quinta-feira, 2 de novembro de 2017

General acredita que a reação vem antes das eleições.


POLÍTICO, SINÔNIMO DO QUÊ MESMO?

 Numa postagem anterior ficou registrado: “se ‘nada de novo’ acontecer até as eleições de 2018, por que não negar o voto a políticos que se candidatem à reeleição? Afinal, depende de nós! ”
 E aí vieram as críticas nos comentários dos amigos: “ingenuidade; utopia; a sociedade não tem capacidade de se organizar para tal; vai ser a festa das esquerdas que vão tratar de reeleger os seus”
Impossível não seria, nada o é, mas infelizmente, havemos todos de concordar que é difícil mesmo acreditar que nossa gente, em grande parte desinformada, alienada ou até mesmo ainda refém do chamado voto de cabresto, seja capaz de mobilizar-se para uma medida de tal grandeza.
Só que, diante da degradação sistemática do ambiente político sob o patrocínio de partidos ditos políticos, mas que, em tudo, se assemelham a organizações criminosas, obcecadas em manter impunes os crimes já praticados por seus integrantes e a perpetuar-se no poder; diante das insofismáveis tentativas partidas dos mais elevados escalões dos poderes com o objetivo de abafar, a qualquer custo, a operação policial em curso, a lava jato, não creio ser possível que “algo de novo” deixe de ocorrer antes que se processe o pleito de 2018.
A arrogância, o desprezo pela opinião pública e o cinismo dos políticos (que nem mereceriam hoje assim ser nominados, pois nos levam a amoldar o termo, na origem nobre, a adjetivos tais como desqualificado, desprezível, indigno, como se significassem a mesma coisa) fazem crer que alguma reação desse povo sofrido é infalível. E não está distante no TEMPO. Só não dá para saber de onde e como virá.
Paciência tem limite!! / 
Gen Div Gilberto Rodrigues Pimentel – 25 de outubro de 2017 – Texto publicado originalmente no sítio do Clube Militar – RJ - REV. SOC.MILITAR

Brasília deve virar uma Chicago sem Al Capone

Josias de Souza

O ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, deixou Michel Temer numa situação esquisita. Diante da decisão da Câmara de congelar a denúncia que acusa o presidente de compor uma organização criminosa do PMDB, o ministro enviou para a primeira instância o pedaço do processo que não trata de Temer. Sem foro privilegiado, foram para o caldeirão de Sergio Moro o ex-ministro Geddel Vieira Lima, os ex-presidentes da Câmara Eduardo Cunha e Henrique Alves e o ex-assessor da Presidência Rodrigo Rocha Loures, o homem da mala.
Esses personagens têm algo em comum: são íntimos de Michel Temer. Nos áureos tempos, quando não havia sido descoberto nada sobre eles, integravam a turma do charuto. Frequentavam jantares semanais no Palácio do Jaburu, que terminavam numa roda onde havia muita de fumaça e articulações.
Suponha que Sergio Moro condene Geddel, Cunha, Alves e Loures. Teremos, então, uma organização criminosa seletiva e sem chefe. Os ministros palacianos Moreira Franco e Eliseu Padilha, que também foram contemplados pela Câmara com o congelamento das investigações, continuarão fazendo pose de limpinhos. Temer terá de afirmar que não percebeu o que se passava debaixo do seu nariz. Ele se autocondenará ao papel de bobo. E Brasília ganhará novamente a incômoda aparência de uma Chicago sem Al Capone.

Aborrecido com Torquato, Temer se faz de morto

Josias de Souza

Michel Temer decidiu tratar a crise que opõe o seu ministro da Justiça ao governo do Rio de Janeiro como uma espécie de bala perdida que passou de raspão pelo Palácio do Planalto. Aconselhado por um parlamentar fluminense a demitir Torquato Jardim, o presidente fez ouvidos moucos. Ante a cogitação de divulgar uma nota, preferiu se abster. Uma declaração oral? Refugou. Espera que a desavença seja sedada pelo feriado. Sem condições de agigantar-se em meio ao tiroteio, Temer agachou-se. Embora esteja aborrecido com o amigo Torquato, optou por não fazer nada. O que explica tudo.
Temer não deseja afastar o ministro. Mas ainda que desejasse, não teria condições de fazê-lo. Após transformar a Esplanada numa trincheira multipartidária de investigados, o presidente atiraria contra o próprio pé se colocasse no olho da rua um auxiliar com a ficha imaculada, cujo pecado foi ecoar meia dúzia de verdades contidas em relatórios sigilosos dos órgãos de inteligência sobre o acasalamento da política e da Polícia Militar fluminense com o crime organizado.
Empurrar Torquato para fora do governo, forçando-o a pedir para sair, também não seria uma manobra inteligente. Sobretudo porque Temer acaba de pegar em lanças para aprovar na Câmara o congelamento das investigações criminais contra si mesmo e contra os ministros palacianos Moreira Franco e Eliseu Padilha. Festejado nas redes sociais pela sinceridade, o titular da pasta da Justiça ganharia uma aparência de navio que abandona os ratos.
Para fazer média com o governador Luiz Fernando Pezão, Temer poderia submeter Torquato a uma admoestação cenográfica. Coisa para carioca ver. Mas o ministro da Justiça não é político. Ele faz a Temer o favor de gerir um ministério. Não domina a arte de engolir sapos. Tampouco parece afeito à prática de procurar saídas honrosas em meio à desonra. De resto, Temer se arrisca a entrar na briga do lado da polícia do Rio. A corporação não é 100% corrupta, como insinuou o ministro. Mas 95% dos seus membros dão aos 5% restantes uma péssima reputação.

Futuro do pretérito!

Josias de Souza

– Charge do Duke, via O Tempo.

Dodge associa o fim da impunidade à manutenção da prisão na 2ª instância

Josias de Souza

Em discurso feito na noite desta quarta-feira (1º), a procuradora-geral da República Raquel Dodge disse que sua agenda inclui “a luta pelo fim da impunidade”. Para que isso ocorra, ela acrescentou, será necessário defender no Supremo Tribunal Federal a manutenção da decisão que autorizou a prisão a partir das condenações na segunda instância do Judiciário. Dodge falou na abertura do 34º Encontro Nacional dos Procuradores da República, em Porto de Galinhas (PE).
O Supremo discutirá o tema pela terceira vez. Há chances reais de recuo. Ministros que votaram a favor da abertura das celas já na segunda instância ensaiam uma meia-volta. Se isso acontecer, disse Raquel Dodge, a credibilidade do Judiciário será tisnada.
Dodge declarou: “O sistema de precedentes vinculantes adotado no Brasil exige que a decisão do Pleno do STF, que afirmou a constitucionalidade da prisão após a segunda instância, seja respeitada, sob pena de reversão da credibilidade nas instituições, como capazes de fazer a entrega da prestação jurisdicional de modo seguro, coerente e célere.” Presente ao evento, o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo, também defendeu a prisão na segunda instância.
Num instante em que o Ministério Público Federal aconselha o governo a revogar a portaria que dificultou o combate ao trabalho análogo à escravidão, Raquel Dodge injetou o vocábulo “escravos” no seu pronunciamento. Disse que é papel da instituição que dirige proteger os “escravos de outros seres humanos” e combater “os “escravos da ganância.” Vai abaixo a íntegra do pronunciamento da procuradora-geral da República:

Senhor Presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República Queridos amigos do Ministério Público,
caríssimos familiares, nosso esteio em todas as horas, nas amenas e nas mais difíceis,
É uma alegria estar entre amigos e na companhia das pessoas que dividem conosco o amor pelo Ministério Público; e que acreditam que, ao prestarmos o serviço público que a Constituição nos atribuiu, estamos ajudando a melhorar a vida de todos os brasileiros, seja quando defendemos direitos, bens e valores constitucionais, seja quando cuidamos da qualidade das políticas públicas.
Agradeço muito especialmente à ANPR pelo convite para participar deste encontro. Cercaram-me de muitos cuidados e gentilezas, que recebo e agradeço de coração, pois sei que cuidam também de cada um de vocês, como há tantos anos, para que esta nossa reunião anual seja um momento muito especial, de convivência fraterna e de cultivo do sentimento de pertencimento a esta grande instituição que é o Ministério Público Federal. É aqui que nos reencontramos, cultivamos nossa amizade, estreitamos nossos laços e aproximamos nossas famílias, em uma estratégia necessária para dividirmos as dificuldades e também o prazer que é ser membro do Ministério Público.
A ANPR elaborou este ano, mais uma vez, a lista tríplice para o cargo de Procurador-Geral da República, credenciando-se para que uma dentre os mais votados pelos Procuradores da República viesse a ocupar este honroso cargo. Isto se deve à credibilidade que a ANPR angariou ao longo dos anos, em uma história sempre coerente de luta pela democracia, pelo vigor das instituições públicas, pelo aprimoramento das leis e, sobretudo, pela independência e autonomia do Ministério Público e de seus membros. Agradeço à ANPR e a cada um pelo êxito desta medida que reforça a autonomia da instituição.
Devo dizer-lhes que tenho mantido um diálogo frequente e estreito com o Presidente e a Diretoria da ANPR e que sempre estarei atenta a toda oportunidade para promover uma aproximação transparente e leal em relação a todos os temas que exigem nossa atenção comum. Esta é a minha disposição, pela simples razão de que considero a ANPR uma das mais importantes instituições brasileiras, em razão de sua luta pela democracia, iniciada quando ainda não a tínhamos, e também por seu incansável trabalho de fortalecimento das instituições democráticas.
É uma honra estar aqui.
Ninguém acima da lei, ninguém abaixo da lei
O zelo pela dignidade humana pode ser expresso neste mote. Ninguém é superior a outrem, a ponto de não ser tocado pela lei. Ninguém é inferior a outrem, a ponto de sequer ser protegido pela lei.
Escravos e corruptos nos lembram que, em uma sociedade profundamente desigual, e onde o patrimônio público, comum a todos, tem sido corrompido na elevada proporção revelada pela Lavajato, o Ministério Público deve sempre agir com firmeza e coragem no cumprimento de suas atribuições cíveis e criminais, sob as balizas da lei. Há os que se tornam escravos de outros seres humanos porque são vulneráveis à exploração, não têm outra esperança e carecem do apoio necessário para romper o gueto da desigualdade. Há os corruptos, que são escravos da ganância e perpetuadores da desigualdade, porque suas condutas não só desviam recursos públicos necessários para socorrer os mais necessitados, como promovem a nociva ideia de que alguns estão acima da lei.
Estavam. Aos poucos, por causa da firmeza de muitas instituições, dentre elas o Ministério Público, a defesa da dignidade humana e de uma sociedade mais honesta e mais justa abre espaço, no debate público, para uma agenda diferente no país: cobra-se resultado, transparência e punição. Esta é uma agenda que impulsiona transformação para uma situação humana e social melhor para todos os cidadãos.
Este é o ponto essencial do trabalho do Ministério Público, zelar pela dignidade humana, pela integridade dos indivíduos, para que suas diferenças de raça, credo, religião ou opção sexual não dê ensejo à discriminação, mas seja celebrada como oportunidade de livre expressão de sua personalidade e fator relevante para construção de uma sociedade plural e fraterna.
É na dignidade humana que encontramos o elemento da nossa igualdade. Somos iguais em dignidade. Esta poderosa ideia não viceja em muitos países no mundo contemporâneo e, mesmo no nosso, encontra obstáculos que permitem o bullying em escolas, a violência no campo, o assassinato de índios, a falta de saneamento nas cidades, serviços de educação sem qualidade, dificuldade de acesso a água potável ou a serviços de saúde adequados e necessários.
Para cuidar de tantos problemas que atingem os brasileiros, o Ministério Público precisa ter uma agenda ampla, que inclua a permanente defesa de direitos fundamentais e também ações criminais, pois tanto precisamos promover a prevenção e a punição de crimes que atinge os bens jurídicos mais importantes , como precisamos cuidar da segurança pública, defender o direito de minorias, zelar por políticas públicas de qualidade, pela liberdade de expressão, pela democracia, sempre observando o devido processo legal, o duplo grau de jurisdição, o princípio da presunção de inocência e a dignidade da pessoa humana, que são conquistas da civilização moderna necessárias em uma sociedade justa e igualitária.
Nossa agenda mais recente deve incluir a luta pelo fim da impunidade. Para isto, é necessário defender no Supremo Tribunal Federal o início da execução da pena quando esgotado o duplo grau de jurisdição, com a condenação do réu pelo Tribunal intermediário. O sistema de precedentes vinculantes adotado no Brasil exige que a decisão do Pleno do STF, que afirmou a constitucionalidade da prisão após a segunda instância, seja respeitada, sob pena de reversão da credibilidade nas instituições, como capazes de fazer a entrega da prestação jurisdicional de modo seguro, coerente e célere.
Em uma sociedade em que todos são iguais em dignidade e direitos, precisamos cuidar para que nossos bens comuns não sejam destruídos. Um dos principais é a água, que começa a faltar nas cidades e no meio rural. Falta água potável. Grandes rios urbanos estão indevidamente poluídos, por saneamento urbano inadequado e pelo descontrole da poluição. O risco de rompimento de grandes barragens ameaça outros rios, enquanto o desastre de Mariana ainda não resultou em punição aos infratores nem em indenização das famílias. O desmatamento tem aumentado e precisa ser imediatamente contido, porque são rios voadores, segundo o INPE, que mantém a floresta. Estas são situações, dentre tantas outras, que precisam ser revertidas com a atuação zelosa do Ministério Público.
Precisamos manter nosso trabalho contra a corrupção, para que os esforços seguros feitos últimos anos permaneçam nos vindouros, para atingir uma inabalável cultura de honestidade no uso do dinheiro público.
Iniciamos, neste mês de outubro, uma data muito especial, de contagem dos trinta anos do novo Ministério Público, criado pela Constituição de 1988. Ao longo dos próximos doze meses, relembraremos as conquistas de cada área de atuação do Ministério Público Federal, para compreendermos com mais clareza o impacto de nosso trabalho e o papel transformador que ele tem sobre a sociedade e a vida das pessoas. Queremos saber como temos contribuído e onde podemos melhorar, de olho nos próximos trintas anos.
Temos de começar reconhecendo publicamente e agradecendo aos fundadores da ANPR, que são também os fundadores do novo Ministério Público, por sua atitude serena e visionária. Muitos estão nesta sala, a nos lembrar, com discrição mas persistentemente, a importância das três garantias constitucionais e da autonomia do Ministério Público. Nunca é demais declarar que, não fosse esta visão, não estaríamos aqui hoje com a disposição de prosseguir no trabalho que eles iniciaram com a grande responsabilidade e a esperança de que nosso legado, às gerações futuras, honre o que deles recebemos.
E ao fim, possamos juntos dizer, como no mote que abracei no caminho que me conduziu ao mandato de Procuradora-Geral da República, ninguém acima da lei, ninguém abaixo da lei.
Um abraço amigo, cordial e agradecido a cada um. Uma boa confraternização para todos.

A bancada do narcotráfico - VISITA PRA LÁ DE ESTRANHA...


Torquato Jardim “achou esquisita a visita que recebeu de um deputado federal do Rio de Janeiro”, diz O Globo.
“Sua excelência estava acompanhada de duas mulheres de traficantes famosos”.

Dos males, o maior
 
Só sobrou Geraldo Alckmin no PSDB.
Além de ser o candidato tucano ao Palácio do Planalto, ele pode se tornar também presidente do partido.
Diz o Estadão:
“Em meio à guerra fratricida no PSDB pelo comando do partido, as correntes internas convergem na defesa do governador Geraldo Alckmin como candidato à Presidência da República em 2018.
O nome do chefe do Executivo paulista também passou a ser cotado como alternativa para chefiar a sigla no próximo ano, o que evitaria um racha na convenção tucana marcada para o dia 9 de dezembro.”
O PSDB espera que Geraldo Alckmin dispute o segundo turno contra Jair Bolsonaro e seja eleito com os votos do PT.
O mais provável, porém, é que ele chegue em quarto lugar, com menos de 10% dos votos, e que o PSDB tenha de fechar as portas.

Os generais contra o crime organizado

O Globo conta que Raul Jungmann, dois meses atrás, entregou a Luiz Fernando Pezão “uma lista com três generais da reserva que estavam dispostos a assumir a Secretaria de Segurança do Rio de Janeiro — exigiam apenas carta branca para nomeações”.
De acordo com a reportagem, “Pezão não quis conversa”.
Isso explica as entrevistas de Torquato Jardim denunciando o conluio entre a política e o crime organizado.

O Senado é contra

O Senado é contra a prisão dos condenados em segundo grau.
“Em manifestação enviada ao Supremo Tribunal Federal, o Senado defendeu que a Constituição não permite a execução provisória da pena após decisão em segunda instância”, diz o Jota.
O parecer foi preparado pela Advocacia do Senado, que defendeu também, em tempos recentes, Renan Calheiros e Aécio Neves.

Janot afirma que Lava Jato pertence à sociedade brasileira


Em entrevista concedida à CNN em Espanhol nesta quarta-feira (1º), o ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot afirmou que a Operação Lava Jato não pertence mais ao Ministério Público, mas "à sociedade brasileira e aos países atingidos pelos atos de corrupção de empresas brasileiras".
Ao responder se ele confia que a atual Procuradora-Geral, Raquel Dodge, vai continuar a Operação Lava Jato com a mesma intensidade, Janot disse: "Espero que sim, que os trabalhos continuem".
Em outro momento, ao ser questionado sobre o acordo feito com os irmãos Batista, donos da JBS, o ex-PGR destacou que, ao ouvir que os irmãos tinham provas do envolvimento de senadores, deputados e do próprio Presidente da República em esquemas de corrupção, teve que decidir entre fechar o acordo ou deixar que os crimes continuassem acontecendo. “Eu decidi pelo interesse público e por cessar a prática criminosa”, afirmou.
Janot transcorreu sobre o legado já deixado pela Operação Lava Jato: “os empresários devem ver o mercado com responsabilidade. O mercado deve ser competitivo. Não um mercado cartelizado ou de oligopólio”.
Para Janot, a Lava Jato já chegou ao fundo, e se pode ver à frente o fim da Operação. Ele negou novamente a possibilidade a intenção de ser candidato, ou ministro do STF, e disse que poderá voltar a dar aulas.DO G1-
Por Matheus Leitão