Cenários rocambolescos costumam
testemunhar cenas picantes (mesmo que recheadas de pecado), de amor. É o
caso do Gstaad Palace, nos Alpes suíços. Ali, onde o calor dos corpos
costuma afastar o frio, Gleisi Hoffmann, a senadora dos olhos verdes do
PT, entregou seu coração ao amante. Era sexo selvagem. Ela arranhava,
mordia, fazia escorrer filetes de sangue do peito de Alexandre Romano.
Depois, para saciar a sede, vinhos e champanhes finíssimos.
Embora contasse, em outros
roteiros, com figuras expressivas como as estrelas Brigit Bardot,
Madonna e Paris Hilton, o desenho não é de uma cena de Hollywood. Real,
repetiu-se em diferentes oportunidades. E Paulo Bernardo, o marido
traído, ficava em Brasília, seja como ministro do Planejamento, seja
ocupando a cadeira principal do Ministério das Comunicações,
enquanto sua estrela predileta flutuava em na realização de suas
fantasias eróticas.
O certo é que, como em todo romance de
alcova, os ingredientes são explosivos. A Operação Lava Jato trouxe à
tona um triângulo amoroso protagonizado por três personagens até então
conhecidos como sendo do núcleo duro do PT. Alexandre Romano e Gleisi
Hoffmann tiveram suas máscaras rasgadas. E Paulo Bernardo, o rosto
banhado em lágrimas.
No rastro do advogado Alexandre Correa
Romano, a Polícia Federal encontrou um flat que era utilizado para
guardar dinheiro e encontros clandestinos e amorosos. Segundo documentos
da Operação Lava Jato, o flat fica na rua Jorge Chamas, 334,
apartamento 44, em São Paulo. Romano recebia hóspedes ilustres que
deixavam malas de dinheiro “esquecidas após a hospedagem”.
Segundo relatório de
inteligência da Polícia Federal, o porteiro do flat entregou o vídeo do
sistema de TV, onde Romano aparece chegando e deixando o flat 15 minutos depois, com uma mala que, revelou em delação premiada, estava cheia de dinheiro de propina.
Alexandre Romano foi preso na 18ª fase
da Lava Jato, batizada de “Pixuleco ll”, e pediu o beneficio da delação
premiada. No depoimento, as confissões causaram espanto nas autoridades.
Ele revelou seu romance clandestino com a senadora petista Gleisi
Hoffmann. A delação, que está sob sigilo, indica também o esquema de
propina envolvendo o ex-ministro Paulo Bernardo.
Alexandre Romano foi denunciado por
Milton Pascowitch, preso também na Operação Pixuleco. O esquema revela a
atuação de Paulo Bernardo, Vaccari, Antonio Palocci e José Dirceu.
Logo após sua prisão, Romano descreveu em seu depoimento, todo o esquema de corrupção na área de Tecnologia da Informação (TI). Os elementos colhidos levaram a PF a preparar a Operação tendo como alvo Antonio Palocci e Guido Mantega.
Logo após sua prisão, Romano descreveu em seu depoimento, todo o esquema de corrupção na área de Tecnologia da Informação (TI). Os elementos colhidos levaram a PF a preparar a Operação tendo como alvo Antonio Palocci e Guido Mantega.
Recorde-se que em delação
premiada, Marcelo Odebrecht, presidente da empreiteira que leva seu
nome, na sua mente fértil criou codinomes para planilhas de propinas
pagas pelo grupo. E quando se referia a senadora Gleisi Hoffmann, a chamava de “amante”.
Em acordo de delação
homologado no STF em fevereiro, uma cascata de informações veio à tona
envolvendo poder, muito dinheiro e esse triângulo amoroso com sérias
crises de ciúme da senadora petista. Romano chegou a dizer: “(…) me
arranhou o rosto e rasgou a minha camisa em
Assunção (..) era ciúme da minha ex-assessora que é casada e nunca
prestei atenção(..) proibiu que eu contratasse jovens e mulheres com
menos de 30 anos”.
O depoimento detalhadíssimo é
impressionante. O amante, portanto, tem nome, sobrenome e o coração tão
“vermelho-petista” como o da loira paranaense. Advogado de 41 anos,
nascido em Campinas, ex-vereador de Americana, interior paulista, Romano
é amante do luxo e conhecido como um “bon-vivant”.
Ele
dividia com a sua amante gostos excêntricos, como vinhos muito
caros, joias e viagens a Portugal, Uruguai e outros países. Até
hospedagem em icônico resort na Suíça. Além, é óbvio, da estreita
amizade com o ‘amigo’ Lula. Em 2006, o “cara” segundo o presidente do
EUA Barack Obama, foi presenteado no aniversário com relógio de R$ 90
mil, da marca suíça Frack Muller.
Tudo isso está documentado. São provas
que incluem até recibo de 8 diárias na suíte ‘luxo’ do ‘The Gstaad
Palace Hotel’, na região de Gstaad, Alpes suíços, onde o ‘casal’
festejava o dinheiro público em farras íntimas.
Nessa disputada e caríssima suíte, passaram figuras como Brigitte Bardot, Paris Hilton, Madonna, Ronald Reagan e até o casal Trump.
Nessa disputada e caríssima suíte, passaram figuras como Brigitte Bardot, Paris Hilton, Madonna, Ronald Reagan e até o casal Trump.
A viagem à Suíça envolvia sexo,
romantismo e, obviamente, idas a bancos locais, onde jorrava dinheiro do
caixa 2. Tudo acabou quando Alexandre foi preso e passou a curtir o
cárcere em Curitiba.
Entregou em delação premiada detalhes
precisos da arrecadação de propinas que abasteceram os ex-ministros
Paulo Bernardo e Aviação Civil, Carlos Gabas, ambos do sujo e mafioso
dos governos Lula e Dilma.
O ‘Amante’ concordou em devolver aos
cofres R$ 6 milhões na delação com os procuradores. Para isso, vendeu
dois apartamentos em Miami, cada um por R$ 3 milhões. A delação de
Alexandre Romano ainda esta sendo mantida em sigilo em face dos
desdobramentos da Operação Pixuleco.