quarta-feira, 9 de maio de 2012

IBOPE REVELA: SÃO PAULO DIZ NÃO PARA OS ARRUACEIROS COMUNISTAS DO PT E VAI DE JOSÉ SERRA PARA PREFEITO.

Paulistanos deploram aventura comunista e votam em Serra
O candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, José Serra, é o preferido de 31% dos eleitores da capital, segundo a pesquisa Ibope/Estadão/TV Globo. O tucano tem 15 pontos porcentuais de vantagem sobre Celso Russomanno, do PRB, que aparece com 16%. Netinho (PC do B, 8%), Soninha (PPS, 7%), Gabriel Chalita (PMDB, 6%) e Paulinho da Força (PDT, 5%) têm menos de três pontos de distância entre si – porcentual que equivale à margem de erro da pesquisa. O petista Fernando Haddad tem apenas 3% das intenções de voto.
Líder na pesquisa, Serra enfrenta um grau de rejeição superior ao seu porcentual de apoio. Nada menos do que 35% dos paulistanos afirmam que não votariam nele de jeito nenhum. Haddad, pouco conhecido entre os eleitores da capital, é rejeitado por 12%.
A pesquisa também mediu o grau de satisfação dos paulistanos com os governos municipal, estadual e federal. A gestão do prefeito Gilberto Kassab (PSD) é considerada ótima ou boa por 22%, regular por 38% e ruim por 39%. A administração de Geraldo Alckmin no Estado considerada ótima ou boa por 42% dos moradores da cidade, e a da presidente Dilma Rousseff é vista da mesma forma por 65%.
O Ibope ouviu 805 eleitores em todas as regiões de São Paulo entre os dias 5 e 7 deste mês. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral sob o protocolo SP-00027/2012. Do site do Estadão
DO B. DO ALUIZIO AMORIM

Mula manca não desanca. É o efeito Bianca.

Tem uma expressão meio ralé, mas vale no caso, e vou usá-la com pedido antecipado de desculpas.

"RODO CASTIGO PRA CORNO É POUCO".
Fazendo um pequeno ajuste, ficaria assim:

"TODO CASTIGO PRO BIANCA É POUCO".

Serra lidera disputa pela Prefeitura de São Paulo, diz Ibope
Fernando Haddad (PT) aparece com apenas 3% das intenções de voto, segundo o instituto

LEONARDO GUANDELINE / TATIANA FARAH - O GLOBO

SÃO PAULO – O candidato José Serra (PSDB) lidera a disputa pela Prefeitura de São Paulo, segundo pesquisa Ibope divulgada na noite desta quarta-feira pelo SPTV, da TV Globo. O tucano tem 31% das intenções de votos, seguido por Celso Russomano (PRB), com 16%, Netinho de Paula (PC do B), com 8%; Soninha Francine (PPS), com 7%; Gabriel Chalita (PMDB), com 6%; Paulinho da Força (PDT), com 5%; e Fernando Haddad (PT), com apenas 3% das intenções de voto. Carlos Giannazzi (PSOL) e Luiz Flávio D'Urso (PTB) têm 1%, cada. Levi Fidelix (PRTB) não pontuou. Brancos e nulos somam 11%; 10% não sabem ou não responderam.
O Ibope ouviu 850 eleitores paulistanos entre os dias 5 e 7 deste mês. A margem de erro é de três pontos percentuais, para mais ou para menos. A pesquisa foi registrada no Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP), sob protocolo de número SP-00027/2012.
Pesquisa do Datafolha divulgada no começo de março, pouco depois o ex-governador paulista anunciar que seria pré-candidato pelo PSDB, também colocou Serra à frente da disputa, com 30% das intenções de votos, com Russomano em segundo (19%). Haddad, naquela ocasião, tinha também 3% dos votos, ficando atrás de Netinho de Paula, com 10%; Paulinho da Força, com 8%; e Chalita e Soninha, ambos com 7%.
Em janeiro, quando os candidatos ainda não estavam definidos e os cenários foram criados, o Ibope divulgou uma outra pesquisa de intenção de voto. Nela, Serra venceria o pleito, com 20%, seguido de Netinho de Paula (14%), Paulinho da Força (8%), Soninha (6%), Chalita (5%), Haddad (4%) e Guilherme Afif Domingos (PSD), com 3%. A pesquisa, no entanto, havia sido realizada em dezembro do ano passado.
Vocês estão carecas de saber o que penso sobre pesquisas eleitorais neste paíz lulesco, mas que quando em vez, elas servem para uma boa gozação, lá isso vale.
O Biancão empacou. Mesmo com a ajuda sempre presente dos meios de comunicação que tratam um retardatário como coisa importante.
Não é.
Trata-se de uma mula manca paraplégica, acometida de lullite generalizada. 

DO GENTE DECENTE

Supremo começa a organizar julgamento do mensalão

O STF (Supremo Tribunal Federal) começou oficialmente a organizar o julgamento do processo do mensalão. Nesta quarta-feira, os ministros decidiram que o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, terá 5 horas para apresentar sua denúncia contra todos os réus.
O relator do caso, ministro Joaquim Barbosa, levou ao plenário do Supremo uma questão de ordem, na qual afirmou que o tribunal precisa estabelecer algumas questões práticas antes que o julgamento aconteça.
Mensalão continua no STF, diz Joaquim Barbosa
Sobre o tempo da chamada "sustentação oral" do procurador-geral, ele afirmou que a ampliação do seu tempo seria necessária para garantir a paridade de armas entre a acusação e a defesa dos réus.
O advogado de cada acusado terá até uma hora, quando o mensalão começar a ser julgado, para defender seu cliente. Se todos usarem o tempo completo, serão 38 horas somente para as sustentações orais dos réus.
No caso do Ministério Público, a legislação e o regimento interno do Supremo dá o mesmo prazo de até uma hora.
Barbosa argumentou que o tempo leva em conta um processo em que existe apenas um réu e que o tempo de exposição de cada uma das partes seria o mesmo. No caso, como são 38 réus, o ministro do Supremo argumentou que ele precisa de mais tempo para apresentar suas razões.
Sua argumentação foi seguida por praticamente todos os colegas do tribunal. Celso de Mello, por exemplo, disse que se o tempo de uma hora fosse mantido, ele teria menos de dois minutos para tratar de cada um dos acusados. Mesmo com as cinco horas disponíveis, Gurgel terá cerca de oito minutos para tratar de cada um dos acusados do mensalão.
O único contrário foi o ministro Marco Aurélio Mello, para quem a defesa dos réus deveria estar presente para tratar do mesmo assunto. "Para mim, esse é um processo como tantos outros que foram julgados pelo Supremo. A partir do momento em que nos reunimos em sessão plenária para previamente estabelecer, no campo do pragmatismo maior, balizas, colocamos a ele excepcionalidades que não se coadunam com o Estado Democrático de Direito", disse o ministro.
Os demais, no entanto, entenderam que por se tratar de um processo com tantos réus, com 234 volumes, 495 apensos e mais de 50 mil páginas, cabe ao tribunal organizá-lo antes.
Roberto Gurgel foi questionado pelos integrantes do tribunal se o tempo de cinco horas seria suficiente. "O Ministério Público entende que esse tempo estaria adequado, mas evidentemente não será suficiente para expor detalhadamente a acusação sobre cada um deles", respondeu.
RELATÓRIO
Barbosa também questionou os ministros se, no dia do julgamento, pode resumir seu relatório, que já foi divulgado e tem 122 páginas. O julgamento exige que antes das sustentações orais da acusação e da defesa, o relator do caso leia esse relatório, um documento que resume os principais fatos do processo, sem ainda emitir o seu juízo de valor.
O ministro afirmou que o seu relatório já é amplamente conhecido e que, por conta disso, ele poderia abreviar ainda mais, para cerca de 2 ou 3 páginas, para reduzir o tempo do julgamento.
Segundo Joaquim Barbosa, serão necessárias pelo menos três semanas para que o mensalão seja julgado. "O que eu menos quero é gastar tempo desnecessariamente". Também neste ponto, ele só não teve o apoio de Marco Aurélio, para quem não caberia a questão de ordem para tratar de um processo, que é igual a todos os outros.
DA FOLHA.COM

Críticas vêm de pessoas com medo do julgamento do mensalão, diz Gurgel

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, rebateu nesta quarta-feira críticas por não ter pedido abertura de inquérito para investigar as relações do senador Demóstenes Torres (sem partido-GO).
Segundo o procurador, as críticas foram feitas por "pessoas que estão morrendo de medo do julgamento do mensalão".
Sem citar nomes, Gurgel disse que é compreensível que pessoas "ligadas a mensaleiros" queiram atacá-lo e também atacar ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), que serão responsáveis por julgar o caso do mensalão.
O procurador-geral Roberto Gurgel rebateu críticas sobre investigações
Roberto Gurgel rebateu críticas sobre investigações
"É compreensível que algumas pessoas ligadas a mensaleiros tenham essa postura de querer atacar o procurador-geral --e até atacar ministros do Supremo-- com aquela afirmação falsa de que eu estaria investigando quatro ministros do Supremo Tribunal Federal", disse o procurador.
Segundo ele, os ataques sofridos seriam uma "tentativa de imobilizar o procurador-geral da República para que ele não possa atuar como se deve, seja no caso que envolve o senador Demóstenes e todos os seus desdobramentos, seja preparando-se para o julgamento do mensalão, caso que, repito, classifiquei nas alegações finais, como talvez o mais grave atentado à democracia brasileira".
Gurgel também disse que os mentores das críticas são, "se não réus, protetores de réus", além de pessoas que já foram alvos do Ministério Público e que agora querem retaliar.
Questionado se haveria alguém específico por trás das críticas, ele se limitou a dizer que são "fatos notórios, que independem de prova".
"São pessoas que já foram alvo do Ministério Público e ficam querendo, compreensivelmente --é humano--, retaliar. E há outras pessoas com notórias ligações com réus do mensalão", disse. "Agora, minha preocupação é de continuar trabalhando, continuar investigando e de continuar levantar o véu e revelar cada vez mais fatos extremamente graves que estão submetidas também à Comissão Parlamentar, mas que parece mais preocupada com o julgamento do mensalão", finalizou.
FONTE: FOLHA.COM

O Mensalão Provoca Desespero!

1. Veja & Cachoeira: jornalismo a pique?

por Políbio Braga
No comentário que o editor faz diariamente no Twitcam o assunto principal desta segunda-feira é uma discussão iniciada e açulada pelo PT e seus aliados do PIG (Partido da Imprensa Governista), como Carta Capital e Rede Record, que tentam levar para o centro da CPI do Cachoeira a questão do “marco regulatório” (controle da imprensa).
A revista Veja é a mais atacada, mas os golpistas também miram jornalões como Estadão, Folha e O Globo, além da blogsfera, onde PT e PIG apanham de modo devastador e quase todos os dias.
O controle da imprensa sempre foi desejado pelos governantes de todos os Partidos, mas apenas o PT atreve-se a defender um modelo do tipo cubano para o Brasil.
Esta campanha sórdida contra a liberdade de imprensa tem o objetivo de colocar sob proteção os bandoleiros políticos do Mensalão, além de suprimir do noticiário as referências diárias sobre as patifarias que ocorrem com o dinheiro dos contribuintes.
Nem todo mundo fala tão francamente sobre isto, preferindo colocar-se a reboque dos bandoleiros políticos, como é o caso da revista Carta Capital. 
Na edição desta semana, a revista de Mino Carta apresenta uma capa “trabalhada” de Veja, na qual surge a foto de Roberto Civita sobre o título “Nosso Murdoch”. A reportagem principal fala sobre “Veja & Cachoeira, jornalismo a pique”, que tenta apresentar fatos reprováveis de relações permissivas entre o bicheiro e a revista, sem apresentar prova alguma.
Ora, até pela natureza do caso Murdoch, a foto que melhor caberia na capa de Veja seria a do próprio Mino Carta, do bispo Edir Macedo ou de Silvio Santos, estes, sim, comensais dos favores e das fartas verbas do governo – e seus porta-vozes incondicionais. 
Carta Capital, aliás, publica nesta edição apenas 10 páginas de publicidade, 4 das quais são de empresas do governo: tres da Caixa Federal e uma da Petrobrás. Há também uma página da Interfarma, a entidade de lobismo que representa a indústria farmacêutica, que patrocina um caderno de 16 páginas de defesa dos interesses do setor. Um dos destaques do caderno é o presidente da Interfarma, o ex-governador Antonio Brito.
Fonte:  Políbio Braga
2. Roberto Civita não é Rupert Murdoch 
Editorial d'O Globo
Blogs e veículos de imprensa chapa branca que atuam como linha auxiliar de setores radicais do PT desfecharam uma campanha organizada contra a revista "Veja", na esteira do escândalo Cachoeira/Demóstenes/Delta.
A operação tem todas as características de retaliação pelas várias reportagens da revista das quais biografias de figuras estreladas do partido saíram manchadas, e de denúncias de esquemas de corrupção urdidos em Brasília por partidos da base aliada do governo.
É indisfarçável, ainda, a tentativa de atemorização da imprensa profissional como um todo, algo que esses mesmos setores radicais do PT têm tentado transformar em rotina nos últimos nove anos, sem sucesso, graças ao compromisso, antes do presidente Lula e agora da presidente Dilma Roussef, com a liberdade de expressão.
A manobra se baseia em fragmentos de grampos legais feitos pela Polícia Federal na investigação das atividades do bicheiro Carlinhos Cachoeira, pela qual se descobriu a verdadeira face do senador Demóstenes Torres, outrora bastião da moralidade, e, entre outros achados, ligações espúrias de Cachoeira com a construtora Delta.
As gravações registraram vários contatos entre o diretor da Sucursal de "Veja" em Brasília, Policarpo Jr, e Cachoeira. O bicheiro municiou a reportagem da revista com informações e material de vídeo/gravações sobre o baixo mundo da política, de que alguns políticos petistas e aliados fazem parte.
A constatação animou alas radicais do partido a dar o troco. O presidente petista, Rui Falcão, chegou a declarar formalmente que a CPI do Cachoeira iria "desmascarar o mensalão".
Aos poucos, os tais blogs começaram a soltar notas sobre uma suposta conspiração de "Veja" com o bicheiro. E, no fim de semana, reportagens de TV e na mídia impressa chapas brancas, devidamente replicados na internet, compararam Roberto Civita, da Abril, editora da revista, a Rupert Murdoch, o australiano-americano sob cerrada pressão na Inglaterra, devido aos crimes cometidos pelo seu jornal "News of the World", fechado pelo próprio Murdoch.
Comparar Civita a Murdoch é tosco exercício de má-fé, pois o jornal inglês invadiu, ele próprio, a privacidade alheia.
Quer-se produzir um escândalo de imprensa sobre um contato repórter-fonte. Cada organização jornalística tem códigos, em que as regras sobre este relacionamento — sem o qual não existe notícia — têm destaque, pela sua importância.
Como inexiste notícia passada de forma desinteressada, é preciso extremo cuidado principalmente no tratamento de informações vazadas por fontes no anonimato.
Até aqui, nenhuma das gravações divulgadas indica que o diretor de “Veja” estivesse a serviço do bicheiro, como afirmam os blogs, ou com ele trocasse favores espúrios. Ao contrário, numa das gravações, o bicheiro se irrita com o fato de municiar o jornalista com informações e dele nada receber em troca.
Estabelecem as Organizações Globo em um dos itens de seus Princípios Editoriais: "(...) é altamente recomendável que a relação com a fonte, por mais próxima que seja, não se transforme em relação de amizade. A lealdade do jornalista é com a notícia".
E em busca da notícia o repórter não pode escolher fontes. Mas as informações que vêm delas devem ser analisadas e confirmadas, antes da publicação. E nada pode ser oferecido em troca, com a óbvia exceção do anonimato, quando necessário.
O próprio braço sindical do PT, durante a CPI de PC/Collor, abasteceu a imprensa com informações vazadas ilegalmente, a partir da quebra do sigilo bancário e fiscal de PC e outros.
O "Washington Post" só pôde elucidar a invasão de um escritório democrata no conjunto Watergate porque um alto funcionário do FBI, o "Garganta Profunda", repassou a seus jornalistas, ilegalmente, informações sigilosas.
Só alguém de dentro do esquema do mensalão poderia denunciá-lo. Coube a Roberto Jefferson esta tarefa.
A questão é como processar as informações obtidas da fonte, a partir do interesse público que elas tenham. E não houve desmentidos das reportagens de "Veja" que irritaram alas do PT.
Ao contrário, a maior parte delas resultou em atitudes firmes da presidente Dilma Roussef, que demitiu ministros e funcionários, no que ficou conhecido no início do governo como uma faxina ética.
Fonte:  O Globo
COMENTO:  o temor de que a lentidão com que está sendo conduzido o processo do MENSALÃO não seja suficiente para livrar a cara da cumpanherada está fazendo o partido - que pretendeu ser o defensor da ética e dos bons costumes e que na prática se mostrou mais sujo e podre que os demais - jogar-se de corpo e alma em tramóias e subterfúgios para criar cortinas de fumaça que encubram sua patifaria maior. Usam de tudo, desde a desmoralização de membros do poder judiciário ao lançamento de livro com mais crimes e barbáries cometidas durante a "ditabranda".  Neste último caso, certamente, outra pantomima como a do canalha que também escreveu livro contando ter transportado cadáveres de guerrilheiros do Araguaia em helicóptero e que sumiu quando foi revelado que o patife só obteve habilitação para pilotar helicópteros depois do final do "episódio Araguaia". 
DO MUJAHDIN CUCARCAHA

Que a imprensa reaja ao fascismo petista!

Os petistas, que oficializaram a corrupção no Brasil, promovem violenta campanha contra a revista Veja. O jornal O Globo, enfim, é o primeiro a reagir. Que os outros órgãos de imprensa independentes sigam o exemplo. O lulopetismo encarna hoje o fascismo de esquerda. Surrupio o editorial na íntegra, em defesa das liberdades.

Blogs e veículos de imprensa chapa branca que atuam como linha auxiliar de setores radicais do PT desfecharam uma campanha organizada contra a revista "Veja", na esteira do escândalo Cachoeira/Demóstenes/Delta.
A operação tem todas as características de retaliação pelas várias reportagens da revista das quais biografias de figuras estreladas do partido saíram manchadas, e de denúncias de esquemas de corrupção urdidos em Brasília por partidos da base aliada do governo. É indisfarçável, ainda, a tentativa de atemorização da imprensa profissional como um todo, algo que esses mesmos setores radicais do PT têm tentado transformar em rotina nos últimos nove anos, sem sucesso, graças ao compromisso, antes do presidente Lula e agora da presidente Dilma Roussef, com a liberdade de expressão.
A manobra se baseia em fragmentos de grampos legais feitos pela Polícia Federal na investigação das atividades do bicheiro Carlinhos Cachoeira, pela qual se descobriu a verdadeira face do senador Demóstenes Torres, outrora bastião da moralidade, e, entre outros achados, ligações espúrias de Cachoeira com a construtora Delta. As gravações registraram vários contatos entre o diretor da Sucursal de "Veja" em Brasília, Policarpo Jr, e Cachoeira. O bicheiro municiou a reportagem da revista com informações e material de vídeo/gravações sobre o baixo mundo da política, de que alguns políticos petistas e aliados fazem parte.
A constatação animou alas radicais do partido a dar o troco. O presidente petista, Rui Falcão, chegou a declarar formalmente que a CPI do Cachoeira iria "desmascarar o mensalão". Aos poucos, os tais blogs começaram a soltar notas sobre uma suposta conspiração de "Veja" com o bicheiro. E, no fim de semana, reportagens de TV e na mídia impressa chapas brancas, devidamente replicados na internet, compararam Roberto Civita, da Abril, editora da revista, a Rupert Murdoch, o australiano-americano sob cerrada pressão na Inglaterra, devido aos crimes cometidos pelo seu jornal "News of the World", fechado pelo próprio Murdoch.
Comparar Civita a Murdoch é tosco exercício de má-fé, pois o jornal inglês invadiu, ele próprio, a privacidade alheia. Quer-se produzir um escândalo de imprensa sobre um contato repórter-fonte. Cada organização jornalística tem códigos, em que as regras sobre este relacionamento — sem o qual não existe notícia — têm destaque, pela sua importância. Como inexiste notícia passada de forma desinteressada, é preciso extremo cuidado principalmente no tratamento de informações vazadas por fontes no anonimato. Até aqui, nenhuma das gravações divulgadas indica que o diretor de “Veja” estivesse a serviço do bicheiro, como afirmam os blogs, ou com ele trocasse favores espúrios. Ao contrário, numa das gravações, o bicheiro se irrita com o fato de municiar o jornalista com informações e dele nada receber em troca.
Estabelecem as Organizações Globo em um dos itens de seus Princípios Editoriais: "(...) é altamente recomendável que a relação com a fonte, por mais próxima que seja, não se transforme em relação de amizade. A lealdade do jornalista é com a notícia". E em busca da notícia o repórter não pode escolher fontes. Mas as informações que vêm delas devem ser analisadas e confirmadas, antes da publicação. E nada pode ser oferecido em troca, com a óbvia exceção do anonimato, quando necessário.
O próprio braço sindical do PT, durante a CPI de PC/Collor, abasteceu a imprensa com informações vazadas ilegalmente, a partir da quebra do sigilo bancário e fiscal de PC e outros. O "Washington Post" só pôde elucidar a invasão de um escritório democrata no conjunto Watergate porque um alto funcionário do FBI, o "Garganta Profunda", repassou a seus jornalistas, ilegalmente, informações sigilosas. Só alguém de dentro do esquema do mensalão poderia denunciá-lo. Coube a Roberto Jefferson esta tarefa.
A questão é como processar as informações obtidas da fonte, a partir do interesse público que elas tenham. E não houve desmentidos das reportagens de "Veja" que irritaram alas do PT. Ao contrário, a maior parte delas resultou em atitudes firmes da presidente Dilma Roussef, que demitiu ministros e funcionários, no que ficou conhecido no início do governo como uma faxina ética.
DO ORLANDO TAMMBOSI

Vagabundo, rabo de palha: Protógenes tentou contato com esquema do Cachoeira, diz Polícia Federal


Para delegado ouvido na sessão secreta da CPI, escutas indicam o interesse do deputado federal em se aproximar de ex-diretor da Delta aliado do contraventor Carlinhos Cachoeira
O delegado da Polícia Federal Raul Alexandre Marques constrangeu o deputado federal Protógenes Queiroz (PCdoB-SP) no fim da sessão secreta da CPI do Cachoeira, que durou mais de sete horas. Em meio a questionamentos de Protógenes sobre o envolvimento de setores da mídia com a organização criminosa, o delegado o rebateu, citando a proximidade do parlamentar com o araponga Idalberto Matias de Araújo, o Dadá, braço-direito de Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.
Marques lembrou de escutas da operação Vegas em que Protógenes foi flagrado conversando com Dadá. Segundo o delegado, um dos diálogos indica o interesse do deputado em se aproximar do ex-diretor da Delta no Centro-Oeste, Cláudio Abreu, apontado pela PF como um dos principais aliados do bicheiro. Protógenes teria dito no grampo ter uma missão para o araponga: apresentá-lo ao dirigente da empreiteira.
Membro da CPI, o deputado federal aparece também nas investigações da operação Monte Carlo. Conforme revelou o Estado, Protógenes foi flagrado em pelo menos seis conversas suspeitas com o araponga. Segundo a PF, Dadá esteve a serviço de Protógenes na Operação Satiagraha e, nas conversas, recebe orientações do ex-delegado sobre como agir para embaraçar a investigação aberta pela corregedoria da PF sobre desvios no comando da operação que culminou com a prisão do banqueiro Daniel Dantas – a Satiagraha. Estadão Online
DO B. ABOBADO

Violência retórica, baixaria e antissemitismo: “Teu patrão vai para Auschwitz”

Recebo, como sabem, milhares de comentários por dia. Agora mesmo, 5h47 da madrugada, quando começo este post, já há 241 comentários na fila. Uma parte vem daquilo que chamo “rede criminosa” da Internet. Não publico para poupar-nos da baixaria, da violência retórica, das ameaças, da pior imundície. É claro que se trata de uma organização, que obedece a um comando. E eles não poupam nada: família, intimidade, origem… Enquanto estiver em vigência o estado de direito no Brasil, há que se recorrer à Justiça para responder aos agravos. Tenho encaminhado à VEJA as agressões que ultrapassam o limite do tolerável e ferem fundamentos até da Constituição.
Alguém se identificando como François-Marie Arouet — o nome de batismo de ninguém menos do que Voltaire —, num texto meio confuso, mas de sentido claro, escreve o que segue, referindo-se a Roberto Civita, publisher da VEJA:
Escuta aqui, figura, endoidou ou terminou o casório com mulher para embichar de vez? Se teu patrão for “convidado” à CPI, o Murdoch acabará por deportá-lo para Auschwitz, pois a latrina de quem aparece mais não foi feita para herdeiro de zelote, fugitivo da Itália e da Argentina. Tu não aprendes mesmo, quadrúpede com mania de bípede! Está na hora de apelares para o Pentauteuco - e não para o Eclesiastes - à cata de uma fraude qualquer, de um conto-do-vigário capaz de blindá-lo contra a força do destino; tu e todos aí desse lupanar da Casa Verde.
Essa é a linguagem que falam nas agressões que enviam ao blog. Civita é judeu, e Auschwitz é um campo de extermínio. A metáfora desse Voltaire nazistoide (IP 177.0.236.159), a seu modo, faz sentido. Querem enviar a imprensa para um campo de extermínio, para a câmara de gás.
As referências ao “judeu sujo”, ao “judeu sem pátria”, à “solução final para a imprensa golpista e para os sionistas” se multiplicam nos comentários enviados ao blog. Por incrível que possa parecer, são aceitas coisas semelhantes nas áreas de comentários de páginas que ostentam a marca de estatais e do governo. Se houver futuro para estepaiz, como diria aquele, um dia haveremos (ou nossos filhos e netos) de nos escandalizar com o fato de que dinheiro público tenha sido usado para patrocinar o achincalhe da oposição, da imprensa e de figuras do Judiciário — além de promover o preconceito mais odiento, mais asqueroso, mais rasteiro.
“Você e o judeu nojento que paga o seu salário vão ver agora o que é bom pra tosse”. É assim que eles se expressam. E acreditem:  são capazes de muito mais. Esses são exemplos amenos do que chega — junto, claro!, com a reprodução de acusações publicadas pela rede a soldo. Já está bom, não é? Matéria para a polícia e para a Justiça. Ainda que muitos covardes se escondam no anonimato ou recorram a apelidos, há ferramentas para encontrá-los e fazê-los responder pelo que dizem.
Querem mandar a imprensa livre e independente para o paredão e para a câmara de gás, mas a isso que fazem chamam “liberdade de expressão”. Estão de tal sorte “pilhados” por seus orientadores (i)morais que já não se dão conta dos crimes que estão cometendo — alguns deles inafiançáveis e imprescritíveis. Estão, reitero, convictos de que já chegaram lá e que é hora de dar o golpe final, mais ou menos como os bolcheviques fizeram com Kerensky. Mas não somos os “kerenskiáveis” da vez…
Leiam o que vai em vermelho. Volto em seguida.
Quando a imprensa judaica reclama que o movimento Nacional Socialista tem a permissão de falar em todas as rádios alemãs por causa de seu chanceler, podemos responder que só estamos fazendo o que vocês sempre fizeram no passado.
(…)
Há alguns anos, não falávamos da boca pra fora quando dizíamos que vocês, judeus, são nossos professores e que só queremos ser seus alunos e aprender com vocês. Além disso, é preciso esclarecer que aquilo que esses senhores conseguiram no terreno da política de propaganda durante os últimos 14 anos foi realmente uma porcaria. Apesar de eles controlarem os meios de comunicação, tudo o que conseguiram fazer foi encobrir os escândalos parlamentares, que eram inúteis para formar uma nova base política.
(…)
Se hoje a imprensa judaica acredita que pode fazer ameaças veladas contra o movimento Nacional-Socialista e acredita que pode burlar nossos meios de defesa, então, não deve continuar mentindo. Um dia nossa paciência vai acabar e calaremos esses judeus insolentes, bocas mentirosas!
(…)
E se outros jornais judeus acham que podem, agora, mudar para o nosso lado com as suas bandeiras, então só podemos dar uma resposta: “Por favor, não se dêem ao trabalho!”
(…)
Esta insolência judaica tem mais passado do que terá futuro. Em pouco tempo, ensinaremos os senhores da Karl Liebnecht Haus [sede do Partido Comunista] o que é a morte, como nunca aprenderam antes. Eu só queria acertar as contas com os [nossos] inimigos na imprensa e com os partidos inimigos e dizer-lhes pessoalmente o que quero dizer em todas as rádios alemãs para milhões de pessoas.
São trechos do discurso que Goebbels fez em Berlim no dia 10 de fevereiro de 1933.  Eu traduzi a parte que vai no vídeo abaixo no dia 20 de setembro de 2010 Está tudo aí. A síntese poderia ser esta: “Acabaremos com vocês porque vocês… existem”.
Encerro
O mais curioso de tudo é que, volta e meia, tentam ironizar: “Ah, vocês estão se defendendo!” Não, vagabundos! Estou atacando com as armas da civilização. Mas posso compreender que nazistoides, fascistoides e comunistoides acreditem que a seus adversários não assiste nem mesmo o direito à defesa. Vocês não pertencem a 2012. São isso que se vê acima: a Alemanha de 1933! E vão para a lata do lixo, com seu ódio, seu rancor, seus preconceitos e seu antissemitismo asqueroso.
Texto publicado originalmente às 6h28
Por Reinaldo Azevedo
REV VEJA

NÃO É SÓ A LIBERDADE DA IMPRENSA QUE ESTÁ EM JOGO, TAMBÉM É A SUA! OU: QUEREM FAZER DA CPI UM TRIBUNAL DE EXCEÇÃO CONTRA A IMPRENSA, O STF E A PROCURADORIA GERAL DA REPÚBLICA

Uma carta aos defensores da democracia e do estado de direito. Ou: conversa com os que pretendem preservar o regime de liberdades. Se gostarem, passem adiante.
Minhas caras, meus caros,
leia-se a melhor literatura sobre os primórdios do fascismo ou os primeiros dias que se seguiram aos golpes comunistas, e o observador atento vai constatar uma característica invariável a marcar a consolidação desses regimes tirânicos: direitos fundamentais — alguns então e ainda garantidos em lei, outros nem especificados porque considerados parte da vida civilizada — passam a ser tratados como se fossem privilégios inaceitáveis de uma minoria. Assim se mandaram os “burgueses e os reacionários” para o paredão ou os judeus para os campos de concentração e a morte. Em nome do fim de privilégios que eram apenas direitos!
E foi, sim, sob o silêncio cúmplice de muitos. Não se enganem: nem os regimes comunistas nem os fascistas se instalaram sem o consentimento, ainda que passivo, de amplas camadas da população. Ao contrário: esse apoio popular foi usado para legitimar e tornar corriqueira a violência. Seria exagero dizer que estamos vivendo dias pré-tirânicos no Brasil. Mas não é exagero nenhum constatar que direitos fundamentais estão sendo cotidianamente violados por instâncias do Estado.
A imprensa livre e independente só é possível numa democracia. A democracia só é possível se houver uma imprensa livre e independente. Essas duas instâncias se distinguem — porquanto uma delas, a imprensa, reúne apenas uma parte da vida em sociedade —, mas não se separam. Sem o regime democrático, a liberdade de expressão inexiste; sem a liberdade de expressão, o regime democrático morre de inanição.
Lideranças políticas ressentidas de ontem e de hoje; políticos cansados da vigilância cotidianamente exercida pela imprensa independente; mentalidades jurássicas ainda inconformadas com o triunfo de uma economia aberta e de mercado e incrustadas na academia e no próprio jornalismo; notórios manipuladores da boa-fé da população e dos justos reclamos em favor de uma sociedade mais justa, todas essas forças resolveram se conjurar contra um dos fundamentos da nossa liberdade: a imprensa independente. É um engano, uma tolice ou pura expressão da má fé considerar que estão querendo levar apenas a VEJA para o banco dos réus. Aliás, se assim fosse, talvez estivéssemos diante de evento de gravidade menor porque haveria uma acusação e seria garantido o direito de defesa. Querem, isto sim, é levar a imprensa a um tribunal político. Primeiro a VEJA, não por acaso, e depois o resto.
Como já deixei claro em outro post, não se trata de reivindicar impunidade para a imprensa. Ela não está — e nem deve estar — acima da lei. Mas também não pode estar abaixo dela, sujeita a um verdadeiro tribunal de exceção, sendo vítima passiva de uma clara violação de princípios constitucionais, como é o sigilo da fonte, por exemplo. Ora, o que temos? Se, nas conversas que um repórter da VEJA manteve com algumas de suas fontes — e fontes de muitos outros jornalistas —, houvesse o flagrante de um crime, que se acionasse a justiça criminal para puni-lo. O fundamento vale para qualquer um. No Brasil, até uma associação de juízes andou afirmando que algumas pessoas estão acima da lei. Não! Ninguém está nem pode estar — nem os jornalistas.
Mas qual foi mesmo o “crime” do jornalista Policapo Jr.? Nenhum! Como sabe qualquer jurista do país, especialmente aqueles dedicados à área criminal, não há nas conversas tornadas públicas uma só manifestação que fira o direito coletivo, prerrogativas de terceiros, o interesse público, nada! São conversas de quem buscava a informação sem garantir, como deixam claro Carlinhos Cachoeira e seus auxiliares, qualquer benefício em troca. Também no terreno da ética profissional, não há reparos a fazer a seu trabalho.
Nunca fui repórter investigativo. Já cheguei até a dizer aqui que, embora fale com políticos, sim, prefiro os meus textos que saem da conversa com a lógica e com a história. Se toda fonte que passa uma informação em off tem interesse na sua divulgação — e tem! —, o mesmo vale para as análises que muitas vezes são feitas pelos políticos. Algumas, ainda que passadas de boa-fé, tendem mais a nos afastar da verdade do que a nos aproximar. Muito bem!
Não é essa a minha área. Mas reflito cá comigo o que não estarão pensando, nestes tempos, expressões do chamado “jornalismo investigativo” — há até uma associação nacional que reúne profissionais dessa área.
Em regra, eles prestaram e prestam grandes serviços ao país. E tiveram a sorte de não ver lançada em praça pública suas conversas com as fontes e, mais ainda, conversas das fontes sobre o contato que mantiveram com jornalistas. Este é, insisto — ou era — um direito constitucional assegurado à imprensa. Não para cometer crimes, não, mas para denunciá-los e combatê-los. Como fez tantas vezes Policarpo Jr. E como fizeram tantos outros. Quem primeiro passou à reportagem da Folha o notável crescimento patrimonial de Antonio Palocci, com alguns dados bastante precisos sobre os seus bens, estava, como costumo indagar, só pensando no bem, no belo e no justo? Quem terá sido a fonte? A revelação de eventuais conversas gravadas entre jornalistas e informantes muda a natureza do que foi denunciado? Aqueles que ajudaram a derrubá-lo só estavam interessados no bem da República?
Que não se perca isto de vista: se, no curso da investigação de Cachoeira e sua turma, um jornalista da VEJA ou de qualquer outro veículo tivesse sido flagrado cometendo um crime, Código Penal nele! Mas é o caso? Qual é a acusação? Por que buscava Policarpo Jr. aquelas informações? Para se locupletar? Para fazer chantagem? Não! Para publicar. As maquinações de Cachoeira e seus sequazes não eram de sua conta, como não eram a dos que passaram as informações sobre Palocci à Folha. ORA, NÃO CABERIA INDAGAR, TAMBÉM NO CASO DO EX-CHEFE DA CASA CIVIL, QUAIS OS INTERESSES DAQUELES QUE AJUDARAM A DEPÔ-LO? A revelação dessas fontes não seria também — dadas a perspectiva hoje vigente em algumas mentalidades da CPI e a abordagem feita por certo jornalismo — do interesse público?
Digam-me aqui: caberia aos repórteres da Folha que receberam a informação, comprovada com apuração posterior, fazer um julgamento prévio sobre as consequências e os interesses da fonte? Seria o seu papel, por exemplo, o seguinte juízo: “Huuummm… É bem verdade que tenho aqui dados que complicam a vida do ministro. Mas ele é peça-chave no governo Dilma. Se cair, estarei fazendo a vontade da fonte que me passou o material. Já sei: vou detonar Palocci e a fonte junto! Pronto!” Seria a última reportagem investigativa desse profissional. E perderia o país.
Da mesma sorte, cumpriria ao profissional da VEJA, no caso citado e em outros, de posse das evidências dos atos de corrupção, julgar que estaria atendendo a eventuais interesses das fontes — porque eles sempre existem — e, em nome de uma suposta ética, deixar intocados os ladrões de dinheiro público? Alguém flagrou algum jornalista da VEJA interferindo em licitação ou participando de conspiração para alterar preço de obra pública? Não! Nas vezes em que aparece na fita ou em que seu nome é citado, trata-se sempre da busca de informações para reportagens — publicadas depois de rigorosa apuração junto a outras fontes. Tão rigorosa que algumas estão na raiz de demissões, sim. E quem demitiu foi Dilma Rousseff, não a VEJA.
Não é a VEJA apenas, é a imprensa
Não é só a VEJA que estão tentando colocar na berlinda, não! É a imprensa como um todo. Com o que se tem até aqui, aprove-se ou não o depoimento de quem quer que seja, está decretada a morte do sigilo da fonte e da apuração jornalística. Ao contrário do que pensam alguns tontos, isso não atenta só contra a liberdade da imprensa. Isso atenta contra a liberdade de todos os brasileiros. Não vamos nos enganar. Repórteres investigativos não falam com freiras e monges. Essas boas pessoas não têm nada a dizer a profissionais dessa área, que têm entre as suas missões zelar pela defesa do bem público.
Ainda que repórteres não estejam grampeados hoje — não com autorização judicial ao menos; sem ela, creio que todos estamos —, a chance de que suas fontes estejam é gigantesca. Dá-se de barato (e há quanto tempo escrevo isso aqui, como sabem os leitores mais antigos!) que não há mais sigilo telefônico no país. Se uma dessas fontes for objeto de alguma operação da Polícia Federal, essas conversas fatalmente virão a público se algum petista se sentir prejudicado… Ainda que a quebra do sigilo tenha autorização judicial, o vazamento é sempre criminoso. Mesmo os encontros pessoais não são seguros, porque a tecnologia da escuta ambiental avançou ainda mais do que a do grampo telefônico. Em breve, os veículos de comunicação terão de construir salas especiais, nas quais repórteres terão de se encontrar com as fontes, todos, evidentemente, pelados — se é que não existem já grampos subcutâneos ou que possam ser escondidos em orifícios não examináveis sem um estreitamento maior de relações…
De novo, se a Polícia Federal tivesse flagrado o jornalista da VEJA a cometer um crime, há um caminho legal que conduz ao processo e à punição. Mas isso não existe! Estamos diante, como sabe toda pessoa de bom senso, da agressão a um direito constitucional. Sua violação não atinge só a VEJA. Fere as garantias de todos os profissionais e de todos os veículos.
Notáveis bobagens
Notáveis bobagens estão sendo escritas a respeito por gente que deveria estar empenhada na defesa da liberdade de informar — que não pode se confundir com um privilégio, como querem os tiranos, de que trato lá no primeiro parágrafo.
No domingo, Suzana Singer, ombudsman da Folha, escreveu uma coluna sobre o caso. Reproduzo um trecho em vermelho e faço alguns destaques por minha conta:
Do que veio a público até o momento, não há nada de ilegal no relacionamento “Veja”-Cachoeira. O paralelo com o caso Murdoch, que a blogosfera de esquerda tenta emplacar, soa forçado, porque, no caso inglês, há provas de crimes, como escutas ilegais e a corrupção de policiais e autoridades.
Não ser ilegal é diferente, porém, de ser “eticamente aceitável”. Foram oferecidas vantagens à fonte? O jornalista sabia como as informações eram obtidas? Tinha conhecimento da relação próxima de Cachoeira com o senador Demóstenes? Há muitas perguntas que só podem ser respondidas se todas as cartas estiverem na mesa.
É preciso divulgar os diálogos relevantes que citem a imprensa. A Secretaria de Redação diz que tem “publicado reportagens a respeito, quando julga que há notícia”. “Na sexta, entrevista com o relator da CPI tratava do tema e estava na Primeira Página. Já em abril havia reportagem de Brasília e colunistas escreveram a respeito”, afirma.
É pouco. Grampos mostram que a mídia fazia parte do xadrez de Cachoeira. Que essa parte do escândalo seja tratada sem indulgência, com a mesma dureza com que os políticos têm sido cobrados. Permitir-se ser questionado, jogar luz sobre a delicada relação fonte-jornalista, faz parte do jogo democrático.
Voltei
Pergunto a Suzana Singer e, se ela quiser responder, publico a resposta aqui: de qual escândalo denunciado pela imprensa, Suzana, não se podem perguntar as mesmíssimas coisas? Na sua condição de ombudsman, cobrou dos repórteres da Folha a PROVA de que não ofereceram vantagens à fonte que passou as informações sobre Palocci? A reportagem do jornal fazia ou não parte do “xadrez” da pessoa que queria o então ministro mais importante de Dilma fora do governo? Diga-me, Suzana: o jornalista que divulgou a lista de bens de Palocci sabia ou não sabia como aquelas informações foram colhidas?
A ombudsman da Folha está afirmando que nada existe contra o repórter da VEJA, mas que cabe a este provar a sua inocência, como nos melhores regimes totalitários. Curioso que tais cobranças não tivessem sido feitas por ninguém ao tempo que se garantia sobrevida a uma comprovada picaretagem, como era o Dossiê Cayman — e foi a Polícia, não a imprensa, que desbaratou a farsa.
Por que, Suzana Singer, só esse caso merece tal tratamento? Espero que não seja porque, afinal de contas, se trata da VEJA, e a revista deveria estar submetida a algum regime de exceção, que você certamente não defenderia que vigesse na Folha. Até porque isso seria impossível, minha cara! No dia em que os jornalistas tiverem de provar, a cada reportagem, que são “eticamente inocentes” — ainda que não exista contra eles acusação nenhuma de crime —, acabou o jornalismo investigativo. Para honra e glória dos ladrões do dinheiro público.
Por que só agora?
Por que só agora se arma esse circo? Bem, desde o primeiro dia, como vocês sabem, alertei que um só objetivo estava em jogo — e não era punir Cachoeira e sua gangue. Nunca foi. Os mensaleiros, sob a liderança de Lula, agarrado a seu ódio, querem submeter ao enxovalho todas as instituições do país. Usam-se o inquérito da Polícia Federal e as gravações para tentar arrastar para o lixão o Supremo Tribunal Federal, a Procuradoria-Geral da República e a imprensa. Sob qual acusação? Nenhuma! Pretende-se fazer da CPI um tribunal de exceção.
O jornal Valor Econômico decidiu fazer uma reportagem a respeito da iniciativa do senador Fernando Collor (ver posts abaixo), que fez um requerimento pedindo a convocação de Policarpo Jr.. Reproduzo a resposta que o diretor de redação da revista, Eurípedes Alcântara, deu ao jornal:
“É assombroso que na semana seguinte às comemorações do Dia Mundial da Liberdade de imprensa, um senador peça a convocação de um jornalista para depor diante de um tribunal político e, com isso, envergonhe o Brasil, colocando-nos na má companhia de nações atrasadas e repudiadas pela comunidade internacional. A imprensa não está acima da lei, mas não pode ser colocada ao desamparo dela. Um jornalista acusado, como qualquer cidadão, tem o direito de saber o que pesa contra ele no âmbito da Justiça. Colocá-lo diante de um tribunal político com o objetivo de “esclarecer eventuais ligações” com quem quer que seja é um despropósito e uma afronta à democracia.”
Na mosca! Ou “nas moscas”, como costumo brincar.
A rede criminosa que se espalha na Internet — digo em outro post  do que ela é capaz — está convicta de que o poder petista, como os diamantes, é eterno e imagina uma situação que vai disso que vemos para pior. Pede, sem meias palavras, o que chama de “Lei dos Meios de Comunicação” — ou “Ley de Medios”, dizem alguns bandidos, citando, cheios de excitação,  a Venezuela de Hugo Chávez. Na semana passada, Rui Falcão, presidente do PT, anunciou que a imprensa é um dos alvos do governo, depois dos bancos. Querem a liberdade de imprensa de joelhos diante do tribunal presidido por José Dirceu, o rei da ética, aquele rapaz que foi no mês passado à Venezuela, em companhia do marqueteiro do PT, para dar uma forcinha a Chávez.
Quando os tucanos, no governo FHC, eram os alvos do jornalismo investigativo, nunca ninguém se lembrou de fazer uma CPI para submeter a imprensa a um tribunal político. Considerava-se tal hipótese simplesmente impensável — e os próprios tucanos, diga-se, não intentariam algo parecido. O jornalismo era, então considerado virtuoso por investigar eventuais desvios havidos no governo FHC ( nunca ninguém indagou qual era a fonte; tampouco a PF pôs para circular conversas de jornalistas)  e operava em estreita ligação com o PT. Imaginem uma gravação da PF registrando as conversas dos divulgadores do Dossiê Cayman e suas fontes ilibadas… AS REPORTAGENS DA VEJA RESULTARAM NA EXPLICITAÇÃO DE CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. Com a chegada do PT ao poder, tudo mudou. Criminoso passou a ser o jornalismo independente — enquanto a corja financiada por dinheiro público se dedica, cotidianamente, a agredir a oposição, o Judiciário e a própria imprensa. Para eles, não há CPI. Ao contrário: juntam-se a Fernando Collor para enviar a um tribunal político quem honra a independência.
Outros, antes de nós, resistiram a pressões ainda piores. Estes que estão aí nem são os piores inimigos que a liberdade de imprensa já enfrentou. E resistiremos mais uma vez. Quis o destino que Lula e Collor viessem a se juntar, 23 anos depois do enfrentamento nas urnas, contra a liberdade de imprensa. Um está a exercer a sua conhecida natureza. O outro termina por revelar a sua. Uma não aprendeu nada nem esqueceu nada. O outro esqueceu tudo. O momento não é dos mais edificantes, mas me sinto intelectualmente recompensado. Há muitos anos venho dizendo que eles chegariam a este ponto. E chegaram. E mais longe chegarão se puderem.
Não se depender dos defensores da ordem democrática e do estado de direito. A Constituição vai derrotar a conspiração do ódio.
Texto publicado originalmente às 5h04
Por Reinaldo Azevedo
REVISTA VEJA

TUDO PRA VOCÊ, LEITOR! 630 GRAMPOS, TRANSCRIÇÕES… TEM ATÉ ÍNDICE. PODE BAIXAR AÍ NO SEU MICRO!

Quer saber tudo o que estará disponível aos parlamentares da CPI, leitor amigo? Pois não! Está aqui. Pode se divertir à vontade. São 630 grampos, transcrições etc. Uma fartura! E olhe que você pode baixar “esses trem” (como dizem Cachoeira e amigos) aí no seu computador porque está tudo protegido por “sigilo de Justiça”!!! Os correspondentes estrangeiros que atuam no Brasil devem achar que este é mesmo um país estranho.O irrevogável é revogável, como diria Mercadante; o sigiloso é público, e os homens públicos insistem em atividades… sigilosas! Pronto! Tudo aí! Os vigaristas de aluguel não precisam mais fazer ar de mistério e inventar conspirações inexistentes. Quem passou foi uma freirinha de um convento interessada no aprimoramento espiritual do Brasil.
Por Reinaldo Azevedo
REV VEJA

“Vai vazar tudo”



Miro sobre sessão secreta:
“Vai vazar tudo”
                             Por João Bosco Rabello
                                                    Estadão

Em meio à polêmica sobre a limitação do acesso aos documentos da CPI do Cachoeira, a decisão de ouvir o delegado responsável pela Operação Vegas em sessão fechada , há pouco, dividiu a comissão e gerou protestos de parlamentares.
Por 17 votos a 11, a maioria da CPI decidiu vetar o acesso da imprensa e do público em geral ao depoimento do delegado Raul Alexandre Marques, que conduziu as investigações da Operação Vegas.
Ele começou a ser ouvido por volta das 16 horas, em reunião restrita aos integrantes (titulares e suplentes) e técnicos da CPI. Os jornalistas e espectadores foram conduzidos para fora da sala pelos agentes da polícia legislativa.
A Operação Vegas da Polícia Federal é considerada a “mãe” da Operação Monte Carlo, que levou à prisão do contraventor Carlos Cachoeira no dia 29 de fevereiro. Os autos da operação, que correm em segredo de justiça, foram encaminhados à CPI na semana passada.
Digitalizados, foram disponibilidades para consulta dos integrantes da CPI na “sala-cofre” da comissão.

No entanto, a maior parte do inquérito já se encontra disponível em diversos sites da internet. Por isso, a preocupação em ouvir o delegado reservadamente virou alvo de crítica dos integrantes da comissão. “É um inquérito sigiloso de informações notórias”, ironizou o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP).
O deputado Miro Teixeira (PDT-RJ) foi mais longe. Ao microfone disse durante a fase aberta da sessão: ”Quero comunicar que tudo que vai ser aqui falado vai ser vazado”, anunciou.
O PT, na contramão de sua história, defendeu o sigilo através do deputado Paulo Teixeira (PT-SP), sob o pretexto de preservar a investigação.
“As revelações do delegado à comissão, se vazarem, podem prejudicar a continuidade da investigação”, alegou.

Estão previstos para a próxima quinta-feira (10) os depoimentos do delegado Matheus Rodrigues e dos procuradores da República Daniel Salagado e Léa Batista, responsáveis pela Operação Monte Carlo.
A expectativa, apesar da polêmica, é de que também sejam ouvidos em reunião fechada da comissão. 

DO R.DEMOCRATICA

Roberto Civita não é Rupert Murdoch


Reportagens desagradam a alas petistas, e ‘Veja’ enfrenta campanha
EDITORIAL O GLOBO
Blogs e veículos de imprensa chapa branca que atuam como linha auxiliar de setores radicais do PT desfecharam uma campanha organizada contra a revista "Veja", na esteira do escândalo Cachoeira/Demóstenes/Delta.
A operação tem todas as características de retaliação pelas várias reportagens da revista das quais biografias de figuras estreladas do partido saíram manchadas, e de denúncias de esquemas de corrupção urdidos em Brasília por partidos da base aliada do governo.
É indisfarçável, ainda, a tentativa de atemorização da imprensa profissional como um todo, algo que esses mesmos setores radicais do PT têm tentado transformar em rotina nos últimos nove anos, sem sucesso, graças ao compromisso, antes do presidente Lula e agora da presidente Dilma Roussef, com a liberdade de expressão.
A manobra se baseia em fragmentos de grampos legais feitos pela Polícia Federal na investigação das atividades do bicheiro Carlinhos Cachoeira, pela qual se descobriu a verdadeira face do senador Demóstenes Torres, outrora bastião da moralidade, e, entre outros achados, ligações espúrias de Cachoeira com a construtora Delta.
As gravações registraram vários contatos entre o diretor da Sucursal de "Veja" em Brasília, Policarpo Jr, e Cachoeira.
O bicheiro municiou a reportagem da revista com informações e material de vídeo/gravações sobre o baixo mundo da política, de que alguns políticos petistas e aliados fazem parte.
A constatação animou alas radicais do partido a dar o troco. O presidente petista, Rui Falcão, chegou a declarar formalmente que a CPI do Cachoeira iria "desmascarar o mensalão".
Aos poucos, os tais blogs começaram a soltar notas sobre uma suposta conspiração de "Veja" com o bicheiro.
E, no fim de semana, reportagens de TV e na mídia impressa chapas brancas, devidamente replicados na internet, compararam Roberto Civita, da Abril, editora da revista, a Rupert Murdoch, o australiano-americano sob cerrada pressão na Inglaterra, devido aos crimes cometidos pelo seu jornal "News of the World", fechado pelo próprio Murdoch.
Comparar Civita a Murdoch é tosco exercício de má-fé, pois o jornal inglês invadiu, ele próprio, a privacidade alheia.
Quer-se produzir um escândalo de imprensa sobre um contato repórter-fonte.
Cada organização jornalística tem códigos, em que as regras sobre este relacionamento — sem o qual não existe notícia — têm destaque, pela sua importância.
Como inexiste notícia passada de forma desinteressada, é preciso extremo cuidado principalmente no tratamento de informações vazadas por fontes no anonimato.
Até aqui, nenhuma das gravações divulgadas indica que o diretor de “Veja” estivesse a serviço do bicheiro, como afirmam os blogs, ou com ele trocasse favores espúrios.
Ao contrário, numa das gravações, o bicheiro se irrita com o fato de municiar o jornalista com informações e dele nada receber em troca.
Estabelecem as Organizações Globo em um dos itens de seus Princípios Editoriais: "(...) é altamente recomendável que a relação com a fonte, por mais próxima que seja, não se transforme em relação de amizade. A lealdade do jornalista é com a notícia".
E em busca da notícia o repórter não pode escolher fontes. Mas as informações que vêm delas devem ser analisadas e confirmadas, antes da publicação. E nada pode ser oferecido em troca, com a óbvia exceção do anonimato, quando necessário.
O próprio braço sindical do PT, durante a CPI de PC/Collor, abasteceu a imprensa com informações vazadas ilegalmente, a partir da quebra do sigilo bancário e fiscal de PC e outros.
O "Washington Post" só pôde elucidar a invasão de um escritório democrata no conjunto Watergate porque um alto funcionário do FBI, o "Garganta Profunda", repassou a seus jornalistas, ilegalmente, informações sigilosas.
Só alguém de dentro do esquema do mensalão poderia denunciá-lo. Coube a Roberto Jefferson esta tarefa.
A questão é como processar as informações obtidas da fonte, a partir do interesse público que elas tenham.
E não houve desmentidos das reportagens de "Veja" que irritaram alas do PT.
Ao contrário, a maior parte delas resultou em atitudes firmes da presidente Dilma Roussef, que demitiu ministros e funcionários, no que ficou conhecido no início do governo como uma faxina ética.

DO R.DEMOCRATICA

QUAL SERÁ O NOSSO FUTURO?

O PAPEL DOS ESCLARECIDOS CANALHAS
NA DEGENERAÇÃO MORAL QUE TOMA CONTA DO PAÍS
Por Geraldo Almendra
Um esclarecido canalha é todo aquele que possui discernimento suficiente para saber a diferença entre a honestidade e a desonestidade, a moralidade e a imoralidade, a ética e a aética, mas que faz a opção pelos caminhos do ilícito.
Para essa escória da sociedade moderna, não importando seus níveis sociais, educacionais, culturais e ocupações profissionais, é o relativismo mais sórdido que comanda suas condutas que ficam ao sabor de circunstâncias prostitutas ou sem princípios, isto é, sem honra ou dignidade, deixando que o individualismo, o egoísmo e a ambição desmedida estabeleçam tudo aquilo que é condenado pela lei e/ou pela moral como principal “valor” nas suas relações pessoais, profissionais e muitas vezes até familiares.
A corrupção e o suborno são as marcas permanentes da presença cada vez maior desses pulhas na sociedade, uma escória que deveria ser enquadrada em crimes hediondos inafiançáveis não fosse essa Justiça sem vergonha que lhes garante na quase totalidade dos casos a impunidade, apesar dos milhares de mortes que causam todos os anos por serem cúmplices do roubo de bilhões de reais subtraídos das compulsórias aplicações do poder público em educação, saúde, segurança e saneamento básico, principalmente.
Para uma sociedade digna, sejam quais forem suas diferenças ideológicas, os princípios do respeito às leis, da honestidade, da moralidade e da ética deveriam ser seus os pilares de sustentação.
Quanto maior e melhor o lastro educacional e cultural de um cidadão maior será o seu crime no caso da sua opção por padrões de comportamento característicos do esclarecido canalha.
Os canalhas ignorantes somente ganham espaço na sociedade porque os esclarecidos canalhas assim o permitem devido a pactos de troca de favores geralmente na forma de assistencialismo comprador de votos, suborno moral e material.
O Brasil já ultrapassou qualquer limite no que diz respeito a uma aceitação pacífica pela sociedade para que as relações públicas e privadas continuem sendo conduzidas por um projeto de poder pelo poder que enterrou todos os princípios de honestidade, moralidade e ética na cova comum da canalhice explícita.
A mentira, a leviandade, a patifaria já são instrumentos padronizados utilizados pelos grupos de poder públicos e privados para fundamentar suas lutas visando transformar o país em um paraíso para todo o tipo de canalha, seja ele um canalha esclarecido ou mesmo um ignorante que cultua a vagabundagem intelectual para ser mais um cúmplice no ludibrio dos mais fragilizados em suas formações educacionais.
Gravíssimo é percebermos que crianças e adolescentes já adotam posturas nos seus relacionamentos que são caracterizadas pela falência de valores que deveriam servir de sustentação para a formação das gerações futuras.
De quem, prioritariamente, estamos falando quando titulamos alguém como canalha esclarecido? – De todos os cúmplices diretos ou indiretos do projeto de poder do PT que estão distribuídos dentro das classes e segmentos da sociedade agrupados por interesses políticos e econômicos, considerando-se que esta gente sórdida já representa a maiorianão todos ainda – dos grupos sociais a que pertencem
- Entidades representativas do meio empresarial,
- Meio artístico e de comunicação,
- Reitores e professores de todos os níveis,
- Estrutura burocrática do ensino fundamental e universitário,
- Jornalistas e as estruturas organizacionais a que pertencem,
- Conselhos de Fiscalização Profissional – tipo OAB –, Sindicatos/Associações de Classe tipo UNE.
A questão que se coloca é como foi possível uma degeneração moral tão profunda que gradualmente está nos conduzindo a uma qualificação como uma das sociedades mais corruptas e/ou subornáveis do mundo civilizado.
A conclusão que devemos chegar é que esse desastre social somente tem sido possível pelo fato da Abertura Democrática ter se transformado em uma fraude para beneficiar e/ou enriquecer os esclarecidos canalhas que viviam infiltrados no Regime Militar, mas que tinham suas ações limitadas pela prevalência da lei e da ordem imposta por esse Regime.
No momento em que, precipitadamente, o governo e os controles das relações públicas e privadas foram entregues aos civis, os esclarecidos canalhas saíram como ratos de seus esconderijos e se associaram ao submundo comuno sindical para desfigurar totalmente o sentido político e social da Abertura Democrática.
Até antes da posse do primeiro desgoverno petista a fronteira de independência entre os Poderes da República eram apenas disfarçados, com as negociatas ocorrendo às escuras.
O crescimento do sentimento de impunidade garantido por uma Justiça que não merece ter esse nome foi o caldo para que, ao longo do tempo, o volume de picaretas públicos e privados, descarados ladrões do dinheiro dos contribuintes, crescesse sem controle, caracterizando um contínuo processo de falência da moralidade, uma falência “inteligentemente” observada e explorada sem limites pelo mais sórdido político de nossa história.
Com a posse de Lula e o consequente aparelhamento do Estado com milhares de militantes meliantes, diferente do prometido e do esperado, os picaretas não foram politicamente dizimados, pelo contrário, se organizaram de forma absurdamente sofisticada com a inacreditável cumplicidade do Poder Judiciário e com o descarado suborno da maioria do Parlamento com os recursos gerados pelo Mensalão, cujos responsáveis – a gang dos 40 – continuam sem serem punidos pelos seus crimes, graças a colaboração do STF.
A sordidez dos estelionatos eleitorais que se seguiram somente aconteceu porque milhares de esclarecidos canalhas por covardia, omissão ou vocação se uniram na sarjeta do socialismo de favores petistas para ludibriar e roubar os contribuintes.
A premeditada falência educacional e cultural durante os primeiros desgovernos civis fez e continua fazendo que a maioria da sociedade não perceba que o assistencialismo comprador de votos, conforme nos ensina a história, descamba em um Regime Comunista ou em um Regime Fascista que, no nosso caso, já transformou em escravos ou reféns do Estado mais de dois terços da população economicamente ativa.
Os milhões de cidadãos desfigurados de cultura e educação parecem achar o melhor dos mundos receberem suas bolsas qualquer coisa sem necessidade de se libertarem de subempregos, da dependência do estado, ou do processo de vagabundagem profissional em que a maioria de acomoda.
Estamos diante da influência direta da falência educacional e cultural dos beneficiados que são levados a acreditar que é possível levar a vida sem pagar o preço do esforço individual para se libertarem do assistencialismo que humilha e não conquista a dignidade de uma vida empreendedora.
Se o Brasil está na fronteira final da degeneração das relações públicas e privadas isso se deve principalmente aos milhares de esclarecidos canalhas cúmplices diretos e indiretos do mais sórdido político de nossa história.
Os esclarecidos canalhas são os maiores responsáveis pela manutenção no poder um partido que transformou, com a ajuda do Poder Judiciário – Tribunais Superiores – o poder público em um Covil de Bandidos e o país em um Paraíso de Patifes.
No caso de uma utópica intervenção civil-militar no desgoverno petista, dentre esses milhares de esclarecidos canalhas deverão estar os escolhidos, a nata da corrupção e do suborno, para serem os primeiros a serem alinhados no muro da vergonha de uma prisão federal de segurança máxima.
Que a sociedade entenda que não teríamos um segundo mandato de Lula não fosse a participação direta dos canalhas esclarecidos na manutenção do poder público como um Covil de Bandidos e o país como um Paraíso de Patifes, muito especialmente devido àquele “oposicionista” que comandou a salvação do mais sórdido político da história de um impedimento para continuar no poder depois da denúncia do Mensalão.
DO R.DEMOCRATICA