PAZ AMOR E VIDA NA TERRA
" De tanto ver triunfar as nulidades,
De tanto ver crescer as injustiças,
De tanto ver agigantarem-se os poderes
nas mãos dos maus, o homem chega
a desanimar-se da virtude,
a rir-se da honra,
a ter vergonha de ser honesto".
[Ruy Barbosa]
O
que a Nação assiste estarrecida não tem paralelo nem na história do
Brasil e em de nenhum país do mundo. E também não imaginava que ao
passar com armas e bagagens para o jornalismo digital que iria ao final
de cerca de quase uma década não só testemunhar todo o desenrolar desse
filme de horror protagonizado por Lula e seus sequazes. E mais
do que isso, que não iria sozinho dar conta do recado face a
multiplicidade de eventos simultâneos. Nem mesmo para fazer apenas o
clipping daquilo que é mais importante durante um dia, quiçá comentar e
analisar o turbilhão de nefastos eventos que se sucedem em borbotões. Ao
longo de mais de 40 anos de carreira jornalística numa vi nada igual,
sequer parecido com o que me deparo agora. Todos os fatos pregressos
envolvendo corrupção e roubalheiras variadas aqui no Brasil e no
exterior ficam diminutos frente ao que ocorre agora no Brasil.
Também não poderia supor que face a tudo isso se veja uma classe
política tão miseravelmente vagabunda, descarada e sem-vergonha em
conluio rasteiro com corruptores e corruptos esperando uma oportunidade
de avançar à farta nos cofres públicos. As exceções a essa ética
da malandragem modus operandi que leva a marca do PT/Foro de São Paulo,
são tão rarefeitas que se desmancham no ar. O esquema é justamente
esse, aliás fomentado pela mídia, que é relativizar tudo.
O pior de tudo é que a ética dos gatunos transformou-se numa pedagogia
oficial do crime. Se a maioria se locupleta impunemente por quê alguém
teria o dever de proceder afinado com a moral escorreita e os ditames
lei? Este é o resultado mais trágico de 13 anos do PT no poder. E
mais trágico ainda é ver que a maioria dos jornalistas brasileiros,
cujos órgãos de classe se tornaram em aparelhos comunistas do Foro de
São Paulo, se entregam agora mesmo à incessante tarefa de espancar a
verdade no sentido de proteger o diabólico plano de poder perpétuo do
movimento comunista do século XXI. Não fosse um acaso - a Lava
Jato começou a caçar arraias miúdas num posto de gasolina - um Juiz,
alguns Procuradores Federais e Policiais Federais de caráter rígido e
apego à lei, à moral e os bons costumes, tudo que está vindo à tona
neste momento continuaria submerso no porão do PT e do Foro de São
Paulo. E, se tudo isso não viesse à tona eu não estaria aqui
escrevendo este post. Provavelmente estivesse numa fila de um
supermercado em busca de alimento como ocorre agora mesmo na Venezuela
que já viu um dia a glória e a fartura antes de ser atacada pelos
esbirros de Fidel Castro e sua gangue.
Feito este prólogo, transcrevo um aperitivo da reportagem de capa da
revista Veja. No entanto não posso concordar - e por certo os leitores
também não concordarão - quando em determinada altura do texto o
jornalista de Veja tenta desvirtuar o pedido de prisão de Lula
apresentado pelo Ministério Público de São Paulo em análise pela juíza
Maria Priscilla Ernandes Veiga Oliveira, da 4ª Vara Criminal de São
Paulo. Veja assinala - em tom de censura - que a referida Juíza
tem fama de 'linha dura'. Se esse é o caráter da Juíza paulistana podem
ter certeza que a esmagadora maioria dos brasileiros aprova e espera
justamente isso. Leiam: JARARACA ESTÁ MORRENDO COM O SEU PRÓPRIO VENENO
Embora a jararaca seja uma serpente endêmica na América do Sul, nenhum
outro país do continente além do Brasil tem uma jararaca como Luiz
Inácio Lula da Silva. "A jararaca está viva", disse o ex-presidente há
duas semanas, logo depois de depor nas investigações da Lava-Jato, na
barulhenta condução coercitiva de que foi alvo. Na semana passada, a
jararaca provou-se realmente muito viva, mas em luta desesperada pela
sobrevivência. Jantou por três horas no Palácio da Alvorada com a
presidente Dilma Rousseff, recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF)
para barrar as investigações sobre seu patrimônio, reuniu-se com líderes
do PMDB em busca de uma saída política, recebeu um convite para ser
"ministro do foro privilegiado" e terminou a semana ainda pior do que
começou: denunciada por lavagem de dinheiro e falsidade ideológica, e
com um inédito pedido de prisão preventiva apresentado à Justiça pelo
Ministério Público de São Paulo. Sim, a jararaca está viva, mas nunca
esteve tão acuada.
A movimentação de Lula revela quanto sua situação se deteriorou nos
últimos dias, desde o depoimento que prestou à Polícia Federal, no
Aeroporto de Congonhas. Sua imagem, logo depois de falar por três horas e
meia aos agentes federais, apareceu num vídeo divulgado pela deputada
Jandira Feghalli, do PCdoB do Rio de Janeiro, no qual Lula vocifera
palavrões ao telefone, irritadíssimo com a pressão das investigações. Mas
separe-se o joio do trigo: o pedido de prisão apresentado pelos
procuradores do Ministério Público de São Paulo na semana passada é uma
peça amadora, que em nada se compara ao trabalho cuidadoso que vem sendo
feito pelos investigadores da Lava-Jato. O pedido de prisão produziu o
milagre de reunir críticas uníssonas de petistas, tucanos, juristas e
palpiteiros em geral. Ele será analisado pela juíza Maria Priscilla
Ernandes Veiga Oliveira, da 4ª Vara Criminal de São Paulo, que tem fama
de linha-dura.
São muitos os pecados atribuídos ao ex-presidente. Em diferentes
frentes, ele é acusado ou suspeito de corrupção, tráfico de influência,
lavagem de dinheiro e falsidade ideológica. Ou, substituindo o Código
Penal pelo bom português, é investigado sob a suspeita de se beneficiar
do dinheiro sujo do petrolão, o maior esquema de corrupção já
investigado na história do país. Diante de tantos e tão variados
indícios de crimes, Lula desembarcou em Brasília para pedir apoio a
próceres da República. Seu plano é criar uma rede de proteção capaz de
contestar, constranger e intimidar os investigadores. Numa
reunião com Dilma Rousseff, exigiu empenho em sua defesa e alegou que
protegê-lo significa proteger o governo e o mandato da presidente, que
treme à sombra do impeachment em tramitação no Congresso. O recado foi claro: o destino de um está atrelado ao destino do outro. Ou os dois se salvam, ou ninguém. O
raciocínio traz embutido um acerto de contas. Há tempos o criador
reclama da deslealdade da criatura, que insiste em transferir para Lula a
responsabilidade pelos escândalos. O petista tem alegado que Dilma
arruinou a economia, desarranjou a política e quer salvar-se da
guilhotina com o discurso do combate à corrupção.
Em mais de um cenário, Lula insinuou a Dilma que o melhor caminho para
ambos seria ele, Lula, assumir de vez as rédeas do governo. O
ex-presidente reclama para assessores que sua sucessora ouve seus
conselhos, finge que concorda, mas não executa o combinado. Daí a
necessidade de uma intervenção. Assim Lula tem resumido o balanço da
relação com a presidente: "A Dilma é ótima para ser mandada (por mim), mas uma tragédia para mandar (nos outros)". Numa
tentativa de mostrar poder, Lula quer agora os ministérios da Justiça e
da Fazenda sob a sua tutela. Ele defende há tempos a nomeação para a
Justiça de um político ou jurista experiente, como o ex-ministro Nelson
Jobim, que seja capaz de controlar a Polícia Federal com pulso firme e
manter um diálogo com os ministros dos tribunais superiores, a quem cabe
a palavra final sobre os escândalos de corrupção.
Da Fazenda, Lula espera uma guinada na política econômica, com a adoção
de medidas de incentivo ao crédito e ao investimento, a fim de atenuar o
mau humor da população. O PT considera a rua um ativo partidário e
conta com ela para defender o ex-presidente e sua pupila do risco de
impedimento. A pessoas próximas, Lula e seu ofidiário espalharam
que o ex-presidente foi convidado por Dilma para assumir um ministério.
Lula se sentiu comovido com o gesto, mas não aceitou nem recusou a
oferta. No ano passado, petistas já haviam defendido sua
nomeação para a Casa Civil como forma de lhe assegurar o direito a foro
privilegiado. Na época, Lula classificou a ideia de coisa de aloprado,
uma vez que aceitá-la equivaleria a assinar uma confissão de culpa. A
situação, agora, é outra. O cerco dos investigadores está cada vez mais
próximo, e Lula, cujo instinto de sobrevivência é historicamente
aguçado, anda preocupado com sua família, que obviamente não seria
beneficiada pelo foro privilegiado. março 11, 2016 -R.DEMOCRATICA
Como a ex-ministra da Casa Civil e fiel
escudeira de Dilma operou em Belo Monte, ao lado de Palocci e Silas
Rondeau, um propinoduto de R$ 45 milhões para abastecer as campanhas
eleitorais de 2010 e 2014
Por Débora Bergamasco Revista IstoÉ
Além de fornecer um dossiê explosivo
sobre as tentativas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da
presidente Dilma Rousseff para tentar barrar as investigações da
operação Lava Jato, o ex-líder do governo no Senado, Delcídio do Amaral
(PT-MS), revela, em acordo de deleção premiada, um sofisticado esquema
de corrupção nas obras da usina de Belo Monte. As informações estão
dispostas no anexo sete da delação, obtido por ISTOÉ na quarta-feira 9.
Antiga companheira: Erenice Guerra está com Dilma desde que a atual presidente ocupou o Ministério de Minas e Energia
Segundo o senador, um “triunvirato”, formado pelos ex-ministros
Erenice Guerra, Antônio Palocci e Silas Rondeau, movimentou cerca de R$
25 bilhões e desviou pelo menos R$ 45 milhões dos cofres públicos
diretamente para as campanhas eleitorais do PT e do PMDB em 2010 e 2014.
Nas duas disputas presidenciais os partidos estavam coligados na chapa
liderada por Dilma Rousseff. “A propina de Belo Monte serviu como
contribuição decisiva para as campanhas eleitorais de 2010 e 1014”,
afirmou o ex-líder do governo no Senado aos procuradores.
Denúncias sobre corrupção nas obras de Belo Monte já haviam sido
feitas por outros delatores, mas é a primeira vez que uma testemunha
revela com detalhes como funcionava o esquema, qual o destino do
dinheiro desviado e aponta o nome dos coordenadores de toda a operação. A
delação feita por Delcídio leva as investigações sobre o propinoduto
petista nos setores de energia e de infraestrutura para as antessalas do
gabinete presidencial. Desde 2003, Erenice é tida como uma escudeira da
presidente Dilma e mesmo após deixar o governo, sob a acusação de
favorecer lobistas ligados a seu filho, permanece como uma das poucas
interlocutoras de Dilma.
Depois de homologada pelo STF, a delação de Delcídio deverá ser
encaminhada ao Tribunal Superior Eleitoral e engrossar o processo que
pede a cassação da presidente. Os relatos feitos pelo senador mostram
que a operação montada para desviar dinheiro público de Belo Monte foi
complexa e contínua. Começou a ser arquitetada ainda no leilão para a
escolha do consórcio que tocaria a empreitada, em 2010, e se desenrolou
até pelo menos o início do ano passado, quando a Lava Jato já estava em
andamento. Tida como obra prioritária do governo e carro chefe do PAC,
Belo Monte era acompanhado de perto pela chefia da Casa Civil, onde
estavam Dilma, então ministra, e Erenice Guerra, secretária executiva.
“A atuação do triunvirato formado por Silas Rondeau (ex-ministro de
Minas e Energia), Erenice Guerra (ex-ministra da Casa Civil) e Antônio
Palocci (ex-ministro da Fazenda) foi fundamental para se chegar ao
desenho corporativo e empresarial definitivo do projeto Belo Monte”,
afirmou Delcídio aos procuradores da Lava Jato. Em sua delação, o
senador explica que os desvios de recursos do projeto da usina vieram
tanto do pacote de obras civis como da compra de equipamentos. “Antônio
Palocci e Erenice Guerra, especialmente, foram fundamentais nessa
definição”, revelou o senador.
Ele afirmou que as obras civis consumiram cerca de R$ 19 bilhões e a
compra de equipamentos chegou a R$ 4,5 bilhões. De acordo com os
relatos feitos pelo ex-líder do governo, em todas as etapas do processo
houve superfaturamento. Entre os procuradores que já tomaram
conhecimento da delação de Delcídio há a convicção de que Erenice era a
principal operadora do triunvirato, uma vez que antes de assumir o cargo
na Casa Civil trabalhou, ao lado de Dilma, no Ministério de Minas e
Energia, responsável pelas obras da usina.
Delcídio afirmou que o triunvirato de Erenice começou de fato a
operar três dias antes da data marcada para o leilão que escolheria o
consórcio responsável pelas obras. O grupo formado pelas maiores
empresas de engenharia do País desistiu da disputa. “Em algumas horas
foi constituído um novo grupo de empresas que venceu o leilão, tendo
sido a única proposta apresentada”, afirmou o senador. Entre essas
empresas estão a Queiroz Galvão, Galvão Engenharia, Contern, JMalucelli,
Gaia Engenharia, Cetenco, Mendes Jr Trading Engenharia e
Serveng-Civilsan.
“Alguns meses depois da realização do certame, várias empresas que
não bidaran (não participaram no leilão) Belo Monte tornaram-se sócias
do empreendimento e contrataram como prestadoras de serviço as empresas
do consórcio vencedor”, relatou Delcídio. Com essa operação, as maiores
empreiteiras do País passaram a mandar na construção sem se submeterem
às regras impostas nas licitações convencionais. O ex-líder do governo
no Senado afirmou aos procuradores da Lava Jato que durante as campanhas
eleitorais aumentava o valor das propinas e que para isso as empresas
recorriam a “claims”, instrumento usado para readequar valores de
contratos.
Outro delator, Flávio Barra da Andrade Gutierrez, confirmou propinas em Belo Monte
“Os acordos com relação aos claims eram uma das condições exigidas
para aumentar a contribuição eleitoral das empresas”, explicou Delcídio.
O senador destacou ainda a existência de várias ilicitudes envolvendo o
fornecimento de equipamentos para a usina de Belo Monte. De acordo com
ele, houve uma enorme disputa entre fornecedores chineses, patrocinados
por José Carlos Bumlai (o pecuarista amigo do ex-presidente Lula), e
fabricantes nacionais, entre eles Alston, Siemens, IMPSA e IESA. “O
triunvirato agiu rapidamente definindo os nacionais como fornecedores,
tudo na busca da contrapartida, revelada nas contribuições de campanha”,
denunciou Delcídio.
Erenice Guerra e Palocci, disse o ex-líder do governo no Senado,
tiveram papel fundamental nessa definição. Pelo lado das empresas,
segundo Delcídio, o principal negociador de Belo Monte foi o empreiteiro
Flávio Barra, da Andrade Gutierrez. Na semana passada, ISTOÉ apurou que
Barra já prestou depoimento de delação premiada e mencionou o
propinoduto em Belo Monte. O nome do ex-governador de Pernambuco,
Eduardo Campos, foi rapidamente citado por Delcídio aos procuradores.
Ele afirmou que o governador exerceu influência direta em favor da
IMPSA, mas não atribuiu a ele nenhuma pratica criminosa.
Ainda sobre dinheiro irregular na campanha eleitoral de 2014, no
anexo nove da delação, também obtido com exclusividade por ISTOÉ na
quarta-feria 9, o ex-líder do governo no Senado afirma que o atual
ministro de Comunicação Social, Edinho Silva, tesoureiro da campanha da
presidente Dilma em 2014 trabalhou para “esquentar” recursos
provenientes da indústria farmacêutica usando a contabilidade das
campanhas para governador e forjando falsas prestações de serviço.
Delcídio afirmou que em 2014, quando disputava o cargo de governador do
Mato Grosso do Sul, foi procurado por Edinho, “para que pagasse R$ 1
milhão do saldo da dívida de sua campanha, sendo R$ 500 mil devidos à
FSB Comunicação, e mais R$ 500 mil à Zilmar Fernandes, através de um
laboratório farmacêutico chamado EMS”, revelou o senador.
Zilmar Fernandes foi sócia do publicitário Duda Mendonça e já
esteve envolvida no escândalo do Mensalão. O laboratório EMS é
investigado pela Lava Jato por manter parceria com o doleiro Alberto
Youssef. Os investigadores também apuram o pagamento de uma suposta
consultoria de R$ 8 milhões que o laboratório teria contratado do
ex-ministro José Dirceu. Delcídio disse que as faturas foram emitidas
contra o laboratório, mas que os pagamentos não foram realizados. “Os
impostos das transações financeiras para a EMS foram efetivamente pagos
pela FSB e por Zilmar”, afirmou o senador.
Por fim, ele disse acreditar que a mesma situação pode ter ocorrido
com outros candidatos a governador. Ao finalizar sua delação, o
ex-líder do governo no Senado, apontou para a força-tarefa da Lava Jato
que laboratórios e planos de saúde, em troca de indicações para cargos
na ANS e na Anvisa, têm despertado grande atenção dos políticos quando
são discutidos os caminhos para a arrecadação de recursos. Por outras
vias, os procuradores da Lava Jato já estavam trilhando por esse
caminho.
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Erenice comandou o trio do propinoduto em belo monte
No anexo sete de sua delação, o senador Delcídio do Amaral (PT-MS),
ex-líder do governo no Senado, descreve em detalhes o esquema de
corrupção armado na construção da usina de Belo Monte. Ele afirma que a
propina foi de aproximadamente R$ 45 milhões e que serviu como
contribuição decisiva para as campanhas eleitorais de 2010 e de 2014.
Diz que houve a participação de José Carlos Bumlai, mas que todo o
esquema foi coordenado por um triunvirato formado pelos ex-ministros
Silas Rondeau, Erenice Guerra e Antônio Palocci, especialmente Palocci e
Erenice, uma das principais escudeiras da presidente Dilma Rousseff.
“Delcídio tem conhecimento de que em 2010 seria feito o ‘leilão’ de
Belo Monte. Contudo, três dias antes do certame, o consórcio
constituído pelas maiores empresas de engenharia do País, desistiu de
participar. Em algumas horas foi constituído novo grupo de empresas
junto a CHESF e Eletronorte. Entre elas, participaram Queiroz Galvão,
Galvão Engenharia, Contern (sob influência de José Carlos Bumlai),
JMalucelli, Gaia Energia, Cetenco, Mendes Jr. Trading Engenharia e
Serveng-Civilsan.
Apesar de muito menos robusto, o consórcio em questão venceu
leilão, tendo sido a única proposta apresentada. Alguns meses depois,
várias empresas que não ‘bidram’ Belo Monte tornaram-se sócias do
empreendimento e contrataram como prestadoras de serviços as companhias
do consórcio vencedor. Em pouco tempo, o controle da principal usina do
mundo, em construção, mudou de mãos, sendo que as empresas que compunham
o consórcio vencedor passaram a desempenhar um papel secundário. A
propina de Belo Monte serviu como contribuição decisiva para as
campanhas eleitorais de 2010 e 2014. O principal agente negociador do
Consórcio de Belo Monte foi o empreiteiro Flávio Barra, da Andrade
Gutierrez.
Triunvirato: Palocci, Erenice e Silas Rondeau (da esq. à dir.): R$ 45 milhões para a acampanha
Os números da propina giravam na casa dos R$ 30 milhões, destinados
às campanhas eleitorais. Delcídio do Amaral acredita que os números
finais da propina sejam superiores, pois durante a campanha, houve
acordo com relação a ‘claims’ de cerca de R$ 1,5 bilhão, apresentadas
pelo consórcio. Era uma das condições exigidas para aumentar a
contribuição eleitoral das empresas. É preciso dizer que a atuação do
triunvirato formado por Silas Rondeau, Erenice Guerra e Antônio Palocci
foi fundamental para se chegar ao desenho corporativo e empresarial
definitivo do projeto Belo Monte.
Delcidio estima que o valor destinado para as contribuições das
campanhas (2010 e 2014) do PMDB e do PT atingiram cerca de R$ 45
milhões. ... ... Antônio Palocci e Erenice Guerra, especialmente, foram
fundamentais nessa definição... ...Delcídio recorda-se da influência
direta do ex-governador Eduardo Campos e favor da IMPSA... ...Ao longo
do fornecimento de equipamentos, ficou demonstrada a inaptidão da IMPSA
em fazer frente a um desafio dessa magnitude.”
O tesoureiro Edinho e as notas frias
O ex-líder do governo no Senado disse que em 2014, quando disputou o
governo do Mato Grosso do Sul, foi procurado por Edinho Silva, então
tesoureiro da campanha de Dilma e atual ministro da Comunicação Social.
De acordo com Delcídio, Edinho lhe propôs um esquema para saldar R$ 1
milhão de dívida da campanha, usando para isso a ex-sócia de Duda
Mendonça, Zilmar Fernandes, e a FSB Comunicações, que receberiam o
dinheiro do laboratório EMS. O delator também afirmou que os
laboratórios e planos de saúde estão no foco dos políticos que buscam
arrecadar recursos.
Proposta Edinho sugeriu esquema para Delcídio pagar dívida
“Nas eleições para governador do estado do Mato Grosso do Sul, em
2014, em que Delcídio do Amaral foi candidato, o atual ministro- chefe
da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Edinho
Silva (na época tesoureiro da campanha de Dilma Rousseff) orientou
Delcídio do Amaral para que pagasse R$ 1 milhão do saldo da dívida de
sua camapnha, sendo R$ 500 mil devido à FSB Comunicação e mais R$ 500
mil à Zilmar Fernandes, através de um laboratório farmacêutico chamado
EMS. Delcídio solicitou a FSB e a Zilmar que emitissem faturas contra o
laboratório EMS, entretanto os pagamentos não foram feitos...
...Delcídio sabe que os impostos das transações financeiras para a
EMS foram efetivamente pagos pela FSB e por Zilmar, o que pode ser
levantado por intermédio da quebra do sigilo fiscal de ambos. Delcídio
acredita que essa mesma situação ocorreu com outros candidatos que podem
ter usado laboratórios farmacêuticos para os mesmos fins ilegais
similares. Delcídio do Amaral sabe que questões envolvendo laboratórios e
planos de saúde na arrecadação de propina tem despertado grande
interesse de lideranças políticas na indicação de cargos para diretorias
da ANS e da Anvisa, a exemplo do que ocorria na Petrobras.”
Créditos das fotos destas matérias: Marcelo Camargo/Agência Brasil; Junior Pinheiro/Photo Press/Folhapress; Andre Dusek/AE 12.03.2016
Em
novas diligências, investigadores da Lava Jato encontraram 132
presentes recebidos por Lula no governo, como obras de arte, moedas e
adagas
THIAGO BRONZATTO E FILIPE COUTINHO, COM TALITA FERNANDES Revista Época
O ex-presidente Lula durante coletiva de imprensa na sexta-feira, dia 4, após ação da PF na Operação Aletheia (Foto: EFE/LEO BARRILARI)
A Polícia Federal identificou o cofre em nome da família do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em novas diligências secretas
realizadas ao longo desta semana. Dessa vez, o alvo foram presentes e
joias raras recebidos por Lula durante encontros oficiais com chefes de
estado. Os bens estão guardados em 23 caixas lacradas numa agência do
Banco do Brasil, localizada no centro de São Paulo, desde 21 de janeiro
de 2011, mês em que Lula deixou o governo.
O pedido da nova busca e apreensão ocorreu após os policiais
encontrarem na residência do ex-presidente em São Bernardo do Campo,
grande São Paulo, um documento intitulado “Termo de Transferência de
Responsabilidade (Custódia de 23 caixas lacradas)", datado de 19 de
março de 2012. No material, consta a informação de que os bens estão sob
a guarda da mulher de Lula, Marisa Letícia Lula da Silva, e de seu
filho Fábio Luis Lula da Silva, conhecido como Lulinha. Entre os
responsáveis pela entrega dos presentes na agência está Rogério Aurélio
Pimentel, assessor especial do ex-presidente, apontado como suspeito de
ter bancado despesas da reforma do sítio em Atibaia, São Paulo,
frequentado ao menos 111 vezes por Lula.
Entre os 132 objetos encontrados, classificados como joias e obras de
arte, estão medalhas, moedas, comendas, espadas, adagas, escultura,
entre outras peças que Lula ganhou durante o seu governo em missões
oficiais em diversos países, do Chile à Ucrânia. A PF precisou de dois
dias para analisar todo o acervo. Desde janeiro de 2011 até hoje, “o
material não foi movimentado ou alterado”. De acordo com o relatório da
PF, o gerente da agência do BB, Sérgio Ueda, disse que “não há custo de
armazenagem para o responsável pelo material”.
Uma boa parte dos pertences de Lula retirados do Palácio do Planalto,
do Palácio do Alvorada e da Granja do Torto estava armazenada em 10
contêineres em Barueri, na grande São Paulo. A despesa da custódia,
orçada em R$ 1,2 milhão, foi bancada pela construtora OAS, envolvida no
escândalo do Petrolão, segundo revelou a PF na 24ª fase da Lava Jato.
No último dia 9 de março, o Senado aprovou um requerimento para pedir
ao Tribunal de Contas da União (TCU) que realize uma auditoria para
apurar possíveis desvios ou desaparecimento de bens dos palácios do
Planalto e da Alvorada.
Porta de cofre da agência do Banco do Brasil do centro de SP (Foto: Reprodução)
Material apreendido em sala-cofre do Banco do Brasil (Foto: Reprodução)
Espada guardada em sala-cofre da agência do Banco do Brasil do centro de SP (Foto: Reprodução) 11/03/2016
O
ex-vereador petista Alexandre Romano, conhecido como Chambinho e
delator da senadora petista Gleisi Hoffmann, listou em seus depoimentos
de colaboração à Justiça como petistas das mais diversas matizes - de um
então ministro de Estado ao atual líder do governo na Câmara dos
Deputados - embolsaram dinheiro e receberam benesses a partir de favores
políticos e desvio de recursos em estatais. A força-tarefa da Operação
Lava Jato escancarou o esquema de corrupção instalado na Petrobras, mas
os tentáculos do propinoduto chegaram a outras esferas da administração
pública, como estatais do setor elétrico, os Correios, empresa que já
tinha sido o estopim do escândalo do mensalão, e instituições
financeiras, como o Banco do Nordeste.
Chambinho se tornou alvo da Lava Jato em meados de 2015 depois de a
força-tarefa do Ministério Público ter mapeado que o advogado e
ex-vereador arrecadou mais de 50 milhões de reais em propina a partir de
contratos de empréstimos consignados no Ministério do Planejamento. O
esquema criminoso, que teve início em meados de 2010, envolve empresas
do grupo Consist e pagamentos de vantagens por meio de empresas de
fachada e inclui a emissão de notas fiscais falsificadas para desvio de
dinheiro público. Mas não é só.
Na delação premiada de Alexandre Romano, homologada recentemente pela
Justiça, há detalhes de transações escusas que, muito em breve, darão
muita dor de cabeça a figuras coroadas do partido. Aos investigadores,
Chambinho disse, por exemplo, como dinheiro de origem ilícita irrigou o
caixa dois da campanha da senadora e ex-ministra Gleisi Hoffmann
(PT-PR). Parte do dinheiro, revelou ele, saiu de um contrato milionário
firmado nos Correios - estatal vinculada ao Ministério das Comunicações,
comandado durante anos pelo marido da petista, o também ex-ministro
Paulo Bernardo. O próprio Bernardo é citado como beneficiário de
dinheiro sujo repassado pelo advogado paranaense Guilherme Gonçalves,
também investigado. O dinheiro, como revelou a coluna Radar,
chegou à campanha de Gleisi por meio de um contrato fictício firmado
com um escritório de advocacia. Quem recebeu a bolada, em nome da
campanha, foi Leones Dall'Agnol, ex-chefe de gabinete de Gleisi e de
Paulo Bernardo. Por ter foro privilegiado, as investigações contra
Gleisi estão no Supremo Tribunal Federal (STF).
Outro petista conhecido que sai mal da delação premiada de Chambinho é
o deputado gaúcho Marco Maia (PT), ex-presidente da Câmara dos
Deputados. Ao Ministério Público Federal, Chambinho relatou em minúcias
como comprou, com dinheiro de propina, um apartamento para Marco Maia em
um condomínio de luxo em Miami, nos Estados Unidos. A transação foi
revelada ano passado por VEJA.
Na ocasião, o deputado negou ser o dono do imóvel, mantido até
recentemente em nome do próprio Chambinho. A partir da delação premiada,
Marco Maia deverá ser alvo de uma investigação no Supremo.
Aliado de primeira hora da presidente Dilma Rousseff, Carlos Gabas,
ex-ministro da Previdência e atual secretário especial da Previdência,
também é citado na delação como destinatário das propinas. Chambinho
contou que parte do dinheiro sujo que recebia era dividido com Gabas, um
dos petistas da Esplanada dos Ministérios mais próximos da presidente -
ele ganhou fama, tempos atrás, por ter levado Dilma para passear por
Brasília na garupa de sua Harley-Davidson. Segundo Chambinho, o
ex-ministro recebeu, durante quatro meses, repasses em dinheiro vivo que
totalizaram cerca de 300.000 reais. De acordo com os depoimentos, os
pacotes de dinheiro eram entregues pelo sócio de Chambinho a um parente
de Gabas, que se encarregava de fazer os recursos chegarem ao ministro.
No acordo de colaboração que fez com a Justiça, o delator também cita
nominalmente o atual líder do governo na Câmara, o deputado cearense
José Guimarães (CE). Segundo Chambinho, Guimarães valeu-se de sua
influência para abrir as portas do Banco do Nordeste para ele e chegou a
apresentar a ele um diretor do banco. O lobby do petista foi bem
sucedido e a transação, um empréstimo para construção de usinas, foi
levada adiante. Depois de fazer a intermediação do negócio, Guimarães
apresentou a fatura: cobrou uma "ajuda" de cerca de 100.000 reais, que
foram pagos pelo delator.
Ao site de VEJA, Gabas disse, por meio de sua assessoria, que "nega
peremptoriamente qualquer inferência [feita pelo delator] e que nunca
recebeu nada nem dele nem de ninguém". Em nota, o líder do governo José
Guimarães afirmou que tem "a consciência absolutamente tranquila" e que
"jamais" se beneficiou de recurso público. "Meu trabalho como deputado
pressupõe o diálogo com inúmeras instituições públicas, bem como
atendimentos a diversos interlocutores de todas as esferas, conforme se
pode acompanhar diariamente pela minha agenda, amplamente repercutida
nas redes sociais e na própria imprensa. Uma acusação desse tipo revela
oportunismo diante do conturbado momento político no país e a incessante
tentativa de criminalizar o PT e o governo, bem como seus defensores e
representantes. Adotarei todas as medidas cabíveis, dentro do Estado de
Direito, para defender minha honra, contra a qual não tolerarei ataques
sem fundamento", disse ele.
O deputado Marco Maia não atendeu os telefonemas da reportagem nem retornou os recados. DA VEJA.COM
Não dá mais para assistirmos aos fatos pela TV e participar com meras
curtidas em redes sociais. Agora vamos juntar nossas motos e nos juntar
às manifestações do dia 13
Um trem gigante, centenas de motociclistas e a manifestação agendada
para o dia 13 março, no Rio de Janeiro. Ao contrário do tradicional
"uniforme" preto e roupas de couro, desta vez os "malvadões" estarão
vestidos com as cores verde e amarelo na luta pelo fim da corrupção que
assola a política brasileira. Com a concentração marcada para
as 9h, na Barra da Tijuca, os amantes de motocicletas sairão em formação
por diversos bairros da cidade, passando pela Orla da Barra, São
Conrado, Lagoa, Leblon e terminando em Copacabana. O grupo, inclusive,
promete muito barulho durante o trajeto. Além do tradicional
"panelaço", haverá o "motorzaço"- com todas as motos presentes em
sincronia acelerando seus motores. O resultado será um barulho
ensurdecedor em protesto contra a corrupção e o governo. Vale ressaltar
que a participação é pacífica e aberta para qualquer pessoa que tenha
motocicleta. Preocupados em não tumultuar o trânsito no domingo
de manifestação no Rio – o trem deve ocupar dois quilômetros de via,
numa formação alternada que é uma prática de segurança, O Inspetor-Geral
da GMRio, Cel. Luiz Cláudio Laviano, autorizou o apoio da Coordenadoria
de Trânsito da Guarda. Os organizadores, por sua vez, pedem
para que os participantes venham vestidos com roupas verdes e amarelas,
respeitem as regras de trânsito e prestem atenção às orientações que
serão dadas no momento da partida. Tudo para garantir que a manifestação
seja positivamente impactante. "Não dá mais para assistirmos
os fatos pela TV ou dando meras curtidas em posts. Vamos participar. E
se é para fazer barulho, nada melhor que usarmos nossas motos", diz
Rodrigo Azevedo, um dos organizadores da motomanifestação. Serviço: - Ponto de Encontro na Av da Américas 3939 - Shopping Esplanada da Barra às 9h. Saída do trem de motos às 10h00 - Os organizadores pedem que os participantes venham com bandeiras do Brasil e roupas verde/amarelo. - Qualquer marca de motocicleta pode participar. - A manifestação é pacífica. DA EXAME.COM
A maioria
da grande mídia brasileira é uma vergonha. Salvam-se poucos jornalistas
que se dedicam à respeitar a verdade dos fatos. O instituto da liberdade
de imprensa é intocável. Mas causa espanto e indignação o uso enviesado
que fazem certos jornalistas dessa instituição basilar da democracia. Refiro-me
ao caso do pedido do Ministério Público de São Paulo da prisão
preventiva de Lula que tem sim base jurídica sobrando pelos fatos que já
são sobejamente conhecidos praticamente por qualquer cidadão
brasileiro. Esta é a verdade. Jornalistas
da grande imprensa brasileira - em boa parte - se transformaram em
assessores dos advogados de porta de cadeia. O objetivo desse esquema é
emparedar a Juíza Maria Priscilla Ernandes Veiga Oliveira, a quem caberá
acolher ou denegar o pedido de prisão de Lula formulado pelo Ministério
Público paulista. A rigor se
utiliza a liberdade de imprensa para acuar uma Juíza o que em outras
palavras significa a tentativa de tolher a livre manifestação do
Judiciário. É portanto
espantoso o que se está assistindo. Lembra imediatamente o regime do
defunto tiranete Hugo Chávez e de seus substituto Nicolás Maduro na
Venezuela, que prende e persegue juízes, juízas e promotores para
impedir decisões que contrariem as diretrizes do Foro de São Paulo, a
organização comunistas destinada a comunizar toda a América Latina e
fundada justamente por Lula e seu mentor Fidel Castro. Como o Foro
de São Paulo não conseguiu até agora a aparelhar todas as instituições
do Estado - por enquanto - vale-se do aparelhamento da grande mídia. Só pelo
fato de ter fundado o Foro de São Paulo junto com o tirano assassino
Fidel Castro, e ser o seu chefe máximo, Lula já deveria ter sido há
muito tempo afastado da vida política nacional e o PT e demais partidos
comunistas proscritos para sempre. Estas são algumas verdades que, por certo, a Juíza Maria Priscilla Ernandes Veiga Oliveira tem conhecimento. A Juiza tem (ainda) total e irrestrita liberdade para decidir de acordo com a sua consciência e com os ditames da Lei. DO ALUIZIOAMORIM
Padre
Cleidimar Moreira um dos mais famosos do país por seu trabalho na
música católica e por ser da Canção Nova, através das redes sociais
declarou apoio aos atos do dia 13 de Março.