O
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente do PT, Rui
Falcão, na reunião do Conselho Político da Presidência do PT, nesta
segunda-feira (15), em São Paulo
(Jorge Araújo/Folhapress)
Na
nova fase da Operação Lava Jato, Acarajé, deflagrada nesta
segunda-feira, a Polícia Federal esmiuçou as informações contidas em uma
planilha anexada a um e-mail secreto do executivo da Odebrecht Fernando
Migliaccio da Silva. O documento traz siglas acompanhadas de valores.
Em uma das anotações, está escrito "Prédio (IL)" e a quantia de 12,4
milhões de reais. A PF investiga se as letras se referem ao Instituto
Lula.
"A
equipe de análise consignou ser possível que tal rubrica faça
referência ao Instituto Lula". Os investigadores aventaram a
possibilidade de o dinheiro ter sido usado na construção do prédio do
Instituto Lula, na Zona Sul de São Paulo. "Assim, caso a rubrica "Prédio
(IL)" refira-se ao Instituto Lula, a conclusão de maior plausibilidade
seria a de que o Grupo Odebrecht arcou com os custos de construção da
sede da referida entidade e/ou de outras propriedades pertencentes a
Luiz Inácio Lula da Silva", diz o texto.
A
PF, no entanto, fez a ressalva de que a conclusão pode estar
"equivocada" e indica a necessidade de prisões cautelares de executivos
da Odebrecht, como Fernando Miglaccio, para explicar os significados das
anotações. "O possível envolvimento do ex-presidente da República em
práticas criminosas deve ser tratado com parcimônia, o que não significa
que as autoridades policiais devam deixar de exercer seu mister
constitucional", diz a PF no inquérito.
22/02/2016
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