domingo, 21 de abril de 2019

"Os cúmplices do STF" Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/colunistas/guilherme-fiuza/os-cumplices-do-stf/ Copyright © 2019, Gazeta do Povo. Todos os direitos reservados.


"por Guilherme Fiúza [ 21/04/2019 ] [ 14:16 ] Atualizado em [ 21/04/2019 ] [ 14:16 ]"
Foto: Pixabay


"Alexandre Toffoli e Dias de Moraes, ou vice-versa, a dupla caipira que jogou o Brasil em mais um debate inútil, não está sozinha. O debate é inútil porque ataque de pelanca não é ameaça à liberdade de expressão. E a dupla não está sozinha porque a construção do cenário para a bravata autoritária teve a contribuição de muita gente boa (sic).

Na campanha eleitoral de 2018 os justiceiros Luiz Weber e Rosa Fux, ou vice-versa, declararam que um caso comprovado de fake news poderia anular a eleição. Você sabe do que eles estavam falando, né? Não sabe? Explicamos então: essa fake news aí não tem nada a ver com notícia falsa.

Era apenas uma cópia vagabunda da estratégia eleitoral norte-americana para transformar Hillary Clinton em vítima do fascismo imaginário. Em outras palavras: tudo que não viesse da imprensa mergulhada até o pescoço na campanha da candidata do imaculado Obama era fake news. Estão até hoje gritando que a derrota foi um golpe do WhatsApp em conspiração com a Rússia, ou vice-versa. O inquérito provando que não houve conluio acaba de ser concluído, mas não interessa. Hoje em dia ninguém precisa de fatos.

A mesmíssima narrativa foi aplicada no Brasil. A formação de uma espécie de igreja progressista dos últimos dias – na verdade uma pantomima politicamente correta de alto teor lucrativo – foi tragando boa parte da sociedade virtuosa nos últimos anos. O truque é simples e irresistível: você adquire o kit-bondade (1,99) mediante a repetição dos clichês certos e ganha o salvo-conduto – uma espécie de abadá de bloco carnavalesco – para entrar no cercadinho vip contra os fascistas. Aí você pode cair na folia da demagogia humanitária como se não houvesse amanhã, que ninguém vai te incomodar.

Curiosamente, parte da imprensa que apostou tudo nas fake news da dupla Janot & Joesley em 2017 – no caso da delação armada (hoje suspensa) para virar a mesa do Brasil pós-PT – virou combatente contra as fake news das diabólicas redes sociais em 2018. Apareceram até agências de checagem de fatos para informar aos mortais onde estava a verdade (humildade é tudo). Uma cruzada épica para impedir que um golpe fascista das tias do WhatsApp decidisse a eleição, como nos Estados Unidos.

Foi nessa onda de resistência democrática para boi dormir que os tribunais superiores ganharam a missão intergaláctica de combater fake news – conforme anunciado pela dupla Fux-Weber. Entendeu de onde veio a varinha de condão usada agora pela dupla Toffoli-Moraes para brincar de ditadura?

Em outras palavras: no Brasil, como nos EUA e tragicamente em boa parte do mundo, a liberdade de imprensa tem sido tratada como a garota de programa que vai realizar o seu fetiche por um dia. A resposta dela não podia ser outra: ok, meu amor, vamos pro crime, mas não venha me pedir em casamento amanhã.

E eis que de repente, diante da censura carnavalesca decretada por Alexandre Toffoli e Dias de Moraes, uma legião de petistas e genéricos sobe no carro alegórico da imprensa livre, porque é carnaval e ninguém vai lembrar mesmo das nossas juras de amor à ditadura venezuelana. Repetindo: deu para entender o cenário do bordel onde a dupla caipira se sentiu à vontade para avacalhar a liberdade de expressão?

Esse STF foi forjado por Lula e sua quadrilha para referendar seu plano autoritário, exatamente como a corte suprema da Venezuela virou um anexo do chavismo. Isso não se consumou aqui porque o Brasil foi para a rua e impediu. Agora o Brasil precisa se olhar no espelho e decidir se quer reconstruir de fato suas instituições ou viver numa eterna micareta democrática."
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“Nunca um ministro do STF defendeu a censura com tamanha indigência”


Dias Toffoli assumiu a presidência do STF prometendo “pacificação”, mas sua conduta até o momento foi “incendiária”.
É o que diz Elio Gaspari em sua coluna:
“[Toffoli] conflagrou o tribunal, confrontou-se com a Procuradoria-Geral da República e se tornou um defensor da censura com argumentos conceitualmente desastrosos e factualmente inconsistentes.
Como diria Lula, nunca na história deste país um ministro do Supremo Tribunal Federal defendeu a censura com tamanha insistência e indigência. Nem quando o STF sacramentava a censura dos generais, pois os ministros pouco falavam.”

Os cúmplices do STF

domingo, 21 de abril de 2019

Esse STF foi forjado por Lula e sua quadrilha para referendar seu plano autoritário, exatamente como a corte suprema da Venezuela virou um anexo do chavismo. Coluna de Guilherme Fiuza, via Gazeta do Povo:
Alexandre Toffoli e Dias de Moraes, ou vice-versa, a dupla caipira que jogou o Brasil em mais um debate inútil, não está sozinha. O debate é inútil porque ataque de pelanca não é ameaça à liberdade de expressão. E a dupla não está sozinha porque a construção do cenário para a bravata autoritária teve a contribuição de muita gente boa (sic).

Na campanha eleitoral de 2018 os justiceiros Luiz Weber e Rosa Fux, ou vice-versa, declararam que um caso comprovado de fake news poderia anular a eleição. Você sabe do que eles estavam falando, né? Não sabe? Explicamos então: essa fake news aí não tem nada a ver com notícia falsa.

Era apenas uma cópia vagabunda da estratégia eleitoral norte-americana para transformar Hillary Clinton em vítima do fascismo imaginário. Em outras palavras: tudo que não viesse da imprensa mergulhada até o pescoço na campanha da candidata do imaculado Obama era fake news. Estão até hoje gritando que a derrota foi um golpe do WhatsApp em conspiração com a Rússia, ou vice-versa. O inquérito provando que não houve conluio acaba de ser concluído, mas não interessa. Hoje em dia ninguém precisa de fatos.
A mesmíssima narrativa foi aplicada no Brasil. A formação de uma espécie de igreja progressista dos últimos dias – na verdade uma pantomima politicamente correta de alto teor lucrativo – foi tragando boa parte da sociedade virtuosa nos últimos anos. O truque é simples e irresistível: você adquire o kit-bondade (1,99) mediante a repetição dos clichês certos e ganha o salvo-conduto – uma espécie de abadá de bloco carnavalesco – para entrar no cercadinho vip contra os fascistas. Aí você pode cair na folia da demagogia humanitária como se não houvesse amanhã, que ninguém vai te incomodar.
Curiosamente, parte da imprensa que apostou tudo nas fake news da dupla Janot & Joesley em 2017 – no caso da delação armada (hoje suspensa) para virar a mesa do Brasil pós-PT – virou combatente contra as fake news das diabólicas redes sociais em 2018. Apareceram até agências de checagem de fatos para informar aos mortais onde estava a verdade (humildade é tudo). Uma cruzada épica para impedir que um golpe fascista das tias do WhatsApp decidisse a eleição, como nos Estados Unidos.
Foi nessa onda de resistência democrática para boi dormir que os tribunais superiores ganharam a missão intergaláctica de combater fake news – conforme anunciado pela dupla Fux-Weber. Entendeu de onde veio a varinha de condão usada agora pela dupla Toffoli-Moraes para brincar de ditadura?
Em outras palavras: no Brasil, como nos EUA e tragicamente em boa parte do mundo, a liberdade de imprensa tem sido tratada como a garota de programa que vai realizar o seu fetiche por um dia. A resposta dela não podia ser outra: ok, meu amor, vamos pro crime, mas não venha me pedir em casamento amanhã.
E eis que de repente, diante da censura carnavalesca decretada por Alexandre Toffoli e Dias de Moraes, uma legião de petistas e genéricos sobe no carro alegórico da imprensa livre, porque é carnaval e ninguém vai lembrar mesmo das nossas juras de amor à ditadura venezuelana. Repetindo: deu para entender o cenário do bordel onde a dupla caipira se sentiu à vontade para avacalhar a liberdade de expressão?
Esse STF foi forjado por Lula e sua quadrilha para referendar seu plano autoritário, exatamente como a corte suprema da Venezuela virou um anexo do chavismo. Isso não se consumou aqui porque o Brasil foi para a rua e impediu. Agora o Brasil precisa se olhar no espelho e decidir se quer reconstruir de fato suas instituições ou viver numa eterna micareta democrática. DO O.TAMBOSI

O Supremo Coelhinho da Páscoa

domingo, 21 de abril de 2019


Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
Imagine uma conversa com o personagem mais importante do fim de semana... Perdão... Não estou falando de Jesus Cristo... Mas daquele em que os incautos são levados a crer fielmente... O bichinho lindo, felpudo e generoso... Foi papo rápido...
- Supremo Coelhinho da Páscoa, o que trazes para alguns integrantes da mais alta Corte Constitucional brasileira?
- Um ovo podre...
- Você não teme ser censurado ou preso por tal ato criminoso?
- Não! Porque tenho caríssimos advogados e conto previamente com a sorte de que um dos presenteados manda sempre soltar quem está errado...
- Mas, Coelhinho, e se o povo na rua e a Procuradoria Geral da República pressionarem por uma punição exemplar para você?
- Ninguém fará nada, porque sou amigo do amigo dos inimigos...
- Então, já que está livre para dar entrevistas, qual o seu presente para os brasileiros neste domingão solene?
- Uma cenoura rababesca!
--------- (Fim de papo) --------
Ainda bem que tal diálogo é imaginário. Coelhinho da Páscoa é uma invenção comercial. Coelho não bota ovo. O bichinho pascal é ficcional. Igual à Democracia brasileira. É uma figura para vender ilusões. Uma delas é de que “as instituições funcionam normalmente” por aqui. É mais fácil acreditar na existência da galinha dos ovos de ouro. Só que ela já nasceria existencialmente inviabilizada. Seria imediatamente roubada pelo Estado-Ladrão tupiniquim.
Deixemos o maravilhoso mundo da fantasia e vamos para mais uma inútil análise da realidade brasileira... A guerra sem-fim de todos contra todos os podres poderes caminha para seu mais alto nível de truculência. A situação só não sai do controle porque somos uma Nação viciada em sobreviver sob regime DEMO-Crático (nosso leitor já conhece a tradução tabajara: Governo Demoníaco). A pancadaria e os impasses indicam que o maior obstáculo para o Aprimoramento Institucional é o Sistema Judiciário (incluindo a magistratura, o Ministério Público, a Polícia Judiciária e a Advocacia).    
Muito conhecido e respeitado na área militar, o jurista Antônio José Ribas Paiva tem alguns conceitos fundamentais para o momento crítico brasileiro. 1) “Democracia é a Segurança do Direito”. 2) “O parâmetro da Autoridade é a Legalidade. Fora disso, é prevaricação ou abuso de poder”. 3) “Todo aprimoramento Institucional passa, primeiro, pelo Poder Judiciário”. Interligando e resumindo esses três princípios, fica desenhado o atalho para as mudanças estruturais no Brasil. A Constituição e a interpretação que lhe dá o Supremo Tribunal Federal são as pedras no caminho democrático.
Felizmente, temos outro jurista que assumiu a linha de frente para combater ações equivocadas e omissões de alguns integrantes do Supremo Tribunal Federal. Autor do livro “Da Cleptocracia para a Democracia em 2019 – Um Projeto de Governo e de Estado” (Editora Thompson Reuters/Revista dos Tribunais), o advogado Modesto Carvalhosa agora faz uma proposta urgente: “A Procuradoria Geral da República deve promover a prisão imediata de Dias Toffoli e Alexandre de Moraes a fim de que deixem de ameaçar e ofender a cidadania brasileira”.
Carvalhosa – que já formulou pedidos de impeachment do também supremo magistrado Gilmar Mendes – justifica, legalmente, a ação contra o atual presidente do STF: “Dias Toffoli e seu companheiro Alexandre de Moraes transformaram o STF em um tribunal de exceção, declarado no artigo V e inciso XVI da Constituição, no mais grave delito contra as liberdades públicas numa democracia. No comando desse tribunal de exceção, estabeleceram esses dois abusivos funcionários públicos um clima de terror mediante a prática continuada de crimes de ameaça, constrangimento ilegal, violência arbitrária e invasão de domicílio cominados nos artigos 132, 146, 147 e 150 do Código Penal”.
Modesto Carvalhosa se baseia no recente fato concreto. José Dias Toffoli escalou Alexandre de Moraes para relatar a investigação contra suspeitos de “atentarem contra a imagem de ministros e do próprio Supremo Tribunal Federal. O Ato Supremo – que provou censura contra duas publicações e operações de busca e apreensão pela Polícia Federal na residência dos “suspeitos” - foi baseado na interpretação do artigo 43 do Regimento Interno do STF. Aliás, a cidadania deu mole e nunca percebeu a existência de tamanha jabuticaba jurídica...
O presidente do STF exagerou na dose repressiva. A reação foi mais forte que o dano causado. O estrago institucional foi feito. A única solução para repará-lo é uma punição exemplar com base na Lei. Será pouco convincente que a cúpula do Supremo peça “meras desculpas”. O erro não pode se transformar em mais uma pizza indigesta. Os segmentos esclarecidos da sociedade devem pressionar o Senado para que tome as providências cabíveis nesta situação delicadíssima.
No entanto, sobre o comportamento de alguns ministros do STF também cabe uma análise dialética. Será que Toffoli e seus colegas não estariam advertindo que aquilo que vale agora passa a valer para todos? Será que o Supremo deixará de cumprir o papel histórico de protetor de uma classe dirigente e da Gestapo que sempre praticou o rigor seletivo contra seus alvos/inimigos de ocasião? Será que o Supremo entrará em uma “Era de liberou geral”?
Atingimos o limite do absurdo institucional em um regime supostamente democrático (pelo menos nas formalidades das letrinhas legais). A guerra de todos contra todos fica ainda mais tensa. Procuradores da República chegaram ao cúmulo de pedirem um habeas corpus preventivo com medo de serem presos por ordem dos “deuses” do STF... Imagina se Dias Toffoli, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski, Alexandre de Moraes, Celso de Mello e Marco Aurélio de Mello partirem realmente para cima do Ministério Público – como nunca antes na História desse País?
A pergunta que a maioria da sociedade brasileira faz é: Quando o Mecanismo Judasciário (entendido como o somatório da magistratura + Ministério Público + Polícia + Advocacia) deixará de proteger a oligarquia criminosa que corrompe, persegue e extermina pessoas no Brasil? Outra indagação pertinente: Quando o Mecanismo Judasciário deixará de inocentar ou beneficiar bandidos que deveriam estar cumprindo pena na cadeia – e não em residências de luxo que deveriam estar apreendidas, porque foram adquiridas criminosamente?
O Supremo Coelhinho da Páscoa e seu Mecanismo Judiciário não têm legitimidade para sacanear a maioria honesta do povo brasileiro. A galera do bem exige punição aos corruptos e a seus apoiadores ou patrocinadores. A cleptocracia rouba os brasileiros, extermina os empregos e assassina mais de 70 mil pessoas por ano. Tudo sob um regime de exceção com impunidade ampla, geral e irrestrita.
Essa Ditadura do Crime Institucionalizado tem de ser banida do Brasil. Este foi o recado expresso dado pelas urnas na eleição presidencial de 2018. Os ministros do STF que não querem compreender tal desejo precisam ser democraticamente substituídos por quem tem compromisso real com a Lei, a Ordem e a Democracia.
O Brasil dispensa a figura do Supremo Tirano Federal. O Mecanismo Judasciário precisa ser criticado e revisto urgentemente em todas as suas instâncias. Necessitamos de um sistema Judiciário capaz de promover Justiça – e não justiçamento, pela via do perdão conveniente ou do rigor seletivo. O ministro Luis Roberto Barroso tem toda razão: “Vivemos no Brasil um momento sombrio, pelo qual precisamos passar, para amadurecermos”.
Enfim, temos de estabelecer a Democracia – que é a Legalidade, com Legitimidade, Acima de Tudo. Vamos refundar o Brasil. O resto será conseqüência...
 

Assista ao vídeo manifesto de Ricardo Couri - veiculado no Youtube - criticando a "Ditadura do Supremo".