PAZ AMOR E VIDA NA TERRA
" De tanto ver triunfar as nulidades,
De tanto ver crescer as injustiças,
De tanto ver agigantarem-se os poderes
nas mãos dos maus, o homem chega
a desanimar-se da virtude,
a rir-se da honra,
a ter vergonha de ser honesto".
[Ruy Barbosa]
A
título de arregimentar apoio fora do curral lulopetista, Haddad agora
quer fazer o País acreditar que nada tem a ver nem com o PT nem com Lula
O Estado de S.Paulo
As
análises estatísticas do primeiro turno da eleição presidencial mostram
aquilo que todos já sabem: o PT continua a reinar soberano nos remotos
grotões do País, onde eleitores sustentados pelo assistencialismo do
Bolsa Família idolatram o chefão petista Lula da Silva. Foi basicamente
esse clientelismo que impulsionou a transferência de votos de Lula para
seu preposto na eleição, Fernando Haddad, levando o ex-prefeito
paulistano para o segundo turno contra Jair Bolsonaro (PSL).
Superada
a primeira etapa da campanha, e a título de arregimentar apoio fora do
curral lulopetista, Haddad agora quer fazer o País acreditar que nada
tem a ver nem com o PT nem com Lula. Mais do que isso: pretende
identificar-se como um candidato sem partido, preocupado unicamente com a
democracia brasileira, que, segundo seu discurso, estaria ameaçada pelo
seu oponente – um ex-capitão que faz apologia da ditadura e da tortura.
Assim,
a candidatura de Haddad seria nada menos que a salvação da democracia –
condição que, se verdadeira fosse, tornaria praticamente obrigatório o
voto no PT no segundo turno para aqueles que prezam as liberdades
democráticas. Na narrativa elaborada pelos estrategistas do PT, aqueles
que rejeitam esse axioma lulopetista, recusando-se a declarar voto em
Haddad ainda que considerem Bolsonaro realmente uma ameaça à
estabilidade do País, são desde logo qualificados como cúmplices do
ex-capitão.
A isso se dá o nome de “coação moral”, como corretamente salientou o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso em entrevista ao Estado.
FHC relatou que vem sendo pressionado a “tomar posições”, isto é, a
declarar voto em Haddad para, desse modo, reafirmar sua defesa da
democracia contra o avanço do autoritarismo. Não fazê-lo, depreende-se,
seria renunciar a essa defesa, permitindo que Bolsonaro e sua agenda
retrógrada e fortemente iliberal prevaleçam. O ex-presidente rejeita
categoricamente essa associação. “Não preciso provar que sou
democrático”, declarou, como se isso fosse necessário.
A
artimanha eleitoreira petista está obrigando democratas acima de
qualquer suspeita a vir a público para dizer que não votar em Haddad no
segundo turno está longe de ser uma declaração de apoio a Bolsonaro,
muito menos uma demonstração de desapreço pela democracia.
O
PT talvez tivesse melhor sorte na colheita de votos fora de seu reduto
se fosse honesto e reconhecesse que, sob sua gestão, o Brasil mergulhou
na maior crise econômica, política e moral de sua história. Ganharia
simpatia se admitisse que não deveria ter elevado ao panteão dos
“guerreiros do povo brasileiro” um magote de criminosos. Teria alguma
chance de sucesso se seu discurso em defesa da democracia não fosse
seletivo, poupando ditaduras companheiras como a da Venezuela. Poderia
se redimir caso passasse a respeitar a opinião daqueles que não são
petistas e caso confessasse que errou ao nunca considerar legítimo
nenhum governo que não fosse o seu.
Como
se vê, apenas retirar o vermelho e apagar Lula da propaganda eleitoral
não é o bastante para convencer os verdadeiros democratas de que vale a
pena apoiar Haddad nessa suposta luta em defesa da democracia. Em seu
desabafo, Fernando Henrique Cardoso – cujo legado ao País sempre foi
tratado como “herança maldita” pelo mesmo PT que agora demanda seu apoio
– deu voz a muitos dos que estão cansados da retórica malandra e
arrogante do lulopetismo. “Com que autoridade moral o PT diz: ou me
apoia ou é de direita? Cresçam e apareçam. (...) Agora é o momento de
coação moral... Ah, vá para o inferno. Não preciso ser coagido
moralmente por ninguém. Não estou vendendo a alma ao diabo”, disse o
ex-presidente.
Por
ter sistematicamente desrespeitado aqueles que não aceitaram sua busca
por hegemonia, por ter jogado brasileiros contra brasileiros e por ter
empobrecido a política por meio da corrupção e do populismo rasteiro, o
PT colhe agora os frutos amargos – na forma de um repúdio generalizado
ao partido em quase todo o País e da desmoralização de sua tentativa de
vestir o figurino democrático, que nunca lhe caiu bem. DO R.DEMOCRÁTICA
Marcos Carvalho, dono da AM4, garantiu a O Antagonista que a campanha de Jair Bolsonaro por WhatsApp não usa recursos privados.
“Quem tem o apoio de milhões de brasileiros não precisa pagar”, diz.
Segundo ele, o PSL já tem 300 mil filiados, que atuam voluntariamente na
replicação do conteúdo digital.
“Não temos necessidade de gastar um centavo com
impulsionamento.” Ele também rejeita a acusação da Folha de que “uma das
ferramentas usadas pela campanha de Bolsonaro é a geração de números
estrangeiros automaticamente por sites como TextNow, e que “funcionários
e voluntários dispõem de dezenas de números assim, que usam para
administrar grupos ou participar deles”.
“A informação é falsa. O engajamento do eleitorado de Jair Bolsonaro
nas redes sociais não é recente, tampouco surpreendente. É diretamente
proporcional ao seu desempenho nas urnas – em primeiro turno, foram mais
de 49 milhões de votos”, diz.
O dono da Havan
soltou uma nota desmentindo a reportagem da Folha de S. Paulo sobre a
compra clandestina de mensagens do WhatsApp para a campanha de Jair
Bolsonaro.
Leia aqui:
“A Havan Lojas de Departamentos Ltda. e Luciano Hang, por meio
da Nichel, Leal & Varasquim Advogados, vem a público esclarecer o
que segue.
O jornal Folha de São Paulo traz hoje em sua manchete de capa matéria
afirmando que “empresas bancam disparo de mensagens anti-PT nas redes”.
O texto também foi reproduzido na internet sob o título “empresários
bancam campanha contra o PT pelo WhatsApp”.
Na parte que menciona a Havan e Luciano Hang, a matéria é falsa.
Infelizmente, na mesma proporção em que o periódico assume sua posição
ideológica, ele se distancia da verdade.
No afã de produzir conteúdo impactante, a Folha simplesmente
desconsiderou os princípios que norteiam um jornalismo sério. A matéria
não contém nenhum indício ou prova da afirmação, é um simples boato
(mentiroso).
Foi esclarecido ao jornal que a afirmação era inverídica tanto pelas
empresas que teriam realizado a veiculação no Whatsapp quanto pelo
Luciano. No entanto, a Folha simplesmente ignorou os fatos para publicar
um rumor, sem se preocupar em buscar a verdade.
Essa conduta irresponsável levou a publicação da notícia falsa (Fake
News) com claro viés ideológico, contendo acusações infundadas contra a
Havan e Luciano Hang.
Por isso, a Havan e Luciano Hang esclarecem que não existe nenhum
contrato ou pagamento para impulsionamento de conteúdo no Whatsapp,
tampouco qualquer ato ilegal. Jamais houve doação não declarada.
Esclarece-se, ainda, que a Folha de São Paulo será processada judicialmente em razão da matéria falsa veiculada hoje.”
Pergunta que não quer calar: Jair Bolsonaro, seu vice Antônio Mourão e o
guru econômico Paulo Guedes vão trabalhar para abaixar os juros reais na
economia brasileira? Será que a futura gestão de Bolsonaro também acabará refém
da ditadura dos bancos e sua política de lucros obtidos de modo improdutivo?
Bolsonaro vai romper com o Capimunismo rentista? Ou acabará engolido pelo
“Sistema”? O PT sempre criticou os banqueiros, porém sempre os teve como
aliados...
Todo novo Presidente da República do Brasil, nos últimos 40 anos, tem se
debatido com o incômodo fato do Brasil praticar as maiores taxas de juros do
planeta terra. Até a tão mal falada inflação já foi controlada. Mas os juros
não abaixam. Os apresentadores dos nossos telejornais já entrevistaram dezenas
ou centenas de empresários, economistas, trabalhadores, sindicalistas e, claro,
políticos que argumentam que um dos maiores entraves ao crescimento da economia
brasileira é a absurda taxa de juros no Brasil.
Uma das características dos países desenvolvidos que conseguem crescer e
manter os juros em níveis aceitáveis é uma forte presença do cooperativismo de
crédito na economia. O Brasil tem este atalho para abaixar os juros e facilitar
o crédito. Basta ampliar um modelo que já usado aqui, porém é sabotado pelo
poderio dos grandes bancos sobre os governos.
O relatório anual da European Association of Co-Operative Banks, com sede
em Bruxelas (Bélgica) mostra que é preponderante o papel dos bancos cooperativos
no continente europeu. As cooperativas de crédito atingem 224 milhões de
clientes, 68 milhões de associados, com uma participação de mercado de cerca de
20% do mercado de depósitos.
Entre os 50 maiores sistemas bancários do mundo, 6 são bancos
cooperativos, representados por: Credit Agricole, Rabobank, Natixis,
Norinchukin Bank, Dz Bank e Credit Mutuel. Na América do Norte, EUA e Canadá, o
setor produtivo dispõe de 7.093 cooperativas de crédito que juntas têm mais de
110 milhões de cooperados, com mais de US$ 1,4 trilhões de dólares de ativos
financeiros e com mais de 950 bilhões de dólares na carteira de empréstimos.
Na Ásia, continente que apresenta os maiores crescimentos nos indicadores
sociais e econômicos, dados referentes a 21 países demonstram que 24.552 cooperativas
de crédito, com aproximadamente 44 milhões de cooperados têm 184 bilhões de
dólares de ativos financeiros e com mais de 120 bilhões de dólares na carteira
de empréstimos.
Tais informações comprovam, friamente, que é através de incentivo ao
cooperativismo de crédito que os países irrigam a economia com crédito barato e
abundante. Assim, as taxas de juros praticadas são aceitáveis.
Em vários dos países onde o cooperativismo de crédito é forte, a taxa de
juros é próxima de 0% ao ano. E no caso do Japão, a taxa de juros anual é
negativa.
No Brasil, existe uma falta de incentivo e apoio dos governos que, apesar
de criticarem os Bancos no discurso, sempre colocam banqueiros ou como
Ministros da Fazenda ou como Presidentes do Banco Central. Ou seja, os ditadores
da política econômica são os bancos. Os servidores ocultos dos banqueiros sabotam
alternativas como o cooperativismo financeiro.
Uma Cooperativa de Crédito é uma associação de pessoas, que
nela ingressam voluntariamente (se tornando sócias) e que passam a
fazer suas movimentações financeiras através dela, e não mais com os
bancos tradicionais. Estes sócios passam a ser os DONOS da cooperativa,
juntamente com centenas ou milhares de outras pessoas.
Apesar da sabotagem, as cooperativas de crédito vêm apoiando a duras
penas as atividades econômicas e com um bom crescimento. Empréstimos para
empresas, a participação das cooperativas de crédito passou de menos de 1% em
2.005 para mais de 8% em 2.017. Já nos empréstimos para pessoas físicas, as cooperativas
passaram de 5,2% (em 2005) para 6,5% (em 2017).
O próximo governo pode e deve enfrentar definitivamente o problema
estrutural dos juros criminosos praticados pelas instituições bancárias no
Brasil. E no mundo todo já está comprovado que o cooperativismo de crédito é o
meio mais eficiente de fazer o crédito barato chegar até a ponta da cadeia
econômica, no micro e pequeno negócio, que no Brasil não consegue folego para
sair da informalidade.
Jair Bolsonaro e Antônio Mourão precisam colocar mais cooperativismo de
crédito em seu programa de governo. Paulo Guedes e sua equipe não podem ignorar
a capacidade e a importância estratégica real da Instituição Financeira
Cooperativa como financiadora do desenvolvimento econômico. O Liberalismo que
Paulo Guedes defende combina, exatamente, com o Cooperativismo de Crédito. Que
tal Bolsonaro, Mourão e Guedes falarem mais do tema no final de campanha e na
transição de governo? Trump liga para Bolsonaro - imperdível
A 13ª Câmara Extraordinária Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo extinguiu
o processo que condenou o coronel do Exército Carlos Alberto Brilhante Ustra (falecido
em 2015) a pagar indenização de R$ 100 mil à família do jornalista Luiz Eduardo
Merlino, morto nas dependências do DOI-CODI em 1971.
Os desembargadores entenderam que o pedido de indenização feito pela
família de Merlino está prescrito, já que foi feito em 2010, mais de 20 anos
depois da Constituição de 1988, que reconheceu a anistia dos crimes praticados
no regime militar.
Em 2006, Ustra negou qualquer violação de direitos humanos: "Excessos
em toda guerra existem, podem ter existido, mas a prática de tortura como eles
falam não ocorreu. Eu efetivamente não cometi excesso contra ninguém".
O
impeachment da presidente Dilma Rousseff será visto como o ponto final
de um período iniciado com a chegada ao poder de Luiz Inácio Lula da
Silva, em 2003, em que a consciência crítica da Nação ficou anestesiada.
A partir de agora, será preciso entender como foi possível que
tantos tenham se deixado enganar por um político que jamais se preocupou
senão consigo mesmo, com sua imagem e com seu projeto de poder; por um
demagogo que explorou de forma inescrupulosa a imensa pobreza nacional
para se colocar moralmente acima das instituições republicanas; por um
líder cuja aversão à democracia implodiu seu próprio partido,
transformando-o em sinônimo de corrupção e de inépcia.
De
alguém, enfim, cuja arrogância chegou a ponto de humilhar os brasileiros
honestos, elegendo o que ele mesmo chamava de “postes” – nulidades
políticas e administrativas que ele alçava aos mais altos cargos
eletivos apenas para demonstrar o tamanho, e a estupidez, de seu
carisma.
Muito
antes de Dilma ser apeada da Presidência já estava claro o mal que o
lulopetismo causou ao País. Com exceção dos que ou perderam a capacidade
de pensar ou tinham alguma boquinha estatal, os cidadãos reservaram ao
PT e a Lula o mais profundo desprezo e indignação.
Mas o fato é
que a maioria dos brasileiros passou uma década a acreditar nas lorotas
que o ex-metalúrgico contou para os eleitores daqui. Fomos acompanhados
por incautos no exterior. Raros
foram os que se deram conta de seus planos para sequestrar a democracia
e desmoralizar o debate político, bem ao estilo do gangsterismo
sindical que ele tão bem representa. Lula construiu meticulosamente a
fraude segundo a qual seu partido tinha vindo à luz para moralizar os
costumes políticos e liderar uma revolução social contra a miséria no
País. Quando
o ex-retirante nordestino chegou ao poder, criou-se uma atmosfera de
otimismo no País. Lá estava um autêntico representante da classe
trabalhadora, um político capaz de falar e entender a linguagem popular
e, portanto, de interpretar as verdadeiras aspirações da gente simples.
Lula alimentava a fábula de que era a encarnação do próprio povo, e sua vontade seria a vontade das massas. O
mundo estendeu um tapete vermelho para Lula. Era o homem que garantia
ter encontrado a fórmula mágica para acabar com a fome no Brasil e, por
que não?, no mundo: bastava, como ele mesmo dizia, ter “vontade
política”.
Simples assim. Nem o fracasso de seu programa Fome
Zero nem as óbvias limitações do Bolsa Família arranharam o mito. Em
cada viagem ao exterior, o chefão petista foi recebido como grande líder
do mundo emergente, mesmo que seus grandiosos projetos fossem apenas
expressão de megalomania, mesmo que os sintomas da corrupção endêmica de
seu governo já estivessem suficientemente claros, mesmo diante da
retórica debochada que menosprezava qualquer manifestação de oposição.
Embalados
pela onda de simpatia internacional, seus acólitos chegaram a lançar
seu nome para o Nobel da Paz e para a Secretaria-Geral da ONU. Nunca
antes na história deste país um charlatão foi tão longe. Quando tinha
influência real e podia liderar a tão desejada mudança de paradigma na
política e na administração pública, preferiu os truques populistas.
Enquanto
isso, seus comparsas tentavam reduzir o Congresso a um mero puxadinho
do gabinete presidencial, por meio da cooptação de parlamentares,
convidados a participar do assalto aos cofres de estatais. A intenção
era óbvia: deixar o caminho livre para a perpetuação do PT no poder. O
processo de destruição da democracia foi interrompido por um erro de
Lula: julgando-se um kingmaker, escolheu a desconhecida Dilma Rousseff
para suceder-lhe na Presidência e esquentar o lugar para sua volta
triunfal quatro anos depois.
Pois Dilma não apenas contrariou
seu criador, ao insistir em concorrer à reeleição, como o enterrou de
vez, ao provar-se a maior incompetente que já passou pelo Palácio do
Planalto. Assim,
embora a história já tenha reservado a Dilma um lugar de destaque por
ser a responsável pela mais profunda crise econômica que este país já
enfrentou, será justo lembrar dela no futuro porque, com seu fracasso
retumbante, ajudou a desmascarar Lula e o PT.
Eis seu grande legado, pelo qual todo brasileiro de bem será eternamente grato. DO R.DEMOCRÁTICA