O senador Delcídio
do Amaral (PT-MS) desmente em nota matéria, deste fim de semana, da
revista Carta Capital "O Valerioduto abasteceu Gilmar", em que é citado
de forma leviana. A reportagem divulga suposta lista de beneficiários do
publicitário Marcos Valério afirmando que "o petista Delcídio Amaral
(MS), ex-presidente da CPI dos Correios, teria embolsado 50 mil reais."
Delcídio ressalta que na época citada na matéria, em 1998, não exercia
qualquer atividade política, e afirma que, se a lista fosse verdadeira,
teria sido alvo de investigação da CPI dos Correios, a qual o senador
presidiu. Delcídio lembra ainda que a matéria já foi desmentida
inclusive pelo próprio Marcos Valério.
"É estranho – ou talvez
não - que a reportagem seja publicada justamente às vésperas do
julgamento do “mensalão” pelo Supremo Tribunal Federal, o que, para mim,
demonstra o inequívoco propósito diversionista de suas intenções,
subestimando a inteligência do povo brasileiro", diz o senador.
Leia íntegra da nota de Delcício do Amaral:
Ao jornalista Mino Carta
Editor da Carta Capital
Senhor editor,
Em relação a matéria publicada na edição 708 da revista Carta Capital,
onde meu nome é levianamente citado como suposto beneficiário de
pagamentos efetuados há 14 anos, em Minas Gerais, esclareço, indignado, o
seguinte:
1 – A reportagem se baseia em “documento” de um
suposto esquema de caixa 2 que teria ocorrido na campanha eleitoral de
1998, época em que eu não desenvolvia nenhuma atividade político
partidária, nem em Minas Gerais nem em qualquer outro lugar do país.
Disputei o primeiro cargo público em 2002, quando, com muito orgulho, me
tornei o primeiro senador eleito pelo Partido dos Trabalhadores em Mato
Grosso do Sul.
2 – Se essa “suposta” lista fosse verdadeira,
seguramente teria sido utilizada durante a CPMI dos Correios, até para
desqualificar os seus integrantes. O próprio advogado do acusado a quem a
revista atribui a elaboração do abominável documento nega, com
veemência, que seu cliente seja o responsável pelo mesmo, atribuindo sua
autoria a um conhecido psicopata e estelionatário recorrente em fraudes
diversas em Minas Gerais, que já foi preso e continua respondendo
criminalmente por esses mesmos motivos. (Links dos desmentidos
publicados ontem:
http://bit.ly/QoeFTE e
http://bit.ly/O5LNN4 )
3 – Orgulha-me, e não poderia ser diferente, a imparcialidade, a
isenção, o equilíbrio e a serenidade que Deus me concedeu para presidir a
CPMI dos Correios, fato que incomodou e, ao que parece, ainda incomoda,
muita gente em diferentes pontos do país.
4 – É estranho – ou
talvez não - que a reportagem seja publicada justamente às vésperas do
julgamento do “mensalão” pelo Supremo Tribunal Federal, o que, para mim,
demonstra o inequívoco propósito diversionista de suas intenções,
subestimando a inteligência do povo brasileiro.
5 – Aos
patrocinadores desse malfadado “documento”, que lembram a famigerada
“Lista de Furnas”, outra desastrada trama engendrada por quem tenta
confundir a opinião pública em benefício próprio, deixo um conselho: se
os fatos apurados pela CPMI dos Correios lhes açoitam, tomem banho de
sal grosso!
6 – Estou tomando as providências jurídicas que o
caso requer, não só em relação aos autores dos “documentos” e também à
revista, mas, eventualmente, às suas indevidas repercussões.
Campo Grande (MS) , 28 de julho de 2012
Delcídio do Amaral Senador (PT/MS)