sexta-feira, 8 de julho de 2011

Até a esquerda radical quer frear a bandalheira do BNDES.

Um movimento chamado Plataforma BNDES, que reúne CUT, MST, Pastoral da Terra e outros assemelhados, está enviando uma carta aos Senadores, pedindo que eles não aprovem a MP 526, que autoriza uma emissão de títulos da dívida pública, no valor de R$ 55 bilhões, para capitalizar o BNDES. O movimento estrila e dá alguns dados que a oposição, especialmente o ex-governador José Serra (PSDB-SP) e o senador Álvaro Dias (PSDB-PR) vem batendo. 

Segundo dados do próprio BNDES, hoje 66,4% dos recursos do banco são canalizados para um seleto grupo de grandes empresas, ao passo que as pequenas e médias empresas, principais responsáveis pela geração de trabalho e renda no Brasil, recebem apenas 27,9%. 

Importa lembrar ainda que a política de capitalização do BNDES a partir da emissão de títulos da dívida pública possui um custo elevado. Segundo dados do IPEA de dezembro de 2010, o Tesouro repassa ao BNDES recursos captados junto aos mercados financeiros, pagando juros entre 10,75% (Selic) e 12,5% (NTN-F, título prefixado de longo prazo), mas empresta ao BNDES cobrando 6% (TJLP, taxa de juro de longo prazo). Segundo o mesmo estudo, até o ano passado o valor deste subsídio pago pelos contribuintes brasileiros às grandes empresas totalizou quase R$ 21 bilhões, valor 38% maior que os R$ 13 bilhões destinados ao Bolsa-Família em 2009.

A CPI do BNDES, uma das bandeiras deste Blog,  é uma questão de suprapartidária e uma até mesmo de patriotismo. 
DDO B. DO CEL

Síndrome da saúva

A aprovação do Regime Diferenciado de Contratações para as obras da Copa e da Olimpíada sem resistência nem debate no Senado e a manutenção da cota do PR no Ministério dos Transportes, depois da comprovação de que as indicações do partido foram todas deletérias, dizem quase tudo a respeito da promiscuidade nas relações entre Executivo e Legislativo.

Por Dora Kramer

O Estado de S.Paulo

Mostram como se opera o milagre da transformação da contestação em concordância sobre uma medida provisória rechaçada de início até pelo presidente do Senado, sem que seja necessário fazer alterações no conteúdo antes criticado.

Mostram também como um partido que indica gestores com o objetivo comprovado de se locupletar consegue não só preservar sua capitania na administração pública, como ganha a prerrogativa de comandar a substituição dos demitidos sob forte suspeita de corrupção ao ponto de condicionar a decisão da presidente da República às suas vontades.

Consolidou-se nas últimas décadas, desde a redemocratização, e aprofundou-se nos últimos anos a tese de que no modelo governo de coalizão brasileiro não há outro jeito a não ser seguir a norma segundo a qual o Executivo é comprador, fornecedor e distribuidor e o Legislativo entra na história no papel de mercadoria.


Dissemina-se também a convicção de que a vida é mesmo assim: sempre foi e sempre será.

Não é verdade.

O cientista político José Álvaro Moisés está lançando o livro O Papel do Congresso Nacional no Presidencialismo de Coalizão e a respeito do tema deu uma entrevista ao caderno Aliás, na edição do último domingo do Estado, dizendo que pode sim ser diferente.

"Se o mandatário tiver habilidade e capacidade de negociar, cria uma base homogênea para acompanhá-lo, com base em um programa de governo claramente anunciado. Admite a coabitação, mas determina qual programa a ser seguido", argumenta.

É uma operação de difícil execução, mas não impossível. Como aponta Moisés citando o professor da UnB Lúcio Rennó, "depende da virtude do presidente".

Desde José Sarney, o fisiologismo grassou em diferentes níveis. O primeiro governo civil depois do período militar foi refém do poderio do PMDB no Congresso, que lançou as bases da dinâmica "é dando que se recebe".

Fernando Henrique Cardoso impôs um programa.

Cedeu bastante, notadamente em função do plano de criar o instituto da reeleição, mas não cedeu completamente: conseguiu viabilizar reformas, acabou com o cabide das "teles" e profissionalizou a Petrobrás.

Não do dia para a noite nem de forma conclusiva. Mas iniciou um processo que o sucessor, Luiz Inácio da Silva, interrompeu ao optar pelo caminho aparentemente mais fácil: a cooptação pura e simples, partindo do princípio de que se os "picaretas" estavam à venda bastava comprá-los.

Foi bem-sucedido em termos imediatos, mas ajudou a construir a armadilha da qual Dilma Rousseff é prisioneira e que só tende a desqualificar, a tirar a legitimidade da democracia representativa.

A fim de que o fisiologismo não acabe por arrasar a democracia no Brasil, urge que se dê um jeito no fisiologismo.

Mário de Andrade, em Macunaíma, usou a saúva - "Ou o Brasil acaba com a saúva ou a saúva acaba com o Brasil" - para ironizar politicagens em geral.

Acabar com elas não parece factível, mas entre o 8 ideal e o 80 dos tempos atuais há um meio termo, um modus operandi mais decente e que não desmoralize as instituições.

Complicado?

Claro, mas o combate à inflação também pareceu impossível por duas décadas e, no entanto, se fez. Juntando-se fatores como compreensão do problema, capacidade de decisão, competência na operação, habilidade de convencimento, eficácia na comunicação, honestidade de propósitos e, sobretudo, vontade de fazer.

Transposição

Engendra-se no Planalto a retirada de todas as obras do PAC do Ministério dos Transportes e a transferência para a jurisdição de Miriam Belchior, no Planejamento. Com isso, a pasta ficaria praticamente reduzida ao acompanhamento de obras de manutenção de estradas.

DO R. DEMOCRATICA

PR INDICA TIRIRICA PARA MINISTRO DOS TRANSPORTES, PORQUE PIOR DO QUE ESTÁ NÃO FICA.


O clima de animosidade entre os líderes do Partido da República (PR), integrante da base alugada e a turma do PT pode ser medido pelas reações dos 'republicanos' à degola de  Alfredo Nascimento. 
O deputado Anthony Garotinho (PR-RJ), ao ser indagado sobre quem indicaria para o Ministério dos Transportes não titubeou e sugeriu o deputado Francisco Everardo Oliveira, o Tiririca, segundo a Folha de S. Paulo
Garotinho justificou a indicação: "Dizem que a presidente Dilma Rousseff anda nervosa, aborrecida, estressada. Se eu fosse ela, nomeava o Tiririca. Pelo menos ela se divertiria", disse ele. 
Sob o império do PT mistura-se a galhofa com a trambicagem institucionalizada e tudo é carnavalizado.

E, ao que tudo indica, Alfredo Nascimento volta normalmente para o Senado e fica o dito pelo não dito?
DO B. DO ALUIZIO AMORIM

O mensalão, a reação de Dirceu e a ousadia dessa gente

Os portais, sites e blogs registram a “forte reação” de José Dirceu ao pedido de condenação de 36 — e não de 37 — dos 40 inicialmente acusados de envolvimento com o mensalão — Silvio Pereira, o “Silvinho Land Rover”, fez acordo com o Ministério Público para prestar serviços à comunidade; José Janene morreu, e Roberto Gurgel diz não ter encontrado provas contra Luiz Gushiken e Antonio Lamas. Manteve as acusações contra os demais. Entre estes, encontram-se Dirceu, os deputados federais João Paulo Cunha (PT) e Valdemar Costa Neto (PR), José Genoino, Roberto Jefferson, Delúbio Soares e Marcos Valério.
Coube a Dirceu, que não exerce mandato nenhum nem ocupa cargo público — não oficialmente ao menos — armar a reação à acusação feita pelo procurador. A tese de fundo é aquela de todos conhecida, orquestrada por Luiz Inácio Lula da Silva, sob o comando técnico de Franklin Martins: o mensalão nunca existiu. Toda aquela lambança envolvendo, inclusive, dinheiro público, era nada mais do que caixa dois de campanha. Não era! Mas digamos que fosse. Para alimentar um caixa dois, é possível cometer os seguintes crimes: formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, corrupção passiva, corrupção ativa etc. Fica parecendo, e isto é mesmo formidável, que a admissão de irregularidades no financiamento de campanha anula automaticamente os demais crimes. Se há safadeza com uma pletora de provas, esta safadeza é o que se convencionou chamar de “mensalão”.
A defesa de Dirceu também se mostra indignada porque Roberto Gurgel lembrou que ele continua a ser figura influente no PT. Acha que isso não diz nada sobre o caso. Como não? Demonstra a ousadia dessa gente. Aliás, do ponto de vista financeiro, o mensalão fez um bem imenso ao Zé, que passou a ser “consultor de empresas privadas”, mas com trânsito livre no PT e no Palácio do Planalto, onde, admitiu em entrevista, um telefonema seu “é um telefonema!!!”. Reportagem de VEJA já demonstrou como um cliente seu, Fernando Cavendish — da empreiteira Delta, aquela muito amiga de Sérgio Cabral — viu abertas as portas no governo federal depois de ter contratado os serviços do “consultor”. Em 2010, o “chefe de quadrilha”, segundo a Procuradoria, cuidou das alianças do PT nos Estados.
Ao lembrar que Dirceu segue poderoso, o procurador lembra, em suma, os efeitos deletérios da impunidade. E não só ele! João Paulo Cunha (PT), acreditem!, é o presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara. Valdemar Costa Neto, chefão do PR, tinha o controle do Ministério dos Transportes e volta a ser estrela de um escândalo. José Genoino é assessor do Ministério da Defesa; Delúbio voltou ao PT com pompa e festa, abrigado por mais de 70% do Diretório Nacional.
É evidente que tudo isso escarnece das leis, da moralidade pública, dos brasileiros, em suma. Não dá para, a cada reportagem, lembrar a contribuição de cada um dos 36 acusados para a sem-vergonhice. Os arquivos estão por aí. Uma coisa é inquestionável: poucos crimes deixaram tantos rastros. As raras punições havidas foram políticas. Essa gente tem é de responder criminalmente pela lambança.
Por Reinaldo Azevedo
REV VEJA

Gurgel: "José Dirceu era o chefe da quadrilha"


Procurador-geral pede a condenação de 36 réus envolvidos no maior escândalo do governo Lula por crimes contra a administração e lavagem de dinheiro

Luciana Marques

José Dirceu: "provas irrefutáveis" de que ele integrava o grupo criminoso (Lula Marques/Folhapress)

“As provas coligidas no curso do inquérito e da instrução criminal comprovaram, sem sombra de dúvida, que José Dirceu agiu sempre no comando das ações dos demais integrantes dos núcleos político e operacional do grupo criminoso. Era, enfim, o chefe da quadrilha", diz Gurgel. Leia aqui
DO BLOG MOV.ORDEM VIG.CONTRA CORRUPÇÃO

Nunca antes neste país os larápios federais roubaram tanto e tão descaradamente



“Não foi a corrupção que aumentou; o governo Lula é que tornou as investigações mais rigorosas e eficazes”, recomeça a balir o rebanho companheiro sempre que algum sacerdote da seita se junta à interminável procissão de escândalos. O mantra malandro foi destruído  de vez pela descoberta do milagre da multiplicação do patrimônio de Antonio Palocci e pelo desbaratamento da quadrilha em ação no Ministério dos Transportes.
O estuprador de sigilo bancário que se converteu em traficante de influência não foi desmascarado por agentes da Polícia Federal, mas por repórteres da Folha de S. Paulo. Os meliantes a serviço do PR foram identificados por jornalistas de VEJA, não pela Corregedoria Geral da União. Os órgãos de controle do governo não apuram nada. São coiteiros de delinquentes de estimação.
Nunca antes neste país os larápios federais roubaram tanto e tão descaradamente quanto nos últimos oito anos e meio, confirmam as revelações que precipitaram a troca do ministro Alfredo Nascimento por outro figurão do bando liderado pelo deputado federal Valdemar Costa Neto. Em junho de 2002, quando presidia o Partido Liberal, foi o parlamentar paulista quem celebrou o acordo com o PT que resultou na formação da dupla Lula e José Alencar, senador eleito pelo PL mineiro.
As investigações sobre o escândalo do mensalão revelaram que o aluguel do partido custou R$ 10 milhões. Mais o Ministério dos Transportes, sabe-se agora. Desde janeiro de 2003, Costa Neto administra pessoalmente a formidável cachoeira de contratos bandalhos. Hoje secretário-geral do Partido da República, nascido há cinco anos da fusão do PL com o Prona, o sócio do PT faz mais que indicar ministros: ele nomeia prepostos.
O primeiro foi o mineiro Anderson Adauto. Teve de cair fora em março de 2004, três meses depois de denunciado à Procuradoria-Geral da República pelo então diretor-geral do DNIT, José Antonio da Silva Coutinho,  por ter desviado R$32,3 milhões de financiamentos concedidos para obras em estradas pelo Banco Mundial e pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento. Oficialmente, Adauto pediu demissão para disputar a prefeitura de Uberaba.
Eleito, confessou no ano seguinte, em depoimento à CPI que investigou o mensalão, que recebera dinheiro do onipresente Delúbio Soares para pagar a gastança da campanha. Hoje filiado ao PMDB e no fim do segundo mandato, o prefeito continua fazendo companhia a Costa Neto no processo em curso no Supremo Tribunal Federal. Embora sejam ambos mensaleiros juramentados, o deputado paulista mereceu mais espaço na denúncia do procurador Antonio Fernando Souza.
Um dos trechos afirma que, “ao longo dos anos de 2003 e 2004, os denunciados Valdemar Costa Neto, Jacinto Lamas e Antônio Lamas receberam aproximadamente dez milhões e oitocentos mil reais a título de propina. O acordo criminoso com os denunciados José Dirceu, Delúbio Soares, José Genoíno e Sílvio Pereira foi acertado na época da campanha eleitoral para Presidência da República em 2002, quando o PL participou da chapa vencedora”.
Como o acordo criminoso incluiu o Ministério dos Transportes, Anderson Adauto foi substituído pelo prefeito reeleito de Manaus Alfredo Nascimento, que ficou no cargo até março de 2006, quando se candidatou ao Senado. Enquanto caçava votos, o baiano Paulo Sérgio Passos, secretário-executivo e militante do PR, tomou conta do gabinete que, em março de 2007, voltou a abrigar o senador eleito pelo Amazonas.
Nascimento afastou-se de novo em abril de 2010, agora para fracassar como candidato a governador. De novo, Passos virou ministro interino. Escolhido por Lula e nomeado por Dilma, Nascimento recuperou em 1º de janeiro de 2011 o emprego que perdeu de vez nesta quarta-feira. Enquanto Passos mantém o gabinete em ordem, Costa Neto trata da escolha do novo ministro. Nesta quinta-feira, o PR comunicou à presidente Dilma Rousseff que o preferido é o senador Blairo Maggi.
Quando ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc avisou que, “se deixarem, o Blairo Maggi planta soja até nos Andes”. Foi ele quem apadrinhou a instalação de Luiz Antonio Pagot na direção-geral do DNIT. Somados o prontuário do afilhado e a frase de Minc, pode-se deduzir que Blairo Maggi, sempre em parceria com Costa Neto, saberá tornar ainda mais produtivos e rentáveis todos os canteiros de obras públicas. O PR vai acabar colhendo alguns bilhões a mais.
Augusto Nunes

Roberto Jefferson: Agora fica difícil Lula desmentir o mensalão

 Por Marcela Rocha -Terra Magazine

Delator do esquema de corrupção que causou a maior crise durante o governo Lula (2003-2010), Roberto Jefferson (PTB-RJ) comenta a decisão do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, de pedir ao Supremo Tribunal Federal (STF) que condene 37, dos 38, réus do caso "mensalão". "Agora ficará difícil desmentir o mensalão", ataca.

Ao deixar a Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que sua tarefa, ao deixar o cargo, seria provar que o mensalão "é uma farsa".

- Mais difícil ele desmoralizar o mensalão politicamente. O fato jurídico está evoluindo e já superou o fato político. O fato político já se consolidou - defendeu Roberto Jefferson.

Confira a íntegra da entrevista:

Terra Magazine -
Demorou demais?
Roberto Jefferson - Não acho que demorou. Esse era o esperado. O caminho natural das coisas. Está cumprindo os prazos, dentro do equilíbrio. Agora é botar na pauta para julgar e esperar pela decisão do plenário.

Quando Lula deixou o governo, ele disse que sua nova tarefa seria provar que o "mensalão é uma farsa". Com essa decisão do procurador, a tarefa de Lula fica mais difícil de ser cumprida?
 
É mais difícil ele desmoralizar o mensalão politicamente. O fato jurídico está evoluindo e já superou o fato político. O fato político já se consolidou. Não tem mais como desmentir politicamente isso.

Como avalia o Estado depois do mensalão?
Ficou mais transparente. Desmistificou o último grupo que se fingia vestal no Brasil. Acusava todo mundo, mas com o escopo claro de fazer do ataque uma defesa. O que o PT apontava nos outros partidos, fazia pior. Penso que, depois desse processo clareado, eles estejam repensando as atitudes. Nesse ano ainda ouvimos falar de casos isolados, no Ministério dos Transportes, por exemplo, mas não é algo mais geral, como foi o mensalão.

Acredita que o País ainda corre o risco de haver um novo mensalão dessas proporções? 
Não creio que haja um novo mensalão deste tamanho. Hoje essas coisas estão muito expostas. A imprensa despertou para isso e passou a fiscalizar mais. Esse tipo de coisa vaza. O cara dá vitória a um grupo que atende aos interesses políticos dele, o outro que perdeu gravou e dá pra imprensa. É assim.

O ex-ministro da Comunicação Social Luiz Gushiken ficou de fora do pedido de condenação da PGR. O que achou disso?

Nunca vi Gushiken nas articulações do mensalão, mas via o José Dirceu, Delúbio Soares... Nunca soube, nunca tive nenhuma informação de que o Gushiken estivesse articulando isso. O mensalão saia mesmo da Casa Civil, esta é a minha sensação plena.

Desastre nos exames da Ordem dos Advogados mostra a calamidade do ensino no Brasil

Amigos, os resultados do último Exame de Ordem divulgado pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) acaba sendo um retrato da calamidade que é o ensino no país. Se no exame anterior a que são submetidos os formandos em Direito para poderem exercer a profissão o índice de reprovação se aproximou dos 90%, agora subiu para 92,3%, de um total de 116 mil bacharéis inscritos.
Um dado especialmente espantoso é que, das inacreditáveis 1.120 faculdades de Direito existentes o Brasil – provavelmente, mais do que o que existe na Europa inteira –, 81 conseguiram a proeza de não aprovar um único estudante. Nenhum, nada, zero.

A Ordem deverá notificar o Ministério da Educação (MEC) para colocar as faculdades de aprovação zero “sob regime de supervisão”, o que pode levar ao fechamento dos cursos – que é o que este colunista espera que aconteça.
O inacreditável é a pasmaceira de sucessivos governos, de todas as tendências políticas, deixando proliferar pelo país afora, como se o problema não existisse, essas fábricas de bacharéis, que formam mais de 600 mil por ano — a maioria dos quais, como se vê, incapaz de redigir uma petição inicial perante um juiz.
Clique aqui para ver a listagem com os nomes das 90 faculdades com índice zero no Exame de Ordem.
DO BLOG DE RICARDO SETTI
REV VEJA

Metendo os pezões pelas mãos

Não há político no Brasil que tenha aprendido tanto com Luiz Inácio Lula da Silva como Sérgio Cabral, governador do Rio: imita-o na falta de limites, na disposição de afrontar a ordem legal, na marquetagem pessoal, no destemor com que desafia o ridículo. Todos o viram há pouco a lançar uma espécie de código de ética para o governo do estado. Seria uma iniciativa meritória não estivesse em questão o comportamento do próprio Cabral, chegado a receber favores de bilionários com sólidos interesses na administração.
A promiscuidade, há muito conhecida, ganhou tinturas dramáticas com o acidente de helicóptero que matou piloto, duas crianças, uma babá e três mulheres: Mariana Noleto, namorada de um filho de Cabral do primeiro casamento; Jordana Kfuri, mulher do empreiteiro Fernando Cavendish, e Fernanda, irmã de Jordana e namorada de Cabral, que se divorciou só ontem de sua segunda mulher. No Rio, todos sabem disso, mas preferem falar do barquinho que vai e da tardinha que cai. Estavam reunidos na Bahia para comemorar o aniversário de Cavendish, um homem de trajetória empresarial, como dizer?, um tanto conturbada. A Delta toca obras de mais R$ 1 bilhão no estado do Rio, mais de R$ 200 milhões desse total sem concorrência.
A proximidade do governador Sérgio Cabral com Cavendish, dono da Delta, e favores outros recebidos de Eike Batista, somados ao drama pessoal vivido pelo homem Sérgio Cabral lançaram o seu governo numa espécie de crise de credibilidade. De súbito, o político que consegue dosar com grande competência, admito, fanfarronice, dramaticidade, populismo e até certos ecos daquela estereotipia do “malandragem” carioca se viu sorumbático, um tanto abatido, atropelado pela sua falta de senso de medida, como uma espécie de ressaca que sobreviesse à alegria que leva um jovem a exagerar na dose. Foi, assim, nesse seu momento taciturno, que o tal código veio à luz, como se não houvesse leis que desaconselhassem Cabral a usar o jatinho de um ou a participar do convescote de outro…
Pois bem. Ontem, a presidente Dilma Rousseff foi ao Rio inaugurar o teleférico no Complexo do Alemão. Em um mês, a presidente teve de demitir dois ministros: Antonio Palocci saiu no dia 7 de junho, e Alfredo Nascimento, no dia 6 de julho. Embora os dois estejam envolvidos em casos de natureza distinta, pode-se dizer que uma coisa os une: a falta de liturgia ao lidar com o interesse público. O caso de Nascimento é mais grave para o governo porque envolve uma fatia da base de apoio no Congresso. Muito bem.
Cabral ainda está na sua fase de recolhimento. O grande orador do governo do Rio foi o vice-governador, Luiz Fernando Pezão. E ele não hesitou: “Ninguém sabe no Brasil mais do que a senhora (Dilma Rousseff) o que é fazer obra pública neste País (…) Eu queria aqui dividir esse momento (…) por nós estarmos celebrando de vencer a burocracia toda, de vencer os ministérios públicos, de vencer todas as dificuldades que existem num processo como esse”. Em seguida, metendo os pezões pelas mãos,  mostrou-se grato às empreiteiras, inclusive à Delta, a empresa de Cavendish, também citada nominalmente.
Eu sempre me emociono quando vejo um governante falar das enormes dificuldades legais que os patriotas enfrentam para governar o Brasil, como se todos eles nos fizessem um enorme favor, abrindo mão dos próprios interesses para defender os nossos. Eu estou entre aqueles que, de vez em quando, enroscam com uma exigência ou outra do Ministério Público, mas eu posso! A homens públicos não cabe fazer proselitismo contra órgãos encarregados de fiscalizar a conduta de… homens públicos! Essa era uma das peças de resistência de Lula, que atacou de modo sistemático, nos seus oito anos de governo, o Tribunal de Contas da União, por exemplo.
São dias realmente muito especiais estes que vivemos. Uma presidente que acaba de demitir a cúpula de um Ministério diante de evidências gritantes de corrupção ouve um vice-governador ser grato às empreiteiras — inclusive àquela que é pivô da crise que enfrenta o governador — e atacar os “ministérios públicos”. Esta mesma presidente impôs ao Congresso um regime de concessão de obras públicas para a Copa do Mundo que poderá, por comparação, fazer gente como Valdemar Costa Neto parecer um coroinha. Na prática, o texto devolve o país à selvageria pré-lei de licitações.
Estamos sendo governados por heróis que descobriram as virtudes revolucionárias de jogar no lixo as leis.
Por Reinaldo Azevedo
REV VEJA

Corrupção Pandêmica: todos os poros

O então presidente da República, Dom Luiz Inácio (PT-SP), montou verdadeira quadrilha no governo de dois mandatos (2003-11), legando à sucessora, Dilma Roussef, maldição sobre a qual ainda se irá falar muito e muito nos anos por vir. Dilma não tinha como evitar, até porque a sua fonte de alimentação repousa no mesmo cocho petista.

Mas quadrilha bem estruturada é a que o governador Sérgio Cabral (PMDB) tem nutrido com a quase totalidade dos recursos públicos no Rio de Janeiro. As denúncias efetuadas pelo ex-governador Garotinho, ele próprio emaranhado em processos e rolos, baniria da vida pública qualquer figura com tal prontuário, em país considerado sério.

O presidente “de honra” do PR, Valdemar Costa Neto, que deveria estar em algum presídio de segurança máxima, acertava todas as contas, comissões, roubos e cotas numa sala dentro do Ministério dos Transportes. Costa Neto teve de renunciar no episódio do mensalão petista, mas voltou são e forte para continuar nos desvios

É bom que se deixe bem claro que Costa Neto só conseguiu voltar à Câmara, nesta legislatura, em função da votação alcançada por Tiririca. O atual sistema eleitoral jamais será reformado por esses que aí se encontram. Os arranjos são tão díspares que o eleitor, ao votar num candidato da chamada “esquerda”, elege um da ultradireita.

Ainda nos Transportes, o ex-chefe de gabinete do ex-ministro está construindo mansão em Brasília num de seus bairros mais chiques, avaliada em quatro milhões de reais! O salário do servidor Mauro Barbosa nem de longe permitiria essa aventura nababesca. É para isso que o brasileiro paga quase seis meses de impostos?

Para não se perder o ritmo, despertando vontade de rir em quem se espanta com o lamaçal, os meios de comunicação garantem que Luiz Antônio Pagot pode contar tudo com relação aos esquemas da campanha presidencial. A verdade é que nenhum até hoje abriu a boca para denunciar nada. Com exceção de Roberto Jefferson (PTB).

Jefferson começou a contar tudo a respeito de ladroeira praticada na Casa Civil e mandou Zé Dirceu (PT-SP) cair fora de lá: “-Sai daí, Zé, sai porque você vai se dar mal!” E Zé saiu e teve o mandato de deputado cassado pelo plenário da Câmara, mas agora ganha rios de dinheiro com a administração pública federal.

Roberto Jefferson ensaiou meia-volta, acomodou-se nos escombros de parte dos estragos e se acalmou, pois iria terminar se expondo à toa. Quando se substitui um assaltante dos cofres públicos no Brasil, o que assume chega sempre carregado de vícios. É só lembrar Erenice Guerra, amiga íntima de Dilma.

Que teria Pagot para dizer? Que parte dos aditivos das obras foi utilizada na campanha presidencial de Dilma Roussef. Que recebia ordens diretas do atual ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, cujo maior sonho é presidir o Banco do Brasil.

Funcionário de carreira do órgão financeiro, sua excelência não tem como realizar tal desejo por não possuir diploma universitário exigido pelo regulamento interno da instituição. Casado com a atual ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann (PT), os dois formam o casal mais poderoso da Esplanada dos Ministérios.

Mas a própria Gleisi Hoffmann é acusada de desviar milhões da Itaipu Binacional, onde dirigiu o setor financeiro, para a campanha presidencial de Dom Luiz Inácio. A denúncia emergiu na CPI do mensalão. Ela também foi secretária do governo (MS), de Zeca do PT, considerado um dos mais corruptos da história daquele estado.

O suplente de Gleisi Hoffmann no Senado, Sérgio de Souza (PMDB), foi investigado pela Operação Gafanhoto da PF (2008), quando se descobriu que a mãe recebia salário na Assembléia Legislativa do Paraná, depositado na conta bancária dele. Mas aí já é corrupção demais e é preciso que se respire um pouco para que se assimile.

Márcio Accioly é Jornalista.
DO ALERTA TOTAL

Procurador pede ao STF que condene 36 réus do mensalão

Para Roberto Gurgel, ficou clara existência de um esquema de corrupção no Congresso.

Foi recomendada a absolvição de Luiz Gushiken e Antônio Lamas

O empresário Marcos Valério, operador do mensalão, em frente ao Congresso Nacional (Alan Marques/Folha Imagem)

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, pediu nesta quinta-feira ao Supremo Tribunal Federal (STF) a condenação de 36 réus envolvidos no esquema do mensalão.

O STF deverá estabelecer um prazo para que os advogados dos réus apresentem suas defesas finais.

O encaminhamento da votação ainda depende de um pedido para que o processo seja incluído na pauta de julgamentos do Supremo, ação que caberá ao ministro Joaquim Barbosa, relator do processo.

Gurgel recomendou a absolvição apenas do ex-ministro da Comunicação Social Luiz Gushiken e de Antônio Lamas, ex-assessor do deputado Valdemar Costa Neto (PR).

Todos os outros réus devem ser considerados culpados, de acordo com o relatório do procurador-geral, para quem ficou clara a existência de um esquema de corrupção.

O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, o ex-presidente do PT José Genoíno e o publicitário Marcos Valério fazem parte da lista dos réus.

Mensalão

O escândalo do mensalão foi a maior crise política do governo Lula (2003-2010).

Em 2005, descobriu-se que o PT havia montado um gigantesco esquema de compra de votos de deputados na Câmara Federal, para aprovar projetos do governo.

Cada deputado custava cerca de 30.000 reais por mês. A fatura era paga com dinheiro público, desviado por um esquema criado por Delúbio Soares, ex-tesoureiro do PT, e por Marcos Valério.

Pressão

Além de encontrar infindáveis maneiras de adiar o julgamento do processo, a defesa dos envolvidos na quadrilha tem artimanhas para reconstruir a imagem dos acusados – e tentar coagir o Supremo.

Os mensaleiros foram, ao longo dos governos Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, gradualmente reabilitados.

Em abril, Genoíno foi nomeado assessor especial do Ministério da Defesa.

A ideia é mostrar que o ex-deputado ocupa um cargo relevante, subordinado diretamente a Nelson Jobim, ex-ministro do STF.

A mensagem subliminar é que um ex-magistrado não ousaria nomear um criminoso para um cargo de tanta confiança.

João Paulo Cunha, que presidia a Câmara no período do escândalo, facilitava contratos a financiadores do esquema e usava o dinheiro da propina, assumiu agora a Comissão de Constituição e Justiça da Casa.


Já Dirceu, que se dedicou aos negócios fazendo meteórica carreira como despachante de empresas nacionais e estrangeiras com interesses em decisões de órgãos estatais, voltou com força total ao jogo político na eleição que levou Dilma Rousseff à Presidência, já esteve diversas vezes no Palácio do Planalto neste ano e não perde um holofote.

No velório do ex-vice-presidente José Alencar, ficou a poucos metros dos ministros do STF Gilmar Mendes e Ellen Gracie, que vão julgá-lo no processo do mensalão.

Dirceu chegou a ser cotado para o cargo de ministro do governo Dilma.

As nomeações de mensaleiros para postos estratégicos têm o único objetivo de conferir a eles algo que a investigação oficial lhes tirou: respeitabilidade.
É uma maneira de tentar conseguir a absolvição perante os cidadãos, para, depois, contar com a tradição do Supremo Tribunal Federal de não condenar políticos.

DO B. RESISTENCIA DEMOCRATICA

PGR: 11 anos de cadeia para José Dirceu, o "chefe da quadrilha" do Mensalão.

A quadrilha de Mensalão, em montagem do Estadão.Clique para lembrar a cara de cada um dos quadrilheiros. Muitos deles estão aí, na ativa.

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, pediu ontem ao STF (Supremo Tribunal Federal) a condenação de 36 réus por envolvimento no esquema do mensalão. Somadas, as penas máximas chegariam a 4,7 mil anos de prisão. O parecer de 390 páginas, ao qual a Folha teve acesso, é a última peça a ser enviada por Gurgel antes do julgamento do caso, denunciado em 2006 por seu antecessor, Antonio Fernando Souza. "O Ministério Público Federal está plenamente convencido de que as provas produzidas no curso da instrução, aliadas aos elementos obtidos no inquérito, comprovaram a existência do esquema de cooptação de apoio político descrito na denúncia", escreveu Gurgel.

Se o caso for julgado procedente e nenhum dos crimes prescrever, o publicitário Marcos Valério de Souza, acusado de operar o esquema, poderá ser condenado a até 527 anos de prisão. O ex-ministro José Dirceu (Casa Civil), chamado de "chefe da quadrilha", e o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares pegariam até 111 anos. Mesmo que o STF opte pelas condenações máximas, a legislação limita o cumprimento de pena a 30 anos, além de estabelecer regras para que os condenados diminuam suas penas. Os réus sempre negaram a existência do esquema. Depois de mais de cinco anos de processo, em que foram realizados diversas perícias e tomadas centenas de depoimentos, o procurador-geral concluiu que ficou comprovada a existência do esquema criminoso, revelado pela Folha em 2005. O STF não estabeleceu prazo para o julgamento. O processo do mensalão é um dos mais complexos que a Corte já recebeu.

"Foi engendrado um plano criminoso voltado para a compra de votos dentro do Congresso Nacional. Trata-se da mais grave agressão aos valores democráticos que se possa conceber"
, escreveu Gurgel sobre a suposta distribuição de dinheiro em troca de apoio político ao governo do ex-presidente Lula. Segundo o parecer, o grupo "agiu ininterruptamente" "entre janeiro de 2003 e junho de 2005 e era dividido em núcleos específicos, cada um colaborando com o todo criminoso em busca de uma forma individualizada de contraprestação". Marcos Valério é apontado como "líder do núcleo operacional e financeiro" e José Dirceu, como "chefe da quadrilha", reeditando a expressão usada por Antonio Fernando Souza na denúncia.

"Marcos Valério, na condição de líder do núcleo operacional e financeiro, foi juntamente com José Dirceu, pessoa de fundamental importância para o sucesso do esquema ilícito de desvio de recursos públicos protagonizado pelos denunciados", afirma o documento. Segundo Gurgel, o esquema tinha por objetivo, "mais do que uma demanda momentânea (...), fortalecer um projeto de poder do PT de longo prazo". Sobre Dirceu, ele escreveu: "Partindo de uma visão pragmática, que sempre marcou a sua biografia, José Dirceu resolveu subornar parlamentares federais, tendo como alvos preferenciais dirigentes partidários de agremiações políticas". "A força do réu é tão grande que, mesmo depois de recebida acusação por formação de quadrilha e corrupção ativa pelo pleno do STF, delitos graves, ele continua extremamente influente dentro do PT, inclusive ocupando cargos formais de relevo", concluiu o procurador. Gurgel pediu a absolvição de dois réus: o ex-ministro Luiz Gushiken e Antônio Lamas.
DO B. DO CEL

Sarney: PT sem Lula não se sustenta e redes sociais vão acabar com os partidos.

Em longa entrevista ao Correio Braziliense, José Sarney (PMDB-AP), presidente do Senado, declara: O PT está no governo e tem os instrumentos de governo, mas o PMDB é o partido da estabilidade nacional, pois não tem líderes. Não tem nenhum líder messiânico. Se tirar o Lula do PT, o partido se fragmenta, até porque é uma confederação de tendências. 

Na entrevista, o velho cacique rende-se à internet: Muita gente acha que fui um conservador, mas sempre tentei ser um inovador. Agora mesmo, não estou mais pensando no lápis com que comecei a escrever nem nas memórias. Estou pensando na internet, nos blogs.  

E afirma que a internet vai acabar com os partidos políticos e com a democracia representativa: Porque a internet fez com que se distribuísse por meio do cidadão um poder para ele opinar diretamente, sem intermediários. O partido é uma filiação que foi feita justamente para intermediar o povo e o governo. Eu estava lendo o jornal El País sobre o movimento Indignai-vos. Na Europa inteira, há um processo de liquidação do Estado social e de direito. Todo mundo está voltando às fórmulas ortodoxas e cortando empregos para ver se supera a crise. Na Espanha, os jovens estão acampados. E perguntaram a eles: "O que precisa acabar?". "Os partidos", disseram. Leia aqui, na íntegra.
DO C. NOTURNO

A CORRUPÇÃO VERGONHOSA, DEVASTADORA E IMORAL DESTE TAL PARTIDO DOS TRABALHADORES


RIVADAVIA ROSA


A corrupção que se apresenta de forma escandalosa já não é individual ou circunstancial. Trata-se de corrupção estrutural, sistêmica. A circunstancial ocorre em todo o mundo, inclusive nas democracias avançadas, como os EUA, monarquias e repúblicas européias. Sempre haverá governantes, legisladores, empresários, sindicalistas ou, em geral pessoas que exercem alguma forma de poder que em homenagem a debilidade humana rendem sincero tributo a essa vulnerabilidade da condição humana, e aceitam ou solicitam suborno, melhores cargos ou salários, prebendas e outros tipos de favores ou bens em troca até de favores sexuais, obtendo sólidas fortunas pontualmente depositadas em bancos suíços ou em paraísos fiscais (offshores), quando não levadas em cuecas e malas, o que não é a regra, sendo de aplaudir aos que com humildade deixam de roubar ou aos que se propõem fazê-lo por quatro anos, admitindo, com cavalheirismo seu prévio entusiasmo expropriador do alheio.

A corrupção sistêmica ou estrutural já não depende de iniciativas pessoais ou deslizes delitivos, mas se os incorpora, termina por contaminar de tal forma as instituições e o corpo social que as ações que impulsiona ou executa são assumidas como naturais e necessárias para a conservação da (des) ordem estabelecida, inclusive para o desenvolvimento e o crescimento da sociedade, no caso da societas sceleris.
A mais aguda e perversa forma de corrupção estrutural por excelência se dá nos regimes totalitários e unipessoais, em que nem a justiça é independente, nem há partidos de oposição, nem os parlamentares são outra coisa do que dóceis instrumentos dos déspotas, nem há liberdade de imprensa que sirva como freio. A separação dos poderes do Estado e a colaboração harmônica entre eles, imperativos constitucionais e requisitos básicos para que a democracia opere em forma integral são simplesmente anulados.

A Justiça não tem dado uma resposta imediata à demanda de ilícitos envolvendo o dinheiro público. São inúmeros os casos de corrupção que mesmo em sua dimensão ficaram praticamente esquecidos, assim como seus responsáveis, diante de novos escândalos. Provocam comoção quando descobertos e noticiados pela grande imprensa, mas não sendo punidos, são utilizados apenas com objetivos políticos, não com real interesse em sua punição que compete aos juízes e tribunais.

Com efeito - os crimes investigados e esclarecidos pela Polícia, não são penalizados com as correspectivas sentenças que os casos requerem: o exemplo mais clamoroso e o chamado Mensalão que ultrapassou a escadaria do Supremo Tribunal Federal, mas pela demora, negligência ou obscuras razões podem gerar impunidade pelo vencimento fatal dos prazos legais. Na Justiça só quem cumpre os prazos são as partes.

Tornou-se hábito dos que exercem altos cargos públicos (os pequenos são imediatamente processados e demitidos) quando são descobertos ou acusados ou mesmo, quando pegos em flagrante por atos de corrupção aparentarem indignação, ameaçar o denunciante e até se apoiarem no povo, o respeitável e distinto povo. É reiterativa, também por parte desses honrados homens que ocupam altos cargos públicos - se utilizarem das expressões˜conspiração, conspiração das elites brancas , interesses espúrios, interesses políticos, imprensa marrom, imprensa golpista (PIG)..., e, até a novíssima expressão fogo amigo; sempre como bons atores, demonstram a cólera dos justos ou a fingida ira dos corruptos.

Nessa tragédia da corrupção nacional que assola todos os entes federativos e que tem sido atualizada diariamente com novos escândalos só ainda não foi implicado ainda o imperialismo norte americano (na Argentina já o foi).
DO BLOG GRAÇA NO PAIS DAS MARAVILHAS

AGORA É LEI: O BRASIL É UMA CORRUPTOCRACIA

A aprovação folgada no Senado de norma legal que determina o sigilo sobre os custos das obras que irão viabilizar a realização da Copa do Mundo, além da dispensa de licitações vinculadas, formaliza o país como uma CORRUPTOCRACIA, o regime de “controle” da sociedade implantado no Brasil pelo PT ao longo dos mandatos de Lula agora da presidente Dilma.
Que ninguém mais se ofenda quando classificarmos o Brasil como um Paraíso da Patifaria, desgovernado por Covis de Bandidos a serviço de uma Oligarquia de Ladrões, frutos diretos da Fraude da Abertura Democrática.
No momento que a presidente Dilma firmar a sanção presidencial para esse absurdo, sua biografia a colocará como cúmplice formal da degeneração moral das relações público-privadas.
É importante lembrar que o esquema de corrupção no Ministério dos Transportes é uma das hediondas heranças do desgoverno Lula, no qual a atual presidente tinha assento como Ministra da Casa Civil e, nem por isso, em nenhum momento, se colocou formalmente contra qualquer escândalo de corrupção denunciado, pelo contrário, sua parceria com o ex-presidente para o bem – se tiver existido algum – ou para o mal sempre foi inabalável.
Como sempre a ambição desmedida para o enriquecimento ilícito, com a devida proteção pela omissão dos órgãos de controle do poder público e da Justiça – especialmente dos Tribunais Superiores –, faz, às vezes, os canalhas da corrupção perderem a noção do absurdo, levando-os a um nível de exposição inadequado junto à sociedade dos patriotas mortos, o que obriga o poder público a agir, mesmo que a costumeira hipocrisia da ação punitiva acabe em vergonhosas impunidades gestadas no submundo da degeneração moral do poder público. Alguém ainda se lembra da gang dos 41? Alguém ainda se lembra do descarado roubo do crucifixo do gabinete presidencial, amplamente denunciado pelos meios de comunicação?
Afirmar que os órgãos de controle do desgoverno petista terão a iniciativa e a isenção para fiscalizar e auditar as obras da copa e suas licitações, impedindo esquemas de corrupção ou desqualificado licitações desonestas é a mesma coisa de nos chamar de idiotas e imbecis absolutos – o que já não é nenhuma novidade a cada ato desse poder público degenerado que tenta a todo o momento controlar nossa vida privada, mas deixa correr solta a patifaria generalizada das relações público-privadas.
A preocupação maior dessa gente sórdida é evitar o excesso de roubo para “não pegar muito mal” perante a sociedade que já aprendeu a ser tratado como palhaços do Circo do Retirante Pinóquio.
Dificilmente existirá na história da civilização algo mais podre, mais leviano, mais desonesto, e mais hipócrita do que o petismo e seus tentáculos, que praticamente aparelham o poder público em todas as suas instâncias.
Que ninguém espere o encontro de milhares de pessoas nas ruas para protestar contra a formalização da Corruptocracia como sistema de valores e de condutas no país, tendo em vista que os interesses da sociedade parecem estar mais voltados na direção da luta para a destruição da celular familiar, seja através da defesa pública dos gays, lésbicas e assemelhados, ou com luta pela liberdade para consumir drogas sem limite de idade, sem falarmos na distribuição geral e quase irrestrita de subornos sociais para ninguém botar defeito.
O que mais se pode esperar de uma sociedade que aceita pacificamente que a luta pela preservação da família e seus valores cristãos seja classificada como homofobia?
O que mais se pode esperar de uma sociedade que assiste pacificamente seus filhos e filhas receberem kits gays como instrumentos de formação de caráter ou personalidade?
O que mais se pode esperar de uma sociedade que aceita que seu país seja transformado em um Paraíso de Patifes desgovernados por Covis de Bandidos controlados por Oligarquias de Ladrões?
Geraldo Almendra
07/07/2011
DO BLOG LILICARABINA

Nunca antes neste país os larápios federais roubaram tanto e tão descaradamente

Por Augusto Nunes - Veja Online

“Não foi a corrupção que aumentou; o governo Lula é que tornou as investigações mais rigorosas e eficazes”, recomeça a balir o rebanho companheiro sempre que algum sacerdote da seita se junta à interminável procissão de escândalos. O mantra malandro foi destruído de vez pela descoberta do milagre da multiplicação do patrimônio de Antonio Palocci e pelo desbaratamento da quadrilha em ação no Ministério dos Transportes. O estuprador de sigilo bancário que se converteu em traficante de influência não foi desmascarado por agentes da Polícia Federal, mas por repórteres da Folha de S. Paulo. Os meliantes a serviço do PR foram identificados por jornalistas de VEJA, não pela Corregedoria Geral da União. Os órgãos de controle do governo não apuram nada. São coiteiros de delinquentes de estimação.

Nunca antes neste país os larápios federais roubaram tanto e tão descaradamente quanto nos últimos oito anos e meio, confirmam as revelações que precipitaram a troca do ministro Alfredo Nascimento por outro figurão do bando liderado pelo deputado federal Valdemar Costa Neto. Em junho de 2002, quando presidia o Partido Liberal, foi o parlamentar paulista quem celebrou o acordo com o PT que resultou na formação da dupla Lula e José Alencar, senador eleito pelo PL mineiro. As investigações sobre o escândalo do mensalão revelaram que o aluguel do partido custou R$10 milhões. Mais o Ministério dos Transportes, sabe-se agora.

Desde janeiro de 2003, Costa Neto administra pessoalmente a formidável cachoeira de contratos bandalhos. Hoje secretário-geral do Partido da República, nascido há cinco anos da fusão do PL com o Prona, o sócio do PT faz mais que indicar ministros: ele nomeia prepostos. O primeiro foi o mineiro Anderson Adauto. Teve de cair fora em março de 2004, três meses depois de denunciado à Procuradoria-Geral da República pelo então diretor-geral do DNIT, José Antonio da Silva Coutinho, por ter desviado R$32,3 milhões de financiamentos concedidos para obras em estradas pelo Banco Mundial e pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento.

Oficialmente, Adauto pediu demissão para disputar a prefeitura de Uberaba. Eleito, confessou no ano seguinte, em depoimento à CPI que investigou o mensalão, que recebera dinheiro do onipresente Delúbio Soares para pagar a gastança da campanha. Hoje filiado ao PMDB e no fim do segundo mandato, o prefeito continua fazendo companhia a Costa Neto no processo em curso no Supremo Tribunal Federal. Embora sejam ambos mensaleiros juramentados, o deputado paulista mereceu mais espaço na denúncia do procurador Antonio Fernando Souza.

Um dos trechos afirma que, “ao longo dos anos de 2003 e 2004, os denunciados Valdemar Costa Neto, Jacinto Lamas e Antônio Lamas receberam aproximadamente dez milhões e oitocentos mil reais a título de propina. O acordo criminoso com os denunciados José Dirceu, Delúbio Soares, José Genoíno e Sílvio Pereira foi acertado na época da campanha eleitoral para Presidência da República em 2002, quando o PL participou da chapa vencedora”.

Como o acordo criminoso incluiu o Ministério dos Transportes, Anderson Adauto foi substituído pelo prefeito reeleito de Manaus Alfredo Nascimento, que ficou no cargo até março de 2006, quando se candidatou ao Senado. Enquanto caçava votos, o baiano Paulo Sérgio Passos, secretário-executivo e militante do PR, tomou conta do gabinete que, em março de 2007, voltou a abrigar o senador eleito pelo Amazonas. Nascimento afastou-se de novo em abril de 2010, agora para fracassar como candidato a governador. De novo, Passos virou ministro interino. Escolhido por Lula e nomeado por Dilma, Nascimento recuperou em 1º de janeiro de 2011 o emprego que perdeu de vez nesta quarta-feira.

Enquanto Passos mantém o gabinete em ordem, Costa Neto trata da escolha do novo ministro. Nesta quinta-feira, o PR comunicou à presidente Dilma Rousseff que o preferido é o senador Blairo Maggi. Quando ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc avisou que, “se deixarem, o Blairo Maggi planta soja até nos Andes”. Foi o senador por Mato Grosso quem indicou Luiz Antonio Pagot para a direção-geral do DNIT. Somados o prontuário do afilhado e a frase de Minc, pode-se deduzir que Blairo Maggi, sempre em parceria com Costa Neto, saberá tornar ainda mais verdejantes, produtivos e rentáveis todos os canteiros de obras públicas. O PR vai colher alguns bilhões a mais.
DO MOVCC

Dilma diante da alcateia

EDITORIAL
O Estado de S.Paulo - 08/07/11

A presidente Dilma Rousseff não escapou do ressentimento da base parlamentar do Planalto por ter preferido esperar que o ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, titular do mal chamado Partido da República (PR), se enforcasse nas próprias cordas, em vez de fazer a coisa certa para demonstrar a sua intransigência com a corrupção, qualquer que fosse o preço a pagar: afastar o ministro juntamente com os seus quatro auxiliares diretos suspeitos de cobrar propinas e superfaturar obras pagas pela pasta. Mas, ao poupá-lo, além de tornar a ser vista como vacilante, Dilma não escapou das críticas dos chamados aliados. "O ministro não merecia esse desenlace", reclamou um deputado da sua legenda. "Isso terá consequências", previu o presidente de outra sigla governista, inconformado com a demissão dos quatro suspeitos sem consulta a Nascimento.

Afinal, ele teve de se demitir, anteontem, quando novos escândalos mancharam o seu já carregado prontuário. Na mesma quarta-feira, O Globo revelou que uma empresa de seu filho Gustavo Morais Pereira cresceu colossais 86.500% em seis anos - de R$ 60 mil para R$ 52,3 milhões. O precoce empresário de 27 anos fazia negócios com outra empresa, beneficiária de recursos do Ministério dos Transportes - onde a mulher de seu proprietário é funcionária nomeada por Nascimento e mexe com dinheiro grosso. Além disso, o site do Estado revelou que o então chefe de gabinete da pasta, Mauro Barbosa, um dos afastados por Dilma, constrói em Brasília uma casa que deverá custar-lhe cerca de R$ 4 milhões. E, completando a safra de escândalos do dia, em um dos 74 inquéritos abertos para apurar desvio de verbas no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), a Polícia Federal apurou que um sobrinho do deputado federal João Maia, outro republicano, cobrava pedágio de 5% dos valores pagos a uma empresa prestadora de serviços ao órgão.

O Ministério dos Transportes, terreno de onde jorra lama onde quer que se perfure, foi cedido pelo então presidente Lula, ainda no seu primeiro mandato, ao PL do vice José Alencar. A legenda veio a se chamar PR depois da fusão com o Prona. Pelo ingresso de Alencar na chapa, o PT, presidido pelo deputado José Dirceu, pagou R$ 10 milhões ao PL controlado pelo colega Valdemar Costa Neto. Eles se reuniram a poucos metros de onde Lula e Alencar se entendiam. Réu do mensalão, Costa Neto renunciou para não perder o mandato. Reeleito, segue sendo o capo do PR presidido por Nascimento. "Despachava" com empreiteiros no gabinete do ministro. Disputa com outros figurões da base a condição de encarnar o acervo mais representativo da herança maldita que a presidente recebeu do seu mentor. Lula não só uniu em torno de si a escória política nacional, como permitiu-lhe frequentar sem embaraço os cofres federais.

Sabe-se hoje que sua ministra da Casa Civil não estava pisando nos astros, distraída, enquanto se perpetrava o assalto ao trem pagador do Ministério dos Transportes. Já não vem ao caso imaginar o que ela fez ou deixou de fazer pelo patrimônio público posto ao alcance dos lobos. Mas dois fatos atuais não podem ser deixados de lado. Um é que, ao assumir a Presidência da República, prometeu ser implacável com a corrupção. O outro é que a corrupção continuou solta e pesada nos Transportes até que a imprensa a expusesse. Nessa hora, no fim da semana passada, a presidente teve a chance histórica de iniciar uma cirurgia radical na pasta para livrar-se da "herança maldita". Em vez de aproveitá-la, preferiu manter o ministro e entregar-lhe a apuração das traficâncias praticadas a um palmo do seu nariz. Depois, em zigue-zague, mandou suspender as licitações por ele aprovadas, enquanto as ministras da Casa começavam a tratá-lo como um morto-vivo.

A presidente, em suma, deixou passar a primeira hora da verdade da sua gestão. A segunda já ressoa pela voz dos dirigentes do PR que não abrem mão do seu feudo e advertem que Dilma terá de se entender com o caído Nascimento para a escolha do sucessor.

Se ela sucumbir à chantagem, já não fará muita diferença para a sua imagem se convidar de uma vez para o cargo o próprio Valdemar Costa Neto.

O PAC MAN oportunista.

Hummmmm!
PAC MAN sentando o cacete na quadrilha, até bem pouco tempo sua amiguinha?
Sei não.
Cheira a puro oportunismo.
Leiam:

Thiago Herdy, O Globo

Depois de um encontro com lideranças do partido, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) elevou ainda mais o tom no discurso contra o governo federal em meio aos desdobramentos da crise nos Transportes , e avaliou o primeiro semestre do governo de Dilma Rousseff como "o mais negativo da nossa história política recente".
O tucano responsabilizou o PT pelos escândalos ocorridos no governo, mesmo que envolvendo dirigentes de outros partidos, e responsabilizou o que chamou de modus operandi do Ministério dos Transportes pela falta de investimentos fundamentais na infraestrutura do país.
- O que eu vejo é uma tentativa de setores do PT de lavarem as mãos e dizerem que não temos nada com isso. Isso é o maior dos mundos. O governo federal e a Presidência da República é que são responsáveis não apenas pelas nomeações dos ministérios, sejam eles do PT, sejam eles dos partidos aliados, e do que ocorre em cada um desses ministérios - disse o senador.

PAC MAN andou enfiando o pé na jaca da Devassa outra vez.
Brigando com aliados moço?
Que trairagem.
A oposição tem que ser propositiva  lembra?


Não se preocupem: O SUPER MKT CHEGOU!
A ONU está preocupada.
Disse que o combate à fome no mundo, vai fracassar.
Leiam, depois digo para a ONU não se preocupar.

Filipe Domingues, Agencia Estado
O mundo está prestes a fracassar no cumprimento das metas de redução da fome estabelecidas pelas Nações Unidas em 2000, apesar do sucesso em conter a pobreza extrema, afirma um relatório da ONU divulgado nesta quinta-feira.
Em 2000, a instituição global de 192 países membros lançou oito Metas de Desenvolvimento do Milênio para serem alcançadas até 2015. Seu relatório de evolução de 2011 mostra resultados contraditórios na primeira meta de erradicação da pobreza extrema e da fome.
A primeira meta principal inclui cortar pela metade a proporção de pessoas subnutridas, mas a parcela caiu pouco, de 20% em 1990 para 16%, estagnando durante anos.
"A proporção de pessoas no mundo em desenvolvimento que entraram (na situação de) fome em 2005/07 permaneceu estável em 16%, apesar de reduções significativas na pobreza extrema", diz o relatório.
"Com base nesta tendência e à luz da crise econômica e da alta dos preços dos alimentos, será difícil cumprir a meta de redução da fome em muitas regiões do mundo em desenvolvimento", avalia o documento. A tendência alarmante para a redução da fome vem à tona num momento em que o nordeste africano enfrenta o que a ONU descreve como "sua pior seca em 60 anos", afetando cerca de 10 milhões de pessoas.
"A desconexão entre a redução da pobreza e a persistência da fome trouxe uma atenção redobrada para os mecanismos que governam o acesso aos alimentos no mundo em desenvolvimento", acrescenta o relatório.

Caros senhores velhinhos da ONU.
Seus problemas e os da fome acabaram.
Graziano, o SUPER MKT, vai acabar de vez com ela.
Será o FOME ZERO INTERNACIONAL.
Zero de fome. Todos com 3 refeições ao dia.
Todos com Bolsa Fome.
Todos bem nutridos como aqui em Banânia.
Aqui, o FOME ZERO zerou a fome.
Nenhum petista é pobre. Todos saíram da linha da pobreza. Todos riquinhos da silva. Todos com suas obras de gaveta.
Todos como o Fradeco Safado: Cheios de grana na bufunfa.

Não se preocupem com a ralé. No mundo como aqui, a fome será sempre cumpanhêra. Eles, os pobres, já estão acostumados com estômagos e bolsos vazios. 


Sururu na quadrilha promete grandes sensações.

É briga de quadrilha.
E em briga de quadrilha o tiroteio desenfreado é uma regra.
Leiam o que vai na Folha:

Filiado ao PR e um dos pivôs da crise nos Transportes, Pagot afirma que PT manda tanto no órgão quanto seu partido
Diretor-geral do Dnit foi escalado para defender a sigla, que não quer pagar sozinha pelas acusações de corrupção
CATIA SEABRA
DE BRASÍLIA

Depois de perder o comando do Ministério dos Transportes sob acusações de corrupção, o PR manda ao governo seu recado: não quer pagar sozinho pelas denúncias que abalaram a pasta e já faz ameaças a petistas que estão na estrutura do órgão.
Afastado após ser envolvido nas acusações que derrubaram o ex-ministro Alfredo Nascimento, o diretor-geral do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), Luiz Antonio Pagot, deu prévia ontem de como será seu primeiro depoimento sobre o caso, terça-feira, no Congresso.
"O Dnit é um colegiado. O Hideraldo manda tanto quanto o Pagot", disse, em referência ao petista Hideraldo Caron, diretor de Infraestrutura Rodoviária do Dnit, e listando, em seguida, todo o colegiado do órgão.

Caron, filiado ao PT do Rio Grande do Sul desde 1985, é apontado por políticos como uma espécie de "espião" de Dilma Rousseff no Dnit.
Segundo Pagot, ele era responsável por 90% das obras, já que cuidava da diretoria de Infraestrutura do órgão.
"No Dnit só se aprova por unanimidade. É claro que cada um é responsável por sua área. A responsabilidade pelas obras é do Hideraldo. Como ele é diretor de Infraestrutura Rodoviária, é óbvio que tem um volume maior concentrado", disse Pagot, ressalvando que "não é Hideraldo que toma as decisões".

A pedido do senador Blairo Maggi (PR-MT), seu padrinho político, Pagot dará explicações públicas na Câmara e no Senado.
Ele foi escalado para defender publicamente o PR. Só depois, a sigla pretende encaminhar ao Planalto seus indicados para o ministério.
Além de compartilhar a responsabilidade com o colegiado, Pagot afirma que só executa obras.
"Cumprimos. Não inventamos orçamento. O Dnit não faz política pública, é um executor de obras e prestador de serviços em algumas áreas. É fácil ficar acusando quando não se sabe como as coisas funcionam."

Para integrantes do PR, o recado de Pagot tinha também outro destinatário: o ex-ministro do Planejamento Paulo Bernardo (PT), hoje nas Comunicações.
Segundo senadores do PR, Pagot deve afirmar, em depoimento, que cumpria ordens e citar de onde partiam.
Incomodados, comandantes do PR disseram ainda que a atual ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, mulher de Paulo Bernardo, era quem acompanhava a execução das obras no Paraná.
Em nota, Paulo Bernardo disse que "obras previstas no Orçamento Geral da União passam pelo Planejamento sem que isso implique qualquer envolvimento do titular na execução dos projetos".

DEFESA
Hoje à frente do Ministério dos Transportes, o secretário-executivo da pasta, Paulo Sérgio Passos, não será poupado dos ataques do partido.
Segundo interlocutores do ex-ministro Nascimento, Passos estava à frente do ministério nos seis meses finais de 2010, sendo corresponsável pela elevação dos valores de contratos recentes.
Reunido ontem com líderes do PR, Nascimento se queixou de Passos por não o ter defendido quando Dilma fez críticas ao ministério.
Os petistas não temem só a reação do PR, mas de toda a base à demissão do ex-ministro, apenas cinco dias após o surgimento do escândalo.
Para o PT, um sinal foi emitido pelo PMDB do Senado, que incluiu na pauta de semana que vem um pedido de convocação de Expedito Veloso (PT), ex-diretor do Banco do Brasil envolvido no escândalo dos aloprados.


Nas entrelinhas, estaremos de volta ao ano de 2010.. O cachaça ainda sentado no trono.
Dona Mintira, como marionete, cumpriu e extendeu as falcatruas do CHEFE.
Este sururu promete grandes emoções.


Mataram Odete Roitman.
Afi Maria!
Té kinfin!
PQP!

Mataram Odete Roitman.

Sininho da Floresta Preta finalmente abandonou o barco furado do PV e fez isso causando um estrago miserável no partido.
Dos 15 deputados, somente 1 disse que acha que sai, mas prefere ficar.
Dos 1 senadores, 1 não veio por estava em reunião com a bancada dele mesmo.

O PV, com a saída de dona Sininho da Floresta Preta, está acabado como o DEM.

Soube, de fonte limpa, que Dona Sininho da Floresta preta pensa em criar seu próprio partido, cuja sigla é PAA - Partido do Avatar Azul.
Como orientação política, o novo partido lutará pela preservação da Natura Naturé, pela não extinção da emulsão Natura Fotoequilíbrio e pelos Ekos que vem de lá do aquém do além adonde vevem os mortos.

O partido, como era de se esperar pelos seus astronômicos 20 milhões de votos, começará forte.
Integrarão a nova e puljante legenda a própria Sininho, a Floresta Preta de Cheirowood, o presidente da Natura e mais meia dúzia de desempregados políticos todos carentes de uma Bolsa Família.

Terá como lema “Encontro por uma nova Política" que pretende mudar as políticas herdadas de seu velho petismo.

Nasce assim uma puljante e categórica sopa de letrinhas e de pensamentos desencontrados.

DO B. COM GENTE DECENTE


O PT privatizou o Tesouro Nacional.

O Editorial de O Globo é impressionante pelos números mostrados. Nos últimos três anos, o BNDES recebeu R$ 285 bilhões de transferências do Tesouro Nacional, para financiar obras superfaturadas do PAC, a criação de oligopólios e o financiamento de empreiteiras na America Latina e no mundo, em obras milionárias, inclusive em Cuba. 

Na Ilha de Fidel, então, é um escândalo. Enquanto do Brasil perde bilhões pela falta de infra-estrutura portuária, o BNDES financia quase U$ 300 milhões para um governo assassino e caloteiro construir o Porto de Mariel. Para que os cubanos possam exportar.A verdade é que o PT privatizou o Tesouro Nacional para o partido e para as grandes empreiteiras doadoras das suas campanhas eleitorais. 

Na esteira do ruidoso caso Pão de Açúcar, o BNDES não sai das manchetes. E não se pode dizer que a mídia esteja dando destaque a aspectos positivos da instituição. O episódio, altamente desgastante para o governo, enseja reflexões sobre a lamentável trajetória do BNDES nos útimos anos. É preciso entender como as coisas chegaram a esse ponto e as correções que se fazem necessárias. Desde 2008, o Tesouro tem feito transferências maciças de recursos ao BNDES, bancadas por emissão de dívida pública. Aos R$230 bilhões transferidos entre 2008 e 2010, somaram-se agora mais R$55 bilhões em 2011. 

O valor total - R$285 bilhões - é quatro vezes maior do que o da gigantesca operação de capitalização da Petrobras do ano passado. Corresponde a cerca de 24 vezes o valor dos recursos do Tesouro canalizados ao PAC no primeiro semestre deste ano. Tais transferências, feitas por fora do processo orçamentário e sem contabilização nas estatísticas de dívida líquida e de resultado primário, têm permitido ao governo manter farto orçamento paralelo no BNDES, principal canal da expansão fiscal observada nos últimos anos.

Na gestão das contas públicas federais, convivem hoje dois mundos completamente ditintos. De um lado, tem-se a dura realidade do Orçamento Federal, onde tudo é escasso e se contam os centavos. De outro, tem-se a Ilha da Fantasia do BNDES, mantida com emissões de dívida pública, onde parece haver recursos para tudo. Não é surpreendente que esse ambiente de tanta fartura tenha fomentado um clima de megalomania e dissipação, fundado na presunção de que dinheiro público é o que não falta. Ganham força as agendas próprias, multiplicam-se as missões inadiáveis e os investimentos grandiosos e voluntaristas, com custo a ser debitado ao contribuinte. Disseminou-se a ideia de que não há projeto, por mais dispendioso e injustificável que pareça, que não possa ser financiado pelo BNDES. E os que podem, ao banco, acorrem.

O que chama a atenção no caso Pão de Açúcar são a extensão e o vigor da resistência da opinião pública ao envolvimento do BNDES na operação. Foi muito mais que reação da mídia. É impressionante que até mesmo formadores de opinião que não perdem oportunidade de tecer elogios ao governo tenham manifestado estranheza com o despropósito da operação. O caso parece ter sido a última palha diante do crescente desconforto com o destino pouco defensável que recursos públicos vêm tendo no BNDES. 

Os jornais de quarta-feira, 29, já não deixavam dúvidas sobre a extensão da indignação. Mas o governo levou algum tempo para notar que o caldo tinha entornado. No dia 30, o BNDES ainda tentou enrolar-se na Bandeira Nacional para defender a operação. Só no dia 1º, quando o alarme soou no Planalto, a instituição se viu afinal compelida a tentar desfazer a trapalhada e conter danos.O episódio pode vir a ser um divisor de águas. Salta aos olhos que chegou o momento de acionar os freios no BNDES. Já corre no Senado a proposta de que a Lei de Diretrizes Orçamentárias exija que futuras transferências ao BNDES sejam incluídas no Orçamento. Mas só isso é pouco. O ideal seria simplesmente fechar de vez a ligação clandestina do BNDES ao Tesouro.

A nota dissonante - quem diria - veio do Banco Central. O Relatório de Inflação, publicado pela instituição em 29/6, inclui estimativas dos impulsos fiscais a que vem sendo submetida a economia brasileira, feitas de acordo com três metodologias distintas. Todas elas baseadas no resultado primário do governo. Tendo em conta as três medidas, o BC concluiu que a política fiscal foi neutra em 2010! Como os R$107,5 bilhões transferidos do Tesouro ao BNDES foram omitidos da estatística oficial de resultado primário, o BC simplesmente não conseguiu detectar a farra fiscal de 2010. Quem deve estar eufórico é o ministro Guido Mantega. Ganhou do Banco Central um atestado de que foi austero em 2010. Com um BC desses, sim, dá gosto trabalhar, terá comemorado Mantega.
DO BLOG DO CEL

Mensalão - Procurador-geral pede a condenação de 36 réus



O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, enviou nesta quinta-feira (7) ao STF (Supremo Tribunal Federal) o pedido de condenação de 36 pessoas por envolvimento no esquema do mensalão com penas máximas que, se somadas, chegam a mais de 4.700 anos de prisão, revela reportagem de Felipe Seligman, Breno Costa e Matheus Leitão publicada na Folha desta sexta-feira (íntegra está disponível para assinantes do jornal e do UOL, empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha).

O documento de 390 páginas, ao qual a Folha teve acesso, é a última peça a ser enviada por Gurgel antes do julgamento final sobre o caso, denunciado em 2006 por seu antecessor, Antonio Fernando Souza.

Se o caso for julgado procedente pelos ministros do Supremo e nenhum dos crimes prescreverem, o publicitário Marcos Valério de Souza, por exemplo, poderá ser condenado a até 527 anos de prisão. Já o ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, e o ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares, pegariam, no máximo, 111 anos.

O suposto esquema foi revelado em 2005 pelo ex-deputado Roberto Jefferson, em entrevista à Folha, quando contou pela primeira vez sobre um suposto esquema de pagamentos mensais a deputados. O caso foi denunciado pela Procuradoria Geral da República em 2006 e acolhido pelo STF no ano seguinte.

O julgamento dos 38 réus do processo ainda não tem prazo para acontecer, mas o relator do caso no Supremo, ministro Joaquim Barbosa, já abriu prazo para as alegações finais das partes, pedindo esclarecimentos sobre fatos novos que surgiram já com a ação penal em andamento.

Leia a reportagem completa na Folha desta quinta-feira, que já está nas bancas.
DO BLOG CARA NOVA NO CONGRESSO