quinta-feira, 4 de junho de 2020

O gratificante prazer do ódio no Brasil

quinta-feira, 4 de junho de 2020



Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
Siga-nos no Twitter - @alertatotal
“O ódio é de longe o mais gratificante dos prazeres”. O genial Agnaldo Silva botou esta frase na boca da ninfomaníaca e psicopata Tereza Cristina, sua malvada vilã da novela reprisada “Fina Estampa”. A mensagem parece, há muito tempo, a tônica do conclifuosa convivência institucional brasileira. O problema grave é que o tom extremista, radical, violento contamina uma sociedade idiotizada por aplicações da narrativa gramscista, forçando a barra em cima de muitos problemas artificialmente criados pela Engenharia Social, como "racismo", "homofobia", “feminismo”, "preconceito" e por aí vai...
Já deu para perceber que o coronavírus não veio sozinho. Trouxe um pacote de “atrações” fabricadas ideologicamente para produzir efeitos psicossociais bem programados. O objetivo principal foi gerar medo para produzir confusão mental nas pessoas. Assim, elas entram mais facilmente em conflito com elas mesmas e com os outros. O núcleo de poder que tem a estratégia correta se aproveita da debilidade individual e coletiva para governar e mais facilmente dominar os “otários” e os que têm a ilusão de algum poder.
Apesar do “gratificante prazer pelo ódio”, que é um fenômeno humano universal, precisamos retomar a mínima sanidade no Brasil. O segmento conservador de cidadãos que trabalha, produz, estuda e empreende, apesar de todas as armadilhas e dificuldades impostas por um Estado-Ladrão, obteve uma surpreendente vitória na eleição de 2018. Por isso, não é justo que sejamos sabotados pelos derrotados, uma esquerda e centro-esquerda que vem desgovernando o País desde 1985, com a “proclamação” da Nova República. Apesar das falhas em 500 e poucos dias, ainda existe a chance de recuperação econômica, mesmo com o desastre pós-KungFlu.
Qual deve ser a prioridade das prioridades de Jair Bolsonaro? Conquistar uma base de apoio sólida no Senado. Perdão, mas não adianta perder muito tempo com o tal “Centrão”. A presença bem negociada com os senadores é que garante a aprovação das mais importantes reformas. Além disso, ter força no Senado significa conquistar blindagem para suportar pressões do Supremo Tribunal Federal. O Senado é a única instância capaz de promover o impeachment de membros do Supremo. Nunca aconteceu na Nova República, mas pode...
Se Bolsonaro fortalecer sua base parlamentar, a tendência é uma pacificação “falseane” com o Judiciário que ao menos lhe permita governar. Bolsonaro só vai cair se fizer oposição estúpida a si mesmo. Embora a narrativa da mídia extrema e de alguns intelectuais falsificados tentem demonstrar o contrário, o Presidente segue com consistente popularidade para não cair.
A tal “tese” de 70 contra 30 é uma canalhice. O apoio de um governo é medido pela soma da avaliação ótima/boa com a regular. E não o contrário. Além disso, vale repetir por 13 x 13, Bolsonaro tem apoio militar. Os generais na ativa já cansaram de repetir que não existe clima para “golpe”. O vice-Presidente Antônio Hamilton Mourão, um General de Exército na reserva que tem liderança dentro dos quartéis, tem insistindo que não haverá intervenção militar e nem Bolsonaro será derrubado por um golpe jurídico-parlamentar de impeachment. Perdeu, playboy, que pensa o contrário.
Até o insuspeito ministro Gilmar Mendes já avisou que não sabe como irá se portar a Justiça Eleitoral, mas acha que não está voltada para eventual cassação da chapa que elegeu Jair Bolsonaro (sem partido) e Mourão (PRTB). Mendes ressaltou que as ações em curso no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que abordam o tema "certamente" serão tratadas "com o devido cuidado". Gilmar avaliou que o plano do TSE é "minimizar, reduzir os efeitos das fake news, dessa má utilização da internet no processo eleitoral".
Atualmente, é mais valioso prestar atenção aos recados passados pelo vice-Presidente Antônio Hamilton Mourão, em entrevista ao Estadão:
!) “A apresentação das últimas manifestações contrárias ao governo como democráticas constitui um abuso, por ferirem, literalmente, pessoas e o patrimônio público e privado, todos protegidos pela democracia (…)”.
2) “Não é admissível que, a título de se contrapor a exageros retóricos impensadamente lançados contra as instituições do Congresso e do Supremo Tribunal Federal, assistamos a ações criminosas serem apoiadas por lideranças políticas e incensadas pela imprensa. A prosseguir a insensatez, poderá haver quem pense estar ocorrendo uma extrapolação das declarações do presidente da República ou de seus apoiadores para justificar ataques à institucionalidade do País (…)”.
3) “É forçar demais a mão associar mais um episódio de violência e racismo nos Estados Unidos à realidade brasileira. Como também tomar por modelo de protesto político a atuação de uma organização nascida do extremismo que dominou a Alemanha no pós-Primeira Guerra Mundial e a fez arrastar o mundo a outra guerra. Tal tipo de associação, praticada até por um ministro do STF no exercício do cargo, além de irresponsável, é intelectualmente desonesta.”
É melhor que a turma que se gratifica pelo ódio político dê uma trégua. O regime pode não fechar no Brasil. Mas a repressão pode comer solta, como nunca antes comeu, contra bandidos que tentam subverter a lei e a ordem. E a prioridade é salvar a economia, ou só sobrará Brasil falido para chinês e árabe comprar a preço de água no oceano...
A situação pode até ficar esquisita por mais tempo que o necessário, porém é baixíssima a chance de sucesso de um golpe contra Bolsonaro e Mourão.