sábado, 12 de maio de 2012

CPI do Cachoeira. PTralha que tem c... tem medo!!

Flor CU o símbolo da covardia PTralha
As Ratazanas Vermelhas do PT entraram de sola na CPI do Cachoeira em busca de abafar o escândalo do mensalão e livrar a cara dos aliados que estão atolados até as orelhas em tudo que é maracutaia e safadeza envolvendo as obras do PAC via Delta construtora.
Apadrinhados pelo bandoleiro mór de Banânia, as Ratazanas fizeram tudo o que podiam para pegar a revista Veja e acima de tudo o procurador geral da república, Roberto Gurgel.
Após os primeiros depoímentos dos delegados da PF, os bandoleiros da estrela vermelha sentiram o tiro no pé que foi a tentativa bandida de incriminar Gurgel para aliviar a pressão no mensalão, as Ratazanas Vermelhas perceberam que se continuassem naquela batida não iriam sobrar muitos deles em pé para comemorar mais uma vitória da impunidade em que o Brasil se lançou após a chegada do PT ao poder.
Agora lemos na imprensa que os geniais PTralhas pretendem mudar de tática. Aguardemos para ver que mudança será essa.
O problema das Ratazanas Vermelhas é que eles julgam as pessoas pelos próprios conceitos de ética e de moralidade. E quando os planos esbarram em gente que não se vende, eles partem para a artilharia suja de atacar a moral e a ética dos seus desafetos.
Se o EX presidente, o enfermo Defuntus Sebentus estivesse ainda no poder, certamente que tanto essa CPI, quanto o mensalão, já teriam naufragado com a artilharia suja e mentirosa dele. Mas, acontece que quem está no poder é Dentuça, e pelo visto ela ou não tem a mesma pontaria do Sebento, ou está navegando por instrumentos a espera do que vai acontecer. O que sei é que as Ratazanas estão assustadas. E isso é bom demais.
E a pressão sobre o Roberto Gurgel parece que acendeu alguma luz de moralidade no STF e os juízes começaram a mexer com mais atenção no julgamento do mensalão. E isso é que realmente deixou as Ratazanas em polvorosa, uma vez que o julgamento acabado e muitos dos "amigos" do Sebento sendo condenados, veremos alguns deles saírem direto para a cadeia, com direito a algemas e escolta da PF.
Mas...para que isso aconteça a sociedade brasileira tem que se mobilizar e fazer muito barulho. 
O julgamento mensalão será o divisor de aguas entre o Brasil que pode dar certo e o Brasil da falência geral e irrestrita da sociedade e das instituições.

E na CPI do Cachoeira, 
PTralha que tem cú, tem medo.
E.....PHODA-SE!!!!
DO B. O MASCATE

"Relatório da “sofisticada organização criminosa” – o mensalão


O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa, divulgou ontem seu relatório com um resumo do processo do Mensalão – Leia aqui.
O relatório, que acolhe a denúncia da Procuradoria Geral da República contra 38 réus envolvidos com o esquema, tem 122 páginas e descreve como agiu a “sofisticada organização criminosa”, como classifica a denúncia do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, para “garantir a continuidade do projeto poder do Partido dos Trabalhadores, mediante a compra de suporte político de outros partidos”.
Veja as acusações de cada um dos réus:
José Dirceu: crimes de formação de quadrilha e corrupção ativa;
José Genoíno: crimes de formação de quadrilha e corrupção ativa;
Delúbio Soares: crimes de formação de quadrilha e corrupção ativa;
Sílvio Pereira: crime de formação de quadrilha (Sílvio Pereira acabou afastado da ação por ter colaborado com a Justiça)
Marcos Valério: crimes de formação de quadrilha, peculato, lavagem de dinheiro, corrupção ativa e evasão de divisas;
Ramon Hollerbach: crimes de formação de quadrilha, peculato, lavagem de dinheiro, corrupção ativa e evasão de divisas;
Cristiano Paz: crimes de formação de quadrilha, peculato, lavagem de dinheiro, corrupção ativa e evasão de divisas;
Rogério Tolentino: crimes de formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e corrupção ativa;
Simone Vasconcelos: crimes de formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, corrupção ativa e evasão de divisas;
Geiza Dias: crimes de formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, corrupção ativa e evasão de divisas;
Kátia Rabello: crimes de formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, gestão fraudulenta de instituição financeira e evasão de divisas;
José Roberto Salgado: crimes de formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, gestão fraudulenta de instituição financeira e evasão de divisas;
Vinícius Samarane: crimes de formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, gestão fraudulenta de instituição financeira e evasão de divisas;
Ayanna Tenório: crimes de formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e gestão fraudulenta de instituição financeira;
João Paulo Cunha: crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e peculato;
Luiz Guchiken: crime de peculato;
Henrique Pizzolatto: crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e peculato;
Pedro Corrêa: crimes de formação de quadrilha, corrupção passiva e lavagem de dinheiro;
José Janene: crimes de formação de quadrilha, corrupção passiva e lavagem de dinheiro; (José Janene morreu)
Pedro Henry: crimes de formação de quadrilha, corrupção passiva e lavagem de dinheiro;
João Claudio Genu: formação de quadrilha, corrupção passiva e lavagem de dinheiro;
Enivaldo Quadrado: formação de quadrilha e lavagem de dinheiro;
Breno Fischberg: formação de quadrilha e lavagem de dinheiro;
Carlos Alberto Quaglia: crimes de formação de quadrilha e lavagem de dinheiro;
Valdemar Costa Neto: crimes de formação de quadrilha, corrupção passiva e lavagem de dinheiro;
Jacinto Lamas: formação de quadrilha, corrupção passiva e lavagem de dinheiro;
Antonio Lamas: formação de quadrilha e lavagem de dinheiro;
Carlos Alberto Rodrigues (Bispo Rodrigues): corrupção passiva e lavagem de dinheiro;
Roberto Jefferson: corrupção passiva e lavagem de dinheiro;
Emerson Palmieiri: corrupção passiva e lavagem de dinheiro;
Romeu Queiroz: crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro;
José Borba: corrupção passiva e lavagem de dinheiro;
Paulo Rocha: lavagem de dinheiro;
Anita Leocádia: lavagem de dinheiro;
Luiz Carlos da Silva (Professor Luizinho): lavagem de dinheiro;
João Magno: lavagem de dinheiro;
Anderson Adauto: corrupção ativa e lavagem de dinheiro;
José Luiz Alves: crime de lavagem de dinheiro;
José Eduardo Mendonça (Duda Mendonça): crimes de evasão de divisas e lavagem de dinheiro;
Zilmar Fernandes: crimes de evasão de divisas e lavagem de dinheiro.
De acordo com o rito acertado pelo STF para o julgamento do Mensalão, Joaquim Barbosa, como relator do processo, será o segundo a falar. Primeiro, Roberto Gurgel terá cinco horas para fazer a acusação. Em seguida, Joaquim Barbosa terá uma hora para ler o resumo do seu relatório. Para que os ministros já tivessem conhecimento prévio, o ministro divulgou o texto.
Inicialmente, a denúncia feita por Roberto Gurgel era contra 40 pessoas. Mas o ex-secretário-geral do PT Sílvio Pereira foi afastado por ter colaborado com as investigações e o ex-deputado José Janene (PP-PR) morreu.
De acordo com a denúncia, a “sofisticada organização criminosa” era “dividida em setores de atuação”, e “se estruturou profissionalmente para a prática de crimes como peculato, lavagem de dinheiro, corrupção ativa, gestão fraudulenta, além das mais diversas formas de fraude”. Os réus são divididos em grupos. O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, Sílvio Pereira e o ex-presidente do PT José Genoino foram o primeiro grupo, que, para garantir o projeto de poder do PT, criou um esquema para comprar “suporte político” de outros partidos e garantir o financiamento de suas campanhas eleitorais.
Para viabilizar isso, o primeiro grupo uniu-se ao “núcleo publicitário”, chefiado pelo “até então obscuro empresário Marcos Valério”. A “quadrilha” de Valério ofereceria seus “préstimos” em troca de “vantagens patrimoniais no governo federal”. Para garantir o suporte financeiro ao esquema, associou-se o terceiro grupo, formado pelos executivos do Banco Rural Kátia Rabello, José Roberto Salgado, Vinícius Samarane e Ayanna Tenório. Os “mecanismos criminosos” oferecidos ao PT “já vinham sendo praticados”, segundo a denúncia do Procurador-Geral da República, em Minas Gerais, “especialmente a partir do governo” do hoje deputado Eduardo Azeredo (PSDB-MG), que responde a outra ação também em tramitação no STF.
“Os fatos, como narrados pelo procurador-geral da República, demonstram a existência de uma associação prévia, consolidada ao longo tempo, reunindo os requisitos estabilidade e finalidade voltada para a prática de crimes, além da união de desígnios entre os acusados”, considera Joaquim Barbosa.
(Informações: STF e Congresso em Foco)

Devolução de Diploma à UFF por culpa do “Doutor” Lula

 LULA, UM SER DESPREZÍVEL. - Devolução de Diploma à UFF por culpa do “Doutor” Lula                                                  
Roberto de Sousa Salles, Reitor da Universidade Federal Fluminense, comunico que enviei para você nesta data, 7 de maio de 2012, por Sedex (código para rastreamento SI375026628BR), o meu diploma de Engenheiro Industrial Metalúrgico outorgado por essa universidade, anexado a carta no seguinte teor:
Anexado à presente, devolvo a essa universidade, aos seus cuidados, o meu diploma de Engenheiro Industrial Metalúrgico outorgado por essa universidade. Esse diploma foi motivo de grande orgulho para mim, desde quando o conquistei e recebi, até o dia 4 de maio de 2012, quando essa universidade, sub sua regência, outorgou o título de Doutor Honoris Causa a Luiz Inácio “Lula” da Silva.

Não aceito ser bacharel por uma universidade que, por um lado, é tão rigorosa ao selecionar e diplomar seus alunos e, por outro lado, outorga alegremente o título de Doutor Honoris Causa a um indivíduo que ao longo de toda a sua vida pública tem demonstrado reiteradamente profundo desprezo pela educação formal.

Sem levar em conta aspectos éticos e políticos da história desse indivíduo, entendo que qualquer reitor de qualquer universidade que outorgar a ele qualquer título honorífico estará debochando de todos aqueles que concorreram a vagas, cursaram faculdades e se diplomaram nessa universidade. A Universidade Federal Fluminense praticou, sob a sua regência, um ato de vassalagem voluntária que denigre a história da universidade e diminui o mérito de todos que nela conquistaram algum título respeitando a educação formal e se dedicando ao estudo e à aquisição de conhecimento.

A História mostra que muitas pessoas e até mesmo povos inteiros já foram submetidos a vassalagem involuntária. A História mostra também que muitos resistiram e lutaram bravamente contra essa vassalagem involuntária e, independentemente do sucesso ou do fracasso dessa luta, o simples fato de terem resistido e lutado os honra. A grande maioria se acomodou e isso não constitui uma desonra – apenas faz parte da natureza humana. A verdadeira desonra é a vassalagem voluntária – que caracteriza uma minoria que ainda não entendeu e não representa a verdadeira natureza humana.

Preste vassalagem em seu próprio nome. Não envolva a universidade e o seus corpos docente e discente passados, presentes e futuros nos seus atos de vassalagem. Se quer se dar ao desfrute de espojar diante de quem quer que seja, tenha a coragem de fazê-lo em seu próprio nome, sem arrastar no chão a toga da Universidade Federal Fluminense.

Receba, senhor Reitor, o meu profundo pesar e a mais plena reprovação por esse ato.

República Federativa do Brasil, 7 de maio de 2012 

DO FERRA MULA 

VARA CURTA. -- O CÚMULO DA SACANAGEM!

sábado, 12 de maio de 2012
Não sei se dona Dilma teria coragem de obrigar os nossos Comandantes a comparecerem à solenidade de posse dos integrantes desta badalada Comissão da Verdade, ao lado de figurinhas tão risíveis, tão longe do alcance das leis como o Lula, o FHC, o Sarney, o Collor, entre outros que já confirmaram presença. Duvido que ela seja “macho mesmo” para tanto! -- Mas seria o cúmulo da humilhação; o cúmulo da sacanagem! Cuidado dona Dilma: não se faça de doida não! -- Formiga que quer se perder cria asa... Não sei o tamanho da vara da senhora; mas é perigoso mexer leão com vara curta... Mostre sua brabeza com os fracos; brabeza com os fortes é muito perigoso.
É muito fácil, muito fácil mesmo, colocar a culpa de tudo que acontece de errado neste errado Brasil, nos militares. -- Nos “ditadores!”. -- Nos “gorilas de 64”! -- Porra! -- Há mais de vinte anos estamos recolhidos nos quartéis comendo o pão que o diabo amassou; de pires nas mãos! Fazendo das tripas coração! -- Ora, ora, ora dona Dilma; lembre-se que a senhora é a nossa Comandante-em-Chefe! Não é a nossa madrasta não! Hoje nós já perdemos quase tudo; mas nos resta ainda um pouco de vergonha na cara! Restam-nos ainda um pouco de honra, de dignidade. Não somos assassinos não!  Assassinos são esses que lhe acompanham e que deixaram centenas de famílias sem pais; jovens sentinelas cruelmente assassinados pelos seus assassinos nas guerrilhas urbanas, cujos delitos eram bolados, planejados por quem, hein dona Dilma?... As Forças Armadas exigem respeito! -- Somos o braço forte e amigo de todos os brasileiros! -- Estamos cansados, putos da vida mesmo com tantas humilhações, tantas sacanagens! Cansados de sofrer humildemente as censuras dos encastelados no poder, incapazes de compreender, de refletir e avaliar corretamente o que nós fizemos num passado recente por este Brasil tão grande, tão amado e tão traído!
Mergulhados na indiferença, no desânimo, assistimos o circo pegar fogo. Olhando de longe o Brasil mergulhando na guerra civil, na corrupção, nas drogas, no caos. -- Será preciso outra Revolução? -- Não! -- Lógico que não! -- Embora haja muita gente – muita gente mesmo cansada, de saco cheio de conviver com tanta esculhambação, tanta corrupção, tanta putaria – achando que sim! -- Achando que revolução mesmo é com sangue! Muito sangue! Muitos “paredóns”, como fez Fidel Castro, a menina dos olhos dessas embriagadas e alegres esquerdas. E não fazer como fizemos em 64, passando panos quentes nas bundas desses terroristas que estão aí, ratos soltos na buraqueira, comendo o queijo e bebendo o leite dos nossos famintos brasileirinhos...
Coronel Maciel.
http://velha-aguia.blogspot.com.br/
Postado por Coronel Maciel. às 04:52
DO UPEC 
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Depoimentos à CPI do Cachoeira desmontam ofensiva de mensaleiros contra a imprensa

Corrupção
Os primeiros testemunhos feitos à comissão que investiga a rede do contraventor fazem ruir o plano de mensaleiros de usar o escândalo para atacar os que contribuíram para revelar e levar à Justiça os responsáveis pelo maior esquema de corrupção do país
Daniel Pereira, Otavio Cabral e Laura Diniz
Fim da mentira: O delegado da PF Raul Marques (à esq.) em sessão secreta na CPI do Cachoeira: a relação entre o redator-chefe de VEJA e o contraventor era de jornalista e sua fonte de informações
Há vinte anos Pedro Collor deu uma entrevista a VEJA.
As revelações originaram um processo que, sete meses mais tarde, obrigou seu irmão, Fernando Collor, a deixar a Presidência da República. Há sete anos, VEJA flagrou um diretor dos Correios embolsando uma propina.
O episódio foi o ponto de partida para a descoberta do escândalo do mensalão, que atingiu em cheio o governo passado e o PT. Agora, Collor e os mensaleiros se unem contra a imprensa num mesmo front, a CPI do Cachoeira.
Criada com o nobre e necessário propósito de investigar os tentáculos de uma organização criminosa comandada pelo contraventor Carlos Cachoeira, ela seria usada, de acordo com o roteiro traçado pelo ex-presidente Lula e pelo deputado cassado José Dirceu, como cortina de fumaça para o julgamento do mensalão.
O plano era lançar no descrédito as instituições que contribuíram para revelar, investigar e levar à Justiça os responsáveis pelo maior esquema de corrupção da história do país.
Tamanha era a confiança no sucesso da empreitada que o presidente do partido, Rui Falcão, falou publicamente dela e de sua meta principal: atacar os responsáveis pela "farsa do mensalão".
Tudo ia bem - até que os fatos se incumbiram de jogar o projeto petista por terra.
Na semana passada, dois delegados da Polícia Federal prestaram depoimento à CPI do Cachoeira. Eles foram responsáveis pelas operações Vegas e Monte Carlo, que investigaram a quadrilha do contraventor.
A ideia dos radicais petistas e seus aliados era utilizar a fala dos policiais para comprometer o procurador-geral da República, Roberto Gurgel (que defenderá a condenação dos mensaleiros no julgamento do mensalão pelo Supremo Tribunal Federal), o governador de Goiás, o tucano Marconi Perillo (transformado em inimigo figadal de Lula desde que declarou que o ex-presidente tinha conhecimento da existência do esquema) e a imprensa, que revelou o escândalo.
Nesse último setor, como deixou clara a performance do ex-presidente Collor, encarnado na triste figura de office boy do partido que ajudou a tirá-lo do poder, o alvo imediato era o jornalista Policarpo Junior, diretor da sucursal de VEJA em Brasília e um dos redatores-chefes da revista. O primeiro depoimento foi do delegado Raul Alexandre Marques, que dirigiu a Operação Vegas.
Marques disse aos parlamentares que entregou ao procurador Roberto Gurgel, em setembro de 2009, indícios de envolvimento de três parlamentares - incluindo o senador Demóstenes Torres - com a quadrilha de Cachoeira.
Gurgel, conforme o delegado, não teria determinado a abertura do inquérito nem dado prosseguimento à apuração. Foi a deixa para que petistas dissessem que ele tentou impedir o desmantelamento de uma organização criminosa e, por isso, deveria ser convocado para depor na CPI. O procurador-geral da República reagiu. Na seara técnica, disse que não abriu inquérito a fim de permitir a realização da Operação Monte Carlo, que desbaratou o esquema de Cachoeira no início deste ano.
No campo político, foi ainda mais incisivo. "O que nós temos são críticas de pessoas que estão morrendo de medo do julgamento do mensalão", afirmou.
Ao fustigarem o procurador na CPI do Cachoeira e venderem a tese de que ele não mereceria crédito por ter uma atuação política, mensaleiros e aliados levaram procuradores e ministros do STF a sair em sua defesa.

ATAQUE AOS ACUSADORES - Mensaleiros, que têm no petista Vaccarezza o seu porta-voz na CPI, queriam convocar o procurador-geral da República, Roberto Gurgel. Ele defenderá a condenação dos réus do processo do mensalão
Petistas, que chegaram a comemorar o resultado da primeira etapa do plano, agora já não demonstram o mesmo empenho para convocar Gurgel. Em uma conversa recente, o ex-ministro José Dirceu contou ao seu interlocutor o motivo do recuo. "O efeito foi o contrário do imaginado. A única consequência da CPI foi acelerar o processo do mensalão", afirmou.
Lula, o idealizador do plano, também já faz leitura semelhante. Para ele, a CPI do Cachoeira "tem de ficar do tamanho que está" - ou seja, limitar-se a investigar Cachoeira e seus tentáculos no Congresso e em governos estaduais.
Da mesma forma, a ofensiva para desqualificar o trabalho da imprensa já não seria uma prioridade. "Não podemos fazer dessa CPI um debate político ou um acerto de contas entre desafetos", afirmou o deputado Cândido Vaccarezza, do PT de São Paulo, espécie de porta-voz do grupo dos radicais.
A declaração é uma guinada de 180 graus no discurso - guinada essa decidida apenas depois que os fatos, com sua persistente impertinência, se sobrepuseram aos interesses do partido.
Desde a prisão de Cachoeira, a falconaria petista seguiu a tática de disseminar mentiras e omitir uma parte, sempre a mais importante, da verdade. Para isso, não hesitou nem mesmo em recorrer a fraudes e manipulações nas redes sociais da internet .
O grupo imputou à equipe de VEJA toda sorte de crimes, os quais, esperava, seriam pontuados pelos delegados da PF.
E o que disseram os policiais em depoimentos à CPI?
Que o jornalista Policarpo Junior aparece lateralmente nas interceptações telefônicas sempre no exercício da profissão, apurando e investigando informações, que não cometeu crime nem trocou favores com a quadrilha (veja o quadro na pág. 65) e que não trocou "mais de 200 ligações com Cachoeira".
Na Operação Monte Carlo, apenas dois telefonemas aparecem, segundo o delegado Matheus Rodrigues.
Outros ingredientes fizeram a estratégia petista fracassar. O primeiro foi a dificuldade para encontrar aliados que se dispusessem a levar adiante os propósitos meramente políticos e revanchistas do partido.
Diversas siglas, incluindo o PMDB, se negaram a aderir à trama. Como disse o senador Aécio Neves, do PSDB de Minas Gerais: "O que está em jogo é a democracia. No momento em que nós tivermos o Ministério Público Federal fragilizado e a imprensa cerceada, teremos a democracia em xeque".
Houve ainda a firme condução dos trabalhos da CPI pelo relator Odair Cunha (PT-MG), que não se dobrou às pressões de facções do seu partido, e a oposição contundente de Dilma Rousseff à estratégia dos radicais. A presidente considera que, a continuar na direção em que estava, a CPI poderá virar uma disputa de políticos corruptos contra seus acusadores. Dilma está irritada com o presidente do PT, Rui Falcão, que vem defendendo publicamente o ataque à imprensa. Na terça-feira, disse a um auxiliar: "Se algum ministro falar algo parecido com o que o Rui vem dizendo, vai para a rua na hora".

Fotos: Orlando Brito, Bia Parreiras, Claudio Versiani,
Roberto Stuckert/Ag. O Globo e Marcos Rosa
O ANO EM QUE O PRESIDENTE CAIU - Pedro Collor deu o pontapé inicial e os fatos fizeram o resto: PC Farias recolhia propina de empresários para cobrir os gastos de Collor, como no caso do famoso Fiat Elba; vinte anos depois do processo que o levou a renunciar ao mandato, o ex-presidente (à dir., com a ex-mulher Rosane, a "madame que gastava demais", nas palavras de PC) quer se vingar de quem o investigou
Que forças aparentemente tão antagônicas quanto Collor e os falcões do PT se juntem na CPI com o mesmo e nefasto propósito de desqualificar a imprensa livre pode parecer assustador, mas não deixa de ser também natural.
Na política, as convicções balançam facilmente ao sabor das conveniências - para o bem ou para o mal, sendo que a segunda opção é mais frequente.
Já na imprensa livre, os princípios não se sujeitam às circunstâncias.

O dever de fiscalizar os governos vale para quaisquer governos. E, no caso de VEJA, ele foi levado a cabo com o mesmo rigor tanto na gestão lulo-petista quanto na cleptocracia de Collor.
Em 2009, no julgamento que derrubou a Lei de Imprensa, o ministro Carlos Ayres Britto, hoje presidente do STF, usou uma frase de Roberto Civita, presidente do Conselho de Administração do Grupo Abril e editor da revista VEJA, para descrever a natureza da relação entre jornalistas e homens públicos: "Contrariar os que estão no poder é a contrapartida quase inevitável do compromisso com a verdade da imprensa responsável".
Foi essa parte da imprensa, a responsável, que, diante do ataque perpetrado contra VEJA, ergueu a voz na semana passada na defesa dos princípios basilares do jornalismo.
O jornal O Globo, em um editorial corajoso, criticou o que chamou de "campanha organizada contra a revista VEJA" feita por "blogs e veículos de imprensa chapa-branca que atuam como linha auxiliar de setores radicais do PT". Escreveu O Globo: "A operação tem todas as características de retaliação pelas várias reportagens da revista das quais biografias de figuras estreladas do partido saíram manchadas, e de denúncias de esquemas de corrupção urdidos em Brasília por partidos da base aliada do governo".
Fiscalizar os atos de governo foi uma função que surgiu praticamente junto com a imprensa. Durante a revolução inglesa, no século XVII, comerciantes e industriais insurgiram- se contra o poder absolutista dos reis. Defendiam a supremacia das leis em relação à vontade do monarca e o fortalecimento do Parlamento como forma de diminuir a corrupção na corte.
Nascia assim o conceito de accountability, ou o dever dos governantes de prestar contas à população. Para divulgarem suas ideias, os insurgentes ingleses usavam papéis impressos em uma máquina inventada dois séculos antes, a prensa tipográfica, que passou a produzir os primeiros jornais.

Ailton de Freitas/ Ag. O Globo, Tasso Marcelo/AE,
Beto Barata/AE
Os réus: Jefferson, Dirceu, Delúbio e Valério devem ser julgados em breve pelo STF. A denúncia que deu origem ao processo partiu de VEJA, com prova em vídeo
No que se refere às suas instâncias fiscalizatórias, o Brasil já atingiu um patamar seguro. É uma situação diferente da que existia no tempo do processo de impeachment de Collor, quando o país vivia uma espécie de "lacuna fiscalizatória".
A Constituição havia sido promulgada recentemente e o aparato estatal de autodepuração era ainda incipiente.
O Ministério Público, por exemplo, estava assimilando seu novo papel de representante da sociedade, e não do estado, e a Polícia Federal apenas começava a se livrar da poeira autoritária que a recobria.
Mas, ainda que as instituições tenham amadurecido, elas sozinhas não bastam para assegurar a vigilância constante sobre os governos e os homens públicos. Sua natureza as obriga a se mover vagarosamente. "Por esse motivo, o papel de precursor das denúncias não costuma ser das instituições públicas, mas da imprensa", diz Alexandre Camanho, presidente da Associação Nacional de Procuradores da República.
O jornalismo brasileiro vem cumprindo com vigor sua missão de revelar os casos de desídia e corrupção na esfera pública. Nos últimos anos, têm sido inúmeros os registros de parlamentares, prefeitos, governadores e ministros obrigados a deixar o cargo em razão de revelações feitas pela imprensa e comprovadas pelas autoridades.
A imprensa livre não é ideológica.
Não persegue indivíduos nem empreende cruzadas contra partidos ou administrações.

Ela se volta, sim, contra os que, no poder, se dedicam à prática de espoliar o bem público, guiados pela presunção da impunidade e pela convicção de estarem acima do bem e do mal. Se alguma lição pode ser tirada até agora do último escândalo em curso na República, ela pode ser resumida em mais uma frase do ministro Ayres Britto:
"À imprensa cabe vigiar o estado - nunca o contrário"

DO R.DEMOCRATICA

Venda da Delta não condiz com histórico de dignidade do BNDES

Jornal do Brasil estranha e repudia a notícia da venda da Delta, em um momento em que a empreiteira é alvo de investigação por malversação do dinheiro público e envolvimento com a máfia comandada pelo contraventor Carlinhos Cachoeira em Goiás. A opinião pública não pode aceitar este tipo de transação, que arrisca a segurança nacional uma vez que governadores, parlamentares, e também funcionários das áreas de Segurança e Saúde foram flagrados colaborando com um esquema criminoso de proporções nunca antes vistas no país. A transação é ainda mais espantosa na medida em que o último balanço do grupo frigorífico JBS aponta que os seus ganhos com a venda de carne são totalmente desproporcionais ao elevado faturamento verificado no mercado financeiro. Tal negócio mais parece uma queima de arquivo, que não condiz com o histórico de uma instituição exemplar como o BNDES. O banco estatal detém 30% das ações da empresa.
JB fará o que for preciso para tentar impedir esta afronta à população. Prova da legitimidade de nossos atos foi a decisão do Ministério Público Federal do Rio de Janeiro de abrir inquérito para apurar irregularidades no processo. Conforme afirmou o procurador Nívio de Freitas, "caso se concretize esse negócio, por força de sua participação acionária no grupo JBS, o BNDES, em evidente afronta aos princípios de legalidade e moralidade, irá inexoravelmente participar de empresa sobre a qual recaem notícias de prática de graves ilicitudes e que se sujeita a ser declarada inidônea para contratar com o poder público".
O tema já havia sido abordado pelo Jornal do Brasil, na última quinta quarta-feira (9). Na ocasião, o professor do Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper) Sérgio Lazzarini, autor de  diversos artigos e do livro "Capitalismo de Laços", destacou as relações políticas entre o poder público e o frigorífico. Ele também diz que a insatisfação demonstrada pelo Planalto é apenas uma tentativa de mostrar que Brasília não interferiu na fusão. Atualmente, a presidência do conselho de administração da J&F -  holding que controla a companhia - é ocupada pelo ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles.
"É estranho que a JBS, que tem por exemplo, o Henrique Meirelles, e excelente conexão com o planalto, vá fazer algo que desagrade o governo", ponderou.
OAB-RJ: Quem comprou deve conhecer os riscos
O procurador-geral da OAB do Rio de Janeiro, Ronaldo Cramer, acredita que a transação é uma estratégia para tentar desvincular a Delta de seu ex-acionista controlador, Fernando Cavendish, flagrado em várias conversas com Carlinhos Cachoeira. Ele, no entanto, afirma que a troca de poder não basta para a empresa escapar da declaração de inidoneidade.
"Esses processos foram abertos contra a Delta e visam apurar a conduta da empresa, e não apenas de seus acionistas. Quem comprou o controle da Delta deve, decerto, conhecer os riscos dessa operacão e ter concluído que ainda vale a pena investir nessa empresa", avalia. "Nao é demais lembrar que a Delta tem em curso diversos contratos com o Poder Público e, por conseguinte, vários pagamentos ainda serão feitos a ela", acrescenta.
Deputados da CPMI são contra
O deputado Miro Teixeira (PDT-RJ) apresentou – e a Procuradoria-Geral da República endossou – o requerimento para que o Ministério Público de Goiás impeça a venda da Delta para a J&F Participações, holding que controla diversas empresas.
Miro disse que a venda poderá dificultar a recuperação de recursos públicos desviados pelo esquema de corrupção chefiado pelo empresário Carlos Cachoeira. “Ainda há inquéritos em aberto, e não sabemos onde isso pode chegar. É melhor que a Delta responda pelos desvios”, defendeu.
Já o relator da comissão, deputado Odair Cunha (PT-MG), afirmou que a venda é um negócio privado, que foge ao escopo da CPMI. “Quem comprar a empresa vai ter de responder por esse passivo, não podemos deixar que a operação esconda provas”, disse.
Para o senador Randolfe Rodrigues (Psol-AP), a venda da Delta pode ser uma forma de ocultar pistas. “Nem sequer houve a quebra de sigilo da Delta, pela CPMI ou pela polícia. Ainda não sabemos até onde alcança a corrupção”, disse.
Depósitos suspeitos
No depoimento desta quinta-feira (10) na CPMI, o delegado da Polícia Federal Matheus Mella Rodrigues, responsável pela Operação Monte Carlo, disse que encontrou depósitos da Delta para as empresas de fachada que lavavam o dinheiro obtido pela organização de Carlos Cachoeira.
Para Odair Cunha, não há dúvidas quanto ao envolvimento do braço goiano da empresa com o esquema de Cachoeira. Cunha disse que ficou claro, por exemplo, o envolvimento do ex-diretor da Delta no Centro-Oeste Cláudio Abreu com o esquema.
Convocação 
O líder do PPS, deputado Rubens Bueno (PR), apresentou requerimento na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara para convocar o atual presidente da Delta, Carlos Alberto Verdini; um dos controladores da holding J&F, Henrique Meirelles (ex-presidente do Banco Central no Governo Lula); e o atual presidente do BNDES, Luciano Coutinho, para que eles deem esclarecimentos sobre a possível transação.
O grupo J&F controla a JBS/Friboi, que, de acordo com Rubens Bueno, fez um empréstimo de R$ 10 bilhões junto ao BNDES, dinheiro que pode estar sendo usado na compra da Delta. “A Delta está sub judice, e essa compra pode apagar as digitais dos crimes que possam ter acontecido na empresa, inclusive caixa dois”, destacou.
O deputado Fernando Francischini (PSDB-PR) afirmou que o presidente do BNDES deve ser convocado para dar explicações, já que cerca de 30% do capital da holding J&F é de propriedade do banco.

HÁ 2 LIGAÇÕES ENTRE POLICARPO E CACHOEIRA, NÃO 200! LEIAM O QUE DIZEM DOIS DELEGADOS DA PF. E O PAPEL PATÉTICO DO EX-CAÇADOR DE MARAJÁS E ATUAL CAÇADOR DE JORNALISTAS

A quadrilha do mensalão estava mentindo.
A quadrilha da Internet estava mentindo.
A verdade vem à tona de forma clara, cristalina, inequívoca.
Lembram-se da Operação Monte Carlo e das supostas 200 ligações trocadas entre Carlinhos Cachoeira e Policarpo Júnior, um dos redatores-chefes da VEJA e chefe da Sucursal de Brasília? NÃO ERAM, NÃO SÃO E NUNCA FORAM 200! ERAM, SÃO E SEMPRE FORAM DUAS!!!

Collor, num de seus momentos de serenidade no Senado: em vez de apontar o dedo para os corruptos, ele resolveu atacar a imprensa livre. Faz sentido...
Collor, num de seus momentos de serenidade no Senado: em vez de apontar o dedo para os corruptos, ele resolveu atacar a imprensa livre. Faz sentido...


A canalha resolveu multiplicar o número por 100 para ver se conseguia dar ares de crime ao trabalho normal de um jornalista. Os que se dedicaram a espalhar a mentira nunca quiseram, como vocês sabem, apurar as ligações do grupo de Cachoeira com os políticos e com o Estado brasileiro. Queriam, isto sim, desmoralizar os fundamentos de uma democracia, a saber:
– a oposição (ela só existe em países democráticos);
– a Procuradoria-Geral da República (ela só é independente em países democráticos);
– a Justiça (ela só é isenta em países democráticos);
– a imprensa (ela só é livre em países democráticos).
Mas atenção! Ainda que houvesse mesmo 200 conversas ou que, sei lá, surjam outras 198 do éter, o que o número, por si só, provaria? Nada! Policarpo estaria, como estava, em busca de informações que colaboraram para a demissão de pessoas que não zelavam pelo interesse público. E quem as demitiu, repito, foi Dilma Rousseff. Não consta que esteja pensando em recontratá-las.
OS MENSALEIROS E SEUS BRAÇOS DE ALUGUEL TENTARAM SEQUESTRAR AS INVESTIGAÇÕES DO CASO CACHOEIRA E A PRÓPRIA CPI PARA, DESMORALIZANDO TODAS AS INSTÂNCIAS DO ESTADO DE DIREITO, PROTEGER BANDIDOS, QUADRILHEIROS, VIGARISTAS E SOCIOPATAS.
Os delegados
Bastaram, no entanto, duas sessões da CPI para que ficasse claro quem é quem e quem quer o quê. Policarpo é citado, dados todos os grampos da Operação Monte Carlo, 46 vezes nos grampos. Os homens de Cachoeira e o próprio se referem, em suas conversas, a mais de 80 pessoas — inclusive a presidente Dilma Rousseff. Em algumas dessas citações, por exemplo, o contraventor e o senador Demóstenes estão é combinando uma forma de abafar a repercussão de uma reportagem publicada pela VEJA em maio do ano passado e que apontava o suspeito crescimento da… DELTA! Eis a VEJA que alguns vigaristas queriam criminalizar. E foi a VEJA, diga-se, o primeiro veículo impresso a tornar públicas as relações de Demóstenes com Cachoeira — na edição que começou a chegar aos leitores no dia 3 de março!
No depoimento prestado à CPI no dia 8, indagado pelo senador Fernando Collor (PTB-AL), hoje a voz mais extremista contra a imprensa na CPI, o delegado Raul Souza foi claro, inequívoco, para decepção daquele que começou caçando marajás e, vivendo o seu ocaso, tenta caçar jornalistas e cassar a imprensa livre: as conversas de Policarpo com Cachoeira, afirmou, eram diálogos normais entre um repórter e uma fonte, sem qualquer evidência de troca de favores.
Mas Collor, os mais maduros se lembram, é uma alma obsessiva. Quando presidente, a gente olhava pra ele, com os olhos sempre estalados, e desconfiava da existência de algum espírito obsessor (Deus nos livre!). Deu no que deu. Tendo sido fragorosamente malsucedido na operação que lhe encomendou a ala sectária do PT — José Dirceu, Rui Falcão e outras lorpas da democracia —, ele voltou à carga no depoimento de outro delegado, Matheus Rodrigues. Enquanto alguns parlamentares tentavam apurar os vínculos entre Cachoeira e políticos, o atual Caçador de Jornalistas seguia firme no seu intento de tentar criminalizar a imprensa. E mergulhou, definitivamente, no patético.
O diálogo com Matheus
Este blog ouviu um relato sobre a espantosa conversa do senador com o delegado Rodrigues. Fiquem frios. Logo surge uma gravação clandestina na praça. Consta que o homem foi ficando irritado à medida que via as suas ilações e suspeitas indo por água abaixo.
Collor iniciou a sua intervenção lembrando que a CPI havia sido instalada para investigar as ações criminosas de Cachoeira e de agentes públicos e privados que com este teriam colaborado. E partiu pra cima de Policarpo e da VEJA. Perguntou se o jornalista era coautor de um algum crime. Detestou a resposta:
“Não, excelência! Eu já falei e vou insistir”.
A excelência não se conformou. Tentou obrigar o delegado a acusar Policarpo de algum crime. Como não realizasse o seu intento, este gigante do pensamento jurídico, este monstro sagrado da lógica — que é sócio de jornal e de emissora de televisão!!! —  queria saber se Cachoeira havia passado a Policarpo alguma informação que tivesse obtido com escutas ilegais. Outra negativa e a fala inequívoca: havia entre Policarpo e Cachoeira  ”uma relação de informante, de passar uma informação como fonte”.
Roxo de raiva
Collor, vocês se lembram, era dado a refletir com as pernas. Quando ficava com vontade pensar, saía correndo. Certo dia, abusando de sua cultura filosófica, declarou que tinha “aquilo roxo”. Como o segundo delegado ouvido também não disse o que ele queria ouvir, roxo de raiva, decidiu partir para a peroração solitária. Acusou VEJA de obter “ganhos pecuniários” com as reportagens que publicou. Bem se vê que este senhor nunca administrou as empresas da família. Só pega mesmo a grana na condição de acionista. A ilação é estúpida de várias maneiras:
1) assuntos políticos (especialmente notícias ruins, envolvendo corruptos) não são os que mais vendem revistas, como sabem todas as pessoas que são do ramo;
2) se uma revista quisesse apenas vender mais, daria só boas notícias. Ocorre que o jornalismo que se preza tem compromissos com a moralidade pública e a com ética. Se isso implicar publicar as más notícias, elas serão publicadas;
3) se a tese estúpida do senador fizesse algum sentido, jornais e revistas teriam de distribuir gratuitamente as edições que são obrigadas a relatar tragédias — só assim não seriam acusados de lucrar com a desgraça alheia;
4) veículos que se prezam, que têm vergonha na cara, que não são financiados com dinheiro público, têm a maior parte — ESMAGADORA!!! — de sua receita oriunda de anunciantes privados. Não raro, o preço de capa de uma revista é inferior a seu custo como produto;
5) a maior parcela da receita derivada da venda de jornais e revistas vem das assinaturas, não da venda em banca. Logo, se há ou não notícia de escândalo, isso é irrelevante. O leitor, como todas as pessoas moralmente saudáveis do mundo, prefere a boa notícia.
Se errou na moral, se errou na ética, se errou no alvo — se errou, obrigo-me a dizer, na vida, já que é o único presidente impichado (só não houve o impeachment formal porque renunciou) da história do Brasil —, errou também ao fazer digressões tolas sobre o setor de revistas.
Vinte anos depois da capa histórica de VEJA, em que Pedro Collor chutou o mastro do circo do irmão, o agora senador tenta se vingar da revista. Quebraram todos a cara — ele e a ala extremista do PT da qual aceitou o triste papel de laranja.
Reportagens de VEJA, algumas feitas por Policarpo Júnior, ajudaram a pôr para fora da Esplanada dos Ministérios pessoas que estavam lá descumprindo o juramento que fizeram ao povo. Como ajudaram, há 20 anos, a depor um outro bufão, que também tomava a sua comédia pessoal como parte da história universal.
Collor não vai conseguir o “impeachment” jornalístico da VEJA porque a revista é limpa! Ponto.
Espalhem a verdade. Porque VEJA revela na edição desta semana quem está por trás da indústria da mentira na Internet e como ela opera (ver abaixo). 
Texto publicado originalmente às 3h12
Por Reinaldo Azevedo
REV VEJA