segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

Loures sem Temer é como o Piu-piu sem Frajola


Foi ao banco dos réus Rodrigo Rocha Loures. Denunciado junto com Michel Temer, o homem da mala, como ficou conhecido, será processado por corrupção passiva desacompanhado do presidente, já que a Câmara congelou as investigações contra o inquilino do Planalto. Como na música de Claudinho e Bochecha, interpretada por Adriana Calcanhoto, Rocha Loures sem Temer é como “avião sem asa, fogueira sem brasa, futebol sem bola, Piu-piu sem Frajola.”
Dias atrás, o delegado Fernando Segovia, indicado por Temer para a direção-geral da Polícia Federal, dissera que uma mala com propina, como a que Rocha Loures recebeu da JBS, recheada com R$ 500 mil, não permite saber se houve ou não corrupção. Segovia ignorou relatório no qual a PF anotou que as evidências apontam, “com vigor”, para a participação do próprio Temer nos malfeitos que conduziram à filmagem de Rocha Loures recebendo a propina.
Deve-se a abertura da ação penal contra Rocha Loures a uma decisão do ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal. No mesmo despacho em que enviou as investigações contra Temer ao freezer, Fachin remeteu o pedaço da denúncia referente a Rocha Loures para a primeira instância do Juduciário. Fez isso porque o ex-assessor da Presidência não dispõe de foro privilegiado.
Desde então, os advogados de Temer e do próprio Rocha Loures tentam reverter no Supremo o desmembramento determinado por Fachin. Alega-se que a manutenção do Piu-piu na grelha da primeira instância desvirtuará a decisão da Câmara, já que o Frajola será inevitavelmente investigado por tabela. A palavra final sobre os recursos será do plenário da Suprema Corte.
Enquanto arrasta a tornozeleira eletrônica na sua prisão domiciliar, Rocha Loures deve desperdiçar o seu tempo treinando o depoimento que terá de prestar no curso da ação penal aberta pelo juiz Jaime Travassos Sarinho, de Brasília. Decerto dirá que não reconhece o homem filmado correndo com a mala pelas ruas de São Paulo. Alegará que leva sustos frequentes diante do espelho. Se lhe perguntarem sobre Temer, indagará: “Um barbudo, gorducho, casado com uma feiosa?” A alternativa à fantasia seria Piu-piu fazer uma delação premiada para denunciar o Frajola.
Josias de Souza

POR QUE BOLSONARO TEM ESSA FORÇA ELEITORAL?



segunda-feira, dezembro 11, 2017

Dia desses o presidenciável Jair Messias Bolsonaro esteve em Goiás e passou por Anápolis para prestigiar solenidade de formatura de Escola Militar. Na ocasião foi entrevistado por emissora de televisão local. Ao final, um Secretário municipal e um vereador comentaram a visita de Bolsonaro a Goiás, como mostra o vídeo acima.
Em suas visitas pelos Estados brasileiros Jair Bolsonaro é cercado constantemente por populares que não dispensam uma "selfie", com o presidenciável. Coisa rara de ocorrer com os demais políticos que dependem de claque contratada para paparicar.
Este é o clima político-eleitoral brasileiro na atualidade, a menos de um ano da eleição presidencial que ocorrerá em outubro de 2018.
Deve-se acrescentar o fato de que Bolsonaro tem contra si a totalidade da grande mídia que quando não o agride pura e simplesmente tenta de algum jeito criar uma situação embaraçosa por meio das famigeradas fake news.
Por enquanto o esquema de destruí-lo não surtiu qualquer efeito. Haja vista centenas de episódios em uma farta coleção de vídeos disponíveis na internet mostrando Bolsonaro sendo carregado nos ombros de populares.
Verdade seja dita, Jair Bolsonaro corre praticamente sozinho e é o único político brasileiro que pode aparecer em público sem qualquer constrangimento. Muito pelo contrário. Onde aparece imediatamente é abraçado e cumprimentado por eleitores que se orgulham em posar com o pré-candidato para fotografias e vídeos. Algo inaudito na atualidade onde a maioria dos políticos foge do povo como o diabo foge da cruz.
Sim. Bolsonaro é um ponto fora da curva. E por isso o establishment está inquieto, espumando de raiva. Bolsonaro por enquanto aparece como o único líder capaz de evitar a venezuelização do Brasil.
A percepção dessa tragédia anunciada por parte das pessoas aumenta a cada dia que passa e faz migrar todos os votos em direção a Bolsonaro. Os que deploram Bolsonaro fazem parte do esquema PT-PMDB-PSDB que resultou no petrolão, a maior roubalheira de dinheiro público do mundo e que mergulhou o Brasil e os brasileiros nessa deplorável situação. O Brasil está completamente sucateado, o povo sujeito à violência e à insegurança total e irrestrita como nunca aconteceu antes, situação já muito pareceida com a Venezuela. Esta é a verdade! DO A.AMORIM

Ausência vira arma anti-reforma da Previdência


O governo precisa de 308 votos para aprovar a reforma da Previdência na Câmara. Pode-se evitar que o número mágico seja atingido de duas maneiras: votando contra a proposta —o que expõe o deputado ao risco de retaliação— ou simplesmente ausentado-se do plenário no dia votação. Cresce o número de deputados que tramam não dar as caras.
Utiliza-se contra Michel Temer a mesma feitiçaria usada pelo presidente para enterrar duas denúncias criminais. A continuidade das investigações contra o presidente e os ministros palacianos Moreira Franco e Eliseu Padilha exigia o aval de 342 do 513 deputados. No vale-tudo adotado para evitar que a marca fosse alcançada, o Planalto pressionou deputados que não tinham coragem de se expor à sanha das redes sociais para que sumissem do plenário na hora de a onça beber água.
O movimento pela ausência cresce na proporção direta do aumento da pressão governamental para que os partidos recorram ao “fechamento de questão”, como é chamada a ferramenta estatutária que permite a punição de filiados rebeldes. Avalia-se que as legendas terão mais dificuldade para tratar a ferro e fogo os deputados que faltarem à votação. Sob pena de sofrerem uma debandada em março, quando se abre uma janela legal para a migração partidária.
Por ora, três partidos fecharam questão para forçar seus deputados a aprovarem a emenda constitucional que mexe na Previdência: PMDB, PTB e PPS. Alçado no sábado à presidência do PSDB, Geraldo Alckmin declara-se a favor de que os tucanos adotem a mesma providência. Arrisca-se a virar um presidente minoritário no alvorecer de sua gestão à frente do ninho.
Neste domingo, de passagem por Buenos Aires, Michel Temer declarou: ''Falei com presidentes do PP, PSB e PRB. E todos estão entusiasmados com eventual fechamento de questão''. Indagou-se a Temer se está otimista com a possibilidade de aprovação da refoma ainda em 2017. E ele:  ''Suponho que talvez seja possível, mas, se não for, essa matéria da Previdência não vai parar.'' Deve-se a cautela à ausência de votos.
Por decisão de Rodrigo Maia, presidente da Câmara, abre-se na quarta-feira, a fase de discussão da proposta previdenciária no plenário. Mas a inanição de votos permanece. ''Quem sabe, a gente consiga fechar na terça-feira”, declarou Temer, referindo-se à meta de aprovar a matéria até o dia 19. Se não der, fica para o ano eleitoral de 2018. Ou para as calendas.
Josias de Souza