Cerca de 200 funcionários da rede pública protestam contra o Mundial e chamam jogadores de mercenários: "Pode acreditar, educador vale mais do que o Neymar"
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"Não vai ter Copa": manifestantes colaram adesivos no ônibus da Seleção (Foto: Marcelo Baltar)
Uma
manifestação de professores em greve da rede pública chegou até a porta
do hotel da seleção brasileira, na manhã desta segunda-feira, próximo
ao aeroporto internacional Tom Jobim. Cerca de 200 funcionários
protestaram pacificamente contra a realização da Copa do Mundo no Brasil
e causaram alvoroço antes e durante a saída da delegação rumo a
Teresópolis. Até gritos contra o atacante Neymar ecoaram no local.- Pode acreditar, educador vale mais do que o Neymar - gritavam.
Duas vans com jogadores chegaram durante o protesto. Eles foram vaiados sem nenhum incidente. Na saída dos atletas para a Granja Comary, no entanto, adesivos com a mensagem "não vai ter Copa" foram colados nos vidros do ônibus. Os atletas foram chamados de mercenários.
O veículo foi cercado e levou cerca de 30 minutos para conseguir sair do hotel, tendo inclusive de pegar uma rota alternativa para fugir do bloqueio dos manifestantes. Houve uma correria, mas sem registro de algum grande incidente.
Manifestantes tiveram contato com o ônibus dos jogadores (Foto: Marcelo Baltar)
Policiais tentam conter o protesto (Foto: Marcelo Baltar)
Manifestantes chegaram ao hotel da Seleção por volta das 9h30 (de Brasília) (Alexandre Cassiano / Agência O Globo)
Cientes
da manifestação deste a noite de domingo, a polícia montou um forte
esquema de segurança no hotel. Além da presença da PM, com o batalhão de
choque, homens da polícia federal também estavam presentes no local.
Gritos de guerra chamaram a atenção durante o ato, que iniciou o
protesto no aeroporto Galeão. - Da Copa eu abro mão! Quero mais dinheiro para a saúde e educação! Não vai ter Copa - gritavam os manifestantes.
Protesto atrasou a saída do ônibus com os jogadores em pelo menos 20 minutos (Foto: Marcelo Baltar)
Cerca de 150 funcionários da rede pública gritam contra a realização da Copa do Mundo (Foto: Marcelo Baltar)
DO G1