quarta-feira, 4 de junho de 2014

BB, Caixa e outros órgãos públicos gastam R$ 9 mi em ingressos da Copa para VIPs

Banco do Brasil não revela para quais jogos comprou R$ 5 milhões em ingressos e nem quem serão os agraciados

white 15 BB, Caixa e outros órgãos públicos gastam R$ 9 mi em ingressos da Copa para VIPsKindle
18mai2013 dilma esteve acompanhada de agnelo queiroz governador do distrito federal 1368891782594 615x300 600x292 BB, Caixa e outros órgãos públicos gastam R$ 9 mi em ingressos da Copa para VIPsMatéria da Folha de S. Paulo:
Um grupo de milionários, empresários e parceiros “estratégicos” vai assistir os jogos da Copa do Mundo sem pagar nada, com ingressos pagos por bancos e outros órgãos públicos ou de economia mista.
No total, a Folha mapeou compras de R$ 9,1 milhões em ingressos. As compras foram acertadas com a operadora da Fifa desde 2012 —bem antes da liberação deste último e concorrido lote de ingressos.
A maior fatia, R$ 5 milhões, foi paga pelo Banco do Brasil, empresa de economia mista que tem o governo federal como o principal acionista. O BB não revela quantos ingressos comprou, nem para quais jogos.
Os ingressos serão distribuídos a clientes escolhidos a dedo pelo banco. A prioridade do BB é o segmento “ultra high”, para clientes com investimentos acima dos R$ 50 milhões. Representantes de grandes empresas também foram agraciados pelo banco.
A Caixa Econômica, por outro lado, abriu os cofres para agradar seu público interno. No total, serão 480 ingressos, para 14 partidas, a R$ 1,8 milhão. A campanha “Bateu é Gol”, destinada aos donos das lotéricas, distribuiu 320 ingressos, a R$ 1,5 milhão.
O resto foi para a campanha de incentivo “Vai Brasil”, destinados aos empregados do banco. O melhor jogo pago pela Caixa é da fase de quartas de final. Em Brasília, o BRB, banco cujo acionista majoritário é o governo do Distrito Federal, gastou R$ 1,2 milhão em 30 ingressos para clientes para cada um dos sete jogos na capital.
Na arena de Recife, uma empresa do governo de Pernambuco garantiu com a Fifa um camarote para os cinco jogos que acontecerão no local. A compra foi feita pela administração do Porto de Suape, que selecionará executivos de empresas “estratégicas” para irem aos jogos e, também, visitarem o complexo.
O camarote tem 18 lugares —dois representantes do porto vão ciceronear os empresários. A ideia é, a cada jogo, mudar o grupo de convidados. A ação custará R$ 745 mil.
No Rio, o Brasil Resseguros comprou R$ 411 mil, para jogos na capital fluminense. A compra foi feita em março. Em outubro, foi finalizado o processo de privatização da estatal —entre os principais acionistas está o Banco do Brasil.
A Folha questionou esses órgãos se entre os recebedores de ingressos havia políticos. Banco do Brasil, BRB, Caixa e o Porto de Suape negaram. O Brasil Resseguros informou que os ingressos irão para “clientes selecionados em função de parcerias negociais”.

Aécio diz concordar com marqueteiro de Dilma: "A coisa está feia para Dilma"

O senador Aécio Neves (PSDB-MG), pré-candidato à Presidência da República, conseguiu angariar na tarde desta quarta-feira o apoio de quatro partidos nanicos, PMN, PTdoB, PTC e PTN, o que irá render aproximadamente 40 preciosos segundos em cadeia nacional de rádio e televisão.
O pré-candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, disse concordar com o marqueteiro da campanha da presidente Dilma Rousseff à reeleição, João Santana, segundo informações desta tarde do site www.brasil247.com.br, de quem é todo o texto a seguir:
. Segundo o colunista Bernardo Mello Franco, Santana deixou a equipe de campanha do PT em alerta ao apresentar pesquisas mostrando que caiu a confiança do eleitor na capacidade do governo para promover mudanças (leia mais aqui).
. "Concordo com o marqueteiro-mor do governo João Santana. A coisa está realmente feia para o governo, mas deveria ter percebido isso lá atrás, quando aparelharam de forma irresponsável a máquina pública, desqualificando a gestão pública, permitindo que os maus feitos pudessem avançar por todas as áreas do governo, em especial pelas nossas empresas públicas, como acontece com a Petrobras", disse o senador.
. Na avaliação de Aécio Neves, "o governo vem se equivocando em cada medida autoritária que toma, a cada intervenção que faz em setores da economia". O parlamentar voltou a dizer que tem percebido o sentimento de que o povo quer mudança. "O sentimento que já deu, ninguém aguenta mais o que está existindo no Brasil. E nós seremos a alternativa responsável, com experiência, com quadros e corajosa para fazer as mudanças que o Brasil espera".
. Aécio recebeu hoje o apoio de quatro partidos nanicos à sua campanha. PMN, PTdoB, PTC e PTN, que, juntos, não acrescentam um minuto na propaganda eleitoral do PSDB, formalizaram apoio ao tucano. "Estou imensamente feliz de poder receber aqui o apoio de alguns outros partidos que se somam a nós nessa caminhada para restabelecer a ética e a eficiência na gestão pública. Vamos aguardar ainda, nas próximas semanas, porque outras novidades podem vir", celebrou Aécio.
DO POLÍBIO BRAGA

ORÁCULO ELEITORAL DO PT DÁ PÉSSIMAS NOTÍCIAS PARA LULA E DILMA EM REUNIÃO NO ALVORADA

Mesmo com o impulso dado pelo Apedeuta, um voo curto. 
Recentemente o baiano João Santana, o marketeiro oficial de Lula e do PT, com status de “ministro sem pasta” do governo da Dilma, esnobou em tom debochado ao referir-se aos candidatos Aécio Neves e Eduardo Campos, afirmando que estariam engalfinhados numa “briga de anões”, enquanto Dilma “flanava tranquila...”.
Entretanto, os fatos cada vez mais contradizem oráculo marketagem pedo PT. Tanto é que chamaram Lula ao Palácio da Alvorada para uma reunião, supõem-se, pelo que consta, de forma urgente.
Ao famoso e “infalível” marketeiro coube a infausta tarefa de avisar ao famigerado operário que um dia virou presidente da República, que Dilma já não “flanava” tranquilamente. No máximo estaria praticando um “voo de galinha” em termos eleitorais.
A informação está na coluna Painel, da Folha de S. Paulo desta quarta-feira, sob o título “Nuvens Negras”.
Todavia, segundo se anuncia, o DataFolha sai a campo por estes dias e desova no próximo sábado mais uma pesquisa eleitoral. Sabem como é...
A conferir.
DO  A.AMORIM

Na pesquisa do instituto Pew Research Center, o governo Dilma não existe


Dora Kramer – O Estado de S. Paulo
A pesquisa do instituto americano Pew Research Center traduz em números e ajuda a organizar um pouco o raciocínio sobre os humores da sociedade brasileira que passou da euforia algo míope — para não dizer abobalhada — para um estado de mau humor à deriva.
É sempre salutar o despertar de consciências, mas, como aponta a responsável pela pesquisa, Juliana Horowitz, chama atenção a mudança tão radical. Segundo ela, nos 82 países pesquisados desde 2010, oscilações semelhantes só foram observadas naqueles abatidos por graves crises ou rupturas institucionais.
"Antes" (dos protestos de junho de 2013 ou do quê?) não havia nada de errado, estava tudo na mais santa paz; agora o clima é de véspera de fim do mundo.
Ainda que pipocassem escândalos de corrupção por todos os lados e que a cúpula do partido do governo estivesse denunciada e prestes a ser julgada por comprar maioria no Congresso, este mesmo governo foi reeleito e ainda ganhou o direito a mais um período dando ao então presidente o cheque em branco pedido por ele para a eleição da sucessora.
Os números sobre o desempenho do governo são de impressionar: 86% desaprovam o combate à corrupção, 85% estão insatisfeitos com a situação de insegurança pública, 85% repudiam o serviço de saúde, 76% desaprovam o sistema de transportes, 71% não concordam com a política externa, 71% acham ruim a educação, 67% estão contra as preparações para a Copa do Mundo, 65% revoltam-se com a pobreza e 63% estão em desacordo com a situação da economia.
Justamente a economia, o item apontado como o grande vilão da insatisfação, o fator ao qual se atribuiu o agrado ou desagrado em relação a um governo, é o que tem o índice menos alto. No entanto, é o setor que mais se deteriorou. Os outros já vinham devidamente degradados. Mesmo no tempo da euforia com o consumo desenfreado, do Brasil que dava lições aos Estados Unidos e à União Europeia, do ilusionismo dos sucessivos PACs cujas obras atrasadas ou não iniciadas não serviram de sinais de alerta para a incapacidade objetiva de fazer acontecer de maneira decente uma Copa e uma Olimpíada.
Era evidente que a farra não duraria para sempre. A situação externa não explica tudo, porque países em desenvolvimento como o Brasil saíram-se muito melhor nesse período porque fizeram outras escolhas. As ações aqui foram todas referidas no imediatismo da conquista da unanimidade com fins da obtenção de hegemonia política, social e cultural.
Para ganhar eleições, vende-se otimismo. Mas, para que o poder perdure é preciso entregar o prometido e, da maneira como as coisas foram conduzidas desde o início, era evidente que a conta chegaria.
Não viu quem não quis ou quem achou que a bonança é eterna e não tem preço. Um palpite para o motivo da irritabilidade à deriva? A retirada do palco de Lula como exímio animador de plateias. Levou a maioria na conversa até quando era evidente o vazio, quando não a enganação, da conversa. Saiu de cena o ilusionismo e o País se viu no convívio diário com a realidade.
E o produtor daquela euforia extrema, o homem das metáforas futebolísticas, o líder das massas, a alegria do povo, o presidente que trouxe a Copa para o Brasil onde estará nos jogos do Mundial, inclusive na abertura no estádio de seu Corinthians do coração? Segundo ele, em casa, vendo tudo pela televisão.
A fim de não correr o risco de ser alvo do mau humor à deriva nos estádios aonde o brasileiro "vai a pé, descalço e de jumento".
DO ABOBADO