segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Malafaia não cai no truque primário do PT-SP e de parte da imprensa e separa alhos de bugalhos, dizendo, como sempre, o que pensa — concordem ou não com ele

Tentaram envolver o pastor Silas Malafaia numa trapaça óbvia, comparando o material produzido pela Secretaria de Educação de São Paulo contra várias formas de preconceito ao kit gay do MEC, elaborado na gestão Haddad. Reportagem publicada pela Folha Online não hesitou: afirmou que “Serra distribuiu” (sic) material semelhante ao kit gay. Nota: a Folha nunca atribuiu o material do MEC a Haddad pessoalmente. Sigamos.
Como o pastor Malafaia gravou um vídeo em apoio à candidatura Serra, começou uma cobrança para que, acreditem!, retirasse o seu apoio ao tucano — que é dele, pessoal, não da sua igreja. Igreja não vota, como ele meso destacou. E ele gravou um novo vídeo dizendo o que pensa e reafirmando o apoio a Serra, deixando claro que não concorda com todos os aspectos do material preparado pela Secretaria de Educação. Eu também não concordo, diga-se. As minhas restrições são diferentes das dele. Ocorre que estamos entre aqueles capazes de tolerar a divergência — o que não é verdade no mundo petralha. Segue o novo vídeo. Volto em seguida.
Voltei
No vídeo, como vocês viram, Malafaia faz referência ao senador Lindberg Farias (PT-SP) a partir dos 50 segundos. Esclareço do que ele está falando reproduzindo parte de uma post que escrevi aqui no dia 5 de abril deste ano:
Comecemos pelo lead, pela notícia do dia, porque o início dessa história está lá atrás, em junho do ano passado. Já conto. O Setorial LBGT (lésbica, gays, bissexuais e transgêneros) do PT divulgou nesta quinta uma nota de repúdio ao senador do partido Lindberg Farias (RJ). O que ele fez? Num discurso em plenário, solidarizou-se com o pastor Silas Malafaia, da Assembleia de Deus, que está sendo acusado de homofobia pelo Ministério Público Federal. Mas o que fez, afinal de contas, o pastor? Então agora é preciso recuar a junho do ano passado.
O tema da marcha gay de 2011, em São Paulo, a maior do país, fazia uma óbvia provocação ao cristianismo: “Amai-vos uns aos outros”. Nem eles nem os cristãos são ingênuos, não é? O “amar”, no caso, assumia um conteúdo obviamente “homoafetivo”, como eles dizem. Como provocação pouca é bobagem, a organização do movimento espalhou na avenida 12 modelos masculinos, todos seminus, representando santos católicos em situações “homoeróticas”.
Tratava-se de uma agressão imbecil a um bem, destaque-se, protegido pela Constituição. Na época, escrevi:
“Sexualizar ícones de uma religião que cultiva um conjunto de valores contrários a essa forma de proselitismo é uma agressão gratuita, típica de quem se sente fortalecido o bastante para partir para o confronto. Colabora com a causa gay e para a eliminação dos preconceitos? É claro que não! (…) Você deixaria seu filho entregue a um professor que achasse São João Batista um, como posso dizer, “gato”? Que visse São Sebastião e  não resistisse a o apelo ‘erótico’ de um homem agonizante, sofrendo? O que quer essa gente, afinal? Direitos?”
Ah, sim: a proposta então, não sei se levada a efeito, era distribuir 100 mil camisinhas que trouxessem no invólucro a imagem dos “santos gays”. A hierarquia católica fez um muxoxo de protesto, mas nada além disso. Teve uma reação notavelmente covarde. O sindicalismo gay reivindique o que quiser! Precisa, para tanto, agredir a religião alheia? Embora, por óbvio, não seja católico, Malafaia reagiu em seu programa de televisão. Afirmou: “É para a Igreja Católica entrar de pau em cima desses caras, sabe? Baixar o porrete em cima pra esses caras aprender. É uma vergonha!” Ele acusou os promotores do evento de “ridicularizar os símbolos católicos”. Teve, em suma, a coragem que faltou à CNBB!
Pois é. O Ministério Público viu na sua fala incitamento à violência!!! Ah, tenham paciência, não é? O sindicalismo gay tem de distinguir um “pau” que fere de um “pau” metafórico — ou “porrete”. Alguém, por acaso, já viu católicos nas ruas, em hordas, a agredir pessoas? Isso não acontece em nenhum lugar do mundo! O contrário se dá todos os dias: o cristianismo, nas suas várias denominações, é a religião mais perseguida do mundo, especialmente na África e no Oriente Médio. E, no entanto, não se ouve um pio a respeito. A “cristofobia” é hoje uma realidade inconteste. A homofobia existe? Sim! Tem de ser coibida? Tem! Mas nem as vítimas desse tipo de preconceito têm o direito de ser “cristofóbicas”!
É evidente que “baixar o pau” ou “porrete”, na fala do pastor, acena para a necessidade de uma reação da religião agredida — legal, se for o caso. É uma metáfora comuníssima por aí afirmar que alguém decidiu pôr outrem “no pau”, isto é, processá-lo: “Fulano pôs a empresa no pau”, isto é, “entrou com um processo trabalhista”. Os cristãos, no Brasil, não agridem ninguém. Mas são, sim, molestados, a exemplo do que se viu há dias numa manifestação contra o aborto. Faziam seu protesto de modo pacífico, sem agredir ninguém, quando o ato foi invadido por um grupo de abortistas. Estes queriam o confronto, a agressão. Ganharam uma oração.
A ação contra Malafaia, na verdade, tem um alcance maior. Ele é um dos mais notórios críticos da tal lei que criminaliza a homofobia — e que, de fato, avança contra a liberdade de expressão e a liberdade religiosa. Os que cultivam os valores da democracia não precisam, no entanto, concordar com o que ele diz para reconhecer seu direito de deixar claro o que pensa.
Vejam como autoritarismo e hipocrisia se cruzam nesse caso. Os agressores — aqueles que levaram os “santos gays” para a avenida — se fazem de vitimas e, em nome da reparação a um suposto agravo, querem punir um de seus críticos. É um modo interessante de ver o mundo: os sindicalistas do movimento gay acham que, em nome da causa, tudo lhes é permitido. E aqueles que discordam? Ora, ou o silêncio ou a cadeia!
É assim que pretendem construir um mundo melhor e mais tolerante.
Encerro
A ação contra Malafaia não foi nem julgada. Foi apenas extinta, tão absurda era ela, pois se tratava de uma óbvia agressão à liberdade de expressão. A propósito: quem agrediu um bem protegido pela Constituição — valores religiosos — foi o movimento gay. Malafaia apenas havia exercido um outro bem protegido pelo Artigo 5º: o direito de se expressar. 
Quanto a questão do dia, dizer o quê? Tentaram tratar Malafaia como um ingênuo, procurando forçá-lo a retirar o apoio a Serra ao igualar alhos com bugalhos. Mas ele não caiu no truque e estabelecer as devidas distinções.
Por Reinaldo Azevedo

VÍDEOS DA CAMPANHA DE JOSÉ SERRA BOMBANDO NAS REDES SOCIAIS. VEJAM:


O site da campanha de José Serra para a prefeito de São Paulo começou a bombar nas redes sociais nesta reta final do segundo turno. O fato do PT tentar de todas as formas vencer em São Paulo tendo por objetivo livrar-se da nódoa do mensalão começa a virar o jogo da eleição paulistana.
Durante o lançamento de seu Plano para São Paulo, realizado no centro da capital paulista, diversas lideranças tucanas se pronunciaram atacando duramente a manobra petista comandada por Luiz Inácio, o ex-Lula e qualificaram o candidato lulístico Haddad como um "estagiário", enquanto José Serra fulminou: "Nós somos da turma do NÃO MENSALÃO.
O vídeo acima está entre outros que começam a ser veiculados pelos apoiadores de Serra nas redes sociais. A campanha esquenta. Clique aqui para ver o site de campanha de Serra.
DO ALUIZIO AMORIM

A raiz do mensalão

Pode até ser que o mensalão não impeça o PT de vencer a eleição para a prefeitura de São Paulo, como indicam as primeiras pesquisas, mas me parece inegável que o partido sofrerá a médio prazo os efeitos de seu desprezo pelas regras éticas na política

O PT nasceu defendendo justamente um novo modo de fazer política e foi assim que chegou ao poder, mesmo que no período anterior à eleição de 2002 já estivesse envolvido em diversas situações nebulosas nas prefeituras que vinha governando.
Os assassinatos de Celso Daniel, prefeito de Santo André, e Toninho do PT, prefeito Campinas, são dois exemplos da gravidade dos problemas que envolviam o PT já antes de chegar ao poder central do país, com irregularidades em serviços como coleta de lixo e distribuição de propinas para financiamento de eleições.
Quando o escândalo do mensalão eclodiu, em 2005, dois dos fundadores do PT, o cientista político César Benjamin e o economista Paulo de Tarso Venceslau, revelaram os bastidores da luta de poder dentro do partido nos anos 90 do século passado, ocasião que eles identificam como o "ovo da serpente" no qual teria sido gestado esse projeto de poder que acabou desaguando nas práticas de corrupção.
Coordenador da campanha de Lula a presidente em 1989, Benjamin garantiu que "o que está aparecendo agora é uma prática sistêmica que tem pelo menos 15 anos no âmbito do PT, da CUT e da esquerda em geral. Nesse ponto, a responsabilidade do presidente Lula e do ex-ministro José Dirceu é enorme".
O episódio do mensalão seria o desdobramento de uma série de práticas que começaram na gestão do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) no fim dos anos 90, quando Delúbio Soares foi nomeado representante da CUT na gestão do fundo. Esse tipo de prática, segundo César Benjamin, deu "ao grupo do Lula" uma arma nova na luta interna da esquerda. O esquema de Marcos Valério foi apenas um upgrade na prática de desvio de verbas públicas para financiar campanhas eleitorais.
"Esse esquema pessoal do Lula começou a gerenciar quantidades crescentes de recursos, e isso foi um fator decisivo para que o grupo político do Lula pudesse obter a hegemonia dentro do PT e da CUT", disse Benjamin.
Paulo de Tarso Venceslau, companheiro de exílio do ex-ministro José Dirceu, foi expulso no começo de 1998 depois de denunciar um esquema de arrecadação de dinheiro junto a prefeituras do PT organizado pelo advogado Roberto Teixeira, compadre do presidente Lula, na casa de quem morou durante anos.
Um relatório de investigação interna do PT, assinado por Hélio Bicudo, José Eduardo Cardozo, hoje ministro da Justiça do governo Dilma, e Paul Singer, concluiu pela culpa de Teixeira, mas quem acabou expulso do partido foi Venceslau.
Ele identifica esse episódio como o momento em que "Lula se consolida como caudilho, e o partido se ajoelha diante dele". Para ele, "um caudilho com esse poder, um partido de joelhos e um executor como o Zé Dirceu só podiam levar a isso que estamos vendo hoje", garantiu Venceslau.
Segundo ele, na entrevista daquela ocasião, "evidentemente que Lula não operava, assim como não está operando hoje, mas como ele sabia naquela época, ele sabe hoje, sempre soube".
A reação do PT ao julgamento do mensalão tem obedecido a uma oscilação que depende dos interesses políticos do partido. Da reação inicial de depressão e pedido de desculpas à afirmação de que o mensalão não passava de caixa dois eleitoral, o então presidente recuperou forças para se reeleger.
A partir daí, o mensalão passou a ser "uma farsa". Agora, que o esquema foi todo revelado à opinião pública, o PT diz que o julgamento é golpe dos setores reacionários contra um governo popular.
O que importa é vencer a eleição em São Paulo, comandada por José Dirceu, como sempre comandou.
O mensalão não terá a menor influência no eleitorado, diz o imediatista Lula, que pensa na próxima eleição sem pensar na próxima geração.
Os ensinamentos que o episódio poderia proporcionar ao partido, permitindo que recuperasse o rumo que, pelo menos em teoria, era o seu ao ser fundado, vai sendo engolido pelo pragmatismo que levou o PT aonde está hoje: no poder, mas em marcha batida para se transformar em mais uma legenda vulgarizada pela banalização da política.

 POR MERVAL PEREIRA - O GLOBO

Serra prefeito: Começa a arrancada final rumo à vitória!

O programa eleitoral do futuro prefeito de São Paulo do dia 15/10/2012

São Paulo inteira quer Serra: contrariando os institutos de pesquisas, Serra foi o grande vitorioso do 1º turno, com quase 1,9 milhão de votos! O candidato tem o apoio de 31 dos 55 vereadores eleitos e de 11 partidos, incluindo o PTB de D’Urso, vice de Russomanno; do PDT, de Paulinho da Força; e do PPS, de Soninha Francine.

Não vote em candidato de partido mensaleiro e corrupto. PT nunca mais!
DO ABOBADO

Dez anos depois, o Supremo identifica e condena os roedores da bandeira

Por Augusto Nunes
Foi Duda Mendonça, quem diria, quem concebeu o comercial destinado a reforçar, enquanto a campanha presidencial de 2002 não começava, a falácia que promovia o PT a detentor do monopólio da ética. Veiculado insistentemente na TV, o vídeo em que ratos roem a bandeira brasileira foi considerado um exemplo de propaganda eleitoral eficaz.
Depois do mensalão, transformou-se num caso exemplar de propaganda enganosa e em prova material de estelionato político. Neste outubro, pode produzir um formidável tiro pela culatra. Basta que os candidatos da oposição divulguem no horário eleitoral a peça publicitária ─ sem identificar quem a encomendou. Os espectadores saberão associar os bichos às pessoas.
Lula vai berrar nos palanques que, com inveja do sucesso do metalúrgico que virou presidente sem estudar, FHC resolveu compará-lo a um roedor. Dilma Rousseff vai gaguejar outro besteirol incompreensível. O PT vai pedir ao Tribunal Superior Eleitoral que proíba a exibição da ignomínia. Fernando Haddad vai recitar que José Serra descambou de vez para o terreno da ofensa pessoal.
Em contrapartida, Duda Mendonça vai ficar com fama de vidente: em 2002, adivinhou como estaria o Brasil no fim de 2012.

DO R.DEMOCRATICA

Mensalão: STF já condenou corruptos, faça sua parte


Não nos esqueçamos:
o mensalão é somente uma engrenagem no mecanismo da criminologia petista.
Ainda falta muito.

Rodrigo Scheuer
  DO 15/10/2012

Relator do mensalão condena Duda e sócia por lavagem de dinheiro

Eles foram absolvidos de uma outra acusação de lavagem de dinheiro
Também foram inocentados de remessa ilegal de dinheiro para o exterior

Por Fabiano Costa, Mariana Oliveira e Nathalia Passarinho
Portal G1
O relator do processo do mensalão, ministro Joaquim Barbosa, condenou nesta segunda-feira (15) o publicitário Duda Mendonça e sua sócia, Zilmar Fernandes, pelo crime de lavagem de dinheiro. Antes, os dois haviam sido absolvidos de uma outra acusação de lavagem e do delito de evasão de divisas.
A primeira acusação de lavagem, pela qual eles foram absolvidos, se refere a cinco retiradas de agência do Banco Rural que totalizaram R$ 1,4 milhão em espécie. A segunda acusação de lavagem de dinheiro, que resultou na condenação, se refere a 53 operações de envio de recursos para o exterior por meio da offshore Dusseldorf, de propriedade de Duda Mendonça.
Marcos Valério, seu sócio Ramon Hollerbach, além de Simone Vasconcelos, ex-diretora das agências do grupo, foram condenados por evasão de divisas. Também foram condenados pelo delíto a ex-presidente do Banco Rural Kátio Rabello, e o ex-vice-presidente José Roberto Salgado. Foram absolvidos dos crime de evasão de divisas Cristiano Paz, Vinicius Samarane e Geiza Dias.
A lavagem de dinheiro é delito que consiste em tentar dar aparência de legalidade a dinheiro proveniente de atividade criminosa, enquanto evasão de divisas significa realizar operação de câmbio não autorizada com o objetivo de tirar dinheiro do país.
De acordo com o Ministério Público, os dez réus no item da denúncia que trata de evasão de divisas enviaram de modo ilegal para Miami R$ 11 milhões recebidos do PT por Duda Mendonça. O publicitário foi responsável pela campanha presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva em 2002. De acordo com o Ministério Público, o pagamento pelo serviço teria sido feito por meio de mecanismos de lavagem de dinheiro e evasão de divisas.
Duda e sócia
Ao ler o voto, o ministro Joaquim Barbosa ressaltou que a sócia de Duda Mendonça, Zilmar Fernandes, sacou em cinco vezes o valor de R$ 1,4 milhão em espécie no Banco Rural.
Barbosa citou depoimento de Marcos Valério, apontado como o operador do esquema de compra de votos no Congresso, no qual Valério destaca que o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares determinou que ele fizesse repasse de recursos a Duda Mendonça.
O relator afirmou, contudo, que não há provas de que o publicitário e Zilmar Fernandes sabiam da ocultação de dinheiro. Por conta disso, absolveu-os da acusação de lavagem de dinheiro. “Entendo que há dúvida razoável sobre se Duda Mendonça e Zilmar Fernandes tinham conhecimento dos crimes antecedentes [praticados pelo grupo de Marcos Valério e pela cúpula do Banco Rural].”
Segundo Barbosa, Zilmar sacou o dinheiro porque era beneficiária dos valores. “Valores sacados por Zilmar Fernandes, em última análise, também lhe pertencia. Ela, portanto, não era terceira pessoa, subalterna, utilizada pelo beneficiário direto para retirar esses valores diretos e esconder a identidade do real beneficiário.”
O relator destacou, porém, que, “ao que tudo indica, o objetivo final de Duda e Zilmar era, tão somente”, recorrente da dívida dos serviços que prestaram ao PT.”
O relator disse ainda que Zilmar e Duda podem ter praticado sonegação de tributos, mas não lavagem. “Assim, analisando todo esse contexto, não há como afirmar que ambos integraram a quadrilha a que se referem esses atos. É até possível dizer que Duda e Zilmar tinham o objetivo de sonegar tributos, porém, eles foram denunciados nesse ponto tão somente por lavagem de dinheiro, mas não por sonegação.”
Em relação ao crime de evasão de divisas, o relator afirmou que “impõe-se também a absolvição de Duda Mendonça e Zilmar Fernandes”. Segundo ele, os autos mostram que os réus mantiveram valores superiores a 100 mil dólares na conta no exterior, valor que, por lei, deve ser declarado para o Banco Central. No entanto, disse Barbosa, no dia em que deveriam ter declarado os valores ao BC, o saldo era de apenas 573 dólares.
O relator afirmou que existe uma circular do Banco Central que determina que os valores a serem declarados devem ser os constantes no dia 31 de dezembro. Para ele, isso abre brecha para que brasileiros mantenham recursos no exterior sem que isso seja crime. Embora tenha votado pela absolvição, Joaquim Barbosa disse que o plenário deve decidir.
“Eu submeto essa questão ao plenário para deliberação. [...] Não há dúvida de que mantiveram valores superiores a 100 mil dólares no exterior de maneira sem declaração. Acontece que há circulares, que são normas em aberto, normas que fixam balizas, dizem quais datas para parâmetro de observação se a pessoa deteve valores no exterior.”
(…)
15/10/2012
DO R.DEMOCRATICA

Pastor discorda de Chalita e dá apoio a José Serra

Presidente da Assembleia de Deus no Brás - Ministério Madureira, o pastor Samuel Ferreira, que esteve no 1.º turno com Gabriel Chalita (PMDB), agora embarcado na campanha de Fernando Haddad (PT), declara neste 2.º turno apoio a José Serra (PSDB). O motivo? As posições da senadora Marta Suplicy (PT-SP), hoje ministra da Cultura, em relação a temas morais. "A Marta pensa o avesso do que a igreja pensa. A Marta defende o aborto com alma e corpo. Nós não. A Marta pensa em relação ao movimento LGBT como nós não pensamos", diz, em entrevista ao Estado. "Onde a Marta está não dá para a gente estar."
Apesar das críticas, Ferreira afirma que continua dando "grande apoio" à presidente Dilma Rousseff, mesmo com Marta em seu ministério. "A presidente tem um jeitinho especial de trabalhar com a Marta", diz.
O pastor se reuniu na semana passada com Serra, o prefeito Gilberto Kassab (PSD) e o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP). Do candidato, diz ter obtido o compromisso de que criará uma comissão "de alto nível" para estudar a flexibilização da expedição de alvarás para as igrejas. "O Serra ficou de, assim que ganhar, levantar essa comissão."
Embora diga que o pastor Silas Malafaia "não fala por todos os evangélicos" quando ataca Haddad por causa do chamado "kit gay", o líder da Assembleia de Deus no Brás afirma que o produto encomendado pelo Ministério da Educação é uma "grande lástima" e que as explicações dadas pelo petista até agora são "absolutamente insatisfatórias".
"Agora ninguém quer ser pai dessa desgraça. O que posso te garantir é que o Serra não é o pai", disse. "O Ulysses Guimarães dizia que quando a gente começa tendo que explicar, já está tudo errado. Mas há momentos em que fugir da explicação é pior. Seria muito útil que ele (Haddad) explicasse".
Segundo Ferreira, o material só não foi distribuído porque os evangélicos pressionaram Dilma. / F.G e B.B.
DO ESTADÃO