sexta-feira, 29 de julho de 2011

Se Amy Winehouse fosse um país, ela se chamaria Brasil.





MERGULHADOS NO VÍCIO
por Valmir Fonseca Azevedo Pereira

A recente prematura e dramática morte da cantora Amy foi um estridente grito de alerta para o nosso nojento vício, e mostrou como o consumo desvairado de entorpecentes pode inebriar, e proporcionar instantes de incontido prazer e deleites orgásticos pontuais, mas levar à ruina, à degradação, à morte moral e à putrefação ainda em vida.

Diante do infausto, impõe-se redobrados cuidados. Se não pararmos, ainda sucumbiremos disso. E nossas futuras gerações, também.

Nós e milhões de brasileiros estamos nos últimos degraus da decadência humana. Fomos escravizados por prazeres passageiros e palavras enganosas.

Os traficantes sabem como somos dependentes, acostumados a injetar nas veias doses letais dos mais variados estupefacientes, e nem ligamos.

Acorda, incauto Brasil!

Há décadas, embriagados pelos alucinógenos e entorpecidos pela mágica dos populistas, passamos a ingerir pequenas doses que se tornaram cavalares e a viver em outras galáxias, e ficamos viciados em qualquer droga que nos ofereçam.

Por falta de opções, fomos degradando, aviltando, e hoje temos que aguentar a droga da metamorfose ambulante, a droga da guerrilheira, a droga do congresso, as arrepiantes decisões do judiciário e os abusos dos estupradores da moral. Tudo, sem um ai.

Assim, não há veia que aguente. Em suma, somos viciados em porcarias.

Por quanto tempo será possível sobreviver a tanta intoxicação? Percebem-se os efeitos colaterais do entorpecimento, a perda do bom-senso, a falta de honestidade, de dignidade, a falência da indignação e o descaso com todo o tipo de devassidão.

Sim, somos viciados e, sem nenhuma ou pouca possibilidade de recuperação. É triste, mas é a pura verdade. Enlouquecidos pelo vício, nada mais importa, nem que a mula manque, o que eles querem é nos rosetar.

Reviramos os olhinhos à simples menção “de nunca na história desse País...”, deliramos com as propagandas, nos apegamos às mentiras, pois se o governo anunciou na mídia, passou a ser verdade. Diariamente, somos brindados com novas conquistas, repetitivas inaugurações, com novos feitos. O céu é o limite.

Mas quem se preocupa se forem falsos, superestimados, e que bradem que este é o Brasil de todos? O da propaganda sim, o real não.

E não nos perguntem o que o desgoverno fará por nós, mas o que faremos por ele. E nós, em uníssono e, totalmente chapados, responderemos felizes, “pagaremos os mais altos impostos do planeta, aplaudiremos promessas e viveremos na doce ilusão, de que afinal de contas, como Deus é petista, tudo vai dar certo”.

Vivemos na ilusão dos discursos (até as pregações de Jesus Cristo sofreram recentes reparos), dos foguetórios, engolimos o PAC com sofreguidão, entramos na orgia dos estádios, preferimos templos do esporte bretão às escolas, às universidades, nos alucinamos com corrupções, sonhamos com uma viagem alucinante no trem-bala, estamos, desde já, gastando as riquezas do pré-sal, e a cada manhã, como dose de psicotrópico matinal, aguardamos o escândalo nosso de cada dia.

Inapelavelmente drogados, numa alucinação de dar medo, veremos o ex adentrar na ESG para mais um espasmo de populismo. É terrível, é tétrico, pois o gajo, no nosso delírio, é aplaudido de pé, como o Stédile.

Sim, é melhor acordar antes que o pesadelo se torne realidade (já é).
DO BLOG BLOOTLEAD

Foto do Ano


JÁ PENSOU ALGUÉM GRITAR...


"POLÍCIAAAAA"...

"Pega Ladrão!!!"...?

só ficava o Itamar !



Enviada por e-mail de Diana Valverde
DO BLOG RESIST.DEMOCRATICA

O procurador que encontrava um culpado por semana finge que não vê bandidos há oito anos e meio


Até janeiro de 2003, o procurador Luiz Francisco Fernandes de Souza encontrava um pecador por semana. Desde o dia da posse do companheiro Lula, não enxergou mais nenhum. Aos 49 anos, faz oito e meio que anda sumido do noticiário político-policial que frequentou com assiduidade e entusiasmo enquanto Fernando Henrique Cardoso foi presidente. Continua solteiro, mora na casa dos pais, pilota o mesmo fusca-85, enfia-se em ternos amarfanhados que imploram por tinturarias e não usa gravata. A fachada é a mesma. O que mudou foi a produtividade.
Se o que aconteceu na Era da Mediocridade tivesse ocorrido na Era FHC, Luiz Francisco estaria encarnando em tempo integral, feliz como pinto no lixo, a figura do mocinho disposto a encarar o mais temível vilão. O Luiz Francisco reciclado quer distância de barulhos. Enquanto cardeais da igreja principal e sacerdotes do baixo clero multiplicam em ritmo de Fórmula 1 o acervo nacional de crimes, delitos, contravenções e bandalheiras em geral, ele permanece em sossego. Enquanto o país que presta pede cadeia para os quadrilheiros, ele providencia mais pedidos de licença remunerada. Todos são prontamente atendidos.
Nascido em Brasília, ex-seminarista da Ordem dos Jesuítas, ex-bancário, ex-sindicalista, Luiz Francisco cancelou a filiação ao PT em 1995, 20 dias antes de tornar-se procurador regional do Distrito Federal. ”A militância é incompatível com o cargo”, explicou. A prática trucidou a teoria: nunca militou com tamanha aplicação. Convencido de que sobrava bandido e faltava xerife, não respeitava sequer fins de semana, feriados ou dias santos. “Trabalhar é minha grande diversão”, repetia entre uma e outra denúncia.
Luiz Francisco garante que ganha pouco mais de R$ 7 mil por mês. Até que desistisse da candidatura a operário-padrão, mereceu os R$ 19 mil prometidos como salário inicial a um procurador do Distrito Federal. Nenhum outro conseguiria acusar tanta gente durante o dia e, à noite, escrever dúzias de parágrafos do livro que exigira 24 anos de pesquisas. Publicado em 2003 pela Editora Casa Amarela, “Socialismo, Uma Utopia Cristã” pretende provar, segundo o autor, que “até a metade do século XIX o socialismo exibia uma clara inspiração religiosa, especialmente cristã”. Tem 1152 páginas.
Deveria ter sido menos prolixo. Intrigados com o mistério da multiplicação das horas do dia, outros procuradores e todos os inimigos examinaram com mais atenção a papelada que jorrava da sala de Luiz Francisco. Aquilo não fora obra de um homem só, informaram as mudanças de estilo, a fusão de trechos corretamente redigidos com atentados brutais ao idioma, o convívio promíscuo entre substantivos em maiúsculas e adjetivos em minúsculas. E então se descobriu que o inquisidor incansável frequentemente assinava ações, denúncias e representações que já lhe chegavam prontas, enviadas por interessados na condenação de alguém.
Decidido a atirar em tudo que se movesse fora do PT, acabou baleando com denúncias fantasiosas vários inocentes. Nenhum foi tão obsessivamente alvejado quanto Eduardo Jorge Caldas Pereira, secretário-geral da Presidência da República no governo Fernando Henrique. Em 2009, o Conselho Nacional do Ministério Público reconheceu formalmente que Eduardo Jorge, enfim absolvido das denúncias improcedentes, foi perseguido por motivos políticos e condenou o perseguidor a 45 dias de suspensão.
Em vez de provar que pelo menos uma das numerosas acusações a Eduardo Jorge fez sentido, Luiz Francisco prefere alegar que o caso está prescrito. Como violou a legislação para obedecer aos mandamentos da seita petista, recorre ao calendário gregoriano para arquivar a história que o devolveu ao noticiário no papel de culpado —pela segunda vez desde o começo da superlativa temporada de férias. A primeira está completando cinco anos.
Em 2006, o procurador que se dispensou de procurar criminosos foi procurado pelo colombiano Francisco Colazzos, o “Padre Medina”, procurado pela Justiça do país onde nasceu. O foragido apresentou a Luiz Francisco as credenciais de embaixador das FARC e pediu ajuda para escapar da cadeia. Celebrada a aliança entre o ex-sacerdote acusado de homicídio e o ex-seminarista que nunca viu um pecador do lado esquerdo, renasceu o ativista fora-da-lei, que ensinou ao parceiro a arte de safar-se de investigações policiais. Os truques só conseguiram retardar a prisão.
O protegido esperava na gaiola o julgamento do pedido de extradição encaminhado pela Colômbia ao Supremo Tribunal Federal quando o protetor foi à luta. Embora não tivesse nada a ver com o caso, entrou com uma ação judicial para que Colazzos fosse devolvido à Polícia Federal. A solicitação foi encampada sucessivamente pelo Ministério Público, pela Polícia Civil e pelo juiz da Vara de Execuções Criminais, Nelson Ferreira Junior, antes de esbarrar no ministro Gilmar Mendes.
Admoestado pelo então presidente do STF, publicamente e com aspereza, Luiz Francisco só escapou de castigos mais severos porque o Planalto nunca deixa de socorrer companheiros aflitos. Dois meses depois da tentativa de obstrução da Justiça, o governo promoveu Colazzos a guerrilheiro, concedeu-lhe asilo político e arrumou emprego para a mulher. Sem alternativa, o STF devolveu-o a liberdade.
O que mais andou fazendo Luiz Francisco para matar o tempo?, quis saber a coluna em junho passado. Uma funcionária da Procuradoria informou que não seria possível encontrá-lo. Em lugar incerto e não sabido, está gozando de mais um período de descanso remunerado.
POR AUGUSTO NUNES
REV VEJA

A retórica asquerosa e fascistóide de um certo Luiz Inácio. Ou: Apedeuta confessa que, até 2002, sempre torceu para o Brasil se ferrar

Não adianta! Ele não tem cura. O Apedeuta não compreende a democracia. Leiam o que informa o Estadão Online. Volto em seguida.
Por Luciana Nunes Leal, do Estadão:
No segundo dia de compromissos no Rio de Janeiro, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva negou que pretenda disputar a Presidência da República em 2014 e disse que a presidente Dilma Rousseff só não tentará a reeleição se não quiser. Lula respondeu ao ex-governador de São Paulo, José Serra, do PSDB, que disse acreditar em uma candidatura do ex-presidente em 2014.
“Só há uma hipótese de Dilma não ser candidata: ela não querer. O Serra está preocupado é com a candidatura dele próprio e não consegue nem resolver os problemas internos do PSDB”, disse Lula, em rápida entrevista, depois de participar de um seminário na Escola Superior de Guerra (ESG).
Lula estava acompanhado, entre outras autoridades, do ministro da Defesa, Nelson Jobim, que, na semana passada, disse ter votado em Serra, de quem é amigo, e não em Dilma, na eleição de 2010. Lula defendeu Jobim. “Tem gente que não gosta de mim e votou em mim; tem gente que gosta de mim e não votou. Não se pode fazer política pensando nisso”, afirmou Lula.
Durante a palestra, Lula disse que a oposição torce contra o governo. “Quando você ouvir o cara de oposição falar ‘estou torcendo para dar certo’, não acredita, não. É o inverso. Eles estão torcendo para a inflação voltar, para o desemprego aumentar”, disse o ex-presidente à platéia formada por militares alunos da ESG.
Voltei
Ao se referir a seus oponentes, Lula parece Arnaldo Jabor a dizer “coisas inteligentes” sobre o Partido Republicano nos EUA. Não é que os adversários tenham um ponto de vista diferente: na verdade, seriam todos sabotadores.
Vejam ali: Lula está fazendo uma confissão. Enquanto permaneceu na oposição, torceu sistematicamente para o país dar errado. Afinal, segundo ele, é o que fazem sempre os oposicionistas. Toma-se como medida de todas as coisas. Lula diz a verdade sobre si mesmo, mas mente sobre os outros.
Diz a verdade sobre si mesmo e sobre seu partido porque:
- negaram-se a homologar a Constituição de 1988;
- negaram-se a apoiar o governo Itamar;
- tentaram derrubar a Lei de Responsabilidade Fiscal;
- tentaram impedir as privatizações;
- lutaram contra a abertura da economia ao capital estrangeiro;
- votaram, acreditem!, contra o Fundef, que destinava mais recursos para a educação;
- opuseram-se aos programas sociais, reunidos depois no Bolsa Família, porque diziam  tratar-se de esmola. Lula dizia que quem recebia bolsa não plantava macaxeira…
- tentaram derrubar o Proer, que saneou o sistema financeiro;
- bombardearam o programa de reestruturação dos bancos estaduais.
Não houve, em suma, uma única boa ação do governo FHC que Lula e seu partido não tenham tentado sabotar. Por quê? Porque, ele confessa agora, torcia para que tudo desse errado.
E ele mente sobre a oposição. Esta, ao contrário do que ele diz, foi cordata demais com ele. A única questão relevante para o governo a que se opôs firmemente foi a prorrogação da CPMF. Ainda assim, o imposto caiu com a colaboração de senadores da base governista.
Candidatura
Quando à Presidência, ao negar que é candidato, confirma a candidatura. Diz que Dilma só não será o nome do PT se não quiser. Ele, como se nota, está fazendo de tudo para que ela não queira ao  ocupar a ribalta, ao se apresentar como o único interlocutor aceitável do petismo. Falta uma indagação essencial aí: “Se ela não quiser, o candidato será quem?” A resposta está dada”.
A suposição de que adversários são sabotadores é típica de mentalidades fascistas. E Lula é o fascismo possível no Brasil.
PS - Esse lixo intelectual e moral foi dito na Escola Superior de Guerra, que já sonhou reunir o pensamento estratégico no Brasil.
Por Reinaldo Azevedo

DENIT, TRANSPORTES, PR - FAXINA - VARRE TUDO PRA BAIXO DO TAPETE.


Fala-se de tudo  nos  jornais, menos  sobre  o  mensalão, ninguém faz  alusão  à COPA 2014, até   em disco  voador   do  EMBU  tomou  as  manchetes  dos jornais, enquanto  isso,  a  sujeirada  vai sendo  varrida  pra debaixo  do  tapete. É um tal  de achar  criança  jopgada  no  lixo, todo  mundo  ficou abismado  com o  maluco  da Noruega, mas, o que  acontece de  mortes  no  transito, balas  perdidas, assaltos, sequestro  relâmpago, até  o  Lula  essa  semana  andou  dando  uns  pitacos  por aí.
Essa histórinha  do  DENIT , demitiram 15, o PAGOT (paranaense corrupto)  não  foi  demitido  porque estava de férias.E daí???
Sabem qual  será  o  fim dessa novela, faz de  conta  que  foram punidos, depois  dão  a volta por  cima, tal e  qual  aconteceu  com os  mensaleiros  do  PT..(demitidos, expulsos, e  depois serão contemplados com algum cargo fabricado pelos  operário  de  plantão,  tal  como  aconteceu  com  o  Genuino). Aguardem.
DO BLOG DO FERRA MULA

Lula manda Serra cuidar de Aécio: ‘candidata é Dilma’



Esse sujeito até rindo destoa. É assustador. Dá a impressão que ele precisa de junta médica para a sua psicopatia delirante. Falam tanto em "salto de qualidade", e esse "jumento"continua na pauta do credo em cruz todos os dias. Essa "Koisa" é a maldição do Brasil. Movcc/Gabriela

Lula torce para que Dilma"se contunda".

"Não acredito, é como jogador que está no banco de reserva, diz que está torcendo pelo companheiro, mas quer que ele se contunda. Quando a oposição disser que quer contribuir, é tudo ao contrário. Eles estão torcendo para voltar a inflação e o desemprego aumentar." Esta declaração de Lula, dada hoje no Rio de Janeiro,  vale para ele mesmo, em relação à Dilma Rousseff. Como ele está fora do jogo, é assim que pensa, mesmo que diga da boca para fora que Dilma só não será a titular em 2014 se ela não quiser. Lula está torcendo para que Dilma quebra a perna, estoure os meniscos, arrebente o tendão de aquiles ou seja pega no antidoping. Lula sempre jogou sujo. Não é agora que vai parar.
DO COTURNO NOTURNO

Tia da faxina autoriza mais um aditivo nas demissões do DNIT. Cai o corrupto do dia.

Hoje pela manhã, o jornal O Globo denunciou (veja abaixo) o "casal DNIT": o mulher cobrava pedágio de todo mundo que queria ser beneficiado pelo marido. A corrupção era para todos, democraticamente. Pois o ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, a mando da tia da faxina, decidiu exonerar o marido, o coordenador de Operações Rodoviárias do Dnit, Marcelino Augusto Rosa. A publicação da demissão deve sair no "Diário Oficial" da União da próxima segunda-feira. Rosa era servidor concursado do Dnit há 40 anos. Como responde por um processo administrativo disciplinar por suposto favorecimento de empreiteiras, está passível de demissão do órgão.
DO BLOG DO CEL

A Copa da roubalheira: Dinheiro público para estádios embaraça Fifa



Almir Leite, Bruno Lousada, Sílvio Barsetti e Wagner Vilaron – O Estado de S.Paulo
Até a Fifa fica sem graça quando o assunto é o uso de dinheiro público na construção de estádios para a Copa de 2014. Ontem, em conversa com jornalistas brasileiros em um luxuoso hotel do Rio, o secretário-geral da entidade, Jérome Valcke, ficou visivelmente embaraçado ao falar do tema. Pensou bastante e, ao responder, evocou o "poder do futebol" para tentar justificar a gastança.
"No Brasil, temos uma mistura de financiamento público e privado", disse Valcke. "O dinheiro que será gasto nos estádios não se compara ao que será gasto nas estradas, aeroportos."
O tema causa desconforto porque em 2007 o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, disse que não haveria dinheiro público na construção de arenas. Quase quatro anos depois, o que se observa é que até mesmo estádios particulares contam com essa ajuda.
O Itaquerão foi beneficiado por incentivo fiscal da Prefeitura de São Paulo de R$ 420 milhões, além de cerca de R$ 70 milhões que o governo estadual desembolsará para deixá-lo apto para a abertura da Copa. Sem contar os R$ 65 milhões em isenção de impostos federais.
A Arena da Baixada, do Atlético-PR, contará com pelo menos R$ 90 milhões por meio de um mecanismo da Prefeitura de Curitiba, chamado Transferência de Potencial Construtivo (permite edificações acima do padrão da Lei de Zoneamento em troca de repasses financeiros a obras de interesse público) que permitirá ao clube se capitalizar.
Valcke argumenta que, no Brasil, o futebol é uma "religião" e que tudo que for investido na Copa, não só em estádios, trará benefícios futuros. "Temos de ver o panorama geral e ver o que significa depois como legado."
O secretário-geral foi mais incisivo quando questionado sobre os R$ 30 milhões que a Prefeitura do Rio e o governo estadual desembolsaram, em partes iguais, para viabilizar o sorteio dos grupos das Eliminatórias, amanhã. "Nós, da Fifa, não pedimos ao governo ou à prefeitura para gastar esse dinheiro para o evento. Eles decidiram por isso", afirmou. "Se uma instituição qualquer pública ou privada decidir pagar por isso, a escolha é deles."
O Comitê Organizador Local (COL) deu a uma empresa de eventos a organização do sorteio e também a captação de patrocinadores. Prefeitura e governo do Rio decidiram investir, argumentando benefícios para a imagem da cidade. Rodrigo Paiva, assessor de comunicação do COL, disse que os R$ 30 milhões cobrem apenas parte dos custos. "O valor é bem maior. O comitê também colocou dinheiro no evento."
Hoje, o espaço da Marina da Glória onde ocorrerá o sorteio vai ser inaugurado oficialmente, às 11 horas, por Ricardo Teixeira. O ministro do Esporte, Orlando Silva, vai participar do evento.
DO BLOG ABOBADO

Charge: O Ministro da Defesa em pleno exercício de suas funções


TCU identifica conluios de empresas de políticos e de servidores em licitações-II



Auditoria em mais de 142 mil contratos revela que funcionários públicos sócios de empresas contratadas integraram comissões de licitação


Rosa Costa
O Estado de S.Paulo

BRASÍLIA - Em matéria de negócios públicos, não são só os parlamentares que dão o mau exemplo e burlam a Constituição. A superauditoria feita pelo Tribunal de Contas da União (TCU) em 142.524 contratos do governo federal assinados entre 2006 e 2010 mostra que as licitações viraram um jogo de cartas marcadas.

A ponto de o TCU ter achado casos em que o governo contratou empresas que têm como sócios os servidores públicos do órgão que fez a licitação.



Pablo Valadares/AE-25/6/2010
Sede do Tribunal de Contas da União em Brasília
Mais que isso: em meio a licitações de obras e serviços no valor de R$ 104 bilhões, o tribunal encontrou funcionários públicos que além de serem sócios de empresas que fizeram negócios com a União participaram da comissão de licitação que fez a contratação da própria empresa.

Diante desse descalabro, a auditoria do TCU concluiu que "as irregularidades estão disseminadas entre todos os gestores".

A auditoria foi feita entre abril e setembro do ano passado no Sistema Integrado de Administração de Serviços Gerais (Siasg) e no Comprasnet, principais instrumentos de gerenciamento de todas as licitações e compras do governo federal.

O relatório do TCU menciona, por exemplo, uma licitação ocorrida no 59.º Batalhão de Infantaria Motorizado do Comando do Exército, localizado em Maceió.

Dos sete participantes, três possuíam sócio em comum.

O administrador de uma das empresas era sócio administrador de outras duas.
Vício generalizado

As fraudes são tantas, tão explícitas, que o TCU alerta para o fato de que outros órgãos públicos, fora do Siasg e do Comprasnet, "acabaram herdando seus vícios".

A auditoria produziu uma lista sigilosa, enviada à Câmara, ao Senado e ao Ministério Público Eleitoral, com nomes de todos os parlamentares que são sócios proprietários de empresas que têm contratos com o governo - o que vedado pela Constituição.

De acordo com o artigo 54, deputados e senadores não podem firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa pública, sociedade de economia mista ou empresa concessionária de serviço público e ser proprietários, controladores ou diretores de empresa que goze de favor decorrente de contrato com pessoa jurídica de direito público, ou nela exercer função remunerada.

Apesar da clareza do artigo, o governo aceita esses negócios desde que o parlamentar se licencie e se afaste da administração cotidiana da empresa.

Digital

Os auditores do TCU citam um caso emblemático: um parlamentar "assinou pessoalmente o contrato (do negócio com o governo) durante o exercício do mandato".

O Estado mostrou em reportagens recentes que os nomes do deputado Paulo Maluf (PP-SP) e do senador Eunício Oliveira (PMDB-CE) estão no documento entregue pelo TCU à Câmara.

Uma empresa de Maluf, a Maritrad Comercial, recebe cerca de R$ 1,3 milhão ao ano do governo federal pelo aluguel do prédio onde funciona a sede da Procuradoria da Fazenda Nacional, em São Paulo. O contrato foi celebrado com "dispensa de licitação".

Empresas de Eunício Oliveira mantêm contratos milionários com a União. A Manchester Serviços Ltda. venceu uma licitação fraudada no valor de R$ 300 milhões na Petrobrás.

A lista com os nomes dos parlamentares não foi divulgada até hoje, apesar de o relatório do TCU ter ficado pronto há duas semanas.

Os nomes foram para um anexo classificado como sigiloso e entregue ao presidente da Câmara, Marco Maia (PT-SP).


Apesar de o TCU não ter quantificado o custo das fraudes para o Erário, o relatório de 70 páginas mostra que os auditores chegaram a detectar casos de "graves indícios de irregularidades", o que obrigou o tribunal a abrir 13 representações.

No total, foram identificados 100 mil indícios de irregularidades.

A Câmara informa que tratará da auditoria TCU na próxima semana, no reinício dos trabalhos do Legislativo.

O Senado diz que não recebeu a documentação.

O relatório do ministro Valmir Campelo foi aprovado pelo tribunal no início deste mês.

O Ministério do Planejamento alegou que não poderia se manifestar sobre a auditoria pois não foi, ainda, oficialmente comunicado do resultado.

Sete ministérios foram alertados pelo TCU sobre o número elevado de irregularidades, entre eles o dos Transportes, do Turismo e da Cultura.

Os auditores apontam reiteradas vezes a "inconsistência" de informações fornecidas pelos órgãos públicos, "que prejudicam não só o planejamento e a gestão das contratações públicas".
28 de julho de 2011

“Casal Dnit” lida com negócios milionários do órgão junto a empresas

Por Fábio Fabrini e Roberto Maltchik, no Globo:
Promovido a coordenador-geral de Operações Rodoviárias do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) em meio à crise, Marcelino Augusto Rosa comanda serviços milionários do órgão com empresas cuja representante é sua mulher, Sônia Lado Duarte Rosa. De um lado do balcão, o servidor, que responde a processo disciplinar da Controladoria Geral da União (CGU) por suposto favorecimento de empreiteiras, tem ascendência sobre contratos de sua área. De outro, é ela quem leva e traz documentos e pleitos de algumas das contratadas à sede da autarquia em Brasília.
Sônia Duarte é procuradora de oito empresas, a maioria responsável pela sinalização de rodovias. Antes de assumir a Coordenação Geral de Operações - no lugar de Luiz Cláudio Varejão, exonerado pela presidente Dilma -, Marcelino já era interino do cargo e coordenava o setor de Segurança e Engenharia de Trânsito, responsável pela sinalização horizontal e vertical, entre outras atribuições. Graças a aditivos, algumas das clientes de Sônia conseguiram dobrar o valor de seus contratos nos últimos anos.
Só a SBS, que se vale dos serviços de Sônia há pelo menos três anos, esticou o valor de seu contrato em 164% (de R$ 4,3 milhões para R$ 11,4 milhões), após seis aditivos. A CAP tem dois contratos, um com aumento de 121% (de R$ 4,1 milhões para R$ 9,1 milhões) e outro de 86,5% (de R$ 5,2 milhões para R$ 9,7 milhões). Já a Sinalmig obteve acréscimos de 112% (de R$ 5,09 milhões para R$ 10,6 milhões). Desde 2006, a SBS já recebeu R$ 9 milhões. Os pagamentos à CAP somaram R$ 16,3 milhões. No caso da Sinalmig, outros R$ 8,9 milhões.
Sônia atua no Dnit há cerca de 15 anos
Em vez de abrir licitações para ampliar ou dar continuidade aos trabalhos, o Dnit optou por prorrogá-los por meio de aditivos. As três empresas são de Belo Horizonte e também atuam como subcontratadas de empreiteiras que trabalham para o órgão.
Nos bastidores da autarquia em Brasília, Sônia e Marcelino ganharam o apelido de “casal Dnit”. Ele é servidor antigo, com mais de 40 anos de crachá, egresso do extinto Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER). Levada pelo marido, ela atua há cerca de 15 anos no órgão, graças a procurações das empresas, anualmente renovadas. O boca a boca aumentou a clientela. E fez sua fama. Segundo um engenheiro, contratá-la é a garantia de “acelerar” processos internos.
Sônia e Marcelino são sócios na Somart, com sede no apartamento em que moram em Brasília. Nos registros da Junta Comercial do Distrito Federal, a empresa faz representação comercial de material odontológico e cosméticos a madeira e revistas, além de obras de terraplanagem, serviços de preparação de terreno. Eles alegam que a empresa está inativa. Aqui
Por Reinaldo Azevedo

TCU identifica conluios de empresas de políticos e de servidores em licitações

Por Rosa Costa, no Estadão:
Em matéria de negócios públicos, não são só os parlamentares que dão o mau exemplo e burlam a Constituição. A superauditoria feita pelo Tribunal de Contas da União (TCU) em 142.524 contratos do governo federal assinados entre 2006 e 2010 mostra que as licitações viraram um jogo de cartas marcadas. A ponto de o TCU ter achado casos em que o governo contratou empresas que têm como sócios os servidores públicos do órgão que fez a licitação.
Mais que isso: em meio a licitações de obras e serviços no valor de R$ 104 bilhões, o tribunal encontrou funcionários públicos que além de serem sócios de empresas que fizeram negócios com a União participaram da comissão de licitação que fez a contratação da própria empresa.
Diante desse descalabro, a auditoria do TCU concluiu que “as irregularidades estão disseminadas entre todos os gestores”. A auditoria foi feita entre abril e setembro do ano passado no Sistema Integrado de Administração de Serviços Gerais (Siasg) e no Comprasnet, principais instrumentos de gerenciamento de todas as licitações e compras do governo federal.
O relatório do TCU menciona, por exemplo, uma licitação ocorrida no 59.º Batalhão de Infantaria Motorizado do Comando do Exército, localizado em Maceió. Dos sete participantes, três possuíam sócio em comum. O administrador de uma das empresas era sócio administrador de outras duas.
Vício generalizado. As fraudes são tantas, tão explícitas, que o TCU alerta para o fato de que outros órgãos públicos, fora do Siasg e do Comprasnet, “acabaram herdando seus vícios”.
A auditoria produziu uma lista sigilosa, enviada à Câmara, ao Senado e ao Ministério Público Eleitoral, com nomes de todos os parlamentares que são sócios proprietários de empresas que têm contratos com o governo - o que vedado pela Constituição.
De acordo com o artigo 54, deputados e senadores não podem firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa pública, sociedade de economia mista ou empresa concessionária de serviço público e ser proprietários, controladores ou diretores de empresa que goze de favor decorrente de contrato com pessoa jurídica de direito público, ou nela exercer função remunerada. Apesar da clareza do artigo, o governo aceita esses negócios desde que o parlamentar se licencie e se afaste da administração cotidiana da empresa. Aqui
Por Reinaldo Azevedo

TCU informa: "cumpanherada" deitou e rolou no governo Lula-Dilma.


Clique na imagem para ampliar e ler.
Em matéria de negócios públicos, não são só os parlamentares que dão o mau exemplo e burlam a Constituição. A superauditoria feita pelo Tribunal de Contas da União (TCU) em 142.524 contratos do governo federal assinados entre 2006 e 2010 mostra que as licitações viraram um jogo de cartas marcadas. A ponto de o TCU ter achado casos em que o governo contratou empresas que têm como sócios os servidores públicos do órgão que fez a licitação.

Mais que isso: em meio a licitações de obras e serviços no valor de R$ 104 bilhões, o tribunal encontrou funcionários públicos que além de serem sócios de empresas que fizeram negócios com a União participaram da comissão de licitação que fez a contratação da própria empresa. Diante desse descalabro, a auditoria do TCU concluiu que "as irregularidades estão disseminadas entre todos os gestores". A auditoria foi feita entre abril e setembro do ano passado no Sistema Integrado de Administração de Serviços Gerais (Siasg) e no Comprasnet, principais instrumentos de gerenciamento de todas as licitações e compras do governo federal. Leia mais aqui, no Estadão.

Telhado de vidro.

Hoje o jornal O Globo condena, em editorial, o uso de dinheiro do BNDES, de dinheiro do estado e de dinheiro da prefeitura para doar um estádio para o Corinthians, em São Paulo. Tem toda a razão. Mas perde o direito de contestar quando não fala nada do aumento de R$ 300 milhões na obra do Maracanã e, especialmente,  do evento de amanhã, para o sorteio das chaves da Copa de 2014. Ele é organizado por uma empresa de promoções que pertence à Rede Globo e torrará R$ 30 milhões do governo Cabral em quatro horas, com direito a roubar um aeroporto dos brasileiros, para que o barulho dos aviões no Santos Dumont não atrapalhem as negociatas ao pé do ouvido que envolvem a emissora de TV e os corruptos da CBF e da FIFA. É este tipo de parcialidade que enoja na imprensa brasileira. 
DO COTURNO NOTURNO

Corrupção no DNIT: continua tudo em casa.

Promovido a coordenador-geral de Operações Rodoviárias do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) em meio à crise, Marcelino Augusto Rosa comanda serviços milionários do órgão com empresas cuja representante é sua mulher, Sônia Lado Duarte Rosa. De um lado do balcão, o servidor, que responde a processo disciplinar da Controladoria Geral da União (CGU) por suposto favorecimento de empreiteiras, tem ascendência sobre contratos de sua área. De outro, é ela quem leva e traz documentos e pleitos de algumas das contratadas à sede da autarquia em Brasília.

Sônia Duarte é procuradora de oito empresas, a maioria responsável pela sinalização de rodovias. Antes de assumir a Coordenação Geral de Operações - no lugar de Luiz Cláudio Varejão, exonerado pela presidente Dilma -, Marcelino já era interino do cargo e coordenava o setor de Segurança e Engenharia de Trânsito, responsável pela sinalização horizontal e vertical, entre outras atribuições. Graças a aditivos, algumas das clientes de Sônia conseguiram dobrar o valor de seus contratos nos últimos anos. Só a SBS, que se vale dos serviços de Sônia há pelo menos três anos, esticou o valor de seu contrato em 164% (de R$ 4,3 milhões para R$ 11,4 milhões), após seis aditivos. A CAP tem dois contratos, um com aumento de 121% (de R$ 4,1 milhões para R$ 9,1 milhões) e outro de 86,5% (de R$ 5,2 milhões para R$ 9,7 milhões). Já a Sinalmig obteve acréscimos de 112% (de R$ 5,09 milhões para R$ 10,6 milhões). Desde 2006, a SBS já recebeu R$ 9 milhões. Os pagamentos à CAP somaram R$ 16,3 milhões. No caso da Sinalmig, outros R$ 8,9 milhões.

Em vez de abrir licitações para ampliar ou dar continuidade aos trabalhos, o Dnit optou por prorrogá-los por meio de aditivos. As três empresas são de Belo Horizonte e também atuam como subcontratadas de empreiteiras que trabalham para o órgão. Nos bastidores da autarquia em Brasília, Sônia e Marcelino ganharam o apelido de "casal Dnit". Ele é servidor antigo, com mais de 40 anos de crachá, egresso do extinto Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER). Levada pelo marido, ela atua há cerca de 15 anos no órgão, graças a procurações das empresas, anualmente renovadas. O boca a boca aumentou a clientela. E fez sua fama. Segundo um engenheiro, contratá-la é a garantia de "acelerar" processos internos.

Sônia e Marcelino são sócios na Somart, com sede no apartamento em que moram em Brasília. Nos registros da Junta Comercial do Distrito Federal, a empresa faz representação comercial de material odontológico e cosméticos a madeira e revistas, além de obras de terraplanagem, serviços de preparação de terreno. Eles alegam que a empresa está inativa. Representante da SBS, Maurício Braga conta que soube de Sônia por dica de uma empresa, mas antes tomou o "cuidado" de consultar as diretorias Geral e Executiva. Segundo ele, cabem a ela apenas tarefas de "despachante", como apresentar documentos das medições das obras para viabilizar pagamentos, completar papéis e informações que faltam, acompanhar os processos, entre outras. 

- Ela presta serviços para várias empresas lá dentro. O Dnit é sabedor disso. O serviço que ela me presta, apesar de o marido trabalhar lá dentro, não tem poder nenhum de me ajudar em nada - sustenta. Braga afirma que a empresa obteve contrato regularmente, porque venceu licitação. - Ela não tem os poderes para fazer e acontecer, receber, dar descontos, dar quitação. Sobre os aditivos, diz ser uma decisão do Dnit: - Não posso responder sobre uma coisa que não sei. Acredito que deve ter sido feito porque o contrato venceu e não houve prazo para que houvesse uma nova licitação. O Dnit não se pronunciou nesta quinta-feira. Perguntada sobre se há conflito entre suas atividades e as do marido, Sônia respondeu: - Engraçado, as pessoas pensam isso, não é? 

Ela explicou que sua representação é meramente burocrática, sem interferência em contratações e licitações. E que, embora circule no setor de Marcelino, cumprimentando-o "como se não o conhecesse": - Não sou lobista, não tem nada a ver com essa área assim de influência. Não tenho acesso à diretoria. O Marcelino, estando nessa área, não teria interesse de me facilitar nada. Trabalho com o pessoal de base, pessoal só de apoio - assegurou. Sônia diz que não há que se falar em favorecimento, pois trabalha para muitas firmas do mesmo ramo, que concorrem entre si: - Se eu fosse beneficiar alguma, eu estaria ao mesmo tempo contra mim, porque atendo empresas que fazem o mesmo trabalho. 

Ela conta que várias pessoas, algumas parentes de servidores, são representantes no Dnit, o que "é coisa comum". E que aceitaria deixar as atividades se a diretoria determinasse: - Se for uma decisão do órgão, com certeza. Mas eu gostaria que houvesse um documento que expressasse isso. Não sou a única. Sônia diz que a Somart foi aberta há vários anos em São Jorge (GO), como uma loja dentro de uma pousada, para comercializar artigos da população nativa, e nunca atuou com engenharia. Segundo ela, a empresa está inativa há vários anos. Às empresas que são suas clientes no Dnit, são entregues recibos como comprovação do pagamento. Procuradas, as empresas CAP e Sinalmig não retornaram as ligações do GLOBO.( Matéria de capa de O Globo)

"Coveiro" do PT afirma que não haverá "caça às bruxas". A vassourada da tia da faxina não inclui um haraquiri palaciano.

O ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência) disse ontem que a presidente Dilma Rousseff não estenderá a outras áreas do governo a faxina que removeu indicados do PR do Ministério dos Transportes. A declaração serviu de recado a outros partidos aliados que reagiram com apreensão à queda do ex-ministro Alfredo Nascimento. "Não haverá prejulgamento. Não haverá caça às bruxas", disse Carvalho, considerado o ministro mais próximo do ex-presidente Lula. Ele afirmou, no entanto, que qualquer acusação no governo será investigada. "Seja o PMDB, seja o PT, qualquer partido está sujeito à investigação se errar."

A crise nos Transportes derrubou 19 servidores desde o início do mês, a maioria ligada ao PR. Ontem, Carvalho fez um afago na sigla. "Acho errado você condenar um partido porque teve no seu meio pessoas que cometeram erros", disse. O Planalto confirmou a indicação, feita pelo ministro Paulo Sérgio Passos (Transportes), para que Miguel Masella, atual secretário-executivo interino da pasta, seja efetivado no cargo.
A presidente Dilma já deu aval à escolha, que pode sair hoje no "Diário Oficial". Homem de confiança de Passos, Masella é o primeiro dirigente confirmado no novo comando da pasta desde a efetivação do novo ministro. A expectativa é que os nomes do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) sejam confirmados até segunda-feira.

Gilberto "Coveiro" Carvalho participou ontem do seminário "Fóruns do Planalto", organizado pelo governo com servidores. No evento, ele admitiu que a "picaretagem" tem aumentado entre ONGs (organizações não governamentais), setor que mantém vários convênios com a União. Responsável pela articulação do Planalto com os movimentos sociais, Carvalho disse que "é uma questão crucial como tratar o dinheiro público, para que o excesso de burocracia não inviabilize esse trabalho [de assistência social] e, ao mesmo tempo, manter a fiscalização para evitar a picaretagem que infelizmente também grassa e cresce nessa área". Segundo ele, só o bloqueio dos repasses não impede irregularidades. Uma alternativa seria a aprovação da CLS (Consolidação das Leis Sociais), para unificar os programas sociais e garantir a concessão de benefícios. O ministro também defendeu o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra): "O que me espanta é que ninguém chamou de violência a brutal grilagem de terra que se fez no Brasil". (Da Folha de São Paulo)