segunda-feira, 26 de maio de 2014

"Não vai ter Copa": manifestantes cercam ônibus em saída da Seleção

Cerca de 200 funcionários da rede pública protestam contra o Mundial e chamam jogadores de mercenários: "Pode acreditar, educador vale mais do que o Neymar"

Por Rio de Janeiro
214 comentários
Manifestação apresentação seleção brasileira (Foto: Marcelo Baltar)"Não vai ter Copa": manifestantes colaram adesivos no ônibus da Seleção (Foto: Marcelo Baltar)
Uma manifestação de professores em greve da rede pública chegou até a porta do hotel da seleção brasileira, na manhã desta segunda-feira, próximo ao aeroporto internacional Tom Jobim. Cerca de 200 funcionários protestaram pacificamente contra a realização da Copa do Mundo no Brasil e causaram alvoroço antes e durante a saída da delegação rumo a Teresópolis. Até gritos contra o atacante Neymar ecoaram no local.
- Pode acreditar, educador vale mais do que o Neymar - gritavam.
Duas vans com jogadores chegaram durante o protesto. Eles foram vaiados sem nenhum incidente. Na saída dos atletas para a Granja Comary, no entanto, adesivos com a mensagem "não vai ter Copa" foram colados nos vidros do ônibus. Os atletas foram chamados de mercenários.
O veículo foi cercado e levou cerca de 30 minutos para conseguir sair do hotel, tendo inclusive de pegar uma rota alternativa para fugir do bloqueio dos manifestantes. Houve uma correria, mas sem registro de algum grande incidente.
Manifestação apresentação seleção brasileira (Foto: Marcelo Baltar)Manifestantes tiveram contato com o ônibus dos jogadores (Foto: Marcelo Baltar)
Manifestação apresentação seleção brasileira (Foto: Marcelo Baltar)Policiais tentam conter o protesto (Foto: Marcelo Baltar)

manifestação apresentação Seleção Brasileira (Foto: Alexandre Cassiano / Agência O Globo)Manifestantes chegaram ao hotel da Seleção por volta das 9h30 (de Brasília) (Alexandre Cassiano / Agência O Globo)
Cientes da manifestação deste a noite de domingo, a polícia montou um forte esquema de segurança no hotel. Além da presença da PM, com o batalhão de choque, homens da polícia federal também estavam presentes no local. Gritos de guerra chamaram a atenção durante o ato, que iniciou o protesto no aeroporto Galeão.
- Da Copa eu abro mão! Quero mais dinheiro para a saúde e educação! Não vai ter Copa - gritavam os manifestantes.
manifestação apresentação Seleção Brasileira (Foto: Marcelo Baltar)Protesto atrasou a saída do ônibus com os jogadores em pelo menos 20 minutos (Foto: Marcelo Baltar)
Manifestação apresentação seleção brasileira (Foto: Marcelo Baltar)Cerca de 150 funcionários da rede pública gritam contra a realização da Copa do Mundo (Foto: Marcelo Baltar)
DO G1

Manifestação reúne 5 mil em Cubatão e congestiona a Cônego e a Anchieta


Trabalhadores terceirizados da Petrobras reivindicam aumento real de 10%.
Rodovias Cônego Domênico Rangoni e Anchieta estão congestionadas.

Do G1 Santos
Manifestantes fecharam a rodovia Cônego Domênico Rangoni, SP (Foto: Thais Rozo/TV Tribuna)Manifestantes fecharam a rodovia Cônego Domênico Rangoni, SP (Foto: Thais Rozo/TV Tribuna)
Uma manifestação com cerca de 5 mil participantes, entre eles muitos que prestam serviços para a Petrobras, em Cubatão (SP), bloqueou totalmente a rodovia Cônego Domênico Rangoni nos dois sentidos, na altura do km 268. A manifestação também afeta o sentido São Paulo da Anchieta.
Segundo a Ecovias, na rodovia Cônego Domênico Rangoni, sentido São Paulo, as filas vão do km 262 ao 268. No sentido Guarujá, o tráfego está congestionado do km 270 ao 268. Já a Anchieta está congestionada do km 57 ao km 55, no sentido São Paulo.
Ainda no sentido capital, um acidente envolvendo uma moto e um caminhão bloqueia duas faixas da pista marginal no km 18, e gera lentidão desde o km 20, no trecho de planalto. Ainda de acordo com a Ecovias, viaturas da concessionária e da Polícia Militar Rodoviária estão trabalhando para a liberação da via.
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias da Construção e do Mobiliário de Santos (Sintracomos), a Tomé Technip recusou uma proposta patronal de 10% de correção salarial, vale-refeição de R$ 20 por dia, participação nos lucros ou resultados (PLR) de 1,3 salário e pagamento dos dias parados.
Segundo o Sindicato, os trabalhadores reivindicam aumento real de 10% acima do INPC dos 12 meses anteriores à data-base de maio, correspondente a 5,62%. O Sintracomos espera novas negociações e acordos após a paralisação.
DO G1