terça-feira, 8 de novembro de 2016

Lava-Jato: dono do Banco Schahin diz que empréstimo a Bumlai foi ilegal e deixa Lula em dificuldade


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Se a Operação Lava-Jato pudesse ser comparada a um funil, o ex-presidente Lula encontra-se na parte mais estreita, com direito a, em breve, ser despejado na carceragem da Polícia Federal, em Curitiba. Isso porque é incontestavelmente desfavorável ao petista a instrução do processo que tramita na 10ª Vara Federal do Distrito Federal, que tem como cardápio a equivocada operação para tentar comprar o silêncio de Nestor Cerveró, ex-diretor da Petrobras e delator do Petrolão.
Não bastasse o comprometedor depoimento de Cerveró, que deixou Lula em dificuldade, o ex-metalúrgico viu a situação piorar com as declarações prestadas pelo empresário Salim Taufic Schahin, dono do Banco Schahin. Ele confirmou, mais uma vez, que o grupo empresarial familiar foi contratado pela Petrobras, por US$ 1,6 bilhão, para operar o navio-sonda Vitória 10.000, em troca do perdão da dívida (R$ 12 milhões) contraída pelo pecuarista José Carlos Bumlai em favor do PT.
No depoimento, prestado por videoconferência, Salim Schain confirmou que o empréstimo se deu de forma ilegal, mas alegou desconhecer fatos relacionados à suposta tentativa de impedir a delação de Cerveró no âmbito da Lava-Jato. “Não sei absolutamente nada”, afirmou Salim, que também fez acordo de colaboração premiada na operação que desmontou o maior esquema de corrupção da história.
Schahin confirmou ter concedido o empréstimo para Bumlai em 2004, mas explicou que diante do não pagamento do mesmo, passados dois anos, foi obrigado a cobrar o devedor. O pecuarista, por sua vez, não apenas negava ser responsável pela dívida, mas dizia que a obrigação era do PT.

Nesse ponto, a situação de Bumlai também fica mais difícil no escopo da Lava-Jato, pois ele afirmou às autoridades que quitou o milionário empréstimo com embriões bovinos. (detalhes ao final da matéria)
Salim afirmou também que em determinada ocasião o ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares, participou de reunião no Banco Schahin, dando a entender que o empréstimo era para o partido. A dinheirama, segundo as investigações, serviu para comprar o silêncio do empresário Ronan Maria Pinto, que teria ameaçado o PT em relação ao caso Celso Daniel, e para quitar dívidas da campanha do candidato Dr. Hélio (PDT), em Campinas.
O depoente disse que João Vaccari Neto, que substituiu Delúbio no cargo, concordou em dar “apoio político” para viabilizar a contratação da Schahin pela Petrobras, desde que o tal empréstimo fosse considerado quitado. “Em função do acordo que nós tínhamos, nós perdoamos o empréstimo, numa operação simulada”, disse o empresário, que certamente responderá por crime financeiro e contra o sistema bancário.
A dívida de José Carlos Bumlai (originalmente de R$ 12 milhões) foi adquirida pela empresa de securitização do Banco Schahin, mas a quitação, como citado acima, se deu através de uma operação fictícia de fornecimento de embriões de gado das fazendas do pecuarista ao grupo empresarial.- DO UCHO.INFO

Jovem de 19 anos entra em desespero e coloca seu corpo à venda na internet para salvar a mãe de um câncer

 Na China, uma jovem de de 19 anos publicou um anúncio para vender seu corpo por pouco mais de 50 mil dólares

Em uma rede social chinesa, Cao disse que o tratamento custaria cerca de 350.000 Yuan , porém quem oferecesse o preço mais alto ganharia o direito de “usar seu corpo à vontade”.
O jornal MailOnline revelou que um “empresário generoso” respondeu o anúncio e concordou em ajudar Cao a cobrir as despesas médicas de sua mãe.
No entanto, o homem se recusou a revelar o que pretende fazer com a jovem.
A postagem informava que a mãe de Cao tem 45 anos e viveu durante toda sua vida em uma fazenda. Ela foi diagnosticada no Hospital Público de Gaozhou com câncer de pele .
Cao fez questão de ressaltar que o diagnóstico da mãe é grave e que ela estaria se deteriorando rapidamente devido a uma grave infecção em sua coxa direita […] ela também destacou que não tem plano de saúde e sua família não pode arcar com os altíssimos custos do tratamento.
A jovem junto com sua mãe
Os médicos sugeriram que sua mãe fosse transferida para um hospital maior, mas Cao não podia pagar
O POST:
“Gostaria que uma pessoa bondosa pudesse me comprar para eu pudesse salvar minha mãe. Estou disposta a fazer o que for preciso depois de receber o dinheiro para a operação. Farei o que o comprador me pedir para fazer. Nunca volto atrás da minha palavra. Tudo o que eu disse é verdade. Vou me vender para o maior lance.”
No final da postagem, ela fez questão de ressaltar que ela é a mais velha de cinco irmãos e se sente responsável pelo sofrimento de sua família.
Huang Qiliang, presidente da instituição de caridade chinesa Gong Yi Pai Ke, disse ao jornal MailOnline que a história de Cao era verdadeira.
Ele afirmou que visitou a mãe de Cao em um Hospital Público de Gaozhou, no dia 6 de novembro.
Huang também disse que um “generoso cidadão” concordou em pagar todas as despesas médicas e se recusou a revelar o que pretendia fazer com a jovem.
Ele acrescentou:
“Tudo está resolvido. Ela não precisa vender nada agora. A mãe vai ser operada” DO DB

Estado de anarquia

Rio tem aposentado de R$ 75,5 mil e servidor ativo de R$ 48,7 mil.

Estado aumenta imposto, mas não sabe o valor dos incentivos que deu nos últimos anos
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José Casado
O Globo
Governantes não sofrem de estresse, eles provocam nos governados. No Rio, como em outros 11 estados, a má gerência pública ameaça o humor e os bolsos de 16,4 milhões de habitantes.
Para tapar parte do buraco cavado nas contas estaduais durante décadas, o governo decidiu aumentar o principal imposto local (ICMS), que é cobrado em cascata da fabricação até o consumo de produtos e serviços.
Por isso, viver no Rio vai custar mais na energia, na gasolina, na cerveja, no chope, na telefonia e na internet. Exemplo: se o estado arrecadava R$ 57 numa conta de luz de R$ 200, a partir de janeiro tomará R$ 64 do consumidor.
Os chefes do Executivo, Legislativo e Judiciário fluminenses são incapazes de garantir que em 2017 não haverá novos aumentos na carga tributária. Mostram-se impotentes, também, para assegurar pagamento dos 470,4 mil inscritos na folha de pessoal. Ano passado eles custaram R$ 1.914,27 a cada habitante — 12,5% acima da média per capita nacional.
O Estado do Rio tem mais servidores inativos (246,7 mil) do que em atividade (223,6 mil). Sua folha salarial espelha a devastação administrativa executada por sucessivos governos, por interesses políticos e corporativos.
Há aposentadorias de até R$ 75,5 mil no antigo Departamento de Estradas de Rodagem e de R$ 53,4 mil na Fazenda estadual — mostram dados da Secretaria de Planejamento.
Entre servidores ativos, existem remunerações de até R$ 48,7 mil na Defensoria Pública; de R$ 47,2 mil na Fazenda; de R$ 41,9 mil no Detran; de R$ 39 mil na Procuradoria-Geral, e, de R$ 38,2 mil no Corpo de Bombeiros.
Em setembro, o sistema de pagamentos do funcionalismo registrou nada menos que 312 tipos de vantagens, gratificações, auxílios, adicionais e abonos à margem da remuneração convencional. Contam-se, por exemplo, 188 variedades de gratificações e 42 auxílios.
Premia-se por “assiduidade” quem comparece ao trabalho. Gratifica-se por “produtividade”, “desempenho”, “aproveitamento”, “responsabilidade técnica”, “qualificação”, “habilitação”, “titulação” e “conhecimento”. Paga-se por “produção”, “resultados” e até por “quebra de caixa” — aparentemente, quando o saldo é positivo. Tem até uma gratificação “extraordinária de Natal”.
Cargos de confiança no governo, na Assembleia ou no Tribunal de Justiça têm adicionais por anuênios, triênios e quinquênios, além de “verba de representação”. Participantes de conselhos ganham “gratificação de órgão de deliberação coletiva”, “jeton” e “honorários”.
Em paralelo, pagam-se adicionais por “titularidade”, por “atribuição” e até por ocupação de cargo de “difícil provimento”. Existem também “retribuições”, como a de “licenciamento de veículos” e a de “exame de direção”.
O estado perdeu o controle das suas contas. Não sabe sequer o valor das renúncias fiscais que concedeu nas últimas três décadas — o TCE estima entre R$ 47 bilhões e R$ 185 bilhões. Há casos de incentivos a só um beneficiário, alguns por tempo indeterminado, e vários decididos sem o aval da Fazenda.
O orçamento estadual é um clássico de conta feita para indicar como será aplicado o dinheiro que já foi gasto. Numa insólita rubrica da folha de pessoal prevê até um bálsamo para dificuldades financeiras: “Adiantamento funeral”.08/11/2016 - DO R.DEMOCRATICA

MEC pede que AGU tome medidas cabíveis para repor prejuízos

O Ministério da Educação (MEC) pediu hoje (7) à Advocacia Geral da União (AGU) para que tome as medidas cabíveis a respeito dos prejuízos causados pelo adiamento das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para 271 mil estudantes. Segundo a pasta, a AGU deve identificar entidades que possam ter estimulado alunos a ocuparem escolas públicas.
O MEC estima que R$ 16 milhões devem ser gastos a mais para o adiamento do exame para parte dos candidatos. De acordo com a AGU, estudos internos ainda estão sendo feitos para verificar a efetividade desta cobrança.
Protestos
As provas foram adiadas para estudantes que fariam provas em 405 escolas, pois os prédios estão ocupados. Os estudantes que iriam fazer o Enem foram avisados por email e mensagem de texto sobre a mudança da data. Os novos exame para estes candidatos serão prestados nos dias 3 e 4 de dezembro.
Até a tarde de sexta (4), a lista de escolas ocupadas tinha 364 locais e as ocupações ocorrem em diversos estados do país. Os estados de Minas Gerais, com 88 ocupações, e do Paraná, com 76 ocupações, têm o maior número de escolas ocupadas. Os alunos protestam contra a proposta de emenda à Constituição (PEC) que limita os gastos do governo federal pelos próximos 20 anos, a chamada PEC do Teto. Eles também criticam a reforma do ensino médio, proposta pela Medida Provisória (MP) 746/2016, enviada ao Congresso. (Agência Brasil)

Empresário confirma empréstimo ilegal a Bumlai

Depoimento foi realizado pela 10ª Vara de Brasília, por videoconferência, para instruir ação penal em que o ex-presidente Lula e outros réus respondem por suposta obstrução 

Por: Estadão Conteúdo
08/11/2016 - 12h49min | Atualizada em 08/11/2016 - 12h49min
Empresário confirma empréstimo ilegal a Bumlai GABRIELA BILó/ESTADÃO CONTEÚDO
Foto: GABRIELA BILó / ESTADÃO CONTEÚDO
Em depoimento prestado à Justiça Federal nesta terça-feira, o empresário Salim Taufic Schahin reiterou que obteve contrato de US$ 1,6 bilhão para operar o navio-sonda Vitória 10.000, da Petrobras, em troca de perdoar dívida de R$ 12 milhões feita pelo pecuarista José Carlos Bumlai para o PT.
A oitiva foi realizada pela 10ª Vara de Brasília, por videoconferência, para instruir ação penal na qual o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e outros réus, entre eles o ex-senador Delcídio Amaral (ex-PT, hoje sem partido), respondem por suposta obstrução da Operação Lava-Jato.
Conforme a denúncia, oferecida pelo Ministério Público Federal (MPF), Lula teria participado de uma operação para evitar a delação premiada de Nestor Cerveró. A peça acusatória narra uma tentativa de "comprar" o silêncio do ex-diretor da Petrobras.
No depoimento, Salim confirmou o empréstimo ilegal, mas disse desconhecer fatos relacionados à suposta tentativa de barrar o depoimento de Cerveró.
— Não sei absolutamente nada — afirmou o empresário, que também fez acordo de delação na Lava-Jato.
O delator atestou ter feito o empréstimo para Bumlai em 2004. Contudo, como o pagamento das parcelas não foi cumprido dois anos depois, a instituição financeira passou a cobrar o pecuarista, que declinava da obrigação e alegava se tratar de dinheiro para o PT.
O empresário informou, ainda, que o ex-tesoureiro do partido Delúbio Soares chegou a ser levado, numa ocasião, para uma das reuniões com o Banco Schahin para demonstrar que o empréstimo era para a legenda.
Segundo Salim, o tesoureiro que sucedeu Delúbio, João Vaccari Neto, aceitou dar "apoio político" para a contratação da Schahin na Petrobras, desde que o empréstimo de R$ 12 milhões fosse considerado quitado.
— Em função do acordo que nós tínhamos, nós perdoamos o empréstimo, numa operação simulada — afirmou.
O delator disse, também, que a dívida de Bumlai foi comprada pela empresa de securitização do Banco Schahin. Reiterou que, para acobertar o perdão dos débitos, foi montada uma operação fictícia de repasse de embriões bovinos de empresas do pecuarista para as fazendas do Grupo Schahin.
Outros depoimentos 
Nesta terça-feira, a Justiça também ouviu os empresários Milton e Fernando Schahin. Eles disseram que não tinham o que declarar. Os depoimentos não se alongaram, já que os advogados dos réus abdicaram de fazer perguntas.
Também foi ouvida a advogada Alessi Brandão, que trabalhava em 2015 na defesa de Cerveró, juntamente com o o criminalista Edson Ribeiro. Ela afirmou que, ao longo daquele ano, o colega tentou evitar o acordo de colaboração com a Lava-Jato, o que gerou desconfiança dela própria e do filho do ex-diretor, Bernardo Cerveró.
Por conta de suspeitas em relação a Ribeiro, a família do ex-diretor da Petrobras decidiu gravar uma reunião entre Bernardo Cerveró, o advogado, o então senador Delcídio do Amaral e seu chefe de gabinete, Diogo Ferreira.
No áudio, o grupo ofereceu dinheiro e um plano de fuga de Cerveró para a Espanha em troca de ele não contar o que sabia à Lava-Jato. Delcídio, que mais tarde seria preso e faria acordo de delação, afirmou que a articulação para barrar a colaboração do ex-diretor foi a mando de Lula.
— Tomamos conhecimento da participação de Lula após a delação do senador Delcídio — disse Alessi Brandão.- DO ZH

O governo quer que UNE, UBES e UJS arquem com o prejuízo de R$ 16 milhões do atraso do ENEM

Educação. Foto: Michal JarmolukAo todo, 271 mil estudantes foram prejudicados com as invasões das escolas
Nada menos do que 271 mil estudantes brasileiros foram impedidos de fazer o ENEM no início de novembro em decorrência das invasões estimuladas pela esquerda nas escolas brasileiras. Porque 405 locais de provas não foram liberados pelo movimento que se diz estudantil, o povo brasileiro precisará gastar mais R$ 16 milhões para a realização de uma segunda avaliação no início de dezembro.
O que quer o Ministério da Educação? Que as entidades por trás da promoção deste prejuízo arquem com tais custos. A Advocacia Geral da União está estudando a efetividade da cobrança e quem seriam os responsáveis. Mas o Jornal Nacional já adiantou que seriam a UNE, a UBES e a UJS.

É o mínimo. - DO IMPLICANTE



Pesquisa: 7 em cada 10 entrevistados rejeitam as invasões das escolas contra a PEC 241

Educação. Foto: Pixabay.
E dois terços acreditam que há políticos por trás dos atos.
Apesar de a inspiração ser nitidamente as invasões ocorridas em São Paulo contra a reforma no ensino público proposta pelo governo Alckmin, é no Paraná que mais escolas foram invadidas supostamente contra a PEC 241 (porque, resta evidente, a militância gritará contra qualquer coisa que queira o governo Temer). O Paraná Pesquisas foi às ruas descobrir a opinião da população local. E ela não está comprando a lorota gritada pela esquerda.
As invasões – que os pesquisadores ainda fizeram o favor de chamar de “ocupações” – são rejeitadas por sete em cada dez paranaenses. Dois terços percebem que motivações e partidos políticos estão por trás disso tudo. E 84,2% defendem que os estudantes liberem as instituições de ensino buscando outras formas de protesto. Apenas 28,3% concordam com a manifestação.
O único dado a ser comemorado pela esquerda é o que aponta como “válidos” os motivos que levaram os estudantes a protestar.
Respeitosamente, o Implicante discorda deste último. - DO IMPLICANTE

Cinco atitudes de intolerância religiosa que a esquerda pratica frequentemente

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Exemplo da “tolerância” esquerdista: integrantes da Marcha das Vadias, que ocorreu no mesmo dia de um ato católico, inseriram crucifixos e santas em seus orifícios íntimos, além de quebrar imagens.
Há países em que pessoas vão para a cadeia por conta da religião; em alguns outros, podem mesmo morrer pela mesma razão. O Brasil não é um desses lugares, ainda bem (quase escapa um “Graças a Deus!” aqui). De todo modo, claro que sempre precisamos aprimorar as liberdades individuais (gênero ao qual se enquadra a liberdade religiosa).
A esquerda, porém, utiliza esse conceito de forma desvirtuada. Muitas – mas muitas! – das práticas recorrentes do esquerdismo configuram a mais completa intolerância a algumas crenças. A seguir, uma breve lista com cinco:

– Vandalizar igrejas e vilipendiar imagens sagradas

Também não falam em favor da tolerância esquerdista os inúmeros episódios de igrejas vandalizadas. A coisa chegou a um ponto tão bisonho que alguns militantes correram depredar a Catedral da Sé (católica) após um massacre perpetrado por extremista islâmico na Florida. Compreende-se o receio deles em fazer qualquer coisa mais séria numa mesquita, mas deveriam manter esse mesmo respeito a todos os templos de todas as crenças. Quanto ao vilipêndio de imagens, o mais grave – e bem recente – foi a introdução de santos e crucifixos no ânus, por militantes esquerdistas. Basta ver qual foi – e ainda é – a posição da esquerda sobre o episódio;

– Fazer piadas com a castidade alheia

Isso acontece JUSTAMENTE nos papos entre os mais “pensantes” do esquerdismo. Ao mesmo tempo em que pedem compreensão e respeito a esta ou aquela crença, fazem piadas, tiram sarro e azucrinam a vida de quem opta por uma vida casta. Sim, eles pregam que é preciso respeitar os desejos e decisões sexuais de todos (com razão), mas aí humilham quem opta por não fazer sexo, especialmente quando o fazem por questão de fé. Em suma: além de não haver tolerância à crença, não há também quanto à decisão referente ao sexo;

– Discriminação contra judeus

A postura anti-judaica do esquerdismo é um caso à parte. Por conta da aliança entre EUA e Israel, o país judeu passou a ser um inimigo total do esquerdismo. Eles tentam justificar por questões geopolíticas locais, no geral atropelando a história (até um mapa fajuto já fizeram circular por aí). No fim, esses ataques a Israel e também aos judeus têm grande dose de intolerância religiosa;

– Relativizar extremismos de X / atacar qualquer ato de Y

Enquanto sustentam posições contrárias às religiões cristãs e ao judaísmo, os esquerdistas curiosamente não admitem qualquer ataque ao islamismo, garantindo que os episódios são excepcionais. Eles não conseguem – sem corar – dizer o percentual de países islâmicos em que as mulheres têm direitos plenos, os homossexuais não são presos por serem homossexuais e não há pessoas sendo perseguidas por suas religiões. Mas, se algum padre fala algo mais exagerado, rapidamente tomam as redes para garantir que o cristianismo TODO é o grande mal do mundo. Essa diferença de tratamento, que se vê a toda hora, é prova cabal da intolerância (ou, se preferem, da “tolerância seletiva”).

– O socialismo, por si, é contra religiões

Tudo isso, mesmo considerando alguns fatos gravíssimos, ainda fica atrás da GRANDE intolerância em que consiste o socialismo. Da mesma forma que não há a possibilidade de oposição partidária, num regime socialista não há religião. Quando a coisa aperta muito e a popularidade despenca a extremos, eles tentam reverter “permitindo” o exercício de alguma fé. Mas, a rigor, não pode nada. E não é por acaso que o esquerdismo tenha adotado como um de seus mantras a clássica e péssima frase “O homem só será livre quando o último rei for enforcado nas tripas do último padre” – atribuída erroneamente a Voltaire, mas de autoria de Jean Meslier (um ateu anti-cristão infiltrado na igreja católica entre os séculos XVII e XVIII).
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Convenhamos, é uma lista apressada. Há muitos outros exemplos. Mas fica aí a dica ao pessoal da esquerda: não faz sentido fingir defender a tolerância religiosa e, ao mesmo tempo, praticar diuturnamente a mais inequívoca intolerância.
O tema da redação do ENEM – na minha opinião, uma ótima escolha – deveria servir também para suscitar esse debate. Em caso contrário, a suposta defesa de algumas religiões e crenças vira discurso hipócrita. Se bem que esse tipo de coisa é mesmo padrão no esquerdismo.
Nada de novo, portanto.
Fernando Gouveia é co-fundador do Implicante, onde publica suas colunas às segundas-feiras. É advogado, pós-graduado em Direito Empresarial e atua em comunicação online há 15 anos. Músico amador e escritor mais amador ainda, é autor do livro de microcontos “O Autor”. - DO IMPLICANTE