Está sendo, até aqui, conduzida de forma vergonhosa, pela direção da USP, essa pendenga envolvendo narco-estudantes e a ocupação das instalações PÚBLICAS da universidade.
Estão se tornando refens de um grupelho de vagabundos que não representam a totalidade dos 80 mil alunos que transitam e estudam na universidade.
A reitoria da USP vai pagar um preço caríssimo se continuar baixando as calças para um bando de bandidos travestidos de estudantes.
E esta fazendo isso, sem ouvir o conjunto de toda a universidade.
Agora, através de um professor fica-se sabendo mais esta aberração.
Leiam:
USP admite discutir com alunos aperfeiçoamento de convênio com a PM
Agência Brasil - Correio Brasiliense
São Paulo – A Universidade de São Paulo (USP) admitiu abrir negociação e discutir com alunos e trabalhadores da instituição o aperfeiçoamento e o detalhamento do convênio feito entre a universidade e a Polícia Militar (PM). Segundo a direção da USP, uma comissão mista formada por representantes dos estudantes, dos funcionários e da reitoria passaria a decidir sobre os termos do convênio. A formação da comissão está atrelada à desocupação do prédio da reitoria, tomada pelos estudantes desde o último dia 1º.
"O convênio é um acordo genérico entre as partes. Evidente que esse convênio tem que ter um plano de trabalho anexo, que sequer houve tempo de ser feito, dado os incidentes, os ocorridos. Não tivemos tempo de detalhar. Mas isso vai ser detalhado, e agora com uma novidade: com a participação deles [os alunos]", disse hoje (5) o professor Wandeley Messias da Costa, superintendente de Relações Institucionais da USP.
Costa ressaltou que a reitoria não está disposta, em nenhuma hipótese, a cogitar a possibilidade de revogação do convênio com a PM.
"O que a universidade coloca é que nós podemos e devemos discutir com os alunos e com outros membros da universidade o detalhamento e aperfeiçoamento do convênio", disse.
A reitoria da USP também aceitou reavaliar os processos abertos contra funcionários e estudantes. De acordo com o superintendente, há processos na Justiça devido a atos de depredação desde 2007, em outra ocupação estudantil da reitoria, que durou de 55 dias.
"Não cabe a nós anistiar ninguém por atos praticados dessa natureza. Mas há outros processos, de natureza administrativa, sobre os quais nós poderíamos ter interferência e teremos. A novidade é que isso não vai ser tratado só pelo pessoal da área jurídica, mas também pela comissão de negociação", disse.
A rediscussão da presença da Polícia Militar no campus da USP e a reavaliação dos processos contra os alunos e trabalhadores da universidade estão entre os principais pontos reivindicados pelos estudantes que ocupam a reitoria.
Representantes dos estudantes e membros da direção da universidade fizeram um acordo hoje (5) para prorrogar o prazo de saída dos estudantes, inicialmente determinado pela Justiça para as 17h deste sábado. O novo prazo será as 23h da próxima segunda-feira (7). Caso a reintegração não ocorra até o horário estabelecido, o acordo prevê o uso de força policial.
A USP se comprometeu a dialogar com os estudantes, a religar a luz, a internet e a água. Os estudantes aceitaram antecipar para segunda-feira a assembleia geral, inicialmente marcada para a próxima quarta-feira (9), para deliberar sobre a saída do prédio.O acordo foi mediado pela juíza Simone Gomes Rodrigues Casoretti, da 9ª Vara da Fazenda Pública Central de São Paulo, que havia determinado a desocupação do prédio na última quinta-feira (3).
Prestaram atenção nos grifos em vermelho?
Trata-se de uma sacanagem que está sendo armada pela direção da USP juntamente com este bando de traficantes.
Os outros 79.600 estudantes tem que entrar nesta briga para reaver uma universidade que não pertence a um bando de cretinos, traficantes vagabundos que, nas horas vagas, se disfarçam de estudantes, mas que pertence a um ESTADO BRASILEIRO e também aos mais de 79 mil alunos que querem realmente ser alguém na vida através do estudo em uma boa universidade.
A permanecer esta aberração é a UNIVERSIDADE e não um bando de safados maconheiros que se servem da faculdade para traficar drogas e burrice.
ATENÇÃO GOVERNO DE SÃO PAULO, MINISTÉRIO PÚBLICO E PARTIDOS POLÍTICOS.
É URGENTE ENTRAREM NESTA BRIGA SOB PENA DE TRANSFORMAR UMA UNIVERSIDADE QUE É REFERÊNCIA NUMA FAVELA DOMINADA POR TRAFICANTES E DESORDEIROS.
DO COM GENTE DECENTE
PAZ AMOR E VIDA NA TERRA " De tanto ver triunfar as nulidades, De tanto ver crescer as injustiças, De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto". [Ruy Barbosa]
sábado, 5 de novembro de 2011
Justiça prorroga prazo para Remelentos & Mafaldinhas “by GAP” deixarem reitoria da USP
Então… A Justiça prorrogou o prazo — até segunda, às 23h — para que Remelentos & Mafaldinhas com modelitos da GAP deixem o prédio da reitoria da USP. Abaixo, segue trecho de uma reportagem de Luna D’Alama, do G1, com detalhes do acordo. Leiam. Volto depois.
A Justiça prorrogou até as 23h de segunda-feira (7) o prazo para a saída dos estudantes que ocupam o prédio da reitoria da Universidade de São Paulo (USP). A decisão foi tomada após uma audiência que reuniu representantes da USP e dos alunos, realizada neste sábado (5), no Fórum Hely Lopes Meirelles, no Centro de São Paulo. Durante o encontro, representantes da USP se comprometeram a promover ligações de luz, internet e água no prédio ainda nesta tarde - os serviços foram cortados na sexta-feira (4). Já os estudantes se comprometeram a preservar o imóvel e deixá-lo limpo.
A audiência foi marcada pela Justiça depois que foi concedida a reintegração de posse do imóvel, pedida pela universidade. Pela decisão, os alunos teriam até as 17h deste sábado para deixar o prédio. Nesta sexta, um oficial de Justiça foi até a reitoria levar a notificação. Os estudantes se recusaram a recebê-la, e disseram que continuariam no prédio. Dois representantes da USP e cinco representantes dos estudantes participaram da audiência. Segundo Vandré Ferreira e Felipe Vasconcelos, que se identificaram como advogados do movimento estudantil, deve ser convocada para segunda uma assembléia geral dos estudantes para deliberar quais serão os próximos passos dos alunos. Segundo eles, a ocupação da reitoria foi uma medida de manifestação política.
Os dois afirmaram que o que for decidido pela maioria na assembleia será cumprido - no encontro, deverá ser decidido se a saída dos estudantes se dará de maneira voluntária, e de que forma. Representantes da USP afirmaram que a universidade está aberta ao diálogo, mas que só irá negociar as reivindicações dos estudantes depois que eles desocuparem o prédio. Entretanto, a USP já adiantou que não irá rever o convênio entre a reitoria e a Polícia Militar (PM). Já a revisão dos processos administrativos abertos contra alunos, professores e funcionários poderá ser acordada.
Também ficou acertado na audiência que os estudantes que participaram da audiência deste sábado não serão punidos. Já foi marcada para terça-feira (8) uma reunião da comissão de negociação com a universidade para retomar o diálogo - entretanto, esse debate está condicionado à saída dos estudantes no prazo previsto. Wanderley Messias da Costa, superintendente de relações institucionais da universidade, disse que a USP já abriu três concessões - conversar com os alunos, prorrogar o prazo para a saída deles e restaurar o fornecimento de energia, água e internet. “A reunião foi boa e produtiva. Não cabe à USP colocar ou não o policiamento, essa é uma decisão da Justiça. Lei e decisão judiciais devem ser cumpridas”, afirmou.
Gustavo Ferraz Campos Mônaco, procurador-geral da USP, que também participou da reunião, declarou que a universidade está tentando evitar medidas extremas. “A USP deverá ser consultada, porque a comunidade universitária precisa ser preservada. Essa é uma decisão conjunta da direção da USP, da PM e do Poder Judiciário.” Segundo informaram os representantes da universidade, a juíza Simone Gomes Rodrigues Casoretti deixou claro na audiência que o novo prazo não será revisto.
Para deixarem a reitoria, os estudantes pedem o fim do convênio da reitoria com a PM, a saída dos policiais do campus e a revisão dos processos abertos pela universidade contra alunos, professores e servidores. Na sexta-feira (4), foi feita uma reunião de negociação entre estudantes e a USP, que terminou sem acordo.
Voltei
Pois é… Os valentes vão agora fazer uma nova assembléia. É mesmo? Por quê? A anterior, conduzida pelo DCE, instância, digamos, oficialmente representativa dos estudantes (havia menos de mil pessoas para mais de 80 mil alunos!), já havia votado a favor do fim da invasão do prédio da FFLCH. Inconformados, os rebeldes sem causa e com calça de grife decidiram ignorar o que foi votado e avançar contra o prédio da reitoria.
Pois é… Os valentes vão agora fazer uma nova assembléia. É mesmo? Por quê? A anterior, conduzida pelo DCE, instância, digamos, oficialmente representativa dos estudantes (havia menos de mil pessoas para mais de 80 mil alunos!), já havia votado a favor do fim da invasão do prédio da FFLCH. Inconformados, os rebeldes sem causa e com calça de grife decidiram ignorar o que foi votado e avançar contra o prédio da reitoria.
É… Esses trouxas não deixam de ser, ainda que o ignorem, expressões da forma que a “luta de classes”, como eles diriam, tomou no Brasil: alguns segmentos têm, nestepaiz, como fica evidente, o privilégio de desrespeitar reiteradamente a lei e ainda “negociar”.
Mais tarde volto ao tema desta luta… sem classe!
Petistas, jamais se desesperem: sempre haverá a Folha de S.Paulo
Nem Mensalão, nem câncer: o espírito dos jornalistas do diário paulistano é inquebrantável. Vale tudo para levantar o ânimo combalido da militância. Num dia, celebra-se o choro de José Dirceu. No outro, o comediante de uma piada só José Simão deixa as gracinhas de lado para dar uma chicotada nos “hipócritas e rancorosos” que acreditaram nas palavras de Lula (de que o SUS oferecia tratamento médico de primeira qualidade). Qual será o próximo episódio da história de amor entre a Folha e o PT?
Primeiro, foi a infalível Mônica Bergamo:
José Dirceu e sua namorada, Eva, passaram o dia das bruxas na pousada Triboju, em Fernando de Noronha, fechada para eles e outros 25 amigos. (...) Foi lá que souberam do câncer de Lula. Eva disse aos amigos que, pela primeira vez em quase uma década, viu Dirceu chorar.
Depois, o monocórdico José Simão, há anos usando as mesmas piadas (modificando apenas os sujeitos das orações) que resolveu sair em defesa do partido:
E uma turma de rancorosos e hipócritas quer que Aquiles trate seu calcanhar pelo SUS. Tudo por Atenas R$ 1,99!
Simão tem a obrigação moral de explicar onde está a hipocrisia de quem simplesmente acreditou em Lula quando ele bravateou:
Eu tava visitando a UPA, e eu tava dizendo que ela tá tão bem organizada, ela tá tão bem estruturada, que dá até vontade de a gente ficar doente para ser atendido aqui. (http://veja.abril.com.br/ blog/reinaldo/geral/lula-e-o- sus-um-texto-definitivo-a- respeito/)
O que fica difícil de entender é como a Folha de S.Paulo ainda precisa entrar na justiça para rebater a acusação delirante de que seu jornalismo é parcial “contra o PT” (http://noticias.r7.com/ tecnologia-e-ciencia/noticias/ justica-tira-do-ar-site-que- criticava-a-folha-de-s-paulo- 20101005.html).
Bastaria mostrar o que seus funcionários escrevem e pronto.
Extorsão no Ministério do Trabalho: assessores de Lupi são acusados de cobrar propina de ONGs para liberar repasses
Para escapar das investigações, entidades precisam 'doar' entre 5% e 15% do valor do contrato ao PDT de Carlos Lupi(Obritonews)
Reportagem de VEJA desta semana revela que caciques do PDT comandados pelo ministro do Trabalho, Carlos Lupi, transformaram os órgãos de controle da pasta em instrumento de extorsão. Conforme relatos de diretores de ONGs, parlamentares e servidores públicos, o esquema funciona assim: primeiro o ministério contrata entidades para dar cursos de capacitação profissional, e depois assessores exigem propina de 5% a 15% para resolver 'pendências' que eles mesmos criam.
Ag. Câmara
Deputado federal Weverton Rocha: "equipe muito profissional"
O Instituto Êpa, sediado no Rio Grande do Norte, foi um dos alvos do achaque. Após receber em dezembro de 2010 a segunda parcela de um convênio para a qualificação de trabalhadores no Vale do Açu, a entidade entrou na mira dos dirigentes do PDT. O ministério determinou três fiscalizações e ordenou que não fosse feito mais nenhum repasse. Ao tentar resolver o problema, os diretores do instituto receberam o recado: poderiam regularizar rapidamente a situação da entidade pagando propina. Para tanto, deveriam entrar em contato com Weverton Rocha, então assessor especial de Lupi, ou Anderson Alexandre dos Santos, coordenador-geral de qualificação. Ambos respondiam a Marcelo Panella, então chefe de gabinete, homem de confiança do ministro e tesoureiro do PDT.
De acordo com os relatos obtidos por VEJA, Weverton era um dos responsáveis por fixar os valores da propina, e a Anderson cabia fazer o primeiro contato. Feito o acerto, o dinheiro era entregue a um emissário do grupo no Rio de Janeiro. "Você não tem defesa. Já prestou serviço e sofre a ameaça de não receber. Se o sujeito te põe contra a parede, o que você faz?", diz um dos dirigentes da ONG Oxigênio, outro alvo de achaque, que admite ter desembolsado 50 mil reais para resolver 'pendências'. "Quando você tenta resistir, sua vida vira um inferno."
O Palácio do Planalto monitora o caso. Deputados federais do próprio PDT contaram a Giles Azevedo, chefe de gabinete de Dilma, que Panella estaria cobrando propina de ONGs. Por ordem da Casa Civil, Panella foi demitido dias depois, em agosto. Panella nega. "Saí porque não me adaptei a Brasília", diz o ex-chefe de gabinete de Lupi por quatro anos. Weverton, que assumiu em outubro mandato de deputado federal, também nega. "Quando uma entidade te procura, é porque ela tem problema, mas nossa equipe sempre foi muito profissional", diz.
Escândalos em série - Em dez meses, escândalos em série já derrubaram cinco ministros de Dilma Rouseff: Antonio Palocci (Casa Civil), Alfredo Nascimento (Transportes), Wagner Rossi (Agricultura), Pedro Novais (Turismo) e Orlando Silva (Esporte).
Fonte: Veja.com
Coordenador de contratos do Trabalho emprega mulher em ONG do PDT
iG teve acesso a uma cópia da folha de pagamento da entidade, que está em situação inadimplente
Responsável por aprovar a prestação de contas de contas e convênios do Ministério do Trabalho, o servidor Manoel Eugênio Guimarães de Oliveira é casado com mulher que trabalhou em Organização Não-Governamental (ONG) suspeita de irregularidade na pasta. O iG teve acesso a uma cópia da folha de pagamento da entidade, que está em situação inadimplente. Foto: Adriano Ceolin Ampliar
Irany é mulher do coordenador de convênios da pasta do Trabalho
Leia também: Ministério do Trabalho é alvo de novas denúncias
O nome da mulher de Manoel Eugênio é Irany Ferreira de Amorim de Oliveira. Em 29 de fevereiro de 2008, ela recebeu R$ 1,710,00 líquidos como funcionária da Confederação Nacional dos Evangélicos (Conae). Trata-se de uma ONG que assinou convênio com o Trabalho em dezembro de 2007 no valor R$ 3,3 milhões.
Como o iG demonstrou, a Conae é uma entidade ligada a militantes do PDT, partido que comanda o Ministério do Trabalho desde 2007. Manoel Eugênio é servidor de carreira aposentado na pasta. Na gestão atual, porém, ele exerceu cargos de confiança do ministro Carlos Lupi, que é presidente nacional licenciado do PDT.
Até maio deste ano, Manoel ocupava o posto de assessor especial do gabinete do ministro. Em 4 de maio, foi nomeado coordenador geral de convênios e contratos, que tem entre as suas atribuições aprovação ou rejeição da prestação de contas dos serviços de todos os contratos e convênios.
O portal entrou em contato por telefone com Manoel Eugênio na tarde desta sexta-feira. Ele, porém, não quis conceder entrevista e pediu que a reportagem encaminhasse perguntas para a assessoria de imprensa do Ministério do Trabalho. Até o fechamento deste texto, a pasta não se pronunciou sobre o caso.
Esquema parecido foi usado no Esporte
Num esquema similar do utilizado no Ministério do Esporte, a Conae firmou convênio com uma empresa de fachada para justificar gastos na execução de um programa em parceria com a pasta do Trabalho. No caso, a ONG usou notas fiscais concedidas pela JG Alimentos, que tem como sócio administrador Geraldo Nascimento. Em depoimento ao qual o iG teve acesso, ele afirma que sacou dinheiro e entregou para representantes da Conae.
Nascimento é testemunha-chave no processo que desencadeou a Operação Shaolin da Polícia Civil do Distrito Federal, que revelou um esquema de desvios de convênios do programa Segundo Tempo do Ministério do Esporte.
A operação teve como principal foco o policial militar João Dias, dono de duas ONGs. Em entrevistas e em depoimento à Polícia Federal, ele acusou o então ministro do Esporte, Orlando Silva Júnior (PCdoB), de ser beneficiário de um esquema de propina. A denúncia abriu uma crise na pasta e acabou provocando a demissão do comunista. Aldo Rebelo assumiu seu lugar.
Ontem, o iG publicou que Carlos Lupi avisou a auxiliares próximos que pretende deixar o Ministério do Trabalho até janeiro. Seu objetivo é evitar ser demitido por conta de denúncias envolvendo irregularidades na pasta. Lupi, por meio de sua assessoria, nega.
No Palácio do Planalto e no Congresso, a saída de Lupi do Trabalho é tratada como uma questão de tempo. Além de ter perdido o prestígio com a presidenta Dilma Rousseff, ele não conta mais com o respaldo de deputados e senadores do PDT. Seu maior adversário no partido é deputado Brizola Neto (PDT), neto do fundador do partido.
FONTE:IG
Wagner Rossi é indiciado por fraude e formação de quadrilha
Durante duas horas, Rossi foi interrogado e negou envolvimento nas irregularidades sobre suposto desvio de R$ 2,72 milhões
A Polícia Federal indiciou nesta sexta-feira criminalmente o ex-ministro Wagner Rossi (Agricultura) por formação de quadrilha, peculato e fraude à Lei de Licitações. Durante duas horas, Rossi foi interrogado pelo delegado Leo Garrido de Salles Meira, que conduz inquérito sobre suposto desvio de R$ 2,72 milhões do Programa Anual de Educação Continuada (PAEC) para capacitação de servidores do ministério.Leia também: Alvo de denúncias, ministro Wagner Rossi entrega carta de demissão
O ex-ministro negou envolvimento nas irregularidades que a PF aponta. A PF atribui a Rossi o papel de "líder de organização criminosa enraizada no seio do Ministério da Agricultura". Rossi disse que ministro não tem atribuição para acompanhar processos de licitação. Segundo ele, ministro tem "posição política, papel estratégico".
Rossi foi o quarto ministro do governo Dilma Rousseff (PT) que perdeu o cargo. Ele caiu em agosto, mergulhado em uma sucessão de denúncias envolvendo sua gestão em tráfico de influência, falsificação de documento público, falsidade ideológica, corrupção ativa e distribuição de propinas a funcionários que teriam participado do procedimento administrativo que ensejou a contratação da Fundação São Paulo (Fundasp), mantenedora da PUC-SP. As informações são do jornal "O Estado de S. Paulo".
GUERRA DO TRAFICO FECHA CINCO ESCOLAS EM BANGU
RIO - Após o Colégio Estadual Professor Daltro Santos, em Bangu, ter sido invadido no início da manhã de sexta-feira por bandidos armados que fugiam da polícia , a unidade teve as aulas suspensas. Os momentos de tensão vividos por alunos e professores fez outras duas escolas estaduais da região e mais dois colégios municipais também fecharem as portas. Tido como referência de ensino de qualidade na Zona Oeste até meados da década de 1980, o colégio passou por cenas que nem de longe remetem à escola onde já lecionou o professor de educação física e campeão do mundo pela seleção brasileira Carlos Alberto Parreira.
FOTOGALERIA: Veja imagens da ação da polícia na Escola Daltro Santos
A invasão da escola ocorreu durante uma operação conjunta das polícias Civil e Militar contra traficantes das favelas Vila Aliança, Coreia e Rebu, que há cerca de seis meses tentam invadir a vizinha Vila Kennedy. De acordo com a delegada titular da 34ª DP (Bangu), Márcia Julião, um grupo de bandidos pulou o muro do colégio para fugir e saiu em seguida. Um dos traficantes, porém, resolveu se esconder na escola. Todos os alunos e funcionários foram retirados pela polícia, e Wilson Garcia Soares Júnior, de 27 anos, foi detido vestindo um uniforme de faxineiro para tentar se disfarçar. Um fuzil AK-47 foi apreendido.
Apesar de Robson Lage, diretor regional da Secretaria estadual de Educação, ter negado que houve pânico após a invasão dos bandidos, uma estudante de 17 anos relatou ao GLOBO que o traficante armado chegou a ficar dentro de uma sala de aula:
- Foi desesperador. Um deles entrou na nossa sala com um fuzil e pediu para se esconder. Ele ficou quase dez minutos no fundo da sala. Na hora em que vi a arma dele, lembrei o caso da escola de Realengo, onde um homem armado entrou atirando nos alunos (em abril), e achei que ia morrer. Abracei meus amigos e chorei muito. Depois ele saiu e não voltou mais.
Bandido tentou passar por faxineiroDe acordo com a Secretaria estadual de Educação, o colégio tem cerca de 600 alunos matriculados no turno da manhã. Para deixar a unidade, os estudantes tiveram de mostrar as carteirinhas à polícia. Ao ver que o bandido vestido como faxineiro não estava na lista de funcionários, agentes o prenderam.
Além do bandido preso dentro da escola, outros dois foram detidos de manhã: Reinaldo Procópio Mendes, de 33 anos, e Cristiano Patrick Matias de Oliveira, de 25. Elton da Costa, cuja idade não foi divulgada, foi morto na operação. Com ele, foi apreendido outro fuzil. Também foram encontrados cerca de mil projéteis e 790 trouxinhas de maconha.
Localizado na beira do asfalto, na Rua Coronel Tamarindo, o Colégio Professor Daltro Santos nunca havia registrado um caso de invasão de traficantes. Mas o crescimento desordenado de favelas próximas, principalmente a Vila Aliança, já indicava que a escola não estava tão segura.
- Até a década de 1980, só se via a favela do muro de trás da escola, mesmo assim de longe. Houve um crescimento desordenado e hoje há construções irregulares coladas até nas laterais. A parte da frente também está muito degradada - comentou o diretor do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe) e professor na região Aldracir Casanova.
Na década de 1960, o Daltro Santos era referência de qualidade inclusive para famílias de classe média da região. Foi nessa época que o jovem Carlos Alberto Parreira cursou o atual ensino médio na unidade. Na década de 1970, já campeão do mundo como preparador físico, ele foi professor de educação física na escola.
- Era um colégio maravilhoso, o ensino era muito bom. Tenho diversos colegas de lá que também foram bem-sucedidos em suas carreiras. Tenho muita saudade - comentou Parreira.
Apesar de estar cercado por favelas em guerra, o colégio ainda está numa região que não tem previsão de receber uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP).
- Por enquanto, nesses lugares onde não temos UPP, acontecerão ações temporárias - afirmou ontem (data do Dia da Favela) o secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame.
A Secretaria estadual de Educação divulgou dados que, segundo o órgão, mostram que "o fato de escolas estarem em áreas tensas não as tornam ruins". O levantamento mostra que há 84 unidades em locais conflagrados, entre as 1.646 da rede. Dessas, de acordo com a secretaria, há apenas dez entre as 50 piores no último Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), divulgado em 2009. O Daltro Santos não participou dos exames do Ideb.
Em colégios em locais violentos, a secretaria desenvolve alguns projetos, como o Escola Aberta, que integra as unidades às comunidades; o Autonomia, de reforço escolar; e o Visitadores, no qual profissionais acompanham as famílias de alunos que têm faltas consecutivas.
COLABORARAM Rafael Galdo e Isabel de Araujo
FONTE: O GLOBO
FOTOGALERIA: Veja imagens da ação da polícia na Escola Daltro Santos
A invasão da escola ocorreu durante uma operação conjunta das polícias Civil e Militar contra traficantes das favelas Vila Aliança, Coreia e Rebu, que há cerca de seis meses tentam invadir a vizinha Vila Kennedy. De acordo com a delegada titular da 34ª DP (Bangu), Márcia Julião, um grupo de bandidos pulou o muro do colégio para fugir e saiu em seguida. Um dos traficantes, porém, resolveu se esconder na escola. Todos os alunos e funcionários foram retirados pela polícia, e Wilson Garcia Soares Júnior, de 27 anos, foi detido vestindo um uniforme de faxineiro para tentar se disfarçar. Um fuzil AK-47 foi apreendido.
Apesar de Robson Lage, diretor regional da Secretaria estadual de Educação, ter negado que houve pânico após a invasão dos bandidos, uma estudante de 17 anos relatou ao GLOBO que o traficante armado chegou a ficar dentro de uma sala de aula:
- Foi desesperador. Um deles entrou na nossa sala com um fuzil e pediu para se esconder. Ele ficou quase dez minutos no fundo da sala. Na hora em que vi a arma dele, lembrei o caso da escola de Realengo, onde um homem armado entrou atirando nos alunos (em abril), e achei que ia morrer. Abracei meus amigos e chorei muito. Depois ele saiu e não voltou mais.
Bandido tentou passar por faxineiroDe acordo com a Secretaria estadual de Educação, o colégio tem cerca de 600 alunos matriculados no turno da manhã. Para deixar a unidade, os estudantes tiveram de mostrar as carteirinhas à polícia. Ao ver que o bandido vestido como faxineiro não estava na lista de funcionários, agentes o prenderam.
Além do bandido preso dentro da escola, outros dois foram detidos de manhã: Reinaldo Procópio Mendes, de 33 anos, e Cristiano Patrick Matias de Oliveira, de 25. Elton da Costa, cuja idade não foi divulgada, foi morto na operação. Com ele, foi apreendido outro fuzil. Também foram encontrados cerca de mil projéteis e 790 trouxinhas de maconha.
Localizado na beira do asfalto, na Rua Coronel Tamarindo, o Colégio Professor Daltro Santos nunca havia registrado um caso de invasão de traficantes. Mas o crescimento desordenado de favelas próximas, principalmente a Vila Aliança, já indicava que a escola não estava tão segura.
- Até a década de 1980, só se via a favela do muro de trás da escola, mesmo assim de longe. Houve um crescimento desordenado e hoje há construções irregulares coladas até nas laterais. A parte da frente também está muito degradada - comentou o diretor do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe) e professor na região Aldracir Casanova.
- Era um colégio maravilhoso, o ensino era muito bom. Tenho diversos colegas de lá que também foram bem-sucedidos em suas carreiras. Tenho muita saudade - comentou Parreira.
Apesar de estar cercado por favelas em guerra, o colégio ainda está numa região que não tem previsão de receber uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP).
- Por enquanto, nesses lugares onde não temos UPP, acontecerão ações temporárias - afirmou ontem (data do Dia da Favela) o secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame.
A Secretaria estadual de Educação divulgou dados que, segundo o órgão, mostram que "o fato de escolas estarem em áreas tensas não as tornam ruins". O levantamento mostra que há 84 unidades em locais conflagrados, entre as 1.646 da rede. Dessas, de acordo com a secretaria, há apenas dez entre as 50 piores no último Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), divulgado em 2009. O Daltro Santos não participou dos exames do Ideb.
Em colégios em locais violentos, a secretaria desenvolve alguns projetos, como o Escola Aberta, que integra as unidades às comunidades; o Autonomia, de reforço escolar; e o Visitadores, no qual profissionais acompanham as famílias de alunos que têm faltas consecutivas.
COLABORARAM Rafael Galdo e Isabel de Araujo
FONTE: O GLOBO
EXTORSÃO NO MINISTÉRIO DO TRABALHO, COMANDADO POR CARLOS LUPI: TABELA DA ROUBALHEIRA PARA O PDT VARIA DE 5% A 15%
Assessores do ministro Carlos Lupi, todos eles ligados ao PDT, são acusados de cobrar propina para liberar pagamentos a ONGs suspeitas de irregularidades. Leiam o que informam Paulo Celso Pereira, Gustavo Ribeiro e Hugo Marques, na VEJA desta semana:
Há pouco mais de um mês, o ministro da Previdência, Garibaldi Alves, deixou seu gabinete no 8° piso do edifício-sede da pasta, na Esplanada dos Ministérios, desceu três andares e se reuniu com o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, que despacha no mesmo prédio. Garibaldi agendou o encontro a pedido de um dirigente do Instituto Êpa, uma organização não governamental sediada no Rio Grande do Norte, seu estado de origem. A ONG recorrera a Garibaldi numa tentativa de fazer com que o Ministério do Trabalho voltasse a repassar verbas para um programa de qualificação profissional firmado com a entidade. Em vão. Na reunião entre os ministros, representantes do Trabalho elencaram uma série de irregularidades na prestação de contas do instituto e disseram que, em razão disso, as transferências não poderiam ser retomadas. Garibaldi e os dirigentes da ONG foram embora sem ver o problema resolvido. Atitude correta, republicana? Só na aparência.
Antes de procurarem Garibaldi Alves, os representantes da ONG tentaram resolver as pendências no lugar apropriado: as instâncias administrativas do Ministério do Trabalho. Esbarraram, porém, em um esquema de extorsão montado por dirigentes da pasta filiados ao PDT, partido do qual Carlos Lupi é presidente licenciado. O esquema funciona assim: o ministério contrata as ONGs para dar cursos de capacitação profissional. A exemplo do que ocorreu nas pastas do Turismo e, mais recentemente, do Esporte, muitos dos convênios servem apenas como fachada para desviar o dinheiro. Na hora de prestar contas, essas ONGs apresentam comprovantes de despesas inexistentes e listam alunos que nunca freqüentaram aula alguma. No caso do Turismo e do Esporte, a fiscalização corria frouxa para permitir que os recursos chegassem rapidamente ao caixa dos partidos. No Trabalho, desde o fim do ano passado, partiu-se para o achaque direto. O ministério suspendeu repasses de dinheiro ao mesmo tempo em que os dirigentes avisaram às ONGs que era preciso “normalizar as pendências” existentes - procedimento correto em caso de contratos micados. O problema é que, para “normalizar as pendências”, apareciam os mesmos assessores de Lupi responsáveis por “criar as pendências”.
Em dezembro de 2010, o Instituto Êpa recebeu a segunda parcela de um convênio para qualificação de trabalhadores em construção civil no Vale do Açu (RN). O ministério determinou três fiscalizações na organização, levantando indícios de irregularidades. Imediatamente, ordenou que não fosse feito mais nenhum repasse. Sem dinheiro para manter os alunos em sala de aula, os dirigentes da ONG procuraram o ministério para tentar resolver o problema. Lá, foram avisados de que as irregularidades poderiam ser encaminhadas à Controladoria-Geral da União, órgão que tem o poder de declarar a inidoneidade de parceiros do poder público e, assim, impedi-los de receber recursos. Os diretores do Instituto Êpa receberam também um recado: a situação poderia ser resolvida rapidamente. Como? Pagando propina, conforme uma planilha de extorsão do PDT, que varia de 5% a 15% do valor do contrato. A quem? O contato deveria ser feito com Weverton Rocha, então assessor especial do ministro, ou Anderson Alexandre dos Santos, coordenador-geral de qualificação. Os dois respondiam ao então chefe de gabinete do ministro, Marcelo Panella, homem de confiança do ministro Lupi e também tesoureiro nacional do PDT. Foi para escapar do achaque que a ONG pediu a ajuda de Garibaldi Alves.
Nas últimas semanas, VEJA conversou com diretores de ONGs, parlamentares e servidores públicos sobre como os caciques do PDT comandados por Carlos Lupi transformaram os órgãos de controle interno do Trabalho em um instrumento de extorsão.
Leia na revista os detalhes de mais essa história sórdida.
REV VEJA
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