Para inglês ver – Com cinco meses de atraso, a Petrobras divulgou nesta quarta-feira (22), após o fechamento do mercado acionário, o balanço auditado do terceiro trimestre de 2014. A demora se deveu ao fato de que a PricewaterhouseCoopers (PwC) se negou a assinar o balanço da estatal referente ao período.
De acordo com o documento, a companhia petrolífera teve prejuízo líquido de R$ 21,587 bilhões, resultado fruto das perdas provocadas pelos escândalos de corrupção que foram descobertos na Operação Lava-Jato deixaram prejuízo de R$ 6,2 bilhões, somente em 2014. Vale destacar que antes de deixar a presidência da Petrobras, Maria das Graças Foster afirmou, sem medo de errar, que a empresa acumulou prejuízo de R$ 88 bilhões com o Petrolão, o maior escândalo de corrupção da história da humanidade.
O prejuízo anunciado nesta quarta-feira é o primeiro da Petrobras desde 1991, quando a estatal registrou prejuízo de R$ 92 mil, de acordo com dados da consultoria Economática, que ajustou os valores para o real. As perdas atingiram R$ 5,3 bilhões e R$ 26,6 bilhões no terceiro e quatro trimestres, respectivamente.
A direção da companhia explica, no relatório que acompanha as demonstrações financeiras, que o prejuízo de 2014 refletiu o impairment (desvalorização) dos ativos, principalmente os relacionados às atividades de refino, exploração e produção de petróleo e gás natural, além de petroquímica.
“O prejuízo de R$ 21,587 bilhões no exercício de 2014 é devido à perda de R$ 44,636 bilhões por desvalorização de ativos (impairment). O valor da baixa de gastos adicionais capitalizados indevidamente no ativo imobilizado oriundos do esquema de pagamentos indevidos descoberto pelas investigações da Operação Lava Jato (baixa de gastos adicionais capitalizados indevidamente) foi de R$ 6,194 bilhões”, enfatiza a petrolífera.
Rei posto
Não foi por acaso que Aldemir Bendine deixou a presidência do Banco do Brasil para assumir o comando da Petrobras. Bendine foi guindado ao cargo porque se submete às ordens da presidente Dilma Rousseff, a quem interesse jogar uma espessa cortina de fumaça sobre os números contábeis da estatal.
Dono de fala que deixa a desejar, Aldemir Bendine não convenceu ao anunciar o balanço da empresa, que deveria ter sido divulgado em novembro passado.
Considerando que, em meados de 2006, em meio à campanha presidencial daquele ano, petista afirmaram de forma leviana que uma vitória do PSDB nas urnas representaria a privatização da Petrobras. Para quem vaticinou essa bobagem, os números do balanço da Petrobras mostram que a privatização teria sido menos danosa ao País, tomando por base a extensão da roubalheira ocorrida na esfera do Petrolão.
Efeito dominó
A divulgação do balanço auditado, mesmo com atraso, reforçou a esperança da Petrobras de recuperar a confiança dos investidores, principalmente por causa da suposta transparência dos números. Apesar de a empresa viver envolta em um manto de mistérios, pelo menos um fato ficou claro na divulgação do balanço: a possibilidade de quebra da estatal foi definitivamente afastada.
Entre a bancarrota e a capacidade de recuperação há uma enorme e profunda distância, algo que o Palácio do Planalto e a diretoria da Petrobras jamais admitirão. Fora isso, é preciso considerar que o mercado financeiro global ainda quantificou o real valor da companhia, que sob o manto de Dilma Rousseff derreteu.
Por mais que os péssimos números do balanço da Petrobras sejam aparentemente bons, não se pode desconsiderar o fato de que a Operação Lava-Jato, que desmontou o esquema de corrupção que sangrou os cofres da empresa, ainda está em seus primeiros capítulos.
Com os delatores revelando a cada dia novas informações sobre o imbróglio, mais escândalos devem surgir em breve, comprometendo sobremaneira os números contábeis da empresa. O caso da empresa de táxi aéreo que presta serviços à Petrobras, noticiado com exclusividade pelo UCHO.INFO, é prova inconteste dos escândalos que estão por vir.
Ingerência desastrosa
Quando assumiu o poder central em janeiro de 2003, Luiz Inácio da Silva, o agora lobista de empreiteira, passou a tratar a Petrobras como uma empresa do criminoso governo petista, quando na verdade a companhia é propriedade do Estado brasileiro. Ao vencer a corrida presidencial de 2002, Lula tornou-se presidente da República, não dono do Brasil, como tentou agir durante seus dois mandatos.
As atabalhoadas incursões do Palácio do Planalto na gestão da Petrobras e o absurdo aparelhamento da companhia para acomodar a “companheirada”, levaram a petroleira à dificuldades financeiras graves, a ponto de fornecedores terem quebrado por atraso nos recebimentos.
No momento em que o governo do PT, após ter perdido o controle da economia, decidiu congelar os preços dos combustíveis, obrigando a Petrobras a importar gasolina e vender o produto de forma subsidiada no mercado interno, a empresa ingressou em um caminho sem volta.
Com essa medida desastrosa, que tinha por objetivo evitar a disparada da inflação oficial, os cofres da Petrobras sofreram uma sangria financeira sem precedentes, que durou pelo menos quatro anos, período que coincide com o primeiro mandato de Dilma Rousseff, a incompetente.
Prejuízos e prisão
Independentemente do fato de o prejuízo auferido pela Petrobras, na esteira da Operação Lava-Jato, ser menores daquele que se ergue a partir dos bastidores do Petrolão, a cúpula do Partido dos Trabalhadores, incluindo Lula e Dilma, deveria estar atrás das grades por ter saqueado a maior empresa brasileira e até recentemente uma das mais importantes do planeta no âmbito dos negócios de exploração de gás e petróleo.
Em qualquer país minimamente sério, e com autoridades responsáveis e corajosas, cumpridoras da legislação, Lula e sua matilha já estariam presos, pois é inadmissível que uma empresa do porte da Petrobras seja saqueada apenas para atender o projeto totalitarista de poder de um partido que tem o DNA de organização criminosa.DO UCHO.INFO