sexta-feira, 14 de novembro de 2014

RENATO DUQUE, O HOMEM DE LULA, O FIEL SOLDADO DO PT NO PETROLÃO DA PETROBRAS.

"CONSTRUINDO UM NOVO BRASIL": O ex-diretor de serviço da Petrobras, Renato Duque, chega a sede da Polícia Federal no Rio
Há uma premissa de ouro na cartilha de como crescer na Petrobras: encontrar um padrinho político. Por mais capacitados que sejam os técnicos, dificilmente conseguem galgar degraus além do terceiro escalão da estatal se não tiverem respaldo de uma legenda — ou de algum nome poderoso no Congresso. Para alcançar tal façanha, engenheiros de carreira negociam o que for preciso (inclusive a alma) para conseguir um bom padrinho. Apontado por delatores do petrolão como interlocutor do PT na Petrobras, Renato Duque, que por quase dez anos ocupou a diretoria de Serviços da Petrobras, não fugiu à regra. Preso nesta sexta-feira, quando foi deflagrada a sétima fase da Operação Lava Jato, o executivo entrou na empresa em 1978, como engenheiro. Especializou-se em Engenharia do Petróleo na Universidade Federal do Rio de Janeiro e assumiu diversas funções na estatal, até ingressar na rentável área de contratos. Em 2003, quando foi nomeado diretor da empresa, Duque comandava a gerência de contratos da área de Exploração e Produção. Decidia, por exemplo, de quem contratar plataformas, sondas de perfuração, embarcações e helicópteros. Acordos bilionários com empresas nacionais e estrangeiras dependiam de sua canetada.
O NEO-COMPAHEIRO
Duque nunca foi um petista histórico. Mas, nos idos do ano 2000, ao estreitar laços com o chefão José Dirceu, achou por bem aderir à legenda. Escolheu, não por acaso, a corrente Construindo um Novo Brasil, a mesma de Lula, e também a mais poderosa dentro do partido. A saída de Duque do nível gerencial para a diretoria se deu por intermédio de Silvinho Pereira, ex-secretário do PT e um dos nomes chave do escândalo do mensalão. Conhecendo as grandes somas que transitavam pela área de Serviços, Pereira queria manter a fonte dentro da cota do partido, já que a área de Abastecimento e a Transpetro estavam sob o comando do PMDB. Duque parecia um bom nome aos olhos dos caciques petistas, mas só foi chancelado depois que Pereira consultou o lobista Fernando Moura, da empreiteira baiana GDK. A empresa ficou célebre depois que veio à tona seu presentinho a Pereira, em 2004, em troca de contratos com a Petrobras: uma Land Rover no valor de 73.500 reais. O caso foi revelado em 2005 nas páginas de VEJ
3% ERA PARA O PT
A pré-disposição do engenheiro para a contravenção está nos autos do processo conduzido pelo Ministério Público Federal. Nas declarações de Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef à Justiça, no âmbito da Operação Lava Jato, consta que Duque operava um esquema criminoso de financiamento que drenava 3% dos valores dos contratos de sua área para o PT. Disse Costa em seu depoimento: “Olha, em relação à Diretoria de Serviços, era, todos, todos sabiam, que tinham um percentual desses contratos da área de Abastecimento, dos 3%, 2% eram para atender ao PT. Através da Diretoria de Serviços. Outras diretorias como gás e energia, e como exploração e produção, também eram PT, então você tinha PT na Diretoria de Exploração e Produção, PT na Diretoria de Gás e Energia e PT na área de serviço. Então, o comentário que pautava lá dentro da companhia é que, nesse caso, os 3% ficavam diretamente para, diretamente para o PT”. Ainda segundo a decisão judicial que precedeu a prisão de Duque, os executivos Augusto Ribeiro de Mendonça Neto e Júlio Gerin de Almeida Camargo, da Toyo Setal, confirmaram esses fatos e detalhes a respeito do pagamento de valores por contratos da Petrobras a Duque e ao lobista que o servia, Fernando Soares, também conhecido como Baiano.
O HOMEM DE LULA
Mas, antes de operar o esquema que, tudo indica, ajudava a abastecer os cofres do PT, Duque quase sucumbiu. Sua ligação com Pereira e Dirceu colocou sua permanência na estatal por um fio em meados de 2006. Depois da descoberta do esquema do mensalão, a principal fonte de arrecadação do partido secou. Armou-se, assim, uma queda de braço na estatal entre PT e PMDB pelos cargos na empresa. Os pemedebistas passaram a requisitar a área de Serviços, alegando envolvimento de Duque com os mensaleiros. Queriam colocar no lugar de Duque o engenheiro Alan Kardec. Mas o PT conseguiu manter o diretor até 2012, quando Maria das Graças Foster assumiu a presidência da empresa, nomeada por Dilma Rousseff. Falava-se, à época, em despolitização da estatal — e a ascensão de Graça era vista com receio pelos partidos que detinham poder nas diretorias. Um dos primeiros movimentos da nova presidente foi tirar o PMDB da diretoria de Abastecimento e demitir Duque — o principal representante do lulismo na empresa. O PT tentou negociar a permanência do diretor até 2013, mas não conseguiu. Tanto ele, quanto Paulo Roberto Costa e Jorge Zelada, da área Internacional, foram defenestrados.
BENS BLOQUEADOS
Duque curou sua mágoa abrindo uma consultoria de óleo e gás, a D3TM — empresa que usou, em muitos casos, para prestar serviços à Petrobras. Da janela de sua sala, na Rua da Assembleia, era possível avistar a sede da estatal, na Avenida Presidente Vargas, no Centro do Rio. Segundo as investigações, a empresa se tornou um veículo de recebimento de propina do megaesquema agora chamado de petrolão. Os bens da D3 foram bloqueados pela Justiça nesta sexta-feira. Duque ainda possui imóveis na Barra da Tijuca e na Zona Norte do Rio de Janeiro, onde nasceu. Tem ainda uma casa de campo no município de Penedo, no interior do Rio. Todos os seus bens estão bloqueados até segunda ordem. Do site da revista Veja
DO ALUIZIOAMORIM

PT perdeu a fala. O único que falou sobre a fase atual da Lava Jato tem a língua presa. Não será só a língua, companheiro!

Ao que tudo indica, em breve estarão unidos para sempre por um par de algemas.
O único petista que falou sobre a prisão do operador do PT dentro da Petrobras foi  o deputado Vicentinho, aquele que tem a língua presa. Muito simbólico. O que ele disse? "Não indicamos para cometer crimes." Ai, ai!  Não falou o presidente do partido Rui Falcão, não falou o sempre tão falante senador Humberto Costa, não falou o também sempre mordaz deputado gaúcho Henrique Fontana, nem mesmo a senadora da língua "quente", que defende  a "presidenta" com unhas e "dentes", Gleisi Hoffmann,derrotada ao governo do mesmo Paraná para onde um avião cheio de corruptos está sendo levado pela Polícia Federal. O Jornal Nacional mostrou o delator Paulo Roberto Costa dizendo que o diretor Roberto Duque, que roubou a Petrobras de 2003 a 2012, foi indicado por José Dirceu. A assessoria do corrupto mensaleiro informou que ele nega com veemência a acusação. José Dirceu é o único bandido presidiário ladrão que tem "assessoria". Não duvidem. Deve ser paga com dinheiro do Petrolão. Que o deputado fique esperto. Língua presa é indício de outras prisões. Especialmente para outro petista que sofre do mesmo mal e para a sua "chefa",  a Rainha da Petrobras. 
DO CELEAKS-COTURNONOTRUNO

Justiça cita Dilma e Aécio para 'reforçar' Lava Jato

Ao decretar a execução da mais explosiva etapa da Operação Lava Jato, a Justiça Federal recorreu às declarações da presidente reeleita, Dilma Rousseff, e do senador Aécio Neves (PSDB) ainda no calor da campanha eleitoral. "Apesar de adversários políticos na recente eleição presidencial, ambos, em consenso, afirmaram a necessidade do prosseguimento do processo (da Lava Jato) e a importância dele para o quadro institucional."
Para a Justiça Federal, a "Operação Lava Jato, fruto de um competente trabalho de investigação e de persecução da Polícia Federal e do Ministério Público Federal, tem recebido grande atenção da sociedade civil, inclusive com intensa exposição na mídia".
"A magnitude dos fatos tem motivado inclusive manifestações das mais altas autoridades do País a seu respeito", destaca o despacho judicial que ordenou prisões temporárias e preventivas e bloqueio de bens dos investigados, entre eles os principais executivos das maiores empreiteiras do País. "Chamaram a atenção deste Juízo recentes declarações sobre a Lava Jato da Exma. Sra. presidente da República, Dilma Rousseff, e do Exmo. Sr. Senador da República Aécio Neves. Reclamou o Exmo. Sr. Senador, em pronunciamento na Câmara Alta, pelo ‘aprofundamento das investigações e exemplares punições àqueles que protagonizaram o maior escândalo de corrupção da história deste País’. Quanto à Exma. Sra. Presidente, declarou, em entrevista a jornal, que as investigações da Operação Lava Jato criaram uma ‘oportunidade’ para coibir a impunidade no país."
"Evidentemente, cabe ao Judiciário aplicar as leis de forma imparcial e independentemente de apelos políticos em qualquer sentido", ressalva o despacho judicial. "Entretanto, os apelos provenientes de duas das mais altas autoridades políticas do País e que se encontram em campos políticos opostos confirmam a necessidade de uma resposta institucional imediata para coibir a continuidade do ciclo delitivo descoberto pelas investigações, tornando inevitável o remédio amargo, ou seja, a prisão cautelar."
Sex, 14/11/2014 às 16:08

Fausto Macedo e Ricardo Brandt

Lava Jato: assista à íntegra da entrevista da PF



O vídeo acima exibe entrevista coletiva do delegado Igor Romário de Paula, da Polícia Federal, sobre a sétima fase da Operação Lava Jato, deflagrada nesta sexta-feira (14). Nesse estágio, o alvo é o núcleo ativo do esquema de corrupção, composto de executivos e sócios de grandes empreiteiras. Foram à rua 300 agentes federais. Executaram mais de oito dezenas de mandados de prisão e de busca e apreensão. Mais detalhes aqui e aqui. DO JOSIASDESOUZA

Folha Press
O senador Aécio Neves (PSDB-MG) disse nesta sexta-feira (14) que a nova fase da operação Lava Jato, da Polícia Federal, está deixando “muita gente sem dormir em Brasília”.
Para ele, as novas prisões levam o escândalo para cada vez mais perto de dentro do governo da presidente Dilma Rousseff.
Aécio, que disputou e perdeu a eleição para a petista, falou sobre o caso em sua primeira agenda em São Paulo após as eleições.
Acompanhado do governador Geraldo Alckmin, que não falou sobre o caso, e do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, ele disse que ” cada vez é mais clara a percepção de que não havia um ato isolado de um ou dois dirigentes, mas uma estrutura” criminosa dentro da Petrobras.
O senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), que concorreu a vice de Aécio, completou a frase do aliado com a seguinte expressão: “a casa caiu”.
14 de novembro 2014-DO R.DEMOCRATICA
A Polícia Federal acionou a Interpol nesta sexta-feira para tentar localizar Adarico Negromonte Filho, irmão do ex-ministro das Cidades Mário Negromonte, e o lobista Fernando Soares, o Fernando Baiano, apontado como operador do PMDB no esquema do petrolão
Por Reinaldo Azevedo
Na VEJA.com

A Justiça expediu mandado de prisão contra ambos, mas eles não foram localizados pelos agentes. O irmão do ex-ministro era subordinado ao doleiro Alberto Youssef, um dos operadores do esquema de corrupção na Petrobras e lavagem de dinheiro que teria movimentado 10 bilhões de reais. O juiz Sérgio Moro, da Justiça do Paraná, determinou a prisão temporária (cinco dias) de Adarico Negromonte. Segundo investigadores, contudo, há dois meses, ele não é localizado. Mário Negromonte, irmão de Adarico, ocupou a pasta das Cidades no governo Dilma Rousseff. ”Todos os investigados que não foram localizados já foram registrados no sistema de procurados e estão impedidos de deixar o país”, informou nesta sexta o delegado da PF Igor Romário de Paula. Segundo ele, a inclusão desses nomes no alerta vermelho da Interpol está sendo providenciada. Na sétima etapa da Lava Jato, a PF também prendeu executivos e fez buscas e apreensão em sete das maiores empreiteiras do país, apontadas como o braço financeiro de um esquema de corrupção na estatal. Confira os mandados de prisão decretados pela Justiça Federal:
Prisão preventiva:

1. Eduardo Hermelino Leite, da Construtora Camargo Correa;
2. José Ricardo Nogueira Breghirolli, da OAS;
3. Agenor Franklin Magalhães Medeiros, da OAS;
4. Sergio Cunha Mendes, da Mendes Júnior;
5. Gerson de Mello Almada, da Engevix;
6. Erton Medeiros Fonseca, da Galvão Engenharia.
Prisão temporária:

1) Dalton dos Santos Avancini, da Construtora Camargo Correa;
2) João Ricardo Auler, da Construtora Camargo Correa;
3) Mateus Coutinho de Sá Oliveira, da OAS;
4) Alexandre Portela Barbosa, da OAS;
5) José Aldemário Pinheiro Filho, da OAS
6) Ednaldo Alves da Silva, da UTC;
7) Carlos Eduardo Strauch Albero, da Engevix;
8) Newton Prado Júnior, da Engevix;
9) Otto Garrido Sparenberg, da IESA;
10)Valdir Lima Carreiro, da IESA;
11) Ricardo Ribeiro Pessoa, da UTC;
12) Walmir Pinheiro Santana, da UTC;
13) Othon Zanoide de Moraes Filho, da Queiroz Galvão;
14) Ildefonso Colares Filho, da Queiroz Galvão;
15) Jayme Alves de Oliveira Filho, subordinado de Alberto Youssef;
16) Adarico Negromonte Filho, subordinado de Alberto Youssef;
17) Carlos Alberto da Costa Siva, emissário das empreiteiras;
18) Renato de Souza Duque, ex-diretor da Petrobras;
19) Fernando Antonio Falcão Soares, lobista
Investigados que sofreram bloqueios bancários:
1) Eduardo Hermelino Leite
2) Dalton dos Santos Avancini
3) João Ricardo Auler
4) José Ricardo Nogueira Breghirolli
5) José Aldemário Pinheiro Filho
6) Agenor Franklin Magalhaes Medeiros
7) Ricardo Ribeiro Pessoa
8) Walmir Pinheiro Santana
9) Sérgio Cunha Mendes
10) Gerson de Mello Almada
11) Othon Zanoide de Moraes Filho
12) Ildefonso Colares Filho
13) Valdir Lima Carreiro
14) Erton Medeiros Fonseca
15) Fernando Antonio Falcão Soares
16) Renato de Souza Duque

14/11/2014-DO R.DEMOCRATICA

Há 20 dias, VEJA publicou na capa a informação ratificada pelo editorial do Estadão: Lula e Dilma sempre souberam


ELES SABIAM DE TUDO, informou VEJA na edição distribuída em 25 de outubro, um dia antes da eleição presidencial. “Eles” eram Lula e Dilma Rousseff, cujos rostos dividiam a capa da revista. “Tudo” resumia o aluvião de maracutaias protagonizadas por um bando de corruptos que, protegido pelo governo ao qual servia, reduziu a Petrobras a uma usina de negociatas bilionárias.
Na mesma sexta-feira, a candidata a um segundo mandato usou seis minutos do último dia da propaganda na TV para enfileirar falácias, pretextos e desculpas que, somadas, davam zero. Durante o palavrório, ameaçou o mensageiro da má notícia com uma ação judicial que jaz no mausoléu das bravatas eleitoreiras.
O fabricante do poste que desgoverna o país esperou alguns dias para jurar que VEJA é um partido que sonha obsessivamente o extermínio do PT. Parece coisa de maluco. O conto da imprensa golpista é só a mais recente invenção do vigarista decadente. Um grupo de devotos da seita liberticida nem aguardou que fosse aplicado para desempenhar o papel de otário. Já no dia 25, militantes pichadores tentaram invadir a sede da Editora Abril.
“Lula e Dilma sempre souberam”, reiterou nesta sexta-feira o principal editorial do Estadão. Quando o jornal começou a chegar aos assinantes, começou também a ofensiva da Polícia Federal que resultou na captura de outra leva de saqueadores da Petrobras. O avanço da Operação Lava-Jato é o tema do próximo post. Confira agora o editorial que não surpreendeu os leitores de VEJA.
O maior escândalo político-policial desde a chegada das caravelas vem acelerando perigosamente os batimentos do coração do poder. As revelações decorrentes do cerco aos quadrilheiros do Petrolão podem tornar o enfarte inevitável.
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Golpistas de esquerda vão às ruas para tentar intimidar os que prometem protestar neste sábado contra a roubalheira. Boulos, o nababo das invasões de propriedades públicas e privadas, era o líder da patuscada

Guilherme Boulos, o chefão do MTST, o dito Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, e a CUT organizaram nesta quinta, em São Paulo, uma marcha “contra a direita e por mais direitos”. Boulos, MTST e CUT são meros esbirros do PT. Ah, sim: eles também protestavam contra um suposto “golpe”. O coxinha radical mandou brasa: “Estamos aqui para mostrar que, enquanto eles reúnem mil pessoas para defender causas caras ao povo brasileiro, como a volta da ditadura e o ódio a nordestinos, nós reunimos cinco vezes mais por causas como reformas política e tributária”. Será mesmo? Então vamos ver.
Os petistas querem colar em gente decente, com o auxílio de setores da imprensa, a pecha de “golpista”. Há manifestações de protesto contra o governo Dilma marcadas para este sábado, dia da Proclamação da República, em várias cidades do país. A retórica truculenta de Boulos, um quadro que está sendo preparado por setores radicais do petismo, busca intimidar os que têm saído às ruas para protestar contra a roubalheira. Que coisa! Até parece que ele e sua clientela — e já explico por que recorro a essa palavra — representam a maioria no Estado ou na cidade. Não! As ideias que este senhor representa foram fragorosamente derrotadas. Se é de números que ele quer falar, então já perdeu.
Mas eu prefiro falar de vergonha na cara. Boulos, o autointitulado líder dos sem-teto, tornou-se o chefão da indústria de invasões de São Paulo, que está sob investigação do Ministério Público. Boa parte dos que compareceram ao evento são invasores de propriedades públicas e privadas que estão sob o controle do MTST. As pessoas são obrigadas a comparecer a atos assim porque ganham “pontos”. É… Existe até chamada! É preciso ser promovido na hierarquia da militância para se candidatar ao imóvel invadido.
Boulos opera hoje em parceria com a Prefeitura de São Paulo e com o governo federal. É um dos interlocutores do ministro Gilberto Carvalho. É com esses “movimentos” que o PT pretende intimidar os adversários e o Congresso para impor a sua reforma política. É a essa turma, que se comporta como tropa de choque, que o petismo pretende apelar se o seu governo for atropelado, como parece que será, pela leis.
Golpe
Os vigaristas ideológicos acusam os que protestam contra o governo Dilma de “golpistas”. É mesmo? E quem daria o tal golpe? Onde está a força armada? Quem vai tomar de assalto o poder? É ridículo!
Digamos que houvesse mesmo — e não há! — uma direita organizada no país. Por que seria legítimo “marchar” contra ela? Imaginem se alguém propõe uma marcha “contra a esquerda”. Logo, na imprensa, o ato seria chamado de “fascista”.
Distorção
A pantomima do senhor Boulos nasce, infelizmente, de uma distorção lamentável. Um único cartaz pedindo intervenção militar num ato de protesto bastou para que se tachasse o evento de “pregação golpista”. Repórteres da Folha e do Estadão conseguiram a proeza de entrevistar a mesma pessoa.
Ah, sim: li tudo o que a imprensa publicou sobre a manifestação de Boulos e da CUT. Vocês acreditam que, em meio a 7.500 pessoas — segundo a PM —, não havia um só cartaz inconveniente ou manifestante que dissesse uma bobagem? Nada disso! É só em protesto contra Dilma que se encontram pessoas dizendo coisas estranhas…
O tratamento dispensado a manifestantes que, volta e meia, saem literalmente botando fogo por aí é reverente e respeitoso. É essa a “mídia” que as esquerdas dizem ser “conservadora e de direita”.
Mera sugestão
Não tenho vocação para Boulos. Não sou pregador nem candidato a chefão de partido. Só opino. Protestem os que queiram protestar. É um direito assegurado pela Constituição. Façam-no sem hostilizar os que divergem do seu pensamento, respeitando a propriedade privada e pública, preservando o direito de ir e vir e dentro dos limites da legalidade. Coloquem na conta de sabotadores os que eventualmente procurarem encrenca ou defenderem intervenção militar.
Golpistas são aqueles que se apoderaram do Estado brasileiro ou para se locupletar ou em nome de seus delírios totalitários. Golpistas são aqueles que estão destruindo a Petrobras, que já foi, sim, patrimônio do povo brasileiro e hoje serve à causa privada de um partido.
Só para encerrar: nesta quinta, os esquerdistas já estavam na rua antes do fim da tarde. Um dos promotores era o MTST, que se diz “dos trabalhadores sem-teto”. O outro era a CUT, uma central de… trabalhadores. Pergunta de resposta óbvia: ninguém trabalha?
Vocês querem ver trabalhadores de verdade na rua? Talvez aconteça neste sábado.
Por Reinaldo Azevedo

LIDERANÇAS LANÇAM "MANIFESTO PELA DEMOCRACIA" COM AS DIRETRIZES QUE ORIENTAM AS MANIFESTAÇÕES ANTI-PT PREVISTAS PARA ESTE SÁBADO EM TODO O BRASIL

O texto que segue, originalmente publicado no site Mídia Sem Máscara, contém as diretrizes que orientam as manifestações repudiando todas as ações nefastas ao Brasil perpetradas pelo governo do PT e pelo Foro de São Paulo, previstas para este sábado, 15 de novembro de 2014, e que deverão ocorrer em diversas capitais e outras cidades de vários Estados do Brasil. Essas diretrizes foram acordadas publicamente durante o hangout de Lobão,  prof. Olavo de Carvalho e outras lideranças, realizado no dia 15 deste mês de novembro via Youtube. Leiam:
MANIFESTO PELA DEMOCRACIA
Saímos às ruas para defender a democracia brasileira, seriamente ameaçada pelo projeto de poder totalitário do PT, instrumentalizado pelo Foro de São Paulo (organização terrorista que reúne partidos de esquerda e grupos criminosos do continente latino-americano) para implantar o bolivarianismo no Brasil e demais países da América Latina, sob o comando dos irmãos Castro.
Nosso movimento é pela democracia, pela soberania nacional, pela verdade, pela dignidade e pela liberdade. Sabemos que o PT está empenhado em extinguir as liberdades individuais, amparado no pior populismo e clientelismo, com as já evidentes consequências econômicas desastrosas, a generalizada degradação moral e a insegurança institucional, com o Estado e a sociedade civil aparelhados para uma hegemonia ideológica que coloca em risco as liberdades individuais.
O pleito de 26 de outubro, do segundo turno das eleições presidenciais, fez escancarar inúmeros casos de fraudes das urnas eletrônicas, em todas as partes do País. A própria “apuração secreta” no STF, por si só, já é fraude, invalidando a lisura e a transparência das eleições, independentemente de fraudes pontuais que a tenham acompanhado. Principalmente porque uma nação não pode abdicar do direito à transparência eleitoral e ser obrigada, em vez disso, a aceitar calada e subserviente a palavra de um funcionário altamente suspeito, elevado pelo governo à condição de oráculo infalível, e o parecer técnico de uma empresa já acusada de fraude em outros países.
O Foro de São Paulo (fundado em 1990 por Fidel Castro e Lula) decide, de fora do País, iniciativas do Executivo brasileiro que extirpam os poderes do Congresso Nacional, caracterizando improbidade administrativa, crime eleitoral e violação ostensiva da Constituição, como, por exemplo, os empréstimos ilegais a Cuba, Angola e outras ditaduras comunistas e sanguinárias.  Com isso, consagra-se a ditadura petista em nosso País, travestida de democracia. É o que declararam os próprios golpistas do Foro de São Paulo, que o confessaram em assembléia deste ano, dizendo que é estratégia da esquerda latino-americana utilizar a democracia como “método revolucionário”, solapando ardilosamente, de modo sofisticado, as bases da própria democracia brasileira.
O impacto da fraude eleitoral foi o ápice da insatisfação geral, agravado pelo escândalo dos desvios de recursos da Petrobrás e da confirmação dos propósitos bolivarianos do PT (expostos, por exemplo, no decreto 8243, felizmente derrubado pela Câmara dos Deputados logo após a eleição). O sentimento geral do povo brasileiro é de indignação.
A imprensa fugiu da sua responsabilidade consagrada de informar, preferindo esconder-se na mais criminosa cumplicidade com os que ora se empenham na destruição da soberania nacional, esmerando-se em ocultar a primeira manifestação pró-impeachment, realizada em 1o.  de novembro, distorcendo os fatos, desqualificando, ridicularizando e hostilizando os cidadãos brasileiros, todos, de cara limpa, que se manifestaram nas ruas, de modo pacífico e ordeiro. 
Queremos aqui reafirmar neste manifesto que rechaçamos toda e qualquer proposta de separatismo e de golpe militar, pois queremos o Brasil unido e fortalecido democraticamente.
Queremos investigações cabais e a punição dos envolvidos nos casos de corrupção na Petrobrás; auditoria das urnas eletrônicas, especialmente do envolvimento da empresa Smartmatic com o TSE; rechaçamos a interferência do Estado para censurar a mídia, em especial a internet; queremos o fim da propaganda ideológica marxista nas escolas; e exigimos, ainda, que o Congresso Nacional investigue a atuação do Foro de São Paulo no Brasil e a participação criminosa da grande mídia no acobertamento dessa megaconjuração continental que tem o claro objetivo de espalhar por toda parte ditaduras nos moldes de Cuba. Escândalo dos escândalos, nesse quadro, é a grande força de cooperação militar do Conselho de Defesa Sul-Americano — as Forças Armadas da UNASUL —, para a qual os países membros contribuem com milhares de homens de suas Forças Armadas nacionais. Um imenso poderio militar sulamericano fiel ao comunobolivarianismo, que pode comprometer a paz do nosso continente e do mundo inteiro.
Todo o estado de coisas contra o qual nos voltamos atenta contra a legalidade e a soberania nacional. Queremos, com as nossas manifestações, salvaguardar a democracia e a soberania nacional, por um País livre e justo, com primazia da dignidade da pessoa humana e da irrenunciabilidade às liberdades civis, individuais e políticas.

Subscrevem este MANIFESTO, conforme as diretrizes acordadas no hangout de Lobão, Prof. Olavo de Carvalho e demais lideranças dos seguintes Movimentos:

- Movimento Viva Brasil (Bene Barbosa)
- Movimento Brasil Livre (Paulo Batista)
- Revoltados on Line (Marcello Reis)
- Caras Pintadas (Fábio Borisati)
- Movimento Legislação e Vida (Prof. Hermes Nery)
DO ALUIZIOAMORIM
 

Lula e Dilma sempre souberam do assalto à Petrobras. São cúmplices.

Editorial do Estadão afirma que "até um cego enxerga que os governos petistas permitiram, quando não estimularam, as irregularidades na Petrobras". No mínimo, foram cúmplices da roubalheira:
Em janeiro de 2010, quando ocupava a Presidência da República e Dilma Rousseff era ministra-chefe da Casa Civil, Lula vetou os dispositivos da lei orçamentária aprovada pelo Congresso que bloqueavam o pagamento de despesas de contratos da Petrobrás consideradas superfaturadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Lula sabia exatamente o que estava fazendo, tanto que se empenhou em justificar longamente sua decisão, na mensagem de veto encaminhada ao Congresso. E é impossível que Dilma Rousseff ignorasse o assunto, pois o veto foi encaminhado ao Congresso pela Mensagem n.º 41, de 26/1/2010, da Casa Civil
Até um cego enxerga que os governos petistas permitiram, quando não estimularam, as irregularidades na Petrobrás. E agora está claro e confirmado que Lula e Dilma não desconheciam o assalto à maior empresa brasileira. Tudo está registrado no Diário Oficial da União.
As evidências são abundantes, resultado do trabalho do TCU, da Controladoria-Geral da União (CGU), da Polícia Federal (PF) e também do Congresso Nacional. E agora a empresa holandesa SBM Offshore, fornecedora da Petrobrás, faz um acordo com o Ministério Público de seu país pelo qual pagará US$ 240 milhões em multas e ressarcimentos para evitar processo judicial por corrupção por ter feito "pagamentos indevidos" para obter contratos no Brasil, na Guiné Equatorial e em Angola. Os pagamentos incluem US$ 139 milhões relativos a contratos com a estatal brasileira. No Brasil, o assunto já é objeto de investigação pela CGU.
Sempre que é questionada sobre os sucessivos escândalos envolvendo a Petrobrás, Dilma alega que os "malfeitos" aparecem porque ela própria "manda investigar", como se o TCU, a CGU e a PF dependessem de ordem direta da Presidência da República para cumprir suas obrigações constitucionais. Ao contrário de "mandar" investigar, o governo tem feito o contrário, tentando, por exemplo, esvaziar o trabalho das duas comissões de inquérito do Congresso ou vetando medidas profiláticas como as sugeridas pelo TCU.
O vínculo do PT com a corrupção na gestão da coisa pública não se explica apenas pela vocação de notórios larápios, mas principalmente pela marota convicção de que, num ambiente dominado pelos famosos "300 picaretas", é indispensável dispor sempre de "algum" para ajeitar as coisas. Em outras palavras: a governabilidade exige engrenagens bem azeitadas.
Pois foi exatamente com esse espírito que Lula, com o óbvio conhecimento de Dilma, ignorou solenemente o acórdão do TCU que apontava graves irregularidades em obras da Petrobrás e vetou os dispositivos da lei orçamentária que, acatando a recomendação do Tribunal de Contas, impediam os repasses considerados superfaturados. Só com isso, Lula permitiu a liberação de R$ 13,1 bilhões para quatro obras da Petrobrás, dos quais R$ 6,1 bilhões eram destinados à construção da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco.
Ao vetar, "por contrariedade ao interesse público", os dispositivos da lei de meios que coibiam a bandalheira, Lula argumentou que a aceitação das recomendações do TCU sobre as quatro obras implicaria "a paralisação delas, com prejuízo imediato de aproximadamente 25 mil empregos e custos mensais da ordem de R$ 268 milhões, além de outros decorrentes da desmobilização e da degradação de trabalhos já realizados". Ou seja, a corrupção embutida nos contratos da Petrobrás, comprovada pelo TCU, seria um mal menor. Perfeitamente aceitável para quem acredita e apregoa que "excessos de moralismo" são coisas de "udenistas" e "burgueses reacionários".
Mesmo se admitindo - só para argumentar e na mais indulgente das hipóteses - que o veto de Lula, afinal, tenha beneficiado o interesse público, é o caso de perguntar: o que foi feito, daí para a frente, para coibir os notórios "malfeitos" na Petrobrás? Os operadores da bandalheira permaneceram rigorosamente intocados, enriquecendo e distribuindo o dinheiro da Petrobrás para políticos amigos até o fim do mandato de Lula.
Depois de assumir o governo, Dilma jamais deu importância ao assunto publicamente, limitando-se a garantir que "mandou apurar" tudo. -DO ORLANDOTAMBOSI
 
Por Reinaldo Azevedo
Em entrevista ao programa “Os Pingos nos Is”, que ancoro na rádio Jovem Pan, o senador Aécio Neves, presidente nacional do PSDB, afirmou que o “petrolão” já não depende mais da boa ou da má vontade deste ou daquele para conduzir a investigação. Segundo disse, e é verdade, a coisa ganhou vida própria. Querem a melhor prova? A Petrobras informou nesta quinta que não vai divulgar seu balanço do terceiro trimestre até sexta à noite, prazo determinado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). E vai fazê-lo quando? Não há data. Em comunicado enviado à CVM, a estatal disse que “não está pronta para divulgar as demonstrações contábeis referentes ao terceiro trimestre de 2014 nesta data”.
E por que não? A razão é, a um só tempo, muito simples e muito complicada: a auditoria PriceWaterhouseCoopers não vai assinar nenhuma demonstração contábil da Petrobras até que a estatal ponha um ponto final nas investigações internas que apuram denúncias de corrupção. Pois é… A espiral de desastres em que mergulha a empresa parece não ter fim. Convenham: “eles” conseguiram gerar uma crise inédita na estatal.
E que se note: que motivos tem a Price para acreditar nas “investigações internas” da Petrobras? Não custa lembrar que, em fevereiro, a VEJA denunciou que a empresa holandesa SMB havia pagado propina a funcionários e intermediários da empresa para firmar alguns contratos. Em março, a direção da Petrobras anunciou que a sua investigação interna não havia constatado nenhuma irregularidade. Nesta quarta, o Ministério Público da Holanda anunciou que a SMB foi multada em US$ 240 milhões em razão de propinas pagas mundo afora, inclusive no… Brasil! Eis a qualidade da “investigação” da Petrobras.
E quando a Petrobras vai divulgar os dados? “O mais breve possível”, mas sem o aval dos auditores externos. Dados divulgados desse modo não têm credibilidade nenhuma. Como informa a VEJA.com, “o receio da Price, que faz parte do grupo conhecido por ‘Big 4’, composto pelas maiores auditorias do mundo, ao lado da Deloitte, da KPMG e da Ernst Young, é repetir no Brasil o escândalo da Arthur Andersen. A auditoria americana quebrou depois que foi envolvida no escândalo de fraude da petroleira Enron, em 2002.”
A irresponsabilidade, a roubalheira e a manipulação política estão quebrando a Petrobras. Eles conseguiram! Como disse Aécio, o escândalo ganhou vida própria. Tivesse Dilma sido derrotada nas urnas, haveria uma esperança. Mas ela venceu. Resta patente que Graça Foster também perdeu o pé da crise e já não é a solução.
Eis a maior empresa brasileira!
Como esquecer que o PT venceu pelo menos três eleições — 2002, 2006 e 2010 — brandindo o fantasma da “privatização da Petrobras”, intenção que os tucanos nunca tiveram? E já se preparava para fazer o mesmo em 2014, mas aí veio à luz a operação Lava Jato. Não! O PSDB nunca quis privatizar a Petrobras. Mas assistimos agora às consequências nefastas da” privatização” empreendida pelo PT. A maior estatal do país foi apropriada por um partido. E está na lama.

PF prende Renato Duque, indicado de Dirceu à Petrobras

Operação foi deflagrada em cinco Estados e no DF, informa a corporação.
Ao todo, Justiça bloqueou 720 milhões de reais em bens dos investigados

Rodrigo Rangel, de Brasília,
e Daniel Haidar, - Veja.com
Rio de Janeiro
Sede da Petrobras, no Rio de Janeiro
(Leo Correa/VEJA)

A Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira a sétima fase da Operação Lava Jato em cinco Estados e no Distrito Federal. A partir da análise do material apreendido até aqui e dos depoimentos colhidos nas fases anteriores da investigação, a PF cumpre, com apoio de 50 servidores da Receita Federal, 85 mandados: seis de prisão preventiva, 21 de prisão temporária, nove de condução coercitiva e 49 de busca e apreensão no Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Pernambuco, além do DF.
Entre os presos está Renato Duque, apontado por delatores do petrolão como interlocutor do PT na Petrobras.
Também foram presos dois presidentes e um executivo de empreiteiras investigadas.
São alvos de mandados de prisão Ricardo Pessoa, presidente da UTC, José Adelmário Pinheiro Filho, presidente da OAS, Rogerio Araujo, diretor da Odebrecht, e o lobista Fernando Soares.

Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, uma das empreiteiras-alvo da ação é a Camargo Correa. Viaturas da PF foram vistas na sede da empresa nesta sexta-feira, em São Paulo. Onze mandados estão sendo cumpridos em grandes empresas. Como informa a coluna Radar, nenhum executivo da empreiteira está entre os alvos dos mandados de prisão.
Indicado por José Dirceu, ex-ministro da Casa Civil condenado no julgamento do mensalão, Duque ocupou entre os anos de 2003 e 2012 a diretoria de Serviços da Petrobras. Ele foi demitido no mesmo ano que Paulo Roberto Costa.
O afilhado de Dirceu foi citado em depoimentos pelo próprio Costa e também por Julio Camargo, executivo da Toyo Setal que fechou acordo de delação com a Justiça.
De acordo com Costa, o PT ficava com a maior parte do rateio da propina e o responsável por captar esse dinheiro era João Vaccari Neto, tesoureiro do partido.
Ainda segundo o ex-diretor da Petrobras, Vaccari negociava diretamente com Renato Duque. O ex-diretor da Petrobras foi preso em seu apartamento, na Barra da Tijuca.

A Justiça decretou o bloqueio de 720 milhões de reais em bens de 36 investigados. Dos mandados de busca, onze são cumpridos em grandes empresas, informa a PF. Também foi autorizado o bloqueio integral de valores de três empresas que pertencem a um dos operadores do megaesquema de corrupção investigado pela Lava Jato.
Os envolvidos serão indiciados pelos crimes de organização criminosa, formação de cartel, corrupção, fraude à Lei de Licitações e lavagem de dinheiro.

À PF, Costa revelou que a organização criminosa que operava na estatal era muito mais sofisticada do que parecia.
Segundo ele, havia um cartel de grandes empreiteiras que escolhia as obras, decidia quem as executaria e fixava os preços. Era como se a companhia tivesse uma administração paraestatal.
O ex-diretor listou oito empreiteiras envolvidas no cartel: Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez, Galvão Engenharia, Iesa, Engevix, Mendes Junior e UTC – e os nomes de seus interlocutores em cada uma delas. As empreiteiras superfaturavam os custos e repassavam até 3% do valor dos contratos para os “agentes políticos”. No caso da diretoria de Abastecimento, comandada por Paulo Roberto Costa, o dinheiro desviado era dividido entre o PT, o PMDB e o PP.

De acordo com as investigações, Costa e Youssef organizaram um esquema de desvio de recursos da estatal para enriquecimento próprio e para abastecer o bolso de políticos e partidos da base aliada.
Isso era feito com a assinatura de contratos fictícios, simulando a prestação de serviços entre empresas de fachada e as empreiteiras envolvidas, sempre com a finalidade de dar aparência legítima ao dinheiro desviado.
Como revelou VEJA, o ex-diretor Paulo Roberto Costa apontou pelo menos três governadores, um ministro, seis senadores, 25 deputados federais e três partidos políticos (PT, PMDB e PP) como beneficiados pelas verbas desviadas.
Eles recebiam 3% de comissão sobre o valor de contratos da petrolífera, de acordo com os depoimentos de Costa prestados no acordo de delação premiada.
14.11.2014 -DO R.DEMOCRATICA