terça-feira, 8 de novembro de 2016

Cinco atitudes de intolerância religiosa que a esquerda pratica frequentemente

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Exemplo da “tolerância” esquerdista: integrantes da Marcha das Vadias, que ocorreu no mesmo dia de um ato católico, inseriram crucifixos e santas em seus orifícios íntimos, além de quebrar imagens.
Há países em que pessoas vão para a cadeia por conta da religião; em alguns outros, podem mesmo morrer pela mesma razão. O Brasil não é um desses lugares, ainda bem (quase escapa um “Graças a Deus!” aqui). De todo modo, claro que sempre precisamos aprimorar as liberdades individuais (gênero ao qual se enquadra a liberdade religiosa).
A esquerda, porém, utiliza esse conceito de forma desvirtuada. Muitas – mas muitas! – das práticas recorrentes do esquerdismo configuram a mais completa intolerância a algumas crenças. A seguir, uma breve lista com cinco:

– Vandalizar igrejas e vilipendiar imagens sagradas

Também não falam em favor da tolerância esquerdista os inúmeros episódios de igrejas vandalizadas. A coisa chegou a um ponto tão bisonho que alguns militantes correram depredar a Catedral da Sé (católica) após um massacre perpetrado por extremista islâmico na Florida. Compreende-se o receio deles em fazer qualquer coisa mais séria numa mesquita, mas deveriam manter esse mesmo respeito a todos os templos de todas as crenças. Quanto ao vilipêndio de imagens, o mais grave – e bem recente – foi a introdução de santos e crucifixos no ânus, por militantes esquerdistas. Basta ver qual foi – e ainda é – a posição da esquerda sobre o episódio;

– Fazer piadas com a castidade alheia

Isso acontece JUSTAMENTE nos papos entre os mais “pensantes” do esquerdismo. Ao mesmo tempo em que pedem compreensão e respeito a esta ou aquela crença, fazem piadas, tiram sarro e azucrinam a vida de quem opta por uma vida casta. Sim, eles pregam que é preciso respeitar os desejos e decisões sexuais de todos (com razão), mas aí humilham quem opta por não fazer sexo, especialmente quando o fazem por questão de fé. Em suma: além de não haver tolerância à crença, não há também quanto à decisão referente ao sexo;

– Discriminação contra judeus

A postura anti-judaica do esquerdismo é um caso à parte. Por conta da aliança entre EUA e Israel, o país judeu passou a ser um inimigo total do esquerdismo. Eles tentam justificar por questões geopolíticas locais, no geral atropelando a história (até um mapa fajuto já fizeram circular por aí). No fim, esses ataques a Israel e também aos judeus têm grande dose de intolerância religiosa;

– Relativizar extremismos de X / atacar qualquer ato de Y

Enquanto sustentam posições contrárias às religiões cristãs e ao judaísmo, os esquerdistas curiosamente não admitem qualquer ataque ao islamismo, garantindo que os episódios são excepcionais. Eles não conseguem – sem corar – dizer o percentual de países islâmicos em que as mulheres têm direitos plenos, os homossexuais não são presos por serem homossexuais e não há pessoas sendo perseguidas por suas religiões. Mas, se algum padre fala algo mais exagerado, rapidamente tomam as redes para garantir que o cristianismo TODO é o grande mal do mundo. Essa diferença de tratamento, que se vê a toda hora, é prova cabal da intolerância (ou, se preferem, da “tolerância seletiva”).

– O socialismo, por si, é contra religiões

Tudo isso, mesmo considerando alguns fatos gravíssimos, ainda fica atrás da GRANDE intolerância em que consiste o socialismo. Da mesma forma que não há a possibilidade de oposição partidária, num regime socialista não há religião. Quando a coisa aperta muito e a popularidade despenca a extremos, eles tentam reverter “permitindo” o exercício de alguma fé. Mas, a rigor, não pode nada. E não é por acaso que o esquerdismo tenha adotado como um de seus mantras a clássica e péssima frase “O homem só será livre quando o último rei for enforcado nas tripas do último padre” – atribuída erroneamente a Voltaire, mas de autoria de Jean Meslier (um ateu anti-cristão infiltrado na igreja católica entre os séculos XVII e XVIII).
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Convenhamos, é uma lista apressada. Há muitos outros exemplos. Mas fica aí a dica ao pessoal da esquerda: não faz sentido fingir defender a tolerância religiosa e, ao mesmo tempo, praticar diuturnamente a mais inequívoca intolerância.
O tema da redação do ENEM – na minha opinião, uma ótima escolha – deveria servir também para suscitar esse debate. Em caso contrário, a suposta defesa de algumas religiões e crenças vira discurso hipócrita. Se bem que esse tipo de coisa é mesmo padrão no esquerdismo.
Nada de novo, portanto.
Fernando Gouveia é co-fundador do Implicante, onde publica suas colunas às segundas-feiras. É advogado, pós-graduado em Direito Empresarial e atua em comunicação online há 15 anos. Músico amador e escritor mais amador ainda, é autor do livro de microcontos “O Autor”. - DO IMPLICANTE

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