sexta-feira, 8 de julho de 2011

Até a esquerda radical quer frear a bandalheira do BNDES.

Um movimento chamado Plataforma BNDES, que reúne CUT, MST, Pastoral da Terra e outros assemelhados, está enviando uma carta aos Senadores, pedindo que eles não aprovem a MP 526, que autoriza uma emissão de títulos da dívida pública, no valor de R$ 55 bilhões, para capitalizar o BNDES. O movimento estrila e dá alguns dados que a oposição, especialmente o ex-governador José Serra (PSDB-SP) e o senador Álvaro Dias (PSDB-PR) vem batendo. 

Segundo dados do próprio BNDES, hoje 66,4% dos recursos do banco são canalizados para um seleto grupo de grandes empresas, ao passo que as pequenas e médias empresas, principais responsáveis pela geração de trabalho e renda no Brasil, recebem apenas 27,9%. 

Importa lembrar ainda que a política de capitalização do BNDES a partir da emissão de títulos da dívida pública possui um custo elevado. Segundo dados do IPEA de dezembro de 2010, o Tesouro repassa ao BNDES recursos captados junto aos mercados financeiros, pagando juros entre 10,75% (Selic) e 12,5% (NTN-F, título prefixado de longo prazo), mas empresta ao BNDES cobrando 6% (TJLP, taxa de juro de longo prazo). Segundo o mesmo estudo, até o ano passado o valor deste subsídio pago pelos contribuintes brasileiros às grandes empresas totalizou quase R$ 21 bilhões, valor 38% maior que os R$ 13 bilhões destinados ao Bolsa-Família em 2009.

A CPI do BNDES, uma das bandeiras deste Blog,  é uma questão de suprapartidária e uma até mesmo de patriotismo. 
DDO B. DO CEL

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