terça-feira, 1 de maio de 2018

Falta uma criança no time que assessora Temer


Michel Temer sabe que um governante não deve brincar com a impopularidade. Quando Dilma Rousseff balançava no trono, ele declarou: ''Ninguém vai resistir três anos e meio com esse índice baixo'' de 7% de aprovação. Hoje, aprovado por apenas 6% da população, Temer vive trancado numa bolha de fantasia. Divide a bolha com o marqueteiro Elsinho Mouco, os amigos Moreira Franco e Eliseu Padilha, além de meia dúzia de áulicos. Juntos, desligaram-se da realidade.
Um presidente a oito meses do fim do mandato, com a imagem estilhaçada, às voltas com o derretimento de sua base parlamentar, sentindo o hálito quente da Polícia Federal na nuca… um presidente assim fabrica vexames a partir do nada. Costuma-se dizer que errar é humano. Mas escolher o erro, planejar o erro, discutir o erro minuciosamente com a equipe antes de cometê-lo, só mesmo Temer.
Na semana passada, a turma da bolha aconselhara Temer a sair do gabinete. Ele deveria circular, viajar mais, ver e ser visto. Neste 1º de Maio, de folga em São Paulo, o presidente foi aconselhado a exibir seu instinto de solidariedade para os desabrigados do prédio que desabou em chamas no centro de São Paulo. Tudo deu errado. A hostilidade, os xingamentos, os gritos de “golpista”, os tapas na lataria do carro oficial… Tudo.
Amplificado no noticiário, o vexame sobreviverá nas redes sociais como um aviso sobre os perigos a que estão submetidos os habitantes do país da bolha. Temer talvez devesse aproveitar a ocasião para incorporar uma criancinha à sua equipe de assessores —alguém com mais de cinco anos e menos de dez, com lucidez suficiente para identificar a diferença entre fantasia e realidade.
Sempre que a realidade deixasse de existir, restando apenas a fantasia, a criancinha arrastaria o presidente de volta para o mundo real. Se Temer tivesse consultado Michelzinho sobre a ideia de levar sua impopularidade para passear no centro de São Paulo, o menino decerto perguntaria: “Ficou maluco, papai?”
E os apologistas de Temer, contaminados pelo discernimento de uma criancinha, concluiriam que é melhor o presidente permanecer na bolha. Não resolve o problema da impopularidade. Ao contrário, pode até agravá-lo. Mas facilita a vida dos seguranças.
Josias de Souza
01/05/2018 18:56

Com palavra de ordem pró-Lula, pelegos da CUT, aliados e satélites fracassam e não sai ato pelo Dia do Trabalho em Porto Alegre


Sindicalismo de pelegos não percebe que está afundando na lama junto com Lula e com o PT.
Foi um fiasco de comparecimento e por isto fracassou o Ato Unificado das Centrais previsto para manhã desta terça em Porto Alegre. 
O apelo para um ato conjunto de defesa do réu condenado e preso por corrupção Lula da Silva desarticulou as centrais e afastou o povo trabalhador. 
Apenas 26 sindicalistas (veja foto ao lado de Guilherme Almeida, Correio do Povo) foram ao monumento ao expedicionário.
CUT/PT,  PSTU, Movimento de Luta Socialista (MLS), CST/PSOL Combate, Unidade Classista (PCB), Centro de Estudos da Doutrina Socialista (CEDS), dentre outras correntes sindicais e populares estiveram no local e foram embora sem saber que estão afundando na lama junto com Lula e com o PT. DO P.BRAGA

Sem mortadela, ato esvaziado

O Valor registra que o ato de 1º de maio organizado pela CUT em São Paulo “conta com pouca participação de público e intenso policiamento nas imediações”.
Os apoiadores do corrupto e lavador de dinheiro devem estar curtindo o feriado.

Da Vera: e a responsabilidade dos movimentos?



Guilherme Boulos não deu as caras no local da tragédia de um prédio que desabou em São Paulo e no qual moravam 100 famílias em condições precárias e sem nenhuma segurança. Ainda disse que culpar as vítimas seria insensibilidade. De fato.
Mas culpar apenas os governos pela tragédia é redutor. Movimentos como o MTST de Boulos, ao incentivarem e coordenarem invasões  a prédios sem nenhuma condição de segurança, são co-responsáveis em tragédias como essas. Ignoram os riscos à segurança das pessoas em nome de uma causa política. / Vera Magalhães

01.05.2018 | 11h11

Bolsonaro rejeita fundo eleitoral


Jair Bolsonaro disse que vai abrir mão de cerca de R$ 3 milhões do fundo público de financiamento eleitoral criado pela reforma eleitoral no ano passado.
Ao Estadão, o presidenciável do PSL disse que vai renunciar aos recursos por uma questão de coerência, já que votou contra a criação do fundo. DO ESTADÃO

Saiba por que fracassaram os atos públicos das centrais sindicais

Foram fracassos rotundos os atos públicos das centrais sindicais.
Não apenas porque ignoraram o Dia do Trabalho para endeusarem o réu condenado e preso por corrupção Lula da Silva.
É que faltou dinheiro para bancar sanduíches de mortadela.
O dinheiro do imposto sindical parou de pingar fácil e as burras fartas dos cofres públicas fecharam depois da Lava Jato.
Em Porto Alegre, o ânimo que já era frio, esfriou ainda mais com a baixa temperatura e as chuvas persistentes. P.BRAGA

Pelegos sem mortadela

O evento do Dia do Trabalhador realizado pela Força Sindical em São Paulo encolheu com o fim da contribuição sindical obrigatória, informa o Estadão.
“O evento que tradicionalmente reúne o maior público na data perdeu R$ 500 mil em investimento. Na festa anterior foram gastos R$ 2,5 milhões, valor que, na média, vinha sendo mantido havia alguns anos.”

Dia do Trabalhador roubado pelo Estado-Ladrão

terça-feira, 1 de maio de 2018

Edição Atualizada do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
O Brasil é o País da Piada Pronta e da Tragédia Anunciada. Um incêndio gigantesco atingiu um daqueles prédios ilegalmente ocupados no Largo do Paissandu, no Centro de São Paulo. Os 26 andares desabaram. Tudo virou uma montanha de entulho. Por milagre, o número de vítimas foi menor que o tamanho do estrago material. O proprietário do imóvel era o Governo da União – mais especificamente a Caixa Econômica Federal.
Eis o resultado do descaso oficial combinado com a crise econômica prolongada e a irresponsabilidade criminosa dos ditos movimentos sociais que patrocinam invasões. Ali sobreviviam 93 famílias, manobradas pelo MSTU, em condições degradantes. As imagens de televisão, além de fumaça, mostram favelas verticais que esperam pela próxima desgraça. O belo edifício da Igreja Evangélica Luterana, erguido em 1908 e recém restaurado internamente, foi bastante destruído.
O Presidente Michel Temer se aventurou a ir ao local. Foi vaiado. Jogaram objetos nele. Acabou retirado às pressas - por óbvio motivo de segurança. Nem teve tempo de explicar por que foi tão lenta a burocracia que passaria o prédio da União para a Prefeitura, a fim de que fosse desocupado legalmente e ganhasse nova destinação. Não deu tempo... Caiu antes... Em São Paulo, existem pelo menos 70 prédios ocupados como favelas-verticais pelo organizado Movimento dos Sem Teto Urbanos. 
Enquanto esperamos pela nova desgraça pronta paraa acontecer a qualquer momento, celebramos o feriado capimunista do Dia do Trabalho. Os festejos nos lembram que o Brasil continua parado no tempo, seguindo a lógica estatizante dos anos 30/40 do século 20. O fantasma do Estado Novo continua rondando Bruzundanga. O País segue refém de idéias e posturas ultrapassadas no tempo.
Política e economicamente não evoluímos. Pelo contrário, andamos para trás. A esquerda segue na vanguarda do atraso. A suposta Direita espera por alguma solução milagrosa. E o Centro espera que as coisas melhorem, porém sem grandes mudanças radicais. E seguimos assistindo a um colapso estrutural – não do prédio que caiu, mas sim do modelo estatal capimunista que segue vivo e, pior ainda se reinventa.
Feriadão triste... O mundo inteiro ficará chocado com a imagem de um homem pendurado por um cabo de aço, que não conseguiu ser salvo a tempo pelos heróicos bombeiros, porque o prédio veio abaixo antes. Os brasileiros lamentarão a desgraça, por pouco tempo, como sempre acontece. No entanto, seguirão lentas as providências para evitar que algo semelhante ou pior aconteça novamente.
Tirando a desgraça em São Paulo, e a habitual demagogia das Centrais sindicais que escondem várias tendências partidárias e ideológicas, a única novidade vem da Procuradoria-Geral do Trabalho. As mudanças na contribuição sindical promovidas pela reforma trabalhista (Lei nº 13.467/17) são inconstitucionais. É o que diz nota técnica divulgada ontem pelo Ministério Público do Trabalho (MPT). O documento aponta que alterações como o fim da obrigatoriedade da contribuição dependem de lei complementar - por ser recurso de natureza tributária. A autorização para desconto em folha da contribuição sindical deve ser definida em assembleia com participação de toda a categoria.
A Coordenadoria Nacional de Defesa da Liberdade Sindical (Conalis) do MPT entende que a contribuição sindical abrange trabalhadores e empregadores pertencentes a determinada categoria e, portanto, deve ser considerada contribuição compulsória. Baseado no entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF), que reconhece o caráter tributário da contribuição, o MPT afirma que as mudanças violam o princípio da unicidade sindical e enfraquecem financeiramente as entidades sindicais.
O coordenador nacional da Conalis, João Hilário Valentim interpreta que a Lei nº 13.467/17 está desestabilizando as relações sindicais, com graves prejuízos à defesa coletiva dos interesses dos representados: “Seu texto gera incerteza e insegurança jurídica ao passo que pretende suprimir os paradigmas de proteção sobre os quais se fundam a Constituição e o Direito do Trabalho".
Pelo menos em São Paulo – maior e supostamente mais rica cidade da América Latina do Dia do Trabalhador roubado pelo Estado-Ladrão e explorado como massa de manobra por uma oligarquia canalha de esquerda que comanda os ditos movimentos sociais. Sim... Aqueles mesmos que defendem o “Lula, Livre”. É patético.
Além do fogo em São Paulo, outra imagem marcante do Dia do trabalho foi tirada no entorno do Engenhão, no Rio de Janeiro. Uma fila gigantesca, que chegou a dar uma volta completa no estádio, juntava gente à procura de emprego. O retrato foi apenas uma amostra dos 13 milhões de desempregados no Brasil Capimunista... Obrigado, $talinácio e seus comparsas...
Ainda bem que a companha presidencial está chegando, com promessas sem fim, para resolver todos os nossos problemas...

Polícia Federal manda delação do ex-ministro Antonio Palocci para validação pelo TRF-4

segunda-feira, 30 de abril de 2018

Homologação caberá ao desembargador Gebran Neto, relator da Operação Lava Jato no Tribunal Regional Federal da 4ª Região. Palocci foi condenado a 12 anos de prisão por corrupção.

Por Camila Bomfim,
Da TV Globo, Brasília
 
O ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci, preso desde setembro de 2016
(Foto: Rodolfo Buhrer/Reuters )
A Polícia Federal enviou o acordo de delação premiada do ex-ministro Antônio Palocci para homologação no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4).
A TV Globo apurou que a validação da delação caberá ao desembargador João Pedro Gebran Neto, relator da Operação Lava Jato no TRF-4, tribunal da segunda instância da Justiça Federal no qual Palocci ingressou com apelações, ou seja, questionamentos, sobre os processos aos quais responde.
Palocci está preso desde setembro de 2016. Ele é réu acusado de participar de um esquema de corrupção envolvendo a empreiteira Odebrecht e contratos de sondas com a Petrobras. Nesse processo, foi condenado a 12 anos de prisão.
A PF fechou a delação com o ex-ministro, que entregou pessoas sem foro privilegiado (direito de ser processado somente no Supremo Tribunal Federal) na Lava Jato.
Investigadores informaram que os depoimentos foram enviados sem pedido de redução de pena. A TV Globo apurou que a Polícia Federal deixará a eventual concessão do benefício de redução da pena a critério do Judiciário.
Ao pedir a homologação, a PF informou ao TRF que quer usar os depoimentos para aprofundar investigações que envolvem fatos deletados pelo ex-ministro.

30/04/2018

PT já não precisa de autocrítica, mas de autópsia


O grande problema das autocríticas é que elas sempre chegam tarde. No caso do Partido dos Trabalhadores, a demora foi tão grande que a providência tornou-se desnecessária. Ao reagir contra a mais nova denúncia da procuradora-geral Raquel Dodge, o PT deixou claro que seu caso não é mais de autoanálise, mas de autópsia.
Dodge acusou de corrupção e lavagem de dinheiro Lula, a presidente do PT Gleisi Hoffmann, os ex-ministros petistas Antonio Palocci e Paulo Bernardo, o empreiteiro Marcelo Odebrecht e um um ex-assessor de Gleisi: Leones Dall'Agnol. De acordo com a denúncia, a Odebrecht trocou vantagens empresariais por propinas. Coisa de US$ 40 milhões. Ou R$ 64 milhões, em moeda nacional. Parte da verba foi passada a sujo em campanhas eleitorais, entre elas a de Gleisi.
A Executiva nacional do PT soltou uma nota. O conteúdo não é original. Um redator qualquer limitou-se a apertar o botão da perseguição política. E a resposta fluiu: “Mais uma vez a Procuradoria Geral da República, de maneira irresponsável, formaliza denúncias sem provas a partir de delações negociadas com criminosos em troca de benefícios penais e financeiros. […] Mais uma vez o Ministério Público tenta criminalizar ações de governo citando fatos sem conexão e de forma a atingir o PT e seus dirigentes.”
A nota reforça a sensação de que os petistas dividiram-se em três grupos: há os presos, os que aguardam na fila e os que se comportam à maneira do avestruz, enfiando a cabeça no silêncio. E a Executiva mantém o PT no seu labirinto: “A denúncia irresponsável da Procuradoria vem no momento em que o ex-presidente Lula, mesmo preso ilegalmente, lidera todas as pesquisas para ser eleito o próximo presidente pela vontade do povo brasileiro.”
Mais um pouco e até a autópsia será desnecessária. Bastará emitir o atestado de óbito, anotando no espaço dedicado à causa mortis: “Cinismo crônico.”
Josias de Souza

Vinte cidades são hiperdependentes de benefícios federais: 70% a 90% do PIB

Josias de Souza
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Há no Brasil um grupo de 20 cidades que se tornaram hiperdependentes dos cofres federais. Os benefícios assistenciais, previdenciários e trabalhistas pagos pela União aos seus habitantes respondem por algo entre 70% e 90% do PIB local. Mapeados pelo Tribunal de Contas da União, esses municípios ficam todos em Estados do Nordeste —Piauí (12 casos), Maranhão (4), Bahia (1), Pernambuco (1), Paraíba (1) e Ceará (1). Nessas localidades, a aposentadoria rural e o seguro-desemprego de pescadores artesanais está à frente do Bolsa Família.
Segundo o TCU, três em cada dez brasileiros recebem algum tipo de pensão benefício ou auxílio federal. No total, são 59,4 milhões de pessoas. No Nordeste, a proporção aumenta: 3,7 em cada 10 habitantes da região encontram-se pendurados em cofres federais, somando um total de 21,2 milhões pessoas. É a região que recebe mais benefícios em relação ao PIB: 30,6%. A média das demais regiões é de 12,7%.
O pedaço do Nordeste mais dependente de pensões, auxílios, bolsas e seguros pagos pela União fica na divisa do Ceará com o Piauí, uma área de sertão. Veja abaixo a lista dos 20 municípios que ocupam o topo do ranking da dependência. Para ampliar, clique em cima da imagem. Sob o quadro, há uma legenda com os tipos de benefícios pesquisados pelos auditores do TCU. Repare na alta incidência da previdência rural. Isso ajuda a explicar por que o Congresso foge da reforma previdenciária.


Todos os dados mencionados aqui constam de auditoria do TCU sobre problemas que emperram o desenvolvimento do Nordeste. Aprovado em agosto do ano passado, o trabalho já foi apresentado a governadores nordestinos no final de 2017. Desde a semana passada, vem sendo esmiuçado em reuniões de ministros do tribunal de contas com parlamentares da região. Tenta-se seduzir o Legislativo a utilizar o relatório como matéria-prima para corrigir as distorções.
Além dos benefícios federais, o TCU perscrutou outros dutos por onde passam verbas da União. Por exemplo: linhas de crédito de bancos oficiais e transferências orçamentárias (obrigatórias e discricionárias). Concluiu que a ação da União no Nordeste não surte o desejado efeito de atenuar a desigualdade que distingue esse pedaço do mapa de outras regiões do país. As causas da ineficácia da ação do Estado vão da falta de planejamento ao desrespeito à legislação. A íntegra do relatório do TCU está disponível aqui. Tem 68 folhas.
No trecho que trata dos benefícios federais, o documento anota que “a rede de proteção social” do governo, espalhada em todo território nacional, consome aproximadamente R$ 498,5 bilhões por ano, em valores de 2017. Isso equivale a pouco mais de 9% do PIB. “Cabe ao governo brasileiro buscar formas de otimizar essas despesas e encontrar caminhos para incentivar o desenvolvimento de seus entes subnacionais (Estados e municípios) com vistas a reduzir a significativa dependência atualmente presente”, diz o texto.
Em relação ao Nordeste, o TCU constatou que “a forte participação dos benefícios assistenciais, previdenciários e trabalhistas na renda per capita dos cidadãos, indica, entre outros aspectos, a falta de indústria e de oferta de trabalho”. Misturam-se a má qualidade do ensino à baixa oferta de empregos atraentes.