quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

O mal essencial

Estadão, 08/12/2011.
Dias atrás a presidente Dilma Rousseff aceitou a demissão do sexto ministro acusado de corrupção, irregularidades administrativas, malfeitos, o nome que se queira dar. A terminologia é de menos, importantes são os fatos. O primeiro ano de governo nem acabou e um em cada seis ministros já caiu em consequência de acusações relacionadas ao mau uso do dinheiro público. Deve ser um recorde mundial.
A primeira constatação é a do comprometimento do governo anterior, pois quase todos os demitidos sob suspeita saíram da cota dos herdados. Nesse sentido, é razoável considerar que a própria presidente foi fraca e aceitou do mentor um pacote estragado, por não ter força para resistir à pressão continuísta. Num esforço de leitura benigna, ela estaria agora fazendo a “faxina” na casa que herdou.
Os fatos, no entanto, são soberanos. A presidente não pode alegar surpresa diante do pacote recebido, pois ela própria compunha o núcleo do governo que sucedeu. Foi ministra durante todo o tempo, boa parte dele na posição estratégica de chefe da Casa Civil. Na prática, governou o país quando o então presidente passou a cuidar exclusivamente da sucessão. Não há como, portanto, alegar desconhecimento ou surpresa. Ela era parte importante do jogo.
Há por certo a versão fantasiosa de que os caídos em desgraça são vítimas de tramoias da imprensa. É o autoritarismo seminal do PT em ação. Para a presidente, essa versão só é boa na aparência. Será ela tão fraca que não saiba distinguir fato de conspiração? Caso as suspeitas se confirmem, e a própria Controladoria Geral da União se mostra abismada em certos casos, duas hipóteses se abrem, ambas negativas: ou Dilma ignorava tudo mesmo, evidenciando alheamento da realidade, o sabia das coisas, mas se mostrava disposta a conviver com o triste cenário para manter o apoio dos partidos que a levaram ao Palácio do Planalto.
Não há, no plano dos fatos, como fazer desse limão uma limonada. O governo Dilma vai encerrando seu primeiro ano, seus primeiros 25%, sem estabelecer uma marca. Uma solenidade aqui, um programa prometido ali, um factóide acolá, mas nada de substancial, a não ser a tal faxina, metáfora que, bem pensado, é incômoda, porque remete, necessariamente, à sujeira. Ora, trata-se uma evidência de mau, não de bom governo, especialmente quando a governante é obrigada a ir a reboque das revelações quase diárias de atos ruins na administração. Trata-se de um governo refém da disposição dos jornalistas para investigar. Vive-se aquele clima de “basta procurar para achar”.
Onde está a raiz do mal? No loteamento da máquina, na transformação do governo em uma federação desconexa de feudos entregues a partidos, grupos e personalidades, ocupando cada qual o seu pedaço para obter vantagens pecuniárias. Em troca, garantem à presidente apoio político. Cabe, a propósito, fazer uma indagação: apoio político pra quê? Qual é a agenda de Dilma?
Esse é um modelo que a presidente copiou do antecessor e mentor, que, por sua vez, o adotou a fim de resistir às dificuldades políticas decorrentes das graves revelações sobre o estado moral da administração.
Estamos diante de um mal estrutural, não circunstancial. Existe esperança de que a presidente vá romper com a lógica do condomínio que a elegeu e a sustenta. Não é plausível. Basta olhar para o maciço apoio parlamentar e a divisão dos feudos partidários, inclusive nas grandes empresas públicas e nas agências reguladoras, e se notará que tudo segue como sempre. O petismo é um sistema sem espaço para muita criatividade pessoal.
Será mesmo que governabilidade e patrimonialismo exacerbado têm sempre de andar de mãos dadas? Trata-se, creiam os leitores, de falso dilema, porém confortável para os que estão do poder. É possível, sim, montar um governo de coalizão, com maioria no Legislativo, sem permitir a drenagem setorizada dos cofres públicos pelos malfeitores.
Todos os partidos contam com pessoas honestas e competentes e reúnem parlamentares realmente preocupados com o país e com suas bases eleitorais, ansiosos por levar às regiões que representam investimentos, empregos e benefícios sociais, o que é não só é legítimo como desejável. Os governos dispõem de mecanismos legais e éticos para atender às demandas políticas sem se desfigurar e se transformar numa máquina de produzir escândalos.
Basta compreender que não é o poder que corrompe os indivíduos, mas que são estes que corrompem o poder. Basta que o exemplo venha de cima. O país, aliás, cobra o fim dos erros, dos crimes e da impunidade, muitas vezes adornados pelo deboche de quem acredita estar fora do alcance da lei.
Basta andar nas ruas, conversar com as pessoas, dando um pouco menos de crédito aos áulicos, e se notará a imensa demanda social pela ética na vida pública. Quem precisa ganhar a vida honestamente não se conforma com o deprimente espetáculo, mesmo quando este é tratado como “natural”, como algo inerente ao processo político.
As últimas décadas assistiram à crescente preocupação com o combate à injustiça social. Embora lentamente, com algum resultado, vamos combatendo a péssima distribuição de renda, marca registrada do país. Mas há uma forma de injustiça social igualmente perversa: é a que separa o cidadão comum dos governantes e define padrões distintos de conduta moral.
Se é preciso continuar com o esforço para reduzir a grande distância entre pobres e ricos, é indispensável também eliminar este outro traço terrível da nossa formação: a existência de duas morais, de duas éticas, de dois códigos de conduta distintos — o das pessoas comuns e o dos poderosos, que adquirem o direito de fazer qualquer coisa.
O PT se formou um dia proclamando a luta contra essa desigualdade que infelicita o Brasil. Hoje vemos algumas de suas estrelas a declarar que Fulano de Tal “não é um homem comum” ou que a palavra de uma “autoridade”, contra a evidência dos fatos, “vale como prova”. É nesse ambiente que prospera a aposta na impunidade e, pois, o crime reiterado contra os cofres públicos.
DO BLOG DO JOSE SERRA

O Bolsa Família, segundo Lula, em 2009 e em 2000


QUANTA MEDIOCRIDADE

Roubalheira petralha: Pivô de crise no Esporte detalha corrupção no governo do Distrito Federal

Preso depois de causar tumulto no Palácio do Buriti, João Dias disse à Polícia que homem forte de Agnelo recebeu dinheiro em troca de nomeações

Hugo Marques e Gabriel Castro, Veja Online
Responsável por trazer à tona o esquema de corrupção que culminou na demissão de Orlando Silva do Ministério do Esporte, o policial militar João Dias Ferreira decidiu revelar boa parte do que sabe sobre o esquema de propina envolvendo autoridades do governo do Distrito Federal. As declarações atingem em cheio o homem forte de Agnelo Queiroz (PT), o petista Paulo Tadeu, e o chefe da Casa Militar, coronel Rogério Leão. E mostram que a lógica promíscua que regia os governos de Joaquim Roriz e José Roberto Arruda não se extinguiu. Apenas trocou de mãos. Até agora, Dias poupava de suas denúncias o governo do Distrito Federal. A blindagem parece ter acabado. VEJA teve acesso, em primeira mão, aos dois depoimentos de João Dias.
Ao ser preso nesta quarta-feira depois de causar um tumulto no palácio do governo, Dias tentava devolver 200 mil reais que, segundo ele, lhe foram oferecidos por duas pessoas ligadas a Paulo Tadeu. O dinheiro seria uma espécie de "cala-boca”. O delator também contou em detalhes o esquema de arrecadação de dinheiro para o caixa dois da eleição do ano passado. O delator foi ouvido nesta quarta-feira pela Polícia Civil e a Polícia Militar. À PM, o acusador deu mais detalhes sobre o escândalo de corrupção (veja íntegra do depoimento abaixo). Mas foi à Polícia Civil que Dias identificou os emissários que lhe entregaram os 200 mil: o irmão de Paulo Tadeu e a chefe de gabinete do secretário.
Caixa 2
Segundo o policial militar, Paulo Tadeu fez um acordo com um doleiro e um policial civil ligado ao ex-governador Paulo Octávio. Pelo acerto, o doleiro faria as nomeações na empresa pública DF Trans e no BRB Seguros, companhia do banco estatal de Brasília. Como parte do acordo, diz João Dias, Tadeu recebeu 500 mil reais durante a campanha eleitoral de 2010. O coronel Rogério Leão, atual chefe da Casa Militar do governador Agnelo Queiroz, teria testemunhado o episódio. O acerto não teria sido cumprido e resultou em um episódio no qual os grupos do doleiro e do governo de Agnelo se encontraram em uma padaria e quase trocaram tiros.
O policial contou que o grupo do governo local ofereceu um acerto com o doleiro, já que o governo de Agnelo já tinha indicado outras pessoas para as diretorias do BRB. De acordo com o PM, foi proposto então um segundo acordo ao deputado Paulo Tadeu, para que a parte descontente controlasse a troca da iluminação pública, no valor de 1,3 bilhão de reais, e a construção de garagens subterrâneas em Brasília, um contrato de 350 milhões de reais.
Compra de testemunha
João Dias diz que no último domingo recebeu em sua casa uma comitiva em nome do secretário Paulo Tadeu: além do irmão e da chefe de gabinete do secretário, o grupo seria composto por um delegado da Polícia Civil, um coronel da Polícia Militar, e uma mulher não identificada. A comitiva, diz ele, ofereceu 200 mil reais em espécie “para não detonar o governo do Distrito Federal”.
João diz que não aceitou a proposta de dinheiro, mas relata que na manhã de segunda-feira avistou dentro de sua casa uma pasta com o montante, “levando a crer que o dinheiro havia sido deixado ali pela tal comitiva”. Foi a partir desse encontrou que João Dias diz ter decidido ir até o Palácio do Buriti para devolver o dinheiro. Ele teria tentado entrar no gabinete do secretário de Governo Paulo Tadeu e jogado dinheiro sobre a mesa. Durante a confusão, João Dias ofendeu a chefe de gabinete de Paulo Tadeu e deverá ser indiciado por injúria racial. Ele também quebrou um dedo de um policial militar. A Polícia Civil encontrou no gabinete um valor menor do que o reportado por João Dias: 159 mil reais.
O depoimento de João Dias joga luz sobre um episódio nebuloso: a curiosa mudança de postura de Daniel Tavares, ex-lobista da indústria química que acusava Agnelo Queiroz de ter recebido propina mas depois voltou atrás. João Dias conta ter recebido 250 mil reais do chefe da Casa Militar de Agnelo. O dinheiro deveria ser passado a Tavares. Paulo Tadeu também é mencionado como operador da coação. A versão de João Dias vai ao encontro de uma acusação feita pela oposição a Agnelo há um mês: a de que o coronel Leão intermediou a mudança de depoimento de Tavares. O ex-lobista tem até um comprovante de depósito de 5 mil reais na conta do atual governador. Mas, depois de revelar o pagamento de propina, passou a dizer que tudo não passava de um empréstimo.
O site de VEJA entrou em contato com a assessoria de comunicação do governo do Distrito Federal e ainda aguarda uma resposta sobre as denúncias.
Delator
A ligação do policial militar João Dias Ferreira com o governador Agnelo Queiroz é antiga, ainda de quando o petista pertencia ao PCdoB e comandava o Ministério do Esporte. Responsável por ONGs que mantinham convênios milionários com a pasta, Dias chegou a ser preso em uma operação que desmontou um esquema de desvios no ministério. Mais recentemente, Dias revelou a VEJA que o modelo continuou funcionando durante a gestão de Orlando Silva. Fragilizado pelas denúncias, o comunista acabou deixando o cargo.
Veja abaixo a íntegra do depoimento de João Dias à Polícia Militar:
Reprodução




DO BLOG ABOBADO

PRECISAMOS GRITAR! É VERGONHOSO O QUE OCORRE NA SUPREMA CORTE! LEIA!

 
REPASSANDO. "REPUTAÇÃO ILIBADA"
 
"REPUTAÇÃO ILIBADA"
Quem é ele, você sabe ?
Dados
Nome: José Antonio Dias Toffoli
Profissão (atual): 
Ministro do Supremo Tribunal Federal /STF- Suprema Corte.
Idade: 41 anos
Um breve histórico, para entender a "coisa"
Currículo: "um passado não muito distante"
- Formado pela USP
- Pos Graduação: nunca fez
- Mestrado: nunca fez
- Doutorado: também não fez
- Concursos: 1994 e 1995 
  foi reprovado em concursos para juiz estadual em São Paulo  (é estadual e não Federal, não vá se confundir).
- Depois disso, abriu um escritório e começou a atuar em movimentos populares. 
  Nessa militância, aproximou-se do deputado federal Arlindo Chinaglia e deu o grande salto na carreira ao unir-se ao PT.
Em Brasília: 
- Aproximou-se de Lula e José Dirceu
  que o escolheram para ser o advogado das campanhas 1998, 2002 e 2006;
- Com a vitória de Lula foi nomeado Subchefe de Assuntos Jurídicos da Casa Civil, então comandada por José Dirceu;
- Com a queda do chefe, pediu demissão e voltou à banca privada;
- Longe do governo, trabalhou na campanha para a reeleição de Lula
 serviço que lhe rendeu 1 milhão de reais em honorários..
- No segundo mandato, voltou ao governo como chefe da Advocacia-Geral da União;
Toffoli é duas vezes réu

Ele foi condenado pela Justiça em dois processos que correm em primeira instância no estado do Amapá. 
 Em termos solenemente pesados, a sentença mais recente manda Toffoli devolver aos cofres públicos a quantia de 700.000,00 (setecentos mil reais) dinheiro recebido "indevidamente e imoralmente" por contratos "absolutamente ilegais", celebrados entre seu escritório e o governo do Amapá.
- Um dos empecilhos mais incontornáveis para ele é sua visceral ligação com o 
PT, especialmente com o ex-ministro José Dirceu, o chefe da quadrilha do mensalão. 
De todos os ministros indicados por Lula para o Supremo, Toffoli é o que tem mais proximidade política e ideológica com o presidente e o partido. 
Sua carreira confunde-se com a trajetória de militante petista 
– essa simbiose é, ao fundo e ao cabo, a única justificativa para encaminhá-lo ao Supremo.

POSSE: Cadeira dos sonhos
No dia 23/10/2009 ocorreu a posse de Dias Toffoli
como ministro do STF ( indicado pelo Presidente Lula)
Algumas atividades como Ministro do STF.
Ao longo de oito meses no STF ele participou de julgamentos polêmicos e adotou posturas isoladas.
- Em março, 
- Em maio, votou pela absolvição do deputado federal Zé Gerardo (PMDB-CE), primeiro parlamentar condenado pelo Supremo desde a Constituição de 1988 (o julgamento acabou em 7 a 3).
Duas semanas depois, indeferiu um pedido de liminar em habeas corpus em favor do jornalista Diogo Mainardi, em processo no qual foi condenado por calúnia e difamação. foi o único entre dez ministros que votou favoravelmente ao pedido de habeas corpus para libertar José Roberto Arruda, ex-governador do Distrito Federal.
Mainardi é crítico da gestão petista e de Lula. Toffoli, que também é ministro-substituto do Tribunal Superior - Eleitoral, pediu vista de um dos processos por propaganda eleitoral antecipada contra Lula e  a presidente pelo PT, Dilma Rousseff.O julgamento avaliava um recurso contra uma decisão que multou os dois, nos valores de R$ 10 mil e R$ 5 mil, respectivamente, e que foi determinada pelo ministro Henrique Neves no dia 21 de maio. 
ESSE É O NOSSO SUPREMO TRIBUNAL ..... VOCÊ ACREDITA ?!
DO
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Os mesmos que atacam este blog se dizem inimigos da “imprensa golpista”; então são amigos de ladrões

Se vocês notarem, a campanha que orquestram contra mim tem como protagonistas — incluindo os blogueiros petistas, pagos com grana oficial —  os mesmos que vivem atacando a imprensa, que acusam de “golpista”. Há uma exceção ou outra, mas irrelevantes.
Essa imprensa dita “golpista” está, sim, na origem da demissão de seis ministros sob suspeita de corrupção. SEIS! Na maioria dos casos, a reportagem inicial foi feita por VEJA. Que coisa, não?
Tudo invenção, só para desestabilizar o governo? Ora, então por que Dilma os demitiu? Se a imprensa foi injusta, injusta também foi a presidente. Se a imprensa foi justa, então justa também foi, ao demitir, a presidente.
É uma questão de lógica elementar. Não obstante, vociferam: “Ah, a mídia golpista!”
Golpista é defender batedores de carteira e ladrões de dinheiro público.
Caro leitor, sempre que você encontrar por aí, no trabalho, na escola, nas festas e nos botecos da vida, um desses bobalhões que acusam a imprensa de “golpista”, não tenha dúvida: ou você está diante de um idiota — e, no caso, convém afastar-se — ou de um partidário de ladrões.
“Não há alternativa, Reinaldo?” Não que eu conheça.
Por Reinaldo Azevedo

RESPOSTA A UM HOMEM PODEROSO, CASADO COM UMA MULHER PODEROSA

Um dos mecanismos mais desonestos, no que concerne ao debate intelectual, é ignorar o objeto que distingue as opiniões e os valores dos debatedores, partindo para o puro e simples apelo à torcida e ao xingamento. Enviam-me um violento ataque desferido contra mim — grande novidade! —  pelo ex-procurador-geral do Estado Marcio Sotelo Felippe. Ele não gostou de uma crítica que fiz à Associação Juízes Pela Democracia, aquela que sustenta, LITERALMENTE, haver homens que estão acima da lei. Compreendo as motivações pessoais de Sotelo, embora ele devesse ser mais comedido. Ele é marido de uma das principais militantes da associação, a juíza Kenarik Boujikian Felippe, que posou, como publiquei, ao lado de João Pedro Stedile. A tal associação tinha acabado de premiar o chefão do MST. Segundo entendi, ele representaria uma espécie de ideal de democracia e justiça. Não, não vou, por isonomia, chamar a minha mulher para me defender. E sugiro a Sotelo deixar o machismo de lado. Uma juíza, que lida com o destino de tantas vidas, é certamente capaz de falar por si mesma. Está na hora de criar a Associação Juízes pela Igualdade de Gênero.
Sotelo deixou de lado os fatos e preferiu partir para a simples adjetivação, associando-me ao nazismo. Pois é, meu senhor… As pessoas descontentes costumam atacar aqueles de que dissentem das mais variadas maneiras. Também já fui chamado de agente da CIA por um desses subintelectuais de esquerda — que ainda teve o desplante de me processar por me ofender; perdeu! — e até do Mossad!!! Uau! Por que este senhor não pergunta aos representantes da comunidade judaica no Brasil quem é Reinaldo Azevedo, o que pensa e com quem dialoga. Um conselho, senhor Felippe: tenha a decência de debater o que está escrito em vez de fugir da contenda pela porta dos fundos da desqualificação. Essa é uma tática covarde.
A crítica que fiz à Associação está aqui. Escreve Sotelo:
“Reinaldo Azevedo vem numa escalada de violência verbal.  Perdeu a noção de limites. Embriagado pelo sucesso de sua retórica ultradireitista em certo segmento social, criou um círculo vicioso em que ele e seus leitores alimentam-se reciprocamente de ódio. Sua linguagem incita o ódio dos leitores, e o ódio dos leitores  o incita a tornar-se mais violento e permissivo.”
Por que ele não cita uma passagem do meu texto que prove a sua afirmação? Por que ele não diz onde está a violência? Por que ele não prova onde está o meu erro? Por que, em vez de atacar a mim e aos meus leitores, não evidencia em que trecho recorri à “retórica ultradireitista”? Se estou “incitando o ódio”, por que ele não me processa? A resposta é simples: porque nada disso aconteceu! É uma invencionice. Se ele encontrar no meu texto uma só crítica que não seja de natureza intelectual e técnica, paro de escrever. Mas eu posso, sim, encontrar na nota da Associação Juízes pela Democracia a afirmação clara, insofismável, indiscutível, inegável, de que existem homens acima da lei. Está aqui:
Não é verdade que ninguém está acima da lei, como afirmam os legalistas e pseudodemocratas: estão, sim, acima da lei, todas as pessoas que vivem no cimo preponderante das normas e princípios constitucionais e que, por isso, rompendo com o estereótipo da alienação, e alimentados de esperança, insistem em colocar o seu ousio e a sua juventude a serviço da alteridade, da democracia e do império dos direitos fundamentais.”
Sotelo diz que “pincei” uma frase do texto. A afirmação é falsa. O meu texto contestando a associação é longuíssimo; eu a analisei trecho a trecho, fazendo o que ele não faz: cuidando de cada palavra. Sotelo deixa de lado o que escrevi e prefere me atacar, acusando jogo bruto. Naquele trecho em que ataca até os meus leitores, se notarem bem, há a indisfarçada sugestão de que devo ser censurado. Por quê? Ora, porque discordo dele. Vão dizer que não é motivo o suficiente…
É impressionante! Sotelo tem de negar o conteúdo da nota que a associação emitiu para poder me atacar. Diz ele:
“A nota da AJD diz, em certa passagem, que a lei, seja em si mesma, seja na sua aplicação, deve ser recusada se contrariar princípios constitucionais. Acontece todos os dias nas sociedades democráticas.   Nas decisões dos tribunais, juízes ou administradores públicos.  Do ponto de vista dos cidadãos, relaciona-se com o conceito de desobediência civil, tal como praticado por Gandhi e Martin Luther King, filosoficamente consolidado, ainda que de escassa repercussão prática. No conflito entre uma regra positiva  e a moralidade, prevalecem a moralidade e os princípios constitucionais.”
Epa!!! Eu contestei aquilo que vai em vermelho, meu senhor! Honestidade intelectual há de ser o princípio número um do polemista. Ora, é claro que a lei deve ser recusada se contrariar princípios constitucionais. Existe, para tanto, até um tribunal constitucional no país, não é mesmo? O que eu quero saber, senhor ex-procurador-geral do estado, é se o senhor acredita que “estão, sim, acima da lei, todas as pessoas que vivem no cimo preponderante das normas e princípios constitucionais”. Acredita nisso ou não? Quando o senhor era procurador-geral do estado, aplicou esse princípio? De que modo?
TENHA A CORAGEM DE DEBATER O TEXTO DA ASSOCIAÇÃO, MEU SENHOR! TENHA A CORAGEM DE DEBATER O QUE EU ESCREVI, NÃO O QUE O SENHOR ACHA QUE EU ESCREVI! Isso é feio! Num moleque, é passável. Num homem de barba e cabelos brancos, em que a aparência respeitável faz supor compromisso com a seriedade, não fica bem.
Nazista é afirmar que existem homens acima da lei!
Nazista é transformar um tribunal numa corte de exceção em nome da ideologia!
Nazista é considerar que o respeito à lei é coisa de “legalista e pseudodemocratas”!
Nazista é dar apoio objetivo a indivíduos encapuzados, que invadem o espaço público e se impõem pela força.
Nazista é constranger professores e alunos, impedindo, pela violência, que uma universidade exerça as suas atividades de ensino e pesquisa!
Sotelo não é o único a se manifestar. Há outras pessoas ligadas à tal associação que decidiram me atacar. TRATA-SE DE UM PROCESSO DE INTIMIDAÇÃO. Afinal, são juízes e indivíduos ligados a juízes, e isso significa que são pessoas poderosas, que, reitero, podem decidir o destino de muita gente.
A verdade é a seguinte: de tudo o que escrevi no meu texto original, o que verdadeiramente incomodou estas senhoras e estes senhores foi este trecho:
“Se vocês tiverem alguma demanda na Justiça, verifiquem se o juiz que vai cuidar do caso pertence à “Associação Juízes para a Democracia”. Se pertencer, verifiquem, em seguida, se a ‘outra parte’ integra um desses grupos que são considerados, sobretudo por si mesmos e pelas esquerdas de modo geral, os donos da democracia. Se isso acontecer, só lhes resta pedir que seja declarada a suspeição do magistrado.”
Isso doeu. E o motivo é escandalosamente óbvio. Se um juiz da tal associação considera que “estão, sim, acima da lei, todas as pessoas que vivem no cimo preponderante das normas e princípios constitucionais” e se um dos eventuais contendores de uma causa se encaixar nesse perfil, é evidente que a outra parte já perdeu, certo? Se essa parte está acima da lei, está até mesmo acima do juiz. Por que Sortelo não demonstra onde está o erro lógico do meu raciocínio?
Tenha a coragem, senhor Sotelo, de apontar que passagem do meu texto apela à violência. O seu, sim, incita o ódio contra mim. Uma das práticas corriqueiras do nazismo, diga-se, era acusar as vítimas de responsáveis pelo mal que as atingia. Hitler tinha a lista de todos os “males” que os judeus haviam feito à Europa, assim como o senhor tem a lista de todos os males que eu faço ao debate democrático.
O meu texto é público, meu senhor! O da associação também! Louvo o seu zelo sentimental, mas eu não critiquei a “sua mulher”. Eu nem sabia que os senhores eram casados. Parabéns pela união feliz! Eu critiquei uma associação de juízes que sustenta haver homens acima da lei.
Sou só um jornalista. O sr. é um ex-procurador-geral de estado, marido de juíza, com uma poderosa rede de amigos e de influência. Pois é, doutor, fazer o quê?
O estado de direito me obriga a lembrar que ainda existem juízes em Berlim!
Abandone a retórica da pura violência, dispa-se da arrogância do “sabe com que está falando?” e venha debater na planície. Mas tenha a coragem de contestar o que eu de fato escrevi.
PS - Como de hábito, sejam comedidos nos comentários. Vamos colaborar para que doutor Sotelo concorde conosco: NÃO EXISTEM HOMENS ACIMA DA LEI NUMA DEMOCRACIA!!! ISSO É COISA DE FASCISMO E COMUNISMO, REGIMES TOTALITÁRIOS.
Por Reinaldo Azevedo
REV VEJA

Denúncia de João Dias atinge campanha presidencial do PT

Por Gabriel Castro, na VEJA Online:
No depoimento que prestou à Polícia Militar, nesta quarta-feira, o soldado João Dias conta que sua relação com Paulo Tadeu, secretário de governo do Distrito Federal, teve início ainda em 2006. O motivo: o policial intermediava a arrecadação de recursos para o comitê regional da campanha de Luiz Inácio Lula da Silva. Delator de esquemas de corrupção no Ministério do Esporte e no governo de Brasília, Dias conta que ajudou a cobrir um rombo milionário na coordenação local da candidatura a presidente.
“Foram repassados 1 milhão de reais de forma parcelada ao deputado Paulo Tadeu para o pagamento das campanhas regional e presidencial no 1º e no 2º turno para presidente, para que o deputado pudesse ser o coordenador”, afirma Dias no depoimento obtido por VEJA. O episódio é relatado de forma breve, quando o delator explica o surgimento de sua relação pessoal com o atual homem forte do governador Agnelo Queiroz.
Registro
O policial diz que o registro de saques de uma agência da Caixa Econômica Federal (CEF) pode comprovar as transações financeiras. A unidade fica na cidade de Sobradinho, onde vive João Dias. O soldado relata que as informações também foram repassadas à Polícia Federal (PF). No depoimento à Polícia Militar, no entanto, João Dias não detalha a origem dos recursos. O período a que o delator se refere ainda é anterior à descoberta das fraudes no Ministério do Esporte, reveladas em 2008. Dono de entidades que mantinham contratos milionários com a pasta, João Dias foi acusado de desviar recursos dos contratos. Ele alega que o PCdoB, partido de Agnelo à época, cobrava propina para manter os convênios.
Os desmandos tiveram início justamente na gestão do atual governador do Distrito Federal, que comandou a pasta entre 2003 e 2006. Na campanha que João Dias diz ter ajudado a financiar, Agnelo foi candidato a senador pela coalizão petista. João Dias foi detido nesta quarta-feira após entrar no palácio do governo distrital e jogar 200.000 reais em dinheiro no gabinete de Paulo Tadeu. Durante a confusão, o delator ofendeu uma funcionária e quebrou o dedo de um policial militar.
Por Reinaldo Azevedo
REV VEJA

ARTIGO: São gravíssimas as denúncias contra Pimentel

Por Nilson Borges Filho (*)
  Por mais que me esforce não consigo encontrar qualquer diferença – na forma e no conteúdo - entre o enriquecimento de Antônio Palocci e o de Fernando Pimentel. Esse negócio de empresa de consultoria é história para boi dormir.
Fosse verdade, o ministro Fernando Pimentel já teria apresentado os relatórios das suas consultorias e os beneficiários tornariam públicos os resultados alcançados. Simples assim. Pimentel fez carreira política à sombra do ex-prefeito de Belo Horizonte, Patrus Ananias, de quem foi secretário da Fazenda. 
No segundo mandato de Célio de Castro (PSB) – sucessor de Patrus -  na prefeitura da capital mineira, Pimentel foi indicado pelo PT para ocupar a vaga de candidato a vice. Castro sofre um AVC e se afasta definitivamente do poder, passando a titularidade da prefeitura para Fernando Pimentel. Os bons governos de Patrus e Célio de Castro – um médico humanista e político decente – contribuíram para a reeleição de Pimentel. Numa jogada de mestre de Aécio Neves (PSDB), então governador de Minas, e com a participação de Pimentel e seus aliados no PT, foi eleito prefeito de BH o empresário Márcio Lacerda (PSB).
Amigo e colega de cela, durante o regime militar, de Fernando Pimentel e secretário de Estado de Minas Gerais, no primeiro mandato  de Aécio, Lacerda apoiou Dilma Rousseff no campo federal e o PSDB no campo estadual. Por falta de opção, PT e PSDB manterão essa mesma aliança para a reeleição de Lacerda em 2012. Tudo como manda o figurino dos dois figurões da política mineira: em 2014 Pimentel sairia candidato ao governo de Minas e Aécio à presidência da República. Mas havia uma pedra no meio do caminho de Pimentel: o grupo petista – ligado ao vice de Lacerda, Roberto Carvalho – que não aceita a recondução de Márcio Lacerda. 
Na verdade, Lacerda, um ex-preso político que se tornou empreiteiro e enriqueceu – pasmem – prestando serviços para empresas públicas durante o regime dos generais. Curiosa essa façanha do empresário – hoje travestido de político. Sentindo-se preterido como candidato petista à vaga de Lacerda, o grupo do vice, Roberto Carvalho (PT), deu o troco no ministro, alimentando as suspeitas – já conhecidas de quem circula pela política mineira – do envolvimento de Fernando Pimentel com empresas com negócios com a prefeitura de Belo Horizonte. 
O ministro está enrolado até o pescoço e não tem como justificar as tais consultorias. O fogo amigo pegou Pimentel no contrapé e não será surpresa se as coisas piorarem para o lado do ministro. Dilma pode até manter Pimentel no ministério, mas o amigo dos anos de chumbo perderá o protagonismo dos tempos atuais. 
Nesse exato ponto, Palocci e Dirceu diferem da situação de  Pimentel: os ex-ministros da Casa Civil – seja Dirceu com Lula e Palocci com Dilma – não tinham relações de amizade  e nem eram próximos dos seus chefes. Pimentel é amigo da presidente e terá um tratamento diferenciado, desde que suas estripulias  não costeiem o alambrado do palácio do Planalto. E pelo andar da carruagem, as  denúncias não vão parar por  aí. Dilma encontra-se numa sinuca de bico.
(*) Nilson Borges Filho é doutor em direito, professor e articulista colaborador deste blog.
DO BLOG DO ALUIZIO AMORIM

Dilma sabe melhor do que ninguém onde está a sujeira.

Dias atrás a presidente Dilma Rousseff aceitou a demissão do sexto ministro acusado de corrupção, irregularidades administrativas, malfeitos, o nome que se queira dar. A terminologia é de menos, importantes são os fatos. O primeiro ano de governo nem acabou e um em cada seis ministros já caiu em consequência de acusações relacionadas ao mau uso do dinheiro público. Deve ser um recorde mundial.
A primeira constatação é a do comprometimento do governo anterior, pois quase todos os demitidos sob suspeita saíram da cota dos herdados. Nesse sentido, é razoável considerar que a própria presidente foi fraca e aceitou do mentor um pacote estragado, por não ter força para resistir à pressão continuísta. Num esforço de leitura benigna, ela estaria agora fazendo a “faxina” na casa que herdou.
Os fatos, no entanto, são soberanos. A presidente não pode alegar surpresa diante do pacote recebido, pois ela própria compunha o núcleo do governo que sucedeu. Foi ministra durante todo o tempo, boa parte dele na posição estratégica de chefe da Casa Civil. Na prática, governou o país quando o então presidente passou a cuidar exclusivamente da sucessão. Não há como, portanto, alegar desconhecimento ou surpresa. Ela era parte importante do jogo.
Leia aqui, na íntegra, o artigo "O mal essencial", de José Serra.
DO CELEAKS

E tome inflação. Segura Vovó Petralha.

Inflação semanal acelera para 0,63% em dezembro
Agência Estado

A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) acelerou na primeira semana de dezembro. É o que informou hoje a Fundação Getúlio Vargas (FGV), ao anunciar avanço de 0,63% para o indicador de até 7 de dezembro, acima do IPC-S imediatamente anterior, de até 30 de novembro (0,53%).
A taxa anunciada hoje foi o maior resultado desde a segunda quadrissemana de setembro de 2011, quando o índice subiu 0,69%. Nesta apuração, todas as sete classes de despesa componentes do índice apresentaram acréscimos em suas taxas de variação de preços, entre a quarta quadrissemana de novembro e a primeira quadrissemana de dezembro.
Acelerações nos preços de Alimentação (de 0,78% para 0,94%), Vestuário (de 0,87% para 1,20%) e Transportes (de 0,08% para 0,20%) foram determinantes para a taxa maior do Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S), que subiu de 0,53% para 0,63% entre a quarta quadrissemana de novembro e a primeira quadrissemana de dezembro.
Segundo a FGV, em cada uma destas classes de despesa foram registradas taxas de inflação mais intensas ou fim de deflação em itens de peso no cálculo da inflação varejista. É o caso de frutas (de 2,20% para 4,12%), roupas (de 0,97% para 1,24%) e gasolina (de -0,16% para 0,16%), respectivamente.
Os quatro grupos restantes entre os sete pesquisados também mostraram aceleração cde preços. É o caso de Educação, Leitura e Recreação (de 0,39% para 0,47%), Habitação (de 0,52% para 0,55%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,43% para 0,50%) e Despesas Diversas (de 0,41% para 0,45%).
Entre os produtos analisados, as mais expressivas elevações de preços na primeira quadrissemana de dezembro foram encontradas em mamão da Amazônia papaya (29,35%); tarifa de eletricidade residencial (1,79%); e passagem aérea (17,06%). Já as mais expressivas quedas de preço foram registradas em leite tipo longa vida (-3,32%); batata-inglesa (-7,49%); e alho (-10,89%).
DO GENTE DECENTE

Pimentel, o consultor porreta.

O hoje ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel (PT), recebeu, em 2009, R$ 130 mil da ETA Bebidas do Nordeste, empresa que produz o refresco de guaraná Guaraeta em Paulista, na Região Metropolitana de Recife. Segundo Pimentel, sua empresa P-21 Consultoria e Projetos Ltda, de Belo Horizonte, teria sido contratada para "elaborar um estudo de mercado para a empresa" pernambucana. Porém, os sócios da empresa de bebidas e o seu administrador na época negam terem contratado o serviço. 
Em entrevistas ao GLOBO no fim de semana e na última segunda-feira, Pimentel mencionou três clientes de sua empresa - Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Convap e QA Consulting - e omitiu a ETA Bebidas, na hora de somar os valores que recebeu até o fim de 2010. Os pagamentos da ETA a Pimentel foram feitos em duas parcelas, o primeiro de R$ 70 mil, em maio de 2009, e o segundo de R$ 60 mil, em julho do mesmo ano. Pimentel montou a consultoria logo depois de deixar a prefeitura, em 2009, e se desligou antes de virar ministro do governo Dilma. - Ih, rapaz, esse negócio é muito estranho. É valor muito alto para o trabalho que a gente tinha. Tem alguma escusa, tentaram esconder alguma coisa - disse Roberto Ribeiro Dias, que participou do quadro societário da ETA até 2010.
Aparentemente o plano de negócios que o ministro informa ter desenvolvido não foi bem sucedido: desde então, as atividades da empresa foram diminuindo, até que a ETA fosse vendida ao pernambucano Ricardo Pontes, no início deste ano. O slogan da empresa, no Nordeste, é "Guareta, naturalmente porreta!". Hoje a ETA funciona num galpão numa rua discreta e sem saída, no município de Paulista, região Metropolitana de Recife, e está inoperante. - Esses valores (pagos a Pimentel) não são compatíveis para o nosso negócio. O que a gente fazia de vez em quando era contrato de R$ 10 mil, R$ 15 mil para meninas fazerem propaganda em jogo do Sport com o Santa Cruz. A gente não tinha condições de fazer nada muito diferente disso - diz Ribeiro Dias.(De O Globo)