sexta-feira, 10 de abril de 2015

Senador Aloysio Nunes quer explicações para “vergonhosa retirada” de assinaturas de senadores do PSB para criar a CPI dos fundos de pensão, objeto de roubalheira grossa. E pergunta: “Que socialistas são esses?”


Aloysio: "que socialistas são esses?" (Foto: Lia de Paula/Agência Senado)
Aloysio: “que socialistas são esses?” (Foto: Lia de Paula/Agência Senado)
Nota distribuída hoje pelo senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP). Sua nota mostra que bela “oposição” fazem os senadores eleitos pela legenda do falecido candidato presidencial Eduardo Campos. Vejam só:
“Senadores do PSB devem explicações à opinião pública pela vergonhosa retirada de suas assinaturas ao requerimento de CPI para apurar as falcatruas que lesaram milhares de trabalhadores de empresas estatais participantes dos Fundos de Pensão (Previ, Postalis, Funcef e Petros).
“Há uma semana, fui comunicado pelo líder da bancada, João Capiberibe (AP), que seis senadores de seu partido, em reunião da bancada, deliberaram assinar em bloco o requerimento em razão da gravidade dos delitos cometidos por administradores desonestos dos Fundos de Pensão.
“Uma vez protocolado o requerimento, menos de uma semana depois, reuniram-se novamente e cinco – Capiberibe (AP), Lídice da Mata (BA), Fernando Bezerra (PE), Roberto Rocha (MA) e Romário (RJ) – viraram a casaca: decidiram retirar suas assinaturas que, mais do que simples assinaturas, representavam um compromisso de trabalho sério para investigar o conjunto de clamorosos escândalos e punir seus responsáveis.
“A desculpa que deram para esse ato indesculpável foi a de que são independentes e não querem “pôr a azeitona na empada de ninguém”.
“Com esse tipo de independência “pusilânime”, acabaram pondo a azeitona na empada daqueles que lesaram a boa fé de trabalhadores que contavam com os recursos desses fundos para garantir-lhes aposentadoria digna.
“Que socialistas são esses?” DO RICARDOSETTI-REV VEJA

'TEJE' PRESO, PETRALHA!

O Antagonista - Brasil 10.04.15 13:50 
O leitor Paulo Sampaio, antagonista de primeiríssima hora, mandou a montagem abaixo, feita com a ajuda da sua equipe de trabalho. Anima o espírito cívico ver preso um fanfarrão como o petista André Vargas, autor daquele gesto infame no Congresso, quando lá esteve Joaquim Barbosa. Gesto que repetia os dos mensaleiros presos e que também foi reproduzido por Dilma Rousseff, quando reeleita.
Algemas neles, e todo mundo na rua no dia 12.
DO ESTÊNIO

‘Bye bye Dilma’


POR FERNANDO GABEIRA
 Estadão
Domingo é dia. De novo. O governo respondeu mal. Ele joga com o tempo. Sabe que é difícil manter tanta gente na rua quando sem um resultado tangível. É um cálculo válido para período de estabilidade e crescimento. O Brasil em crise é um fio desencapado. As manifestações não conseguiram ainda seu objetivo: Fora Dilma.
No entanto, Dilma já não está tão dentro como antes. A iniciativa política foi arrebatada pelo PMDB. O ajuste econômico é conduzido pelo liberal Joaquim Levy, que o negocia com o Congresso Nacional.
O debate sobre o ajuste tem conteúdo para ser discutido dias seguidos. Quase todos concordam que um ajuste adequado levará o Brasil de novo ao crescimento. Mas poucos se perguntam sobre o crescimento. Será que vamos reunir forças para um novo voo de galinha? Retomar o crescimento significa entupir os lares de eletrodomésticos e carros, exaurir os rios de forma irresponsável?
Mesmo para um voo de galinha as perspectivas não são boas. Teremos energia para o crescimento em 2016? Nossas estradas suportam um aperto econômico – elas que foram devastadas pelo tempo e pela corrupção? Todos se interrogam para onde estamos indo. Marchar para uma euforia consumista e, depois, cair na depressão torna a política econômica uma nova droga.
O escritor Frei Betto usou a imagem do filme Good Bye Lenin! para expressar o espanto de alguns eleitores de Dilma: é como se dormissem com a vitória de sua candidata e acordassem com a de Aécio Neves, seu adversário. Esse filme de Wolfgang Becker é bem lembrado porque conta a história de uma comunista fervorosa de Berlim oriental que ficou oito meses em coma e acordou depois da queda do Muro. E o esforço do seu filho era para mascarar os traços do capitalismo e evitar que ela se chocasse com o movimento da História.
Good Bye Lenin!, na minha opinião, não exprime apenas a perplexidade dos eleitores de Dilma. Ele exprime a perplexidade de toda a esquerda, que deveria estar acordando de um grande sonho e se espantar com o mundo, como a comunista de Berlim ao ver um imenso anúncio publicitário do outro lado da rua. Seria como se um cubano acordasse na Costa Rica ou um venezuelano nos supermercados do Peru, algo tão diferente. Nesses anos em que o Muro de Berlim caiu, muitos continuaram em coma, ou protegidos das mudanças no mundo real.
Isso não teria tanta importância se a esquerda não fosse para o poder com uma parte das ilusões. Ela confundiu partido com Estado e capitalismo de leis implacáveis com seus sonhos socialistas.
Não deveria. Marx estudou muito para explicitar essas leis. Nem sempre acertou, mas as estudou profundamente e jamais apoiaria um enfoque apenas consumista. Não porque Marx fosse da elite branca. Mas porque saberia que a conta seria cobrada na frente.
Hoje a conta está sendo cobrada. Dormiu-se com a promessa do paraíso, acorda-se numa realidade inequívoca: tanto Dilma como Aécio seriam obrigados a algum tipo de ajuste.
A confusão entre governo e poder, entre partido e Estado acabou arruinando uma experiência, finalmente, dinamitada pela corrupção.
Uma esquerda no governo não poderia comprometer-se a fundo com Cuba e Venezuela. Ainda que admirasse os dois modelos, o que é um alto grau de miopia, deveria levar em conta uma posição nacional.
Uma esquerda no governo deveria abster-se de levar o capitalismo a um outro sistema, mas, sim, tirar o melhor proveito de suas potencialidades e reduzir seus impactos negativos. O capitalismo pode alcançar altos níveis de inovação e criatividade, como nos Estados Unidos, ou mesmo uma respeitável rede de proteção, como na Escandinávia.
Não vejo como transitar do capitalismo para outro sistema econômico, exceto através da decadência e destruição de seus alicerces. E isso nem na Venezuela vai acontecer. O sonho bolivariano encarnou num homem que esmaga os opositores e conversa com passarinhos. Quando vão despertar? Quando encontrarem Nicolás Maduro cantando salsas e merengues nas pizzarias do seu bairro?
Bye Bye Dilma não é apenas o acordar de um sonho eleitoral. E um sono de 12 anos – de pouco mais de 25 anos se contarmos da queda do Muro de Berlim. O projeto não se perdeu apenas pela questão ética. Seus passos estão intensamente discutidos no escândalo do petrolão e outros que se espalham como tanques em chamas.
Mas os fins, quais eram mesmo os fins? Para onde é que nos levavam?
Dentro do País vivemos a crise do populismo econômico. Lá fora, nossa importância diplomática foi dramaticamente reduzida.
Não dói somente ver Dilma e o PT se comportarem como se nada de errado tivesse acontecido. Dói também ver a perspectiva de um grande esforço fiscal desaguar numa visão de crescimento de novo insustentável, tanto econômica como ambientalmente.
A Califórnia passou por mil desafios, abrigou a indústria de cinema e da informática, e agora se vê diante da necessidade de se reinventar. E muitos perguntam se conseguirá, como das outras vezes. A crise hídrica é grave por lá. No Brasil nem sequer nos colocamos a ideia de uma primeira reinvenção. E a crise hídrica é grave por aqui.
Toda vez que falam “vamos fazer o ajuste fiscal, voltar a crescer”, tenho um calafrio. De novo, um voo de galinha na economia e na política?
Seria necessário rever o caminho. A visão puramente eleitoral é sempre punida pelas leis do capitalismo. Não há espaço para uma esquerda monocrática que confunde suas ideias com o interesse nacional, que julga aproximar-se do socialismo, mas avança para o colapso econômico.
Essa esquerda dormiu abraçada numa bandeira vermelha e acordou com a multidão em cores verde e amarelo. Se acordou, finge que está dormindo
. 10/04/2015 - DO R.DEMOCRATICA

PF PRENDE SETE, INCLUINDO EX-DEPUTADOS ANDRÉ VARGAS, LUIZ ARGÔLO E PEDRO CORRÊA. PF CUMPRE 32 MANDATOS E PRENDE TAMBÉM MENSALEIRO PEDRO CORRÊA


 
ANDRÉ VARGAS (C0M DILMA, EM SEUS TEMPOS DE PODER), LUIZ ARGÔLO E PEDRO CORRÊ JÁ FORAM PRESOS.
Diário do Poder
A Polícia Federal prendeu nesta sexta-feira os ex-deputados André Vargas (ex-PT-PR) e Luiz Argôlo (Solidariedade-BA), na a 11ª fase da operação da Lava Jato. Serão cumpridos sete mandados de prisão, 16 de busca e apreensão, nove de condução coercitiva, quando a pessoa é levada para prestar depoimento, em seis estados (Paraná, Bahia, Ceará, Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo) e no Distrito Federal.. André Vargas foi preso em um condomínio residencial em Londrina (PR).
Também foram presos  o irmão de André Vargas, Leoon Vargas, o ex-deputado Pedro Correia (PP-PE), que já cumpre prisão pelo mensalão do PT, Ivan Mernon da Silva Torres,  Élia Santos da Hora, secretária de Argôlo e Ricardo Hoffmann, que é diretor de uma agência de publicidade. Todos os presos serão levados à superintendência da PF em Curitiba.
Os envolvidos nesta fase da Lava Jato são acusados de crimes como organização criminosa, quadrilha ou bando, corrupção ativa, corrupção passiva, fraude em procedimento licitatório, lavagem de dinheiro, uso de documento falso e tráfico de influência. Além de corrupção na Petrobras, também são tratados desvios de recursos ocorridos em outros órgãos públicos federais, segundo a PF. DO MOVCC