quinta-feira, 5 de abril de 2018

Foguetório e buzinaço em Curitiba. É Lula lá.

quinta-feira, 5 de abril de 2018

Reportagem da Gazeta do Povo, após a decisão do juiz Sérgio Moro de determinar a prisão imediata do multirréu Lula:
Após o juiz Sergio Moro mandar prender o ex-presidente Lula, Curitiba registrou alguns pontos de comemoração na noite desta quinta-feira (5). Houve bunizaço no Centro, no Batel, no Água Verde, no Boa Vista, na Avenida Paraná, e no Bacacheri. No Batel, inclusive, havia manifestantes com vuvuzelas. Na região da Praça do Japão e na Avenida Nossa Aparecida, entre o Batel e o Seminário, as comemorações incluíram até foguetório.
Apesar das ações individuais, ainda não há previsão de grupos de direita e nem de esquerda na capital paranaense. Representantes do grupo Curitiba Contra a Corrupção, um dos responsáveis pelo acampamento em frente à Justiça Federal, afirmam que não programaram nenhum ato para esta quinta. Segundo a manifestante Narli Resende, o plano é organizar algum protesto para esta sexta-feira (6), porque grande parte dos manifestantes voltou de Brasília ainda nesta quinta, onde participaram de protestos pela condenação de Lula. Ainda não há, porém, maiores informações sobre horário ou data da manifestação.
A reportagem conversou com a Frente Brasil Popular, que apoia o petista, e a informação foi de ainda não havia definição sobre manifestações de movimentos de esquerda em Curitiba, contra o pedido de prisão do ex-presidente . Segundo a Frente, tudo depende de decisões de lideranças nacionais, o que não ocorreu até as 18h30 desta quinta-feira (5).
A cúpula do Partido dos Trabalhadores no Paraná ainda não definiu se haverá manifestação em Curitiba contra o pedido de prisão de Lula (PT). Antes de tomar conhecimento da decisão do Juiz Sérgio Moro, o partido se preparava para fazer uma panfletagem no próximo sábado (7), na capital, mas, segundo a assessoria do PT Paraná, a programação pode sofrer alterações, que devem ser divulgadas por volta das 19h30 desta quinta-feira (5).
Segurança
Até então, a Polícia Militar (PM) não identificou nenhum ponto de confusão na cidade por causa do decreto de prisão de Lula. Segundo a corporação, não há reforços de policiais ou viaturas planejados para esta quinta e tampouco para a sexta-feira. Mas a PM afirma que agentes podem ser realocados tão logo seja identificado algum foco de manifestação.
A Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) afirma que aguarda notificações da Polícia Federal para programar ações para a chegada de Lula, que pode ocorrer até a tarde de sexta. Além disso, a secretaria disse também que está acompanhando a ocorrência de possíveis protestos em toda a cidade, para prestar o apoio devido.
A reportagem não conseguiu entrar em contato com a assessoria de imprensa da Polícia Federal no Paraná até as 18h55 DO O.TAMBOSI

Moro manda Lula se entregar até as 17h desta sexta-feira

quinta-feira, 5 de abril de 2018


Moro manda Lula se entregar até as 17h desta sexta-feira

Juiz vedou uso de algemas ‘em qualquer hipótese’

Por Cleide Carvalho
O Globo


O juiz federal Sergio Moro
Edilson Dantas / Agência O Globo / 24-10-17

SÃO PAULO — O juiz Sergio Moro determinou nesta quinta-feira que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se entregue à Polícia Federal até as 17h desta sexta-feira para início da execução da pena de 12 anos e um mês no caso tríplex do Guarujá. O magistrado recebeu do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) documento que da aval à prisão. A PF preparou uma cela especial para receber o ex-presidente. Ontem, o Supremo Tribunal Federal negou pedido de habeas corpus apresentado pela defesa do petista.
“Em relação a Lula, concedo-lhe, em atenção à dignidade do cargo que ocupou, a oportunidade de apresentar-se voluntariamente à Polícia Federal em Curitiba até ás 17h do dia 6 de abril, quando deverá ser cumprido o mandado de prisão”, escreveu o magistrado.
Moro vedou a utilização de algemas em qualquer hipótese e informou que foi preparada uma sala reservada, espécie de “sala de Estado Maior”, na própria Superintência da Polícia Federal, para início do cumprimento da pena. Nela, Lula ficará separado dos demais presos, “sem risco para a integridade moral ou física”.
Os detalhes da apresentação de Lula, de acordo com a decisão do juiz, deverão ser combinados diretamente entre a defesa e o delegado Maurício Valeixo, superintendente da Polícia Federal no Paraná.
Moro ressaltou que não cabem mais recursos suspensivos à decisão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região e que hipotéticos “embargos de declaração de embargos de declaração constituem apenas uma patologia protelatória” que deveria “ser eliminada do mundo jurídico”.
O magistrado ressaltou que embargos de declaração não alteram julgamento e que, portanto, a condenação não é mais possível de ser alterada em segunda instância.
Minutos antes, o Tribunal Regional da 4ª Região (TRF-4) enviara a Moro um ofício que dá aval à prisão de Lula. Assinado pelo juiz Nivaldo Brunoni, o documento informa que o processo terminou na segunda instância, embora a defesa de Lula ainda tenha direito a um recurso na corte: o embargo dos embargos.


O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no dia do julgamento do STF sobre seu pedido de habeas corpus
Paulo Whitaker / Reuters / 4-4-18
Instantes antes dE o TRF-4 enviar o ofício que permite a prisão do ex-presidente Lula, o advogado do petista Cristiano Zanin Martins disse que não havia nenhum risco imediato de prisão do ex-presidente. Segundo ele, a defesa ainda teria direito a recursos tanto na segunda instância como nos tribunais superiores.
— Não trabalhamos com essa hipótese de prisão porque entendemos que a decisão condenatória é frágil e será reformada com os recursos adequados e porque temos medidas jurídicas para tomar a fim de impedir qualquer restrição dos direitos do ex-presidente Lula — disse Zanin Martins, que deixou o Instituto Lula logo após a entrevista coletiva. Cerca de quinze minutos depois, voltou ao prédio.

EX-EXECUTIVOS DA OAS JÁ ESTÃO PRESOS

Além de Lula, também foram alvo do mandado de prisão Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS condenado no caso tríplex a três anos, seis meses e vinte dias de reclusão, o que lhe permitiria regime semiaberto, mas ele já cumpre pena por outra condenação na Lava-Jato.
Também foi determinado regime aberto para Agenor Franklin Magalhães Medeiros, ex-executivo da OAS, condenado a um ano, dez meses e sete dias de reclusão, que também está preso por outras ações já julgadas na Lava-Jato.05/04/2018

Prisão de Lula eleva a faxina a um novo patamar


Autorizado por tribunais da segunda, da terceira e da quarta instância do Judiciário —TRF4, STJ e STF— Sergio decretou a prisão de Lula. Histórico, o despacho do juiz da Lava Jato eleva o combate contra a cleptocracia brasileira a um novo patamar. Vencido esse estágio, o problema passa a ser providenciar companhia para compartilhar com Lula o banho de Sol na carceragem da Polícia Federal de Curitiba.
Aos trancos, a Lava Jato avança. Até ontem, os principais figurões da oligarquia política cultivavam o sonho de que o Supremo Tribunal Federal atrasaria o relógico da história para modificar a regra que permitiu a prisão de condenados em segunda instância. Graças à coerência da ministra Rosa Weber e à sensatez de outros cinco colegas, o Supremo se deu conta de que precisava cuidar dos minutos, porque as horas passam.
Para desassossego de gente como Michel Temer, Aécio Neves e um enorme etcétera, o Supremo negou habeas corpus a Lula e manteve hígida sua própria jurisprudência sobre prisões. Não foi pouca coisa.
Há quatro anos, quando começou a Lava Jato, imaginou-se que a operação jamais chegaria a um ex-presidente do porte de Lula. Chegou. Não reuniria provas. Reuniu. Não condenaria. Condenou. A condenação cairia nos tribunais superiores. Não caiu. Lula jamais seria preso. Será.
Está entendido que, por ora, ninguém está a salvo do braço punitivo do Estado. Bom, muito bom, extraordinário. Que venham os próximos.
Josias de Souza

Duas damas, Rosa e Cármen, e três cafajestes, Gilmar, Toffoli e Lewandowski , por José Nêumanne

quinta-feira, 5 de abril de 2018

O Estado de São Paulo

Rosa Weber e Dias Toffoli foram personagens em campos opostos na derrota do casuísmo no STF. Foto: Dida Sampaio/Estadão
No julgamento em que o STF negou habeas corpus pedido pela defesa de Lula por 6 a 5 duas mulheres brilharam: Rosa Weber, coerente com sua fidelidade à jurisprudência da Corte, surpreendeu todos dando o voto decisivo pela atitude majoritária. E Cármen Lúcia também foi uma surpresa com uma condução serena e firme arrostando inclusive a cafajestice, o machismo e o mau caráter de pelo menos três contendores agressivos e opressivos: Gilmar Mendes, que voou para Lisboa demonstrando que a prioridade é seu negócio pelo qual abandona as sessões da cúpula do Judiciário mesmo nas votações simbólicas, e, principalmente, os desesperados Marco Aurélio Mello e Ricardo Lewandowski.
(Comentário no Jornal Eldorado da Rádio Eldorado – FM 107,3 – na quinta-feira 5 de abril de 2018, às 7h30m) DO J.TOMAZ

MEC exige explicações de universidade federal sobre ato com Lula

Funcionária do Instituto Farroupilha denunciou ameaças e agressões a alunos no dia em que petista esteve no campus


Mendonça Filho encaminhou nesta quinta (05) ao Instituto Federal Farroupilha, no Rio Grande do Sul, um pedido de explicações sobre as denúncias de que professores e alunos foram agredidos e ameaçados por simpatizantes de Lula na porta da faculdade no dia em que o ex-presidente visitou a instituição.
A Reitora do Instituto, Carla Comerlato Jardim, tem até segunda-feira para responder.
De acordo com uma funcionária, quando o ex-presidente esteve na instituição, apenas quem ostentasse um adesivo de apoio ao petista tinha acesso ao campus. Além disso, segundo a ela, um partidário do ex-presidente chegou a apontar uma arma na direção de uma professora.
O caso chegou ao ministro depois que o deputado Jerônimo Goergen recebeu a carta escrita pela servidora que relatou o episódio.