investigação que hoje parecem ter
existido desde sempre: seguir o caminho do dinheiro, interligar as
operações criminosas, estabelecer o domínio dos fatos e implantar um
sistema de delação premiada que conseguiu, pela primeira vez, quebrar a
lei do silêncio, um pacto que remonta à idade média e era garantido com o
sangue da família inteira dos que aderiam a ele.
O mais famoso colaborador, o que abriu os portões, tinha um nome
impronunciável publicamente no Brasil: Tommaso Buscetta. Rompido com os
chefões sicilianos, ele tinha “operado” nos Estados Unidos e no Brasil.
Falcone veio negociar pessoalmente a extradição dele.
Reza a lenda que o juiz italiano perguntou por que ele tinha acabado preso em São Paulo e Buscetta respondeu:
“Doutor, no Brasil nem a máfia funciona”.
“Doutor, no Brasil nem a máfia funciona”.
Foram as informações de Don Masino, como era chamado, que permitiram
estabelecer, judicialmente, a responsabilidade dos chefões, os homens da
Cúpula – tudo é em maiúsculas quando envolve a Cosa Nostra – pelos crimes nos quais, evidentemente, não sujavam as mãos.
“BEIJO DE HONRA”
Os paralelos com os casos de corrupção no Brasil são evidentes. Na
Itália, quase concomitantemente ao máxi-processo, envolvendo os mafiosos
de Palermo, ocorreu a operação Mãos Limpas.
O juiz mais conhecido da Mãos Limpas foi Antonio di Pietro. O alcance
foi tal que mais da metade dos parlamentares tinham sido indiciados. Ao
todo, o caso envolveu mais de 5 000 pessoas, entre políticos,
empresários e funcionários públicos.
Os processos conduzidos por Giovanni Falcone acabaram, inevitavelmente,
envolvendo políticos. Como funcionaria a Cosa Nostra sem as melhores
conexões que o dinheiro pode comprar?
Giulio Andreotti, o patriarca da política italiana, chegou a ser acusado
de ter trocado o “beijo de honra” com Totò Riina, o chefão dos chefões,
segundo testemunho do próprio motorista do mafioso.
O processo na justiça deu em nada, com a conclusão que as relações de
cooperação haviam sido rompidas desde o assassinato, em 1980, do
ilustríssimo cadáver Piersanti Mattarella, líder democrata-cristão que
denunciava os acordos espúrios com os mafiosos (o atual presidente
italiano, Sergio Mattarella, é irmão dele).
Riina deu a ordem de matar Giovanni Falcone. A ascensão do chefão de Corleone – exatamente a mesma cidadezinha do livro de Mario Puzzo e da série de filmes de Francis Coppola – e a brutalidade de seus métodos correspondem mais ou menos às de Pablo Escobar e da explosão de consumo de cocaína.
O chefão estava preso, depois de passar 23 anos “foragido” – na sua casa em Palermo, com a mulher e os quatro filhos, debaixo do nariz das autoridades que fingiam nada ver.
O executor, ou killer, como dizem os italianos, foi Giovanni Brusca.
Quando foi preso, quatro anos depois do assassinato de Falcone, exibia
na ficha “entre 100 e 200” mortes – tinha perdido a conta.
Conhecido como Porco, ele havia rompido hediondamente a tradição mafiosa
de não matar mulheres e crianças. Sequestrou o filho de onze anos de um
dos “arrependidos” e manteve o menino em diversos cárceres durante
meses, mandando fotos ao pai da criança torturada. Depois, mandou
estrangular e dissolver o corpo do menino num barril de soda cáustica.
A prisão de Brusca foi comemorada por policiais de Palermo que chegaram a
chorar de alegria, arrancando do rosto as balaclavas usadas para a
própria proteção.
Já podiam andar de cabeça erguida, como aconselhava Falcone.
BELLA FIGURA
Dos principais envolvidos, Brusca é o único que continua vivo, com a
colaboração premiada e o bom comportamento recompensados por saídas para
visitar a família.
Totò Riina morreu no ano passado, aos 87 anos, na cadeia onde estava
desde 1983. Tommaso Buscetta entrou num programa de proteção a
testemunhas nos Estados Unidos, com nova identidade e novo rosto, com
outra operação plástica. Morreu lá, de câncer de pulmão, no ano 2000.
Sobreviveu a mais de 20 parentes mortos nas guerras internas da Cosa
Nostra. E, obviamente, a Falcone, a quem conheceu quando estava preso no
Brasil e avisou: “Primeiro, eles vão tentar me pegar. Depois, vai ser
você.”
No primeiro encontro com o juiz, Don Masino vestia blazer branco com
abotoamento duplo, calça preta, camisa azul marinho e gravata. Queria,
evidentemente, fazer uma “bella figura”, como dizem os italianos. Manter
as aparências.
Mais de 300 mafiosos foram presos e condenados devido ao tsunami de
confissões iniciado por ele e ao trabalho pioneiro de Giovanni Falcone.
Como Pablo Escobar, Totò Riina chegou a ameaçar as estruturas do Estado
italiano, com atentados a bomba que imitavam os métodos dos grupos de
extrema-esquerda e extrema-direita. Mirava no coração da identidade
italiana: igrejas e ambientes de exibição de arte.
Falcone morreu ao lado da mulher, Francesca Morvillo. Ele próprio
dirigia o Fiat Croma branco. Morreram também três seguranças. Os carros
retorcidos acabaram virando peças de museu contra a infâmia.
Menos de dois meses depois, um carro-bomba explodiu na frente da casa de
Paolo Borsellino, colega de Falcone que denunciava elos entre mafiosos e
políticos. Morreram o juiz e cinco policiais.
Os assassinatos propiciaram o regime de incomunicabilidade chamado
14BIS, uma referência ao artigo do regimento carcerário que o propiciou.
O poder da máfia siciliana diminuiu consideravelmente, mas é claro que
não desapareceu. Muitos especialistas consideram que a máfia napolitana
ocupou os espaços vazios.
Mas mandar matar Falcone não foi definitivamente uma boa ideia para a
cúpula da Cosa Nostra. E provou, mais uma vez, que criminosos
considerados intocáveis prejudicam seus próprios interesses, embriagados
pela ideia de que podem tudo.
Até encontrarem um falcão pela frente. DO J.TOMAZ
O BRASIL TEM POVO
Terça-feira, novembro 06, 2018
Por Maria Lucia Victor Barbosa (*)
Em 1881, na obra L’esclavage au Brésil, o francês Louis Couty analisou nosso país. Afirmou o autor que:
“O
Brasil não tem povo, pois o largo espaço compreendido entre a alta
classe dirigente e os escravos não se acha suficientemente preenchida”.
“Em
nenhuma parte se encontrarão estas massas fortemente organizadas de
produtores livres, agrícolas e industriais, que em nossos povos
civilizados são a base de toda riqueza, bem como não se acharão massas
de eleitores sabendo pensar e votar, capazes de impor ao governo uma
direção definida”.
De lá para cá muita coisa mudou, mas será que o Brasil já tem povo?
Voltemos
ao ano de 2002. O PT, na quarta tentativa logrou eleger Luiz Inácio
Lula da Silva, que em si é um fake news. Isso porque, o senhor Silva
nunca foi o que disseram que ele era, em que pese o culto da
personalidade que o PT elaborou para ele.
Na
verdade, o senhor Silva nunca foi um estadista, um líder carismático no
verdadeiro sentido do termo. Foi, isso sim, um esperto enganador de
massas, arte que aprendeu na sua fase pelega quando, segundo testemunhos
da época, conseguia desencadear greves em proveito dos patrões e não
dos operários.
A
eleição do senhor Silva se deu através de outro monumental fake news,
pois se dizia que o PT era o único partido ético, imaculadamente puro,
capaz de salvar os pobres e oprimidos.
No
poder o PT institucionalizou a corrupção, governou na base do mensalão e
do petrolão, deu migalhas aos pobres e locupletou-se junto a grupos de
ricos. Enquanto isso, a classe dirigente petista, de viés comunista,
mostrava por palavras e atitudes sua essência totalitária. Para os que
não rezavam por sua cartilha os arrogantes petistas foram e continuam
ser agressivos, sectários, intimidadores, patrulheiros.
Resumindo,
o PT é a antítese da democracia. Inclusive, o senhor Silva se dedicou a
enaltecer e financiar os piores déspotas, não só latino-americanos,
como a escória internacional. Além
disso, o PT sofre de aristofobia (medo ou horror aos melhores), sendo
que nos seus quadros governamentais prevaleceram os piores, os
incompetentes, os gananciosos.
Pode-se também dizer que o PT é o partido do ódio, da divisão social, da negação, da amoralidade.
Relembro
também a invenção nefasta do senhor Silva: Dilma Rousseff, a
atrapalhada e confusa senhora que, juntamente com seu criador conduziu
ao Brasil à pior recessão de nossa história.
Desse
modo, quando o presidiário Silva pergunta o porquê do antipetismo que
ajudou eleger Jair Messias Bolsonaro, há na indagação um misto de ironia
e cinismo. Não é possível que ele não saiba sobre os males que seu
governo causou ao país.
Não
há que negar que o repúdio ao PT ajudou Bolsonaro vencer. Porém,
existem fatores que já analisei em outros artigos como: carisma,
identificação e confiabilidade, características do candidato, além do
que denominei de Quinto Poder e Palanque Digital, me referindo as redes
sociais como o Face Book, o Instagram, o WhatsApp, o Twitter, etc. que
superaram o palanque eletrônico da TV. Estes fatores levaram Bolsonaro à
vitória.
Outra
característica petista: Conforme seu modo de ser totalitário, próprio
do comunismo, os petistas deturpam palavras, invertem conceitos e
estigmatizam pessoas com certos termos. Assim, Bolsonaro, que é amigo de
Israel, foi taxado de nazista.
Nada
mais parecido com Mussolini do que o presidiário, mas chamar Bolsonaro
de fascista tornou-se a repetição dos que falam sobre o que não
conhecem.
Conservador
é outro xingamento, quando na verdade trata-se da moral no tocante a
temas como aborto, ideologia de gênero, etc. coisas que o PT defende. E
moral, recorde-se, “é o conjunto de regras de conduta consideradas como
válidas, quer de modo absoluto para qualquer tempo e lugar, quer para um
grupo ou pessoa determinada”.
Liberal
(não no sentido norte-americano), virou outro estigma, quando na
verdade significa liberdade em todos os sentidos, de pensamento, de
religião, de reunião e muito mais, sendo que do liberalismo floresceu a
democracia.
Bolsonaro venceu com o entusiástico e fiel apoio de 57,7 milhões de eleitores, perfazendo 55% dos votos válidos. Como
democrata e afeito a meritocracia ele está constituindo o melhor
ministério de nossa história Entre os ministros já indicados está o
notável juiz, Sérgio Moro. Este continuará a fazer justiça com poderes
ampliados, para o temor dos que têm contas a ajustar com a lei.
Inconformado
com a derrota, o PT já faz oposição encarniçada ao eleito que ainda não
tomou posse e até já trama seu impeachment. O problema do PT e de
outros opositores que se dizem de esquerda é que, com a eleição de Jair
Bolsonaro o país já tem povo. E quem tem o povo ao seu lado nada tem a
temer. Fiquemos, porém, atentos e não nos deixemos enganar, pois no
grito dos derrotados há choro e ranger de dentes. DO A.AMORIM
(*) Maria Lucia Victor Barbosa é socióloga.
Moro, Bolsonaro e a mentira como fundamento da análise.
segunda-feira, 5 de novembro de 2018
Em tempos de relativismo feroz e "pós-verdade", a verdade é afirmada -
por jornalistas, sociólogos e até filósofos - como inexistente. Se o
mundo é constituído de narrativas, visões pessoais, étnicas, coletivas,
não há verdade universal. Não há fato que torne uma "narrativa"
dominante, isto é, universal (ora, por isso mesmo tudo é relativo).
Ciência? Mera narrativa. Afirmações? Puramente subjetivas. E por aí vai.
Vence a mentira, como, a propósito, ressalta o texto de Bruno
Garschagen publicado pelo Gazeta do Povo:
Aceitar como válida – ou até mesmo legítima – qualquer observação que
vincule a aceitação de Sergio Moro para ser ministro da Justiça de Jair
Bolsonaro com a sua atuação na Lava Jato e supostas pretensões
políticas para 2022 não é só fazer o jogo da esquerda: é fazer-se
instrumento de uma artimanha ideológica que tenta atribuir à operação
aquilo que a esquerda quer que ela seja: uma grande conspiração da
direita para prender Lula, impedi-lo de ser candidato e destruir as
chances do PT de voltar ao poder. O lulopetismo é, de fato, um delírio.
Essa é, aliás e desde o início, a tese que a esquerda, capitaneada
pelo PT, tenta vender publicamente. Quem a amplifica e se esforça para
legitimá-la travestida de análise imparcial dos fatos são os
intelectuais e a intelligentsia do antigo regime petista, fauna e flora
que reúne políticos, professores universitários, comentaristas
políticos, jornalistas e repórteres. Se você achava que tinha lido de
tudo o que é equivocado na grande imprensa durante a eleição, deve estar
vendo agora que nada é tão esquerdado que não possa mais esquerdar.
Incapazes de racionar fora de um esquema mental que se provou
desatualizado e inadequado para o atual momento do país, quando não
estritamente orientado por um vínculo ideológico, o grupo que ainda tem
influência na opinião e na política comete contra Moro um erro de
natureza similar ao que cometeu ao analisar a candidatura de Bolsonaro, a
sua vitória e o que pensa e deseja a numerosa parcela da sociedade que o
elegeu.
Mesmo quando diziam ser falsa a narrativa do PT, os comentaristas que
citavam a hipótese já contribuíam para colocá-la no debate e para
alimentar a máquina petista de destruir reputações. Foram muitos os que,
a pretexto de negar o que estava sendo declarado aos quatro cantos
pelos esquerdistas, colaboraram como instrumentos de propagação dessa
mentira. Ainda mais quando se dizia que a decisão de Moro contribuía,
sim, para reforçar a acusação dos petistas, como se os petistas tivessem
credibilidade e legitimidade para acusar alguém de qualquer coisa.
Outros jornalistas, como Janio de Freitas, fizeram, em vão, um
malabarismo verbal para garantir que a aceitação de Moro arranhou o seu
prestígio e fortaleceu o “projeto autoritário e reacionário de Jair
Bolsonaro”. Considerando que não há qualquer dado empírico que confirme
tal afirmação, e o próprio Freitas se contradiz ao dizer que Moro
fortalece Bolsonaro (só se pode fortalecer alguém quando se tem
prestígio para tal), suspeito que Moro teve seu prestígio arranhado
apenas dentro do grupo do qual faz parte o comentarista, que não definiu
nem demonstrou o que será essa mistura de autoritarismo com
reacionarismo do próximo governo eleito.
Ardilosamente, Freitas colocou sob suspeita as decisões do juiz
federal no âmbito da Lava Jato e cobrou dos magistrados que terão a
responsabilidade de julgar os recursos contra as decisões por Moro já
proferidas uma postura diferente daquela que o colunista chamou de
“temerosa, oportunista, facciosa”. Num só artigo, ele lançou suspeições
sobre o trabalho do juiz-símbolo do combate à corrupção e de todos os
demais desembargadores do Tribunal Regional Federal que ratificaram as
condenações.
Além das “análises”, houve também quem usasse o espaço no jornal para
difundir ataques formulados por entidades petistas como se fossem
posições sérias e insuspeitas. Foi o caso da nota assinada pela
Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABDJ) e publicada
pela jornalista Monica Bergamo em sua coluna. Essa associação serve como
satélite do petismo no mundo jurídico e agiu para ratificar a tese da
condenação de Lula como sendo uma prisão política, mas é tratada desde
sempre como se fosse um grupo independente com reputação para atacar
quem quer que seja. A nota toda é um ataque ideologicamente enviesado
contra Moro. A narrativa é a mesma: ao aceitar o convite de Bolsonaro, o
juiz federal assinou uma confissão pública de que esteve a todo momento
atuando politicamente em favor da candidatura vitoriosa. No passado,
quando Bolsonaro era considerado carta fora do baralho, essa mesma
esquerda acusava Moro de estar a serviço do PSDB.
Tudo parece ser um ataque coordenado para minar as escolhas do
presidente eleito depois das tentativas de minar a sua campanha: foi
assim com as escolhas de Hamilton Mourão para vice e de Paulo Guedes
para ministro da Fazenda. Várias foram as “reportagens” que abriram mão
de informar para convencer o leitor de que Bolsonaro era o cão
(fascista, homofóbico, misógino) chupando manga.
Uma coisa é fazer críticas oportunas aos poderes que estarão
concentrados nas mãos de Sergio Moro no Ministério da Justiça. É dever
dos analistas fazê-lo, assim como, se for o caso, apontar caminhos mais
adequados. Porque, por mais bem-intencionados que Bolsonaro e Moro
possam ser, a concentração de poder e o seu exercício sem os devidos
contrapesos podem provocar consequências negativas imprevistas e
anabolizar o Megatério que é o Estado brasileiro.
Outra coisa é, entretanto, ocultar uma clara intenção de atacar
sistematicamente um presidente, suas escolhas e seus escolhidos sob o
disfarce de análise isenta e de jornalismo imparcial. Não é problema
comentaristas, analistas e jornais terem posições políticas definidas e
pautar seus trabalhos a partir de suas ideologias e visões de mundo, mas
essas informações devem ser de conhecimento pleno dos leitores: pelo
bem da honestidade intelectual e da integridade do jornalismo. DO O.TAMBOSI
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