segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

O passado bate à porta do PT e vai arrombá-la


Note-se: os depósitos em questão aconteceram durante a gestão Dilma. Por mais que a presidente ache que dá para voar nas asas da “mosquita”, ignorando o escândalo, este insiste em se agitar e em fazer barulho no armário.

Por: Reinaldo Azevedo
O cerco está se fechando. O marqueteiro João Santana, consta, está voltando para o Brasil. Há algumas possibilidades para ele, a saber: a) demonstrar que a conta que recebeu US$ 7,5 milhões no exterior não é sua; b) evidenciar que as empresas que repassaram US$ 3 milhões desse total não têm vínculo nenhum com a Odebrecht; c) deixar claro que os outros US$ 4,5 milhões não saíram de contas do lobista e pagador de propina Zwi Skornick.
E, bem…, sempre há a possibilidade de admitir que é tudo verdade — a conta é mesmo sua e aquelas são as fontes pagadoras —, mas que nada se fez ao arrepio da lei. Afinal, ele teria efetivamente prestado serviço a essas empresas. Mas quais?
Santana é um portento da multiplicação da riqueza. Em 2004, o patrimônio declarado por ele e por sua mulher, Mônica, era de R$ 1 milhão. Dez anos depois, saltou para R$ 78,6 milhões. Isso é que é profissional bem pago! E olhem que ele não produziu nesse tempo um miserável parafuso — nem parafuso intelectual, diga-se. O que ele fez foi produzir narrativas para o petismo que levaram o eleitorado a acreditar uma vez em Lula e duas vezes em Dilma. Deu no que deu.
Sua fama atravessou fronteiras e serviu a outros políticos da América Latina, sempre afinados com o PT. Uma das saídas é tentar demonstrar que essa dinheirama toda que entrou em sua conta decorre desses trabalhos no exterior, mas aí é preciso saber por que são aquelas as fontes pagadoras.
Isso tudo já passou há muito do limite do tolerável. Os advogados busquem os caminhos que lhes facultar a lei para tentar suspender imediatamente a prisão provisória de Santana e sua mulher, Mônica, e para provar que o que parece não é. Mas eu insisto que há uma diferença entre a lógica da vida e a dos tribunais.
No comunicado em que renuncia à campanha eleitoral que coordenava na República Dominicana, ele denuncia a existência de um “clima de perseguição” no Brasil. Eu mesmo já apontei aqui medidas atrapalhadas ou mesmo atrabiliárias da Lava Jato. Quanto, no entanto, o marqueteiro de três campanhas petistas recebe US$ 7,5 milhões de duas fontes investigadas pela Lava Jato, ambas com contratos com a Petrobras, e quando não há nenhuma razão conhecida para que tais pagamentos tenham sido feitos, é de perseguição que se fala? A acusação, nesse caso, chega a ser ridícula.
Note-se: os depósitos em questão aconteceram durante a gestão Dilma. Por mais que a presidente ache que dá para voar nas asas da “mosquita”, ignorando o escândalo, este insiste em se agitar e em fazer barulho no armário. O passado bate à porta do PT.
Já aconselhei Dilma a renunciar ao mandato, saindo, de algum modo, menos lanhada dessa história toda com o peso nas costas das lambanças fiscais. Mas ela insiste em ficar. E os subterrâneos da campanha do petismo começam a ameaçá-la.
Nesta terça, Rui Falcão, gênio da raça petista, teve uma ideia: resolveu dizer que o PT já fez a sua prestação de contas e que não tem nada a ver com as finanças de João Santana.
Vai dar certo? Bem, é claro que não! O PT vai ter de responder por suas escolhas. O Brasil já não engole mais as suas falcatruas.

De Duda Mendonça a João Santana: o jeito petista de evoluir

Considerando as figuras do petismo que já foram parar atrás das grades, a gente é forçado a considerar que a turma se parece mais com uma organização criminosa do que com um partido
Por Reinaldo Azevedo
O PT foi fundado em 1980. Dois presidentes da legenda foram parar na cadeia, e um continua lá: José Genoino e José Dirceu. Dois tesoureiros já foram presos: Delúbio Soares e João Vaccari Neto. Um secretário-geral entrou para o anedotário, embora se saiba agora que a Land Rover que recebeu então “de presente” era só o fio de meada de um modo de fazer política: Silvio Pereira.
Uma da mais importantes expressões políticas do partido, o ex-deputado João Paulo Cunha, que presidiu a Câmara na fase gloriosa da legenda, também foi parar atrás das grades. Líder do governo Dilma no Senado, Delcídio do Amaral (MS) foi trancafiado no exercício do mandato, o primeiro caso na história. Elencados apenas os fatos, isso se parece menos com um partido político do que com uma organização criminosa.
E, ora vejam, os dois marqueteiros que fizeram história no partido também deixam sua marca registrada na área penal. Duda Mendonça, é bem verdade, chegou a ser preso porque participava de uma rinha de galos, coisa que é proibida no Brasil. Com João Santana, parece, a coisa será mais séria.
O Ministério Público Federal e a Polícia Federal encontraram transferências de US$ 7,5 milhões de investigados da Lava Jato para a conta da offshore Shellbill Finance S.A., controlada pelo marqueteiro e por sua mulher e sócia, Mônica Moura. A offshore, baseada no Panamá, não foi declarada às autoridades brasileiras. Desse montante, US$ 3 milhões foram transferidos pelas offshores Klienfeld e Innovation Services, entre 13 de abril de 2012 e 08 de março de 2013. Os investigadores afirmam que essas empresas pertencem à Odebrecht. Santana teve a prisão preventiva decretada.
Pois é… Durante a CPI dos Correios, que era o nome oficial da CPI do Mensalão, Duda Mendonça admitiu que recebeu dinheiro numa conta no exterior pelos serviços prestados ao PT na campanha eleitoral de 2002. Ele e sua sócia, Zilmar Fernandes, tornaram-se réus do mensalão. Ficou evidenciado que a conta Dusseldorf, uma offshore nas Bahamas, recebeu o correspondente a R$ 10,4 milhões de reais referentes a restos que o PT tinha a pagar pela campanha de 2002.
A abertura da conta na agência do Banco de Boston em Miami (Estados Unidos), afirmou Duda, foi uma exigência de Valério, feita em nome do PT, para que houvesse o pagamento. Duda e Zilmar acabaram absolvidos pelo Supremo das acusações de evasão de divisas e lavagem de dinheiro. A confissão que ele fez na CPI lhe custou o afastamento do PT.
O homem que inventou o “Lulinha Paz e Amor” e que edulcorou a face do PT para as classes médias e para o empresariado não poderia mais servir à causa. Afinal, sabem como é…, no petismo, a ordem é negar sempre, nunca confessar, nem que seja surpreendido de calça na mão, dando aula de anatomia para a vizinha (ou vizinho, em tempos de guerra de gênero). Tem de dizer: “Não é o que você está pensando”, a exemplo do que fazem o “chefe” (Lula) e a “madame” (Marisa Letícia) com o sítio de Atibaia e o tríplex no Guarujá.
Parece mesmo, até onde se alcança, que a conta de Duda Mendonça era, vamos dizer assim, uma operação “ad hoc”, criada para viabilizar o pagamento por intermédio de um dinheiro que o PT havia conseguido por aqui Deus sabe como… Legal é que não era — daí o pagamento clandestino.
Duda ficou preso por algumas horas em razão de uma rinha de galos, algo jocoso em sua biografia. Onde esta se misturou com o mundo do crime, consideraram sete ministros do Supremo, não houve dolo. De lá pra cá, no entanto, as coisas mudaram bastante.
Tudo indica que Santana resolveu ser bem mais do que um marqueteiro. Não foi um mero substituto de Duda Mendonça nas artes do ilusionismo político. Confirmados os fatos que levaram à decretação de sua prisão preventiva, ele não é uma mera personagem incidental daquela organização cujos principais líderes parecem mesmo vocacionados para a cadeia.
É claro que as coisas podem se complicar e muito! Afinal, João Santana não serviu apenas a Lula, não é mesmo? O dinheiro encontrado na sua conta foi transferido durante a gestão da senhora Dilma Rousseff.
Já escrevi algumas vezes e reitero: Dilma deveria renunciar ao mandato enquanto a sociedade brasileira ainda não começou a se esgarçar. Como é que essa gente acha que vai conduzir o país até 2018? Passando todas as horas do seu dia, todos os dias do mês, todos os meses do ano e todos os anos do mandato a arrumar explicações inverossímeis para a penca de crimes cometidos, enquanto o país afunda na recessão e na desesperança?.
Presidente Dilma, dê um tempo ao Brasil, por favor!
Cinquenta meses foram suficientes para a senhora dizer a que veio. E vamos pagar o pato por isso por muito tempo!!! Abrevie a agonia dos brasileiros e renuncie 22/02/2016 -DO R.DEMOCRATICA

PF apura repasse de R$ 12 milhões da Odebrecht ao Instituto Lula


Por Eduardo Gonçalves
Veja.com
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente do PT, Rui Falcão, na reunião do Conselho Político da Presidência do PT, nesta segunda-feira (15), em São Paulo
(Jorge Araújo/Folhapress)
Na nova fase da Operação Lava Jato, Acarajé, deflagrada nesta segunda-feira, a Polícia Federal esmiuçou as informações contidas em uma planilha anexada a um e-mail secreto do executivo da Odebrecht Fernando Migliaccio da Silva. O documento traz siglas acompanhadas de valores. Em uma das anotações, está escrito "Prédio (IL)" e a quantia de 12,4 milhões de reais. A PF investiga se as letras se referem ao Instituto Lula.
"A equipe de análise consignou ser possível que tal rubrica faça referência ao Instituto Lula". Os investigadores aventaram a possibilidade de o dinheiro ter sido usado na construção do prédio do Instituto Lula, na Zona Sul de São Paulo. "Assim, caso a rubrica "Prédio (IL)" refira-se ao Instituto Lula, a conclusão de maior plausibilidade seria a de que o Grupo Odebrecht arcou com os custos de construção da sede da referida entidade e/ou de outras propriedades pertencentes a Luiz Inácio Lula da Silva", diz o texto.
A PF, no entanto, fez a ressalva de que a conclusão pode estar "equivocada" e indica a necessidade de prisões cautelares de executivos da Odebrecht, como Fernando Miglaccio, para explicar os significados das anotações. "O possível envolvimento do ex-presidente da República em práticas criminosas deve ser tratado com parcimônia, o que não significa que as autoridades policiais devam deixar de exercer seu mister constitucional", diz a PF no inquérito.

22/02/2016

A convocação para o grande protesto de 13 de março já está nas ruas. Ou você vai, ou ela fica!

Flamengo e Fluminense jogaram neste domingo em Brasília, no estádio Mané Garrincha. O rubro-negro venceu o tricolor por 2 a 1. Mas houve um quarto gol às portas do estádio e nas arquibancadas: os manifestantes pró-impeachment estavam lá, como já estão em toda parte, em cartazes espalhados pelas cidades, convocando a manifestação do dia 13 de março

Por: Reinaldo Azevedo
A mudança é verde-amarela, mas também pode ser uma beleza rubro-negra. Seguem outras imagens do Mané Garrincha
A mudança é verde-amarela, mas também pode ser uma beleza rubro-negra. Seguem outras imagens do Mané Garrincha
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Vejam estas imagens. Volto em seguida.
A próxima manifestação em favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff está marcada para o dia 13 de março. Há três atitudes a tomar:
a: ficar em casa ou fazer qualquer outra coisa, reconhecendo as virtudes superiores desse governo;
b: detestar o governo, considerá-lo criminoso, mas ficar em casa ainda assim, ou fazer qualquer outra coisa, porque, “afinal, ela pode não cair…”;
c: detestar o governo, considerá-lo criminoso e deixa isso muito claro nas ruas.
Bem, só uma escolha aí pode conduzir à mudança — se você está entre os que querem mudar. A repulsa passiva não conduz a lugar nenhum. Em larga medida, está nas mãos dos brasileiros deixar claro que já não confiam em Dilma; que consideram os crimes cometidos pelo seu governo inaceitáveis; que não enxergam na mandatária de turno condições mínimas para unir o país e tirá-lo do atoleiro.
E é preciso fazê-lo nos moldes das manifestações anteriores: com firmeza, com clareza, com alegria, com humor. E, sobretudo, como é regra nas manifestações em favor do impeachment, comportar-se segundo as imposições da civilidade.
A campanha em favor do protesto do dia 13 de março já está nas ruas. Em todo canto, vê-se a inscrição “Esse impeachment é meu”, deixando claro que está, de fato, nas mãos dos brasileiros decidir até quanto Dilma pode ficar no poder. E ela tem de sair não porque não gostamos do seu governo e suas escolhas, mas porque a presidente cometeu crime de responsabilidade.
Lutas políticas, meus caros, são mesmo longas. Se não bastou irmos às ruas três vezes, então iremos uma quarta, uma quinta, uma sexta… Até que Dilma nos dê a chance de, ao menos, recuperar a esperança. E isso só vai acontecer se ela deixar aquela cadeira. Esse é o primeiro passo para sairmos desse atoleiro melancólico.
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É claro, já se disse aqui, que a simples saída de Dilma não representaria a redenção dos brasileiros. Os pobres não acordariam remediados no dia seguinte nem a classe média iria respirar imediatamente aliviada. Mas se terá tirado da frente a figura que se tornou um emblema dos desastres em série cometidos pelo petismo. É o primeiro passo.
Há dois consensos nacionais hoje em dia: a) o Aedes aegypti, que está em todo canto; b) a necessidade imperiosa de Dilma deixar a cadeira de presidente da República. E então voltamos a uma de três posturas: aplaudir o governo; rejeitá-lo, mas no silêncio do seu quarto; rejeitá-lo à luz do dia.
As imagens
Flamengo e Fluminense jogaram neste domingo em Brasília, no estádio Mané Garrincha. O rubro-negro venceu o tricolor por 2 a 1. Mas houve um quarto gol às portas do estádio e nas arquibancadas: os manifestantes pró-impeachment estavam lá, como já estão em toda parte, em cartazes espalhados pelas cidades, convocando a manifestação do dia 13 de março.
Não pensem que a mudança bate à porta. Não tenham a ilusão de que o establishment político ou o Poder Judiciário farão por nós o que só nós mesmos podemos fazer.
Se as ruas, respeitando os valores da Constituição, não enviarem o seu recado, o sistema — que abriga a maior roubalheira da nossa história e, quem sabe?, a maior da história em qualquer tempo — tende a se proteger e a se preservar.
impeachment é meu
Quando o mote da manifestação anuncia “Esse impeachment é meu”, está a dizer: “Esse impeachment é seu”.
Ou você o faz, ou ninguém o fará por você.
No dia 13 de março, há protesto em todo o país. Amanhã, dia 23 de fevereiro, durante o horário político do PT, as panelas e as buzinas vão cantar. E esse canto geral servirá de convocação para mais um grande protesto.
Já conhecemos todo o cinismo dessa gente, todas as suas explicações frouxas, todas as suas mentiras, todas as suas patéticas tentativas de nos enganar com versões fantasiosas, que partem do princípio de que somos um bando de tolos.
Se não agora, quando?

JOÃO SANTANA E MÔNICA CANCELARAM DOMINGO RETORNO AO BRASIL. POLÍCIA DIZ QUE SEUS NOMES SERÃO INCLUÍDOS NO ALERTA VERMELHO DA INTERPOL.

Jaques Wagner, Mônica Moura e João Santana Foto: Veja by Blog do Marron/Reprodução
Além de João Santana, marqueteiro e consultor da presidente Dilma Rousseff, a 23ª fase da Operação Lava Jato, batizada de Acarajé, tem como alvos também a mulher e sócia de Santana, Mônica Moura, o lobista Zwi Skornicki, o executivo Fernando Miggliaccio da Silva, citado pelo Ministério Público como o verdadeiro operador da Odebrecht, Vinícius Amorim, representante de offshores da Odebrecht, Marcelo Rodrigues, que assinou o contrato entre a offshore de João Santana, Shellbill, e a offshore usada pelo Grupo Odebrecht, Klinfeld, e Maria Lúcia Guimarães Tavares, responsável por uma planilha em que era contabilizado dinheiro suspeito. Também foi alvo de um mandado de prisão Benedicto Barbosa da Silva Jr, vice-presidente de Infraestrutura da Odebrecht Engenharia e Construção no Brasil. Santana, Mônica Moura, Fernando e Benedicto estão no exterior e terão seus nomes incluídos no alerta vermelho da Interpol se não se apresentarem à polícia. (Laryssa Borges, de Brasília)
ESTRANHO CANCELAMENTO 
Já o jornal O Estado de S. Paulo revela que João Santana e sua mulher Mônica, tinham passagem comprada para retornar ao Brasil neste domingo mas não apareceram para o embarque. Diz o site do Estadão:
O marqueteiro João Santana e sua mulher, Mônica Moura, não embarcaram nesta domingo em um voo que partiu da República Dominicana com destino ao aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. Segundo investigadores, eles compraram os bilhetes, mas não compareceram no momento do embarque. O voo registrou no show, quando o passageiro não comparece ao check-in ou ao embarque. Com isso, o casal se livrou do constrangimento de ser preso em casa pela 23ª fase da Operação Lava Jato deflagrada nesta segunda-feira,22. A compra da passagem foi monitorada pela Polícia Federal. Leia Mais DO ALUIZIOAMORIM