segunda-feira, 14 de maio de 2012

O parecer de Lula: ‘Deve haver qualquer sintoma de debilidade mental no funcionamento do cérebro de Collor’

ALAGOAS/LULA/ADUTORA
Em 1993, pouco depois do despejo de Fernando Collor, o radialista Milton Neves quis saber o que Lula achava do adversário escorraçado do gabinete presidencial por ter desonrado o cargo. “Você tem pena de Fernando Affonso Collor de Mello?”, pergunta o entrevistador no começo do áudio. Ouça a resposta de Lula.
“Tenho. Não é que eu tenho pena. Como ser humano eu acho que uma pessoa que teve uma oportunidade que aquele cidadão teve de fazer alguma coisa de bem para o Brasil, um homem que tinha respaldo da grande maioria do povo brasileiro, ou seja. E ao invés de construir um governo, construir uma quadrilha como ele construiu, me dá pena, porque deve haver qualquer sintoma de debilidade no funcionamento do cérebro do Collor.
Efetivamente eu fico com pena, porque eu acho que o povo brasileiro esperava que essa pessoa pudesse pelo menos conduzir o país, se não a uma solução definitiva, pelo menos a indícios de soluções para os velhos problemas que nós vivemos.
Lamentavelmente a ganância, a vontade de roubar, a vontade de praticar corrupção, fez com que o Collor jogasse o sonho de milhões e milhões de brasileiros por terra.
Mas de qualquer forma eu acho que foi uma grande lição que o povo brasileiro aprendeu e eu espero que o povo brasileiro, em outras eleições, escolha pessoas que pelo menos eles conheçam o passado político”.
Como informa a foto na abertura do post, os dois viraram amigos de infância. Collor continua o mesmo. E Lula também não mudou: só deixou de fingir que era o que nunca foi.
AUGUSTO NUNES
REV VEJA

O coadjuvante do espetáculo do cinismo volta ao palco como papagaio de pirata


Três convidados e três sem-ingresso dividem com Dilma Roussef a foto que mostra o começo do primeiro discurso como presidente eleita. Por solicitação da candidata vitoriosa, posam para a posteridade o vice Michel Temer, o companheiro José Eduardo Dutra e o acompanhante José Eduardo Cardozo. Os outros são penetras. Valeram-se de empurrões, cotoveladas e pontapés para alojar-se no espaço sempre diminuto reservado a essa maravilha da fauna política nativa: o papagaio de pirata.
Infiltrada entre Temer e Dilma, a prefeita Luizianne Lins capricha na expressão severa de quem veio de Fortaleza para testemunhar a leitura dos Dez Mandamentos pela voz de Moisés. Espremidas no fundo, há duas metades de rosto. A face esquerda pertence a Magno Malta, senador reeleito pelo PR capixaba. Pastor evangélico e pecador juramentado, ficou nacionalmente conhecido no escândalo dos sanguessugas. O dono da face direita é o enigma ainda por decifrar: se só é candidato a qualquer papel em qualquer novela de qualquer emissora, o que é que faz no retrato o ator José de Abreu?
Ele mesmo procurou esclarecer o mistério com um texto publicado no blog do Xexéo. O título é tão intrigante quanto a aparição em Brasília:Piratas, Papagaios, Torturas e Torturados. E tão amalucado quanto o texto, que começa por registrar o desconforto do articulista com a chuva de piadas que a foto inspirou. “A pior, exatamente de um humorista, o Gregório Duvivier, lançou meu nome (ainda bem que foi apenas o nome, não eu) para o Ministério da Figuração, logo eu que vivo fazendo novela das oito”, resmunga.
Com uma alusão cifrada a Dilma Rousseff, Abreu insinua em seguida que ficou na ribalta a pedido da estrela: “A verdade é que, naquele momento, quando tiraram os outros papagaios do palco e eu ia descer, uma mão firme me segurou, um olhar carinhoso cruzou com o meu e me senti estimulado a ficar. E fiquei”.  O resto do palavrório celebra o combatente triunfante:
Eu estava entre amigos, lutadores, como eu, da boa luta. E vitoriosos numa batalha onde golpes baixos eram lançados a toda hora, um aborto na canela, uma homofobia nas partes pudendas, um bispo protetor de pedófilo pisando no dedão… Terrorista, ladra, assassina, era o que se dizia dela, minha companheira de luta contra a ditadura, que de branda nada tinha. E tome machismo, preconceito, baixarias. Estava feliz e emocionado, a lembrar dos censurados, dos torturados, dos assassinados pelo terror de Estado.
E pensei:
— Melhor ser papagaio de pirata que pirata sem papagaio.”
Foi a segunda atuação de José de Abreu como coadjuvante de comédias políticas de péssimo gosto.  Se desta vez só havia mocinhos em cena, eram vilões assumidos todos os participantes do espetáculo de estreia, encenado no Rio em agosto de 2006, na casa do ministro Gilberto Gil. Sentado na primeira fila de cadeiras da sala de visitas, o presidente Lula, convidado de honra, ouviu o resumo da ópera feito pelo produtor de cinema Luiz Carlos Barreto. “A política é um terreno pantanoso, a ética é de conveniência”, disse Barretão. “Se o fim é nobre, os fins justificam os meios. O que eu acho inaceitável é roubar. Mentir é do jogo político. Não é roubo”.
Em campanha pelo segundo mandato, Lula sentiu-se entre companheiros. Sentiu-se entre cúmplices com a fala inicial do ator Paulo Betti: “Não vamos ser hipócritas: política se faz com mãos sujas”, recitou o ex-galã. “Não estou preocupado com a ética do PT”, solfejou o músico Wagner Tiso. “Acho que o PT fez um jogo que tem que fazer para governar o país”. O epílogo do espetáculo do cinismo ficou por conta do coadjuvante que, agora como papagaio de pirata, acusa as vítimas de práticas celebradas em 2006 na casa de Gilberto Gil. Foi ele o escalado para proclamar a inocência de José Dirceu, José Mentor e José Genoino, e a estender o braço solidário dos presentes aos três companheiros.
Todos Josés, como o ator. O Dirceu foi denunciado pela Procuradoria Geral da República e será julgado pelo Supremo Tribunal Federal por chefiar a quadrilha do mensalão. O Mentor ampliou notavelmente o prontuário como relator da CPI do Banestado e comparsa de Marcos Valério. O Genoino, uma das estrelas do mais superlativo escândalo da história da República, evadiu-se da presidência do PT depois que o assessor do irmão foi capturado com dólares na cueca. Abreu, o quarto José, mereceria a condenação ao ostracismo pelos brasileiros decentes se já não tivesse sido desde sempre condenado à obscuridade.
Os integrantes da tribo de José de Abreu são dependentess de patrocínios extorquidos de empresas estatais e favores concedidos pelo governo. Artistas e intelectuais estatizados se preocupam demais com as incertezas do futuro. É por isso que tantos envelhecem mal. Ou nem envelhecem: frequentemente passam, sem escalas, de moços a velhacos.
AUGUSTO NUNES
REV VEJA

A embromação da Carta Capital e da Record’, por Flavio Morgenstern


PUBLICADO NO SITE IMPLICANTE 
“Jornalismo é publicar algo que alguém não quer que seja publicado.
Todo o resto é publicidade.”
– George Orwell
FLAVIO MORGENSTERN
A Carta Capital publicou na capa dessa semana uma capa fictícia da revista Veja (uma capa dentro da capa), com uma foto de Roberto Civita, atual presidente da editora Abril, e a chamada: “O Nosso Murdoch”. A provocação tenta igualar Roberto Civita a Rupert Murdoch, que fechou um jornal no Reino Unido, o News of the World, após um escândalo revelar que o tablóide fazia escutas ilegais de políticos, celebridades e cidadãos comuns.
O assunto da Carta Capital é a Veja. A revista de Mino Carta apenas saiu do armário e admitiu que não tem muito mais do que falar. Ou alguém se lembra de algum escândalo que tenha sido descoberto pelo jornalismo investigativo da Carta Capital? Algum caso de corrupção flagrado por ela? Algum ministro derrubado?
Não é a primeira vez em que isso ocorre. Quando o escândalo dos aloprados veio à tona, todas as revistas cuidaram de publicá-lo na primeira página. Carta Capital, temendo ficar mal com seus asseclas, esperou, e publicou uma capa em que afirmava que o segundo turno das eleições havia sido produzido por uma “farsa” entre a tríada satânica, responsável por todos os males do mundo: o PSDB, a Veja e a Globo. Todo o busílis foi baseado no fato de que, quando o escândalo vazou, havia um carro do PSDB na frente do hotel antes mesmo de a imprensa lá chegar. É com esse tipo de “fato” que a Carta Capital faz “denúncia”.
A tática funciona. Ninguém, absolutamente ninguém no mundo lê Carta Capital para se informar, e sim para acreditar que não precisa se informar na imprensa maior de idade. A revista é apenas lida para se confirmar o que já se pensa. Seu público é de petistas e esquerdistas de quilates mais violentos. A revista, incapaz de produzir uma denúncia, cega aos trambiques de Brasília ou de qualquer lugar do país e do mundo, muda quanto a qualquer desvio de conduta do PT, funciona apenas para aqueles que querem continuar acreditando na ideologia iluminada da esquerda, e que não podem ler qualquer jornal sem o alto risco de não conseguir mais sustentar a crença na competência e honestidade vermelha.
Suas relações com o governo são desabridas. Suas páginas têm um percentual altíssimo de propaganda estatal ─ percentual absurdamente maior do que o que há em qualquer outra revista. Uma propaganda pode servir para apresentar um produto novo (as vendas do SWU dos pôneis no ano passado valem um curso de marketing), para vendê-lo diretamente (como os anúncios em nossa própria página, ali do lado) ou para firmar uma marca. Como muitas das empresas estatais não têm concorrência, ou ao menos não precisam jogar regras de mercado para se preocupar com elas, não há produtos novos e nem venda direta, resta este último artifício.
Porém, por que firmar tanto a marca de uma empresa às vezes sem concorrentes ─ vamos supor, uma hipotética grande estatal de petróleo? Quando a propaganda não tem retorno auferível em números, e o dinheiro escorre em mão única, é de muito mais bom alvitre compreender que a empresa só está fazendo “propaganda” para financiar uma revista que lhe ajude de volta, falando bem do governo ─ uma espécie de Diário Oficial do Partido, com diagramação de semanal e texto mastigadinho para o leitor médio. Se a artimanha ainda soa teórica, analisemos em números: a Carta Capital possui tiragem média de 75 mil exemplares (menor do que o número de alunos da USP). A Veja possui tiragem de 1,2 milhões. Se você quer “firmar a marca” da estatal de sua preferência (mesmo aquelas sem concorrência, como a empresa de postagem e a de petróleo), em qual das duas revistas vai apresentar a marca ao povão? Nenhum leitor da Carta estranha o fato de o governo que a revista do Mino tanto elogia preferir entupir suas páginas com uma porcentagem muito maior de propaganda estatal. Nunca é demais lembrar: a Carta Capital oferecia desconto em assinatura para filiados ao PT, e a mamata só acabou por denúncia. Da Veja.
Com uma tiragem tão ínfima, é natural que ninguém, fora quem acreditará no Partidão não importa o que a realidade diga, se preocupe com suas páginas. Há também o fator psicológico: Mino Carta já trabalhou com Civita, depois preferiu o reino mais rentável de bajular os adversários da Veja. Primeiro partiu para a defesa de Orestes Quércia, depois chegou no PT e na operação “a culpa é toda da mídia golpista”. Só um psicanalista sem mais o que fazer se preocuparia com a saúde e higiene mental das páginas da Carta Capital. Ou seja, sempre sobra para nós o trabalho paleontológico e pouco higiênico de descer às crostas do jornalismo do Reino Monera.
O nosso capachão
Em coluna de Maurício Dias, após um sem número de ilações e dislates pouco substanciosos sobre a Veja (a velha tática de afirmar generalidades como prova, à guisa de “a revista sapateia as regras do jornalismo”), há um clímax que ultrapassa muito as raias do delírio. Afirmando que “a imprensa brasileira, particularmente, tem assombrosos erros históricos” (erros históricos? alguma nasceu na data errada? alguma publicou algo antes de ela própria existir?), o “prontuário inclui, entre outros, a participação na pressão que levou Vargas ao suicídio, em 1954″. Tradução: se a imprensa faz pressão sobre uma figura pública, um governante, um presidente ou um ditador, ela, a imprensa, está cometendo um erro histórico. Onde já se viu uma coisa dessas?! Liberdade de imprensa não é liberdade para fazer pressão sobre ditadores ─ ainda mais se estes pedem pinico. A Carta Capital usa um argumento pior do que os lunáticos da FOX News, que atribuem à “mídia golpista da Costa Leste” o escândalo que derrubou Nixon. Deixando bem claro: Nixon, um dos piores presidentes do século, estava longe de ser um ditador como Getúlio Vargas.
Antes da “bombástica” matéria de capa, também a coluna do próprio Mino Carta, que exige um grau de leitura very hard, já tasca de cara que a  Mino também afirma que “a corporação é o próprio poder” (interpretem aí), “de sorte a entender liberdade de imprensa como a sua liberdade de publicar o que bem lhe aprouver. A distorcer, a inventar, a omitir, a mentir”. Descontando a velha ojeriza pela liberdade de imprensa dos outros, é o tipo de acusação que faz leitores da Carta Capital jurarem que provaram que sua nêmesis “distorceu, inventou, omitiu e mentiu”, sem apontar uma única linha que comprove o fato.
Ao marcar cada frase da reportagem principal passível de discussão em caneta vermelha, as páginas ficam mais vermelhas do que o jornal do PCO.
A tal reportagem, assinada por Cynara Menezes, afirma que “Veja serviu antes de tudo aos interesses políticofinanceiros (sic) de um grupo organizado de criminosos”. O fato é que Veja usou Cachoeira como fonte ─ o que denunciou a quadrilha do Ministério dos Transportes / Dnit que Dilma mesma acabou por demitir em massa. A quadrilha do Dnit era um aparelhamento de cima abaixo orquestrada por José Dirceu. Havia uma encrenca entre Dirceu e Cachoeira. Para denunciar Dirceu, Veja usou quem tinha as melhores fontes possíveis: seu arqui-inimigo. Alguém aí pensaria em fonte diferente? E por acaso, inverter a lógica também não funcionaria? Criticar Cachoeira acaso seria “servir aos interesses politicofinanceiros (bleaght) de Dirceu”? Ademais, Dirceu e Cachoeira estarem concorrendo em algo já não é vergonha demais pra um país só?
 Reportagem dessa mesma semana no semanário da Abril mostra fotos de Sérgio Cabral na esbórnia em hotéis caríssimos de Paris com Fernando Cavendish, presidente da construtora Delta, atolada, pode-se dizer literalmente, nas obras superfaturadas que forneceram o mar de dinheiro sujo que gerou todo o atual escândalo. As fotos foram publicadas no blog de Anthony Garotinho e de César Maia, ambos inimigos entre si, mas também inimigos de Sérgio Cabral na velha disputa pelo governo do Rio de Janeiro. Acaso Veja estaria “servindo antes de tudo aos interesses políticofinanceiros (sic)” de Garotinho e Maia? Devemos ignorar as fotos graças às fontes? Será que Carta Capital teria coragem de, ao invés de informar uma generalidade, com todas as fontes “melhores” que possui e o jornalismo investigativo de maior qualidade que julga praticar, afirmar claramente qual crime arrolado no Código Penal a revista Veja teria cometido? Tim Lopes, se sobrevivesse, deveria então ser investigado por uma CPI?
Seguem-se três longos parágrafos (cerca de 40% das primeiras 2 páginas de 5) de ilações sobre Rupert Murdoch. É uma comparação tão infundada que ultrapassa os limites da boa-fé. Murdoch praticou escutas ilegais. Veja tinha uma fonte que cagüetou falcatruas de um inimigo. Nenhuma atitude minimamente similar, que dirá qualquer crime, para haver tanta vontade de pechar Civita como “o nosso Murdoch”. Os que adoram criticar a Veja, por sinal, não se furtam a pegar opiniões de gente muy amiga dos chefões das falcatruas inimigas. Quantas vezes por aí você viu Luis Nassif, Vladimir Safatle, Paulo Henrique Amorim et caterva lado a lado a José Dirceu, em evento com dinheiro público , onde todos falam, justamente, sobre mídia? Quem pode dizer que “Nassif, Safatle e Paulo Henrique Amorim servem antes de tudo aos interesses politicofinanceiros de José Dirceu”? E não soa, assim, até crível tal hipótese?
A própria reportagem dá ensejo a tal idéia logo após. Os encontros de José Dirceu, ex-ministro todo poderoso apeado do cargo por ser considerado o “chefe da quadrilha” pelo Procurador Geral da República, aparece como vítima da “parceria Veja-Cachoeira”, quando Dirceu dá queixa na polícia após um repórter da revista tentar entrar no apartamento em que se hospedava em um hotel de Brasília.
A defesa do “chefe da quadrilha”, ao invés de mostrar alguma prova de algo, é prestar uma queixa contra um repórter meio atrapalhado? A reportagem ainda questiona: “qual a relevância da divulgação de encontros feitos à luz do dia em um local público da capital federal?” Ora, um hotel não é um local público, ou Dirceu não poderia dar queixa. E que relevância tem um ex-ministro envolvido em denúncias que somam 111 anos de prisão fazer encontros com o presidente da Petrobras, o ministro do Comércio Exterior, além de deputados do porte de Vaccarezza e senadores (dois do PSDB, pra quem acredita que é uma disputa partidária em jogo)? Não há nada de estranho nisso? Não há nada a estranhar de Dirceu ter sido contratado pela Delta como uma assessor empresarial da única empresa do ramo inteiramente baseada em contratos públicos? Aliás, da principal empresa do PAC, defendido tão aguerridamente pela Carta Capital?
Diz a Carta: “Cachoeira afirma que ‘arrumou uma fita’ para o repórter, mas não especifica como”. Fala que a “intimidade” do contraventor com o diretor da Veja Policarpo Jr. é “inegável”, pois o bicheiro em uma gravação o chama de “Poli”. Humm. Ouvindo a gravação por inteiro, vê-se que é Cláudio Abreu, executivo da Delta, quem fala sobre o “PJ”, e Cachoeira sequer entende de quem Abreu estava falando. A Record acredita que isso é um “apelido íntimo” que Policarpo ganhou… de Cachoeira.
Intimidade inegável? Pode até ser que houve intimidade, mas se isso é prova de intimidade, não quero imaginar quantos amigos íntimos tenho pela quantidade de pessoas que abreviam meu sobrenome. Por sinal, até a própria Carta admite que aVeja publicou em suas próprias páginas conversas de seu repórter com Cachoeira. Alguém que praticaria “toma lá dá cá” faria o mesmo?
Para a Carta, isso foi um “toma lá dá cá”. Misteriosamente, não houve menção nem na Carta Capital, nem na reportagem orquestrada por Paulo Henrique Amorim na Record, da reclamação de Cachoeira pela falta de contrapartida de Policarpo pelos favores que lhe prestou (embora tanto a revista de Mino quanto a Record não parem de repetir uma tal “troca de favores”). Como era mesmo o papo sobre “distorcer, inventar, omitir, mentir”?
Há informações completamente desconexas e sem provas, como Cachoeira “utilizar” a Veja para “promover” Demóstenes Torres. Se até a cúpula do PT acreditava na lisura de Demóstenes, qual a prova de que só a toda-poderosa Veja conseguiu passar sozinha tal imagem do senador? Que prova tem de que “a revista sabia das relações carnais (sic) de um senador com um contraventor, e não só não o denunciou, como o promoveu constantemente”? A primeira ligação de Demóstenes com Cachoeira surgiu, justamente, na Veja: mais especificamente no blog de Ricardo Setti. Ou foi o jornalismo investigativo politicamente correto da Carta Capital que descobriu alguma coisa?
Ultrapassa portanto o ápice do ridículo ler Carta Capital reclamando de “‘denúncias’ sem comprovação” (aspas do original), de “buscar o contraditório” (vão oferecer desconto em assinatura para filiados ao PSDB também?) e de fontes com “problemas legais” (e defender a teoria conspiratória da “farsa que levou ao segundo turno” em 2006 ao mesmo tempo). É apenas uma aleivosia que só converte os já convertidos, uma retórica malemolente que acha que citar Merval Pereira, que esmirilha de cabo a rabo tal acusação, e chamá-lo de “funcionário dos Marinho” depois é prova suficiente de que Merval está errado. Mas o mais divertido foi ver uma reclamação de “falta de capas” da Veja sobre o escândalo (embora tenha havido duas, e chamadas de capa em todas as últimas sete edições), no mesmo fim de semana em que a Veja publica uma curiosa capa desenhada (e, portanto, bem pensada e demorada) incriminando toda a turma de Cachoeira, situação e oposição, todos naufragando no mesmo barco. Quer dizer, alguns já sem barco.
Flavio Morgenstern  é redator, tradutor e analista de mídia. Está tentando ligar pro Cachoeira, mas o Nextel tá dando ocupado. No Twitter, @flaviomorgen 
AGUSTO NUNES
REV VEJA

BLOGUEIROS DO PT TERÃO ENCONTRO COM CUBANO PARA APRENDER COMO CENSURAR A IMPRENSA

O blog do atento Coronel, acaba de noticiar um fato insólito e paradoxal. Os ditos "blogueiros progressistas", também conhecidos como "blogueiros do esgoto", estão realizando um evento na Bahia destinado a debater estratégias para censurar a imprensa. Para isso chamaram um blogueiro cubano do Partido Comunista do Fidel Castro, para ensiná-los como calar a imprensa e acabar com a liberdade de expressão. Os blogueiros do esgoto financiados como dinheiro público pertencem, é claro, ao PT.
No próximo dia 25 de maio, os BlogProg, mais conhecidos como "esgotosfera", "JEG", ou "BESTA", estarão realizando mais um encontro, desta vez na Bahia do PT. Lá estarão palestrantes da estirpe de um Franklin Martins, um Paulo Henrique Amorim e um João Pedro Stédile. Convidados muito previsíveis que debaterão, pasmem!, a "democratização da comunicação".
O mais absurdo, no entanto, nem é a presença desta gente aí de cima, que deseja, efetivamente, estabelecer a censura da imprensa e o garroteamento do jornalismo decente deste país. O mais absurdo é que os organizadores trarão alguns convidados internacionais, entre eles um cubano chamado Iroel Sánchez, que falará sobre "liberdade de expressão" em Cuba. Ele tem um blog chamado "A Pupila Insone", que deve ser em brincadeira de mau gosto com a resistência cubana que dorme com um olho só, enquanto o outro espera que os agentes de Castro chutem a sua porta e os levem para as masmorras. Clique AQUI para ler TUDO
DO B. DO ALUIZIO AMORIM

Pegos com a boca na botija, os comandantes de robôs da Internet tentam reagir e, para variar, mentem desbragadamente! Ah, sim! NESTE POST,UMA ENTREVISTA EXCLUSIVA COM DEUS!

Que fossem analfabetos morais, já sabíamos. Parece, no entanto, que se trata mesmo de analfabetismo em sentido mais amplo. Reproduzi aqui, na manhã de sábado, trecho de reportagem da VEJA sobre grupos organizados que fraudam as regras de convivência entre os internautas na rede, em particular no Twitter.
Um post publicado naquele troço organizado por Luis Nassif — Nassif é aquele senhor que trabalha para a Radiobras e que já foi agraciado com um empréstimo feito pelo BNDES; deve ser em sinal de reconhecimento por sua independência — atribui a mim o que é uma reportagem da VEJA. Fala sobre a pacata dona de casa que seria a titular do perfil @lucy_in_sky_, que a reportagem diz ter sido usado como robô para replicar uma determinada mensagem.
Não é preciso ser um Schopenhauer que entende português para constatar que a reportagem da VEJA faz a distinção entre perfis que podem ser gerenciados por robôs, ainda que existam, e perfis falsos, criados só para fazer marola. Estes, no geral, não têm seguidores — ou contam com dois ou três. Em recentes twitaços comandados pela rede petralha, destacaram-se três perfis, com respectivamente, o seguinte número de seguidores: 1, 4 e 9!!! São os “perfis peões”. A reportagem informa que o tal @lucy_in_sky_ foi usado por robô, não que seja um peão. Um quadro de quase duas páginas trata justamente das diferenças. Logo, mentem duas vezes: a) quando atribuem a mim o que não escrevi; b) quando atribuem à revista VEJA o que ela não escreveu.
Ora, queridos, nesta manhã, escrevi um texto enorme justamente sobre a pistolagem na Internet. Assim, não me surpreendo que atribuam a mim reportagem que não é minha nem que atribuam à VEJA aquilo que não está escrito. A tarefa dessa gente é mentir. É paga pra isso.
O tal post na página de Nassif chega a entrevistar a suposta titular do perfil — que quer preservar a sua identidade, naturalmente. Um pingue-pongue com uma personalidade que prefere não mostrar o rosto nem revelar a sua identidade! Acontece! Acabo de entrevistar Deus, mas ele prefere não aparecer. Segue a íntegra.
BLOG - Senhor, o senhor é mesmo o Senhor?
DEUS -
Por quê? O senhor, que não é Senhor, tem alguma dúvida?
BLOG - Não, mas sabe como é a rede…
DEUS -
Não sei!

BLOG - Mas o senhor, Senhor, não é onisciente?
DEUS -
Sou, mas tudo tem limite. Não quero saber o que se passa no JEG…
BLOG - Não?
DEUS -
Não! Aquelas páginas são a distração daquele que vive me difamando por aí e sonhando em ocupar um dia o meu lugar.
BLOG - Quem? O…
DEUS -
Esse mesmo, o anhangá, o arrenegado, o brazabum, o cramulhano, o grão-tinhoso, o mofento, o porco-sujo, o tinhoso, o zarapelho…
BLOG - Que vocabulário, Senhor!
DEUS
- Consultei o Houaiss. E só usei alguns dos sinônimos…
BLOG - Ahnnn… Uma fotografia para provar que falei com Deus, nem pensar, né?
DEUS -
Iam dizer que é montagem. Desde aquele faraó teimoso do Egito, que insistia em competir comigo, pondo seus mágicos para fazer truques, sempre há gente tentando provar que não existo. Viu as consequências, né?
BLOG -
Vi, sim. Mas o senhor não acha, Senhor, que o fato de Moisés ser gago pode ter atrapalhado a conversa com o faraó?
DEUS -
Você acha que se ele fosse mais desinibido do que o Gabriel Chalita juntando os albinos da Tanzânia com Castro Alves, o outro lá teria mudado de ideia?
BLOG - Acho que não! O careca lá era fogo!
DEUS -
Que careca?
BLOG - O faraó!
DEUS -
Quem falou que ele era careca?
BLOG - Desculpe a confusão! É que, no filme “Os Dez Mandamentos”, o Yul Brynner…
DEUS -
Já sei! Aqueles efeitos especiais do mar se abrindo… Valha-me Eu Mesmo! Ainda bem que eu inventei o Spielberg para conferir mais realidade às fantasias de vocês…

BLOG - Tenho outras entrevistas a fazer. Obrigado pela atenção!
DEUS -
Você parece meio amuado…
BLOG - O senhor conhece aquela piada sobre comer a Sharon Stone na ilha deserta e  não poder contar pra ninguém?...
DEUS - Ainda fazem esse tipo de piada com o Sharon Stone? Sharon Stone é do meu tempo!!! Betsabá também…
(segue-se um longo silêncio)
BLOG - Senhor? Que é isso, Deus!? A Maria do Rosário vai acusar o senhor de machista!
DEUS -
E essa, então, com esse nome… Conforme-se, meu filho! Se você disser que falou com Deus, vão achar que você é maluco. Se tirar uma foto ao meu lado, além de ninguém acreditar, vão dizer que você está querendo ser mais importante do que o Lula…

BLOG - Grande coisa! Lula vive tentando tomar o Seu lugar.
DEUS -
Ah, ele não é o primeiro. Aquele cheio de sinônimos vive tentando isso eternidade afora. Volta e meia aparece um novato.
BLOG - Vou publicar a entrevista mesmo assim!
DEUS -
Aqueles que lêem o que você chama JEG vão acreditar… Se ironia fosse capim, o capim teria sido extinto no mundo. Eles teriam comido tudo.
BLOG - É parte de Sua obra, lamento lembrar!
DEUS -
Errado! Eu inventei os manjares, e o outro lá inventou a má digestão. Eu inventei a imprensa, e o outro lá inventou o JEG.
BLOG - E o resultado dessa luta?
DEUS -
Pergunte ao faraó.
Por Reinaldo Azevedo
REV VEJA

Procuradoria defende perda de mandato de Chalita por infidelidade partidária

A vice-procuradora-geral Eleitoral, Sandra Cureau, enviou ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) um parecer defendendo que o deputado Gabriel Chalita (PMDB-SP) perca seu mandato na Câmara por infidelidade partidária.
Chalita, que é pré-candidato à prefeitura de São Paulo, trocou de partido em maio do ano passado -- do PSB para o PMDB. Uma resolução do TSE, já julgada constitucional pelo Supremo Tribunal Federal, proibiu o troca-troca partidário, mas abriu algumas exceções, como a criação de novo partido ou perseguição pessoal.
Em sua defesa, Chalita argumentou, entre outras coisas, que foi perseguido pelo PSB.
Segundo ele, o partido teria se comportado da seguinte maneira: prometeu apoiar sua candidatura ao Senado em 2010, mas não cumpriu com o combinado; depois de eleito deputado, não foi escolhido para ocupar a liderança do PSB na Câmara; enão foi indicado para presidir a comissão que cabe ao partido.
Para Cureau, no entanto, tais fatos não configuram perseguição. "O fato de o recorrido não ter sido agraciado com posições que considera de destaque decorre da existência de disputas políticas normais no ambiente partidário, principalmente considerando que o partido em questão possui uma bancada de 29 deputados federais em exercício".
A vice-procuradora-geral também rebate o argumento de Chalita de que ele obteve expressiva votação, "superior ao quociente eleitoral".
"No direito eleitoral brasileiro não existem candidaturas autônomas. Não há possibilidade de que um candidato se eleja, sem estar vinculado a partido e sem que seja nominalmente escolhido em convenção".
O pedido contra Chalita foi feito pelo primeiro suplente do PSB na Câmara, Marco Aurélio Ubiali, e o relator do caso é o ministro Gilson Dipp. Não há definição sobre a data do julgamento.
DA FOLHA.COM

PARA "NUNCA" ESQUECER!!! : Serraglio: 'Não admito ouvir que o mensalão não existiu'


Relator da CPI dos Correios fala das dificuldades que enfrentou à época das investigações - e da pressão para que a comissão terminasse em pizza

Carolina Farina
Osmar Serraglio, deputado federal do PMDB-PR: 'As provas estão todas lá'
Osmar Serraglio, deputado federal do PMDB-PR: 'As provas estão todas lá' (Ana Araújo)
A condenação dos mensaleiros seria o coroamento da ideia de que, no Brasil, não é tão simples sair com sacolas de dinheiro para cima e para baixo
Quando foi escolhido para a relatoria da CPI dos Correios, em 2005, o deputado Osmar Serraglio (PMDB) estava em seu segundo mandato - e jamais havia participado de uma Comissão Parlamentar de Inquérito no Congresso. Inexperiente e integrante da base, o parlamentar parecia ter o perfil ideal para conduzir as investigações a lugar nenhum: justamente onde o governo queria que terminassem. Mas não foi o que se viu. Os trabalhos da CPI resultaram não apenas na cassação de figuras de proa do PT envolvidas no mensalão, como José Dirceu, como também serviram de base para a denúncia entregue pela Procuradoria-Geral da República ao Supremo Tribunal Federal, em 2006. Seis anos após o término dos trabalhos, o deputado guarda vivas na memória as artimanhas que precisou driblar para que a investigação não terminasse em pizza. E seu calmo semblante endurece à simples menção sobre as negativas da existência do mensalão: “As provas estão todas lá. Não inventamos nada”, afirma. Confira a seguir a entrevista concedida pelo parlamentar ao site de VEJA, em seu gabinete em Brasília.
Quais foram as principais dificuldades? Um dos maiores entraves à investigação era a dificuldade que tínhamos quando solicitávamos material a setores alvo da investigação, como o Banco do Brasil. Muitas vezes as informações solicitadas não chegavam a nós, ou vinham truncadas. Certa feita entramos em conflito com o BB, durante a apuração do esquema da Visanet, e ameaçamos ir a público informar que nosso trabalho estava sendo dificultado pela instituição. Mais tarde, o próprio banco acabou abrindo uma auditoria e comprovou as fraudes que já havíamos apurado. Outros problemas eram os depoimentos de acusados de envolvimento no esquema, que só respondiam àquilo que queriam.
Havia também entraves políticos ao trabalho? Sim. Um dos principais era a aprovação dos requerimentos necessários para as investigações. Muitas vezes, quebras de sigilo e depoimentos a de certas pessoas eram simplesmente negados. Precisávamos negociar cada requerimento com base e oposição. Portanto, os trabalhos não eram abertos e independentes como prevê a força de uma CPI. Mas os problemas começaram, de fato, quando perceberam que a comissão não seria chapa-branca. A partir daí foi criada a CPI do Mensalão, que nos deixou sem competência legal para investigar o esquema. Passamos a apurar somente a origem do dinheiro - e não mais sua destinação. Percebemos que a intenção era fazer com que nossa investigação não chegasse a lugar algum.
O senhor era, até então, um parlamentar sem experiência em CPI. Sentiu-se pressionado durante os trabalhos? Eu nunca havia participado de uma CPI, mas tinha conhecimento do procedimento e da parte jurídica de uma investigação do tipo. Levei mais de 24 horas para aceitar o convite para a relatoria da comissão. Fui pessoalmente pressionado por alguns dos investigados, mas prefiro não dizer por quais. As evidências de avolumaram de tal modo, porém, que não era possível aliviarmos para ninguém. As provas já estavam constituídas.
Quando aceitou o cargo, fazia ideia da proporção que o caso tomaria? Não, até porque tudo isso começou para investigar a corrupção nos Correios e só a partir da entrevista de Roberto Jefferson para a Folha de S. Paulo é que passamos a apurar o mensalão. Então as coisas ficaram difíceis. Exigiram até mesmo um relatório parcial das investigações – algo inédito na história Congresso. Pois mesmo parcial esse relatório resultou em diversas cassações e contribuiu para embasar a denúncia da Procuradoria-Geral da República ao STF.
O que pensa quando ouve que o mensalão não existiu? Não admito que se diga isso. Em matéria de provas, nossa CPI foi muito consistente. Relatamos as evidências que colhemos - não inventamos nada.
Acredita que o trabalho da CPI vai contribuir para uma eventual condenação dos mensaleiros no STF? Claro que sim. Tanto é que a Procuradoria-Geral da República baseou-se em muitos dados que colhemos para apresentar sua denúncia ao Supremo. Falar a uma CPI tem o mesmo efeito que falar em juízo. Além disso, há muitas apurações que foram feitas pela Polícia Federal a nosso pedido. Todas as provas estão com os ministros do STF.
E o que o senhor espera desse julgamento? Espero Justiça e o reconhecimento de que nosso trabalho não foi uma banalidade. A comissão não feitapara o deleite dos parlamentares, assim como o relatório não foi uma produção apenas minha, mas de todos os colegas que participaram da investigação. O relatório de uma CPI é, em matéria de prova, algo muito consistente. Por isso, se nada for feito, estaríamos diante de um incentivo à impunidade, do reconhecimento de que vale a pena ser malandro. A condenação dos mensaleiros seria o coroamento da ideia de que, no Brasil, não é tão simples sair com sacolas de dinheiro para cima e para baixo.
Como um parlamentar da base que investigava nomes fortes do PT, o senhor enfrentou problemas com seus colegas? Hoje só tenho problemas quando meus colegas reavivam essa chaga, mas são como as rusgas com adversários políticos: fazem parte do jogo.
Tais rusgas chegaram a atrapalhá-lo? Não, hoje sou vice-líder o governo na Câmara, o que prova que ninguém me discriminou. Pelo contrário, valorizaram meu trabalho.
E como avalia esse movimento coordenado de negação do mensalão? Tenho apenas uma convicção: a de que o mensalão marcou, sim, a história do país. Não fosse esse escândalo e o Brasil não teria Dilma Rousseff como presidente da República. Afinal, foi com a queda de Dirceu – o então super-ministro de Lula – que ela passou das Minas e Energia para a Casa Civil. Tampouco Lula teria sido o presidente que foi. O ex-presidente só conseguiu se livrar da sombra de Dirceu com a eclosão do escândalo - e com o surgimento das evidências de que seu “primeiro-ministro” estava ligado ao esquema. Talvez por isso muitos tenham raiva de mim, mas minha CPI fez um bom trabalho...
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Leia no blog de Reinaldo Azevedo:Essa mentira organizada, deliberada, financiada, é, sim, característica típica desses nove anos de poder petista, especialmente depois que estourou o caso do mensalão, e Franklin Martins, que VEJA classificou certa feita de “ministro da Supressão da Verdade”, foi o seu artífice. Decidiram armar uma “guerra contra a mídia” porque esta, supostamente, era negligente ao noticiar as conquistas do governo, o que é uma deslavada mentira. Ao contrário: o noticiário colaborou, e muito — nem sempre com muita atenção aos fatos, a meu ver — para construir a reputação positiva das gestões petistas. E isso continua verdade com Dilma Rousseff. Nota à margem: há setores do petismo que até acham que a imprensa elogia a presidente em excesso. Lula já sugeriu que os veículos de comunicação agem assim só para tentar indispô-la com ele… Sabem como é este senhor, com o seu umbigo sempre maior do que o cérebro
DO DILMA ENCICLOPEDIA