sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Ministério Público avança em investigação sobre empréstimo de R$ 375 milhões à Itaipava

Controladoria Geral da União identifica irregularidades na concessão de financiamento do Banco do Nordeste à empresa

MURILO RAMOS
08/01/2016 - 21h31 - Atualizado 08/01/2016 21h31
Lula e Walter Faria em inauguração de uma fábrica da Itaipava    (Foto: Valter Pontes/Secom)
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, recebeu cópia de um inquérito que causará sérios problemas à presidente Dilma Rousseff na Justiça Eleitoral. É uma investigação sobre os rolos num empréstimo de R$ 375 milhões do Banco do Nordeste à Itaipava em 2014. ÉPOCA revelou o caso no começo do ano passado. No inquérito, uma auditoria da CGU confirma irregularidades no financiamento do banco estatal à empresa de Walter Faria, amicíssimo do ex-presidente Lula. Entre elas, a troca de uma garantia sólida por uma aguada e, mais grave, uma outra gelada – uma garantia concedida antes pela Itaipava, num financiamento de um banco alemão.
Se Janot achar por bem, poderá juntar a cópia do inquérito da Itaipava ao processo sobre irregularidades no financiamento da campanha de Dilma, que deve ser julgado no Tribunal Superior Eleitoral no primeiro semestre. É que, dias após receber a dinheirama do Banco do Nordeste, a Itaipava depositou R$ 17, 5 milhões na campanha eleitoral da presidente, se
tornando a quarta maior doadora de Dilma. O procurador no Ceará que investiga o caso, Luiz Carlos Oliveira, também pediu à Justiça a quebra do sigilo bancário da operação. DA EPOCA

Radar TVeja: 70% esperam ano pior na economia, diz pesquisa


Um painel do Wilson Center, em Washington, que acontece nesta sexta-feira, deverá jogar uma ducha de água fria no otimismo exalado por Dilma Rousseff em café da manhã com jornalistas.
No debate, que reunirá economistas e representantes do FMI e do Banco Mundial, a partir das 10h de lá, será apresentada uma pesquisa inédita do instituto Ideia Inteligência sobre as perspectivas dos brasileiros para 2016.
O presidente do instituto, Maurício Moura, um dos palestrantes, será o responsável por apresentar os números, que são os piores possíveis.
Para 40% dos 20 mil entrevistados, o ano será ainda pior que 2015. Mais: 70% esperam um ano pior na economia, e 68% na política.
Quando questionados se o governo Dilma tem condições de tornar sua vida melhor, 80% dos entrevistados dizem que não.
Dilma pode ter achado que o fato de o impeachment ter saído do horizonte próximo debelou as crises. Seria prudente usar o que ela acha ser seu maior defeito, um suposto perfeccionismo, para buscar dados realistas sobre a situação em que ainda se encontra.
A enquete foi realizada por telefone, de 20 a 27 de dezembro. A margem de erro é de 1,15%.
 Por: Vera Magalhães