domingo, 22 de outubro de 2017

CNBB do Ceará emite nota de repúdio contra exposições que vilipendiaram símbolos cristãos

Para a entidade ligada à Igreja Católica, há uma clara tentativa de destruir os valores cristãos

Para a entidade ligada à Igreja Católica, há uma clara tentativa de destruir os valores cristãos
Da Redação JM Notícia
Através de uma nota de repúdio, A CNBB do Ceará condenou as exposições de arte que se tornaram nacionalmente conhecidas por conta das polêmicas geradas por obras que faziam apologia à pedofilia, zoofilia, além de vilipendiar símbolos cristãos.
Para a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, trata-se de “espetáculos de péssima qualidade” que fazem “ataques violentos à família e à religião cristã”, além de fazer “apologia a práticas de sexualidade pervertida e anormal”.
Como parte importante da Igreja Católica, a CNBB defende a denominação, dizendo que ela não pratica a discriminação contra nenhum grupo, mas “defende e promove valores humanos e cristãos, cumprindo assim, as exigências do Evangelho de Cristo”.
Diante disto, a entidade declara que tanto a exposição Queermuseu quanto o artista que, estando nu, destruiu uma imagem de Nossa Senhora, cometeram o crime de vilipêndio, ato esse condenado pelo Código Penal Brasileiro.
Além de ser um crime, a CNBB entende que essas exposições fazem parte de um projeto estrutural que visa destruir os valores humanos e cristãos, através da banaliza do patrimônio, da ideologia de gênero, legalização do aborto e das drogas e da relativização doas valores morais que estão diretamente ligados ao cristianismo.
 A nota denúncia e repudia: “o ataque explícito aos valores humanos e cristãos” que são seguidos pela maioria dos brasileiros, “o patrocínio, incentivo, promoção e doutrinação em massa” dessas ideias, e também “a colonização de ideológica”.

Nota de repúdio dos bispos do Regional CNBB NE1-Ceará diante do escárnio público contra os símbolos sagrados


Nota de repúdio
Nós, bispos do Regional CNBB NE1-Ceará, reunidos em Conselho Episcopal Regional, manifestamos a nossa indignação e repúdio diante do escárnio público contra os nossos símbolos mais sagrados (Crucifixo, hóstia, imagem da Padroeira do Brasil) e contra valores fundamentais da vida humana. Ataques violentos e explícitos à família e à religião cristã têm sido feitos através de espetáculos de péssima qualidade que visam à apologia de práticas de sexualidade pervertida e anormal.
A Igreja não prega nem defende discriminação ou preconceito de qualquer natureza. Mas, comprometida com a verdade, defende e promove os valores humanos e cristãos, cumprindo assim, as exigências do Evangelho de Cristo.
Seríamos ingênuos ao pensar que esses últimos episódios (Exposição Queermuseu no Santander Cultural em Porto Alegre – RS, o artista nu que rala a imagem de Nossa Senhora Aparecida durante ‘perfomance’, em Brasília), dada à sua natureza e à evidência dos seus objetivos, não são apenas verdadeiros crimes de vilipêndio, o que já seria muito grave, pois o próprio Código penal os tipifica assim (Artigo 208). Trata-se de um verdadeiro projeto estrutural, profundo e nefasto, de desmonte dos nossos mais preciosos valores humanos e cristãos, através da banalização do matrimônio, da ideologia de gênero, da legalização do aborto, da liberação das drogas, da relativização dos valores morais nascidos do Evangelho e ensinados pelo Magistério da Igreja.
Por isso, denunciamos e repudiamos:
O “ataque explícito” aos valores humanos e cristãos da imensa maioria do povo brasileiro. Pois em nome de uma “liberdade” de imprensa, cultural, intelectual, artística impõe o desejo de uma minoria a toda uma coletividade.
O incentivo, patrocínio, promoção e “doutrinação” em massa, realizada diuturnamente em novelas, programas de “entretenimento” e da imposição ilegal, por órgãos governamentais e organizações não-governamentais, muitas destas de âmbito internacional;
A colonização ideológica, como alerta o Santo Padre, o papa Francisco: “Na Europa, nos Estados Unidos, na América Latina, na Africa, em alguns países da Ásia, existem verdadeiras colonizações ideológicas. E uma delas – digo-a claramente por nome e sobrenome” – é a ideologia de gênero (gender). Hoje às crianças às crianças -, na escola, ensina-se isto. O sexo, cada um pode escolhê-lo. E por que ensinam isto? Porque os livros são os das pessoas e instituições que lhes dão dinheiro”(Discurso aos Bispos da Polônia, 27.08.2015).
Portanto, convocamos todos os cristãos e pessoas de boa vontade a resistirem e protestarem contra todas as formas de destruição dos valores cristãos e da família, fazendo chegar a expressão do seu repúdio e indignação aos patrocinadores de tais campanhas e aos meios de comunicação que as veiculam.
Acreditamos numa sociedade justa e fraterna, possível apenas no compromisso com a vida, e vida em plenitude (Jo 10,10).
Que Deus nos fortaleça nessa árdua tarefa e a Querida Mãe Aparecida continue a interceder por todos nós.
Fortaleza, 18 de outubro de 2017
Dom José Antonio Aparecido Tosi Marques
Arcebispo da Arquidiocese de Fortaleza – CE
Dom Rosalvo Cordeiro de Lima
Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Fortaleza – CE
Dom Ailton Menegussi
Bispo da Diocese de Crateús-CE
Dom Gilberto Pastana de Oliveira
Bispo da Diocese de Crato – CE
Dom Edson de Castro Homem
Bispo da Diocese de Iguatu – CE
Dom Antônio Roberto Cavuto
Bispo da Diocese de Itapipoca – CE
Dom André Vital Félix da Silva
Bispo de da Diocese Limoeiro do Norte
Dom Angelo Pignoli
Bispo da Diocese de Quixadá – CE
Dom José Luiz Gomes de Vasconcelos
Bispo da Diocese de Sobral – CE
Dom Francisco Edimilson Neves Ferreira
Bispo da Diocese de Tianguá – CE
Segue carta em PDF com as assinaturas dos Bispos: Nota CONSER out – 17
Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB)
Regional Nordeste 1
Rua Felino Barroso, 405
Fátima- 60050-130- Fortaleza – Ceará –
Caixa Postal, 126 – CEP 60001-970
Fone: – (85) 3252.4046
Site: www.cnbbne1.org.br
E-mail: cnbbne1@veloxmail.com.br

Deputados querem acompanhar Bolsonaro na troca de partido

"O Bolsonaro é um candidato muito viável. Vejo a candidatura dele crescendo a cada dia e posso me alinhar com ela", disse parlamentar
Agência Brasil
Na Câmara, Jair Bolsonaro (PSC-RJ) tem uma "tropa de choque", com cerca de 15 deputados de diferentes partidos: DEM, PR, SD, PSD, entre outros. Parte do grupo está esperando uma decisão de Bolsonaro sobre qual partido vai para poder acompanhá-lo. Se ele confirmar a ida para o PEN com seus aliados, o partido vai conseguir ultrapassar a cláusula de desempenho, aprovada na reforma política.
Ainda assim, Bolsonaro enfrentaria um problema: a troca pela janela partidária, em março de 2018, garante a manutenção do mandato, mas não o tempo de TV e recursos do Fundo Partidário. Ou seja, ele faria campanha presidencial com menos dinheiro e menos tempo de TV.
Um dos parlamentares desse grupo é Major Olímpio (SD-SP), que diz já ter recebido um convite do PEN e pode disputar o governo paulista pela sigla. "O Bolsonaro é um candidato muito viável. Vejo a candidatura dele crescendo a cada dia e posso me alinhar com ela", disse.
Delegado Éder Mauro (PSD-PA) afirmou que o presidente da sua sigla, ministro Gilberto Kassab, já está ciente de sua movimentação para acompanhar Bolsonaro. Já Delegado Waldir (PR-GO) disse que é "100% Bolsonaro" e vai trabalhar até mesmo em sua campanha presidencial. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo. DO O POPULAR

Três presidentes para uma eleição

Gilmar, Fux e Rosa Weber presidirão o TSE em plano ano eleitoral

Por uma confluência de datas, o Tribunal Superior Eleitoral terá três presidentes diferentes em pleno ano eleitoral. Mais do que uma mera sucessão de cerimônias de posse e mudanças de nomes, a troca no comando da Justiça Eleitoral joga luz sobre a organização das primeiras eleições majoritárias sem doações por empresas e sobre possíveis variações na jurisprudência do TSE.
Diferentemente de outros ramos do Judiciário, a Justiça Eleitoral – essencialmente em ano de eleições – assume um forte caráter administrativo. Afinal, é o TSE quem organiza o pleito. E, como em qualquer lugar em que a administração seja essencial, a troca no posto de comando – ainda mais com perfis totalmente distintos de magistrados – pode ser um complicador.
A alteração na Presidência do TSE decorre dos prazos de mandato imposto aos juízes eleitorais pela Constituição. Gilmar Mendes, atual presidente, permanece no cargo até 14 de fevereiro. Fux assume o cargo, mas deixa a Presidência no dia 15 de agosto. E o TSE passará a ser comandado pela ministra Rosa Weber.
O impacto administrativo pode ser minorado com a manutenção de cargos chave. Além disso, a condução do processo eleitoral é detalhada pelas instruções do TSE, que estão sendo redigidas pelo min. Fux e provavelmente serão votadas até o fim do ano.
De qualquer forma, os futuros presidentes terão pela frente desafios espinhosos, como a implantação do voto impresso determinado pelo Congresso- sem orçamento para tanto – e a coordenação dos tribunais regionais, cada qual com suas circunstâncias locais e também com alterações nas composições.
Mas se a administração pode não sofrer descontinuidades, o mesmo não se pode dizer da jurisprudência. Especialmente por conta de uma alteração. Com a saída de Gilmar Mendes da presidência e do próprio TSE, passará a integrar a Justiça Eleitoral o ministro Luís Roberto Barroso. Ele se juntará num primeiro momento a Fux e Rosa Weber. E depois a Rosa e Luiz Edson Fachin – que substituirá Fux. Todos eles votaram no Supremo Tribunal Federal, por exemplo, contra o financiamento empresarial nas eleições e por aplicar a Lei da Ficha Limpa para fatos anteriores à vigência da lei. Ou seja, perde forca o garantismo que hoje tem prevalecido na Corte e aumenta o grau de intervencionismo e punitivismo.
Tudo isso, em meio ao processo de maior desgaste enfrentado pelos políticos e partidos diante do avanço da Operação Lava Jato.
Novos nomes
Além das cadeiras destinadas a ministros do Supremo, os representantes do Superior Tribunal de Justiça também se alternarão no TSE em 2018. Napoleão Nunes Mais, que assume a Corregedoria Eleitoral, deixa o cargo no dia 30 de agosto.
O ministro Jorge Mussi assume, às vésperas das eleições, a tarefa de fiscalizar a regularidade das eleições. E passará a integrar o TSE, com a saída de Maia, o ministro Og Fernandes.
Nessa rotatividade no TSE, dos sete ministros titulares que iniciarão a primeira sessão de 2018, apenas quatro (Rosa Weber, Jorge Mussi e os advogados Admar Gonzaga e Tarcisio Vieira) estarão na última sessão do ano. Em um tribunal em que muitas questões são decididas por 4 votos a 3, a troca de três ministros pode mudar o equilíbrio nos julgamentos.
Felipe Recondo - De Brasília- DO JOTA

Centrão quer salvar Temer com votação miúda

Josias de Souza

Marcada para quarta-feira, a votação da segunda denúncia da Procuradoria contra Michel Temer tornou-se um jogo jogado. O presidente está salvo. Mas um grupo de mágicos do centrão, com ascendência sobre partidos como PR, PP e PSD, discute a sério a hipótese de fazer sumir parte dos 263 votos que livraram Temer da primeira denúncia. A ideia é impor ao presidente uma vitória mixuruca, obrigando-o a remodelar o governo. A prioridade do grupo é lançar ministros do PSDB ao mar, para ocupar-lhes as poltronas.
Numa conta inicial, planejou-se o sumiço de algo como 40 votos. Lipoaspirado, o apoio a Temer seria reduzido à casa dos 220 votos. O suficiente para deixá-lo acima do mínimo necessário à rejeição da denúncia (172 votos), mas abaixo da maioria absoluta (257 votos), quórum exigido para a aprovação de projeto de lei complementar. E muito abaixo dos três quintos (308 votos), indispensáveis para a aprovação de emendas à Constituição.
Nas pegadas do sepultamento da primeira denúncia —por corrupção passiva—, Temer convocou a imprensa. Estufando o peito como uma segunda barriga, jactou-se de ter obtido a maioria absoluta dos votos dos 513 deputados. Declarou que o placar assegurava ao governo as condições políticas para fazer ''as demais reformas estruturantes que o país necessita.''
Se o plano de seus aliados der certo, Temer sairá tão moído da votação da segunda denúncia —por formação de organização criminosa e obstrução à Justiça—, que não terá como fingir que ainda faz e acontece. Nessa hora, o centrão exigirá do inquilino do Planalto algo que seus líderes chamam de “repactuação do governo” —leia-se submissão radical aos apetites fisiológicos do grupo.
De todas as ilusões normalmente associadas à Presidência da República, a mais comum é a de que o presidente preside os rumos do país. No caso de Temer, a ilusão foi levada às fronteiras do paroxismo. Incapaz de projetar as aparências do poder, sua voz de comando não ecoa muito além dos lilites do Palácio do Planalto. Fora da sede do governo, suas ordens se diluem num mar de interesses partidários. A máquina estatal foi, por assim dizer, inundada por práticas antirrepublicanas, numa escala jamais vista.
Ao farejar a fritura do centrão, Temer tenta saltar da frigideira antes de quarta-feira.  Vem daí as declarações de amor do presidente à bancada ruralista. Vem daí também o desmonte do programa de privatização do governo. Temer já retirou do pacote o aeroporto de Congonhas. Fez isso para adoçar os humores de Valdemar Costa Neto, o condenado do mensalão que manda no PR. O partido controla a Infraero. Manda e, sobretudo, desmanda nos negócios aeroportuários. E Temer não pode dar-se ao luxo de trocar Valdemar pela inciativa privada.