segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Arcebispo acusa Judiciário de corrupção

ELDER OGLIARI E JOSÉ MARIA TOMAZELA - Agência Estado
O arcebispo de Porto Alegre, d. Dadeus Grings, acusou o Judiciário de corrupção e de invasão à jurisdição da Igreja em nota e em entrevista coletiva nesta segunda-feira. A manifestação revela revolta contra decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo, que condenou a diocese de São João da Boa Vista e o próprio religioso a pagar uma indenização de R$ 940 mil por danos morais a uma família do município de Mogi Guaçu.
"O problema da corrupção no Brasil tem sua base exatamente ali, no Judiciário", afirma o arcebispo. "Todos sabem disso, mas poucos têm coragem de denunciá-lo", prosseguiu. "Nossa presidente (Dilma Rousseff) começou a faxina no Executivo. Quando será a vez do Judiciário, onde o problema é muito mais grave?"
O caso que deixou d. Dadeus Grings indignado ocorreu na década de 90, quando ele era bispo de São João da Boa Vista. O religioso disse que à época foi procurado por cidadãos inconformados com o pagamento de indenização milionária, pela prefeitura de Mogi Guaçu, a família que teve terreno desapropriado para a construção de uma avenida.
Ele tomou conhecimento do processo e escreveu uma série de artigos em defesa do município. A família se sentiu atingida e lhe entregou uma carta. Na resposta, o bispo disse que os advogados da família não lhe deixaram a impressão de lisura. Esta frase, segundo d. Dadeus, foi o motivo da condenação. "Por esta expressão foi condenado a pagar R$ 940 mil, a título de danos morais. É justo?" , questiona. "Era obrigação minha, de pastor, orientar a referida família e chamar a atenção dos desvios", afirma, reiterando que não agiu em causa própria.

Dilma precisa parar de ser perversa e de demitir patriotas competentes e inocentes!

Cheguei à conclusão de que a presidente Dilma Rousseff é uma mulher má, perversa mesmo, que atua para prejudicar o povo brasileiro. E como é que faz isso? Ora, demitindo ministros competentes e inocentes, o que, convenham, é ruim para o Brasil. Foi a conclusão a que cheguei, mais uma vez, na solenidade de posse de Aldo Rebelo, novo ministro do Esporte. Todos discursam: a presidente, Rebelo e Orlando Silva, que jurou inocência ainda outra vez e foi aplaudido de pé!
Vênia máxima, a soberana estrelou uma solenidade vergonhosa. Estavam todos saudando ali, na prática, o comprovado — PELO PRÓPRIO GOVERNO — desvio de pelo menos R$ 40 milhões, as ONGs de fachada, as empresas de laranjas, o compadrio, o desperdício. Ou bem Dilma falava coisa com coisa, e a Controladoria Geral da República tem de ser demitida, do ministro ao contínuo, ou o poder fez, nesta segunda, o elogio da corrupção.
Nunca vi razão especial para criticar a ação de Aldo Rebelo. Foi um presidente da Câmara competente e equilibrado e teve uma atuação destemida no Código Florestal. Mas hoje fez um discurso ridículo. Afirmou que Orlando Silva, seu antecessor, também do PCdoB, pode ser “mais do que inocente”; talvez seja “vítima das lutas sociais”.
Ou Aldo explica como as lambanças das ONGs no programa Segundo Tempo ajudam os pobres, ou falou uma grande bobagem. Mais adiante, o ministro disse que seu partido não está acima da crítica. Que bom! Mas é onde tentou colocá-lo. Leiam texto do Globo Online. Volto para arrematar.
*
A posse do novo ministro do Esporte, Aldo Rebelo (PCdoB), a quem a presidente Dilma Rousseff chamou, erroneamente, em duas citações de Aldo Rabelo, transformou-se numa sessão de rasgados elogios ao PCdoB, partido que ocupa o ministério há nove anos e que é alvo de denúncias de desvio de verbas de convênios do Ministério dos Esportes com ONGs. Dilma afirmou que a troca de comando no Esporte não estava em seus planos, mas, por causa da situação criada, teve de fazê-lo. Ela qualificou o trabalho de Orlando Silva à frente da Pasta como “excepcional” e disse que o ex-colaborador tem todo seu respeito.
“Esta cerimônia não estava nos meus planos, nos planos do governo. Muitas vezes somos conduzidos a situações inesperadas que temos de enfrentar. E enfrentar, muitas vezes, com tristeza, mas sempre com coragem e determinação. Foi o que fizemos neste caso sem abrir mão de construir o caminho que escolhemos”, discursou Dilma.
“Ele ganha plena liberdade para restituir a verdade e preservar sua biografia. Orlando Silva não perde meu respeito. Desejo-lhe muito sucesso em sua cruzada pela verdade. Perco um colaborador, mas preservo o apoio de um partido cuja presença no meu governo considero fundamental. O PCdoB tem sido, nos últimos nove anos, um parceiro leal e relevante do nosso projeto nacional de governo e de desenvolvimento”.
Na cerimônia, o novo ministro qualificou o seu antecessor como “mais que inocente” é “vítima”. “Talvez mais que inocente, talvez o senhor seja vítima das consequências da luta social e política.” Aldo disse ainda que seu partido não está acima das críticas nem da fatalidades humanas, mas recorreu aos 90 anos de fundação da legenda para dizer que o PCdoB luta por igualdades. Sobre o que fará no cargo, nada disse. De acordo com o novo ministro, o Programa Segundo Tempo, origem da crise que levou à queda de Orlando Silva, é elogiado internacionalmente. “Nas décadas que o Brasil precisou, ele (o PCdoB) defendeu a democracia e a liberdade.”
A presidente ressaltou que, apesar da mudança de comando, o trabalho do ministério permanecerá na mesma linha. Sem citar a Fifa, ou mesmo o nome do presidente da CBF, Ricardo Teixeira, que estava presente à cerimônia, Dilma ordenou a seu novo auxiliar que sejam estabelecidas bases claras para a organização da Copa. “Ele tem plenas condições de dar continuidade às políticas prioritárias do ministério que hoje está assumindo e estabelecer, desde logo, relações claras com todos os entes envolvidos na preparação da Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos. Aldo Rabelo (sic), como nós podemos perceber por esse plenário, é rico em amigos e companheiros que conhecem seu caráter, suas convicções e seu respeito.”
Encerro
Não, assim não é possível! Já tinha ouvido essa ladainha na demissão de Antonio Palocci; agora, repete-se o padrão na de Orlando Silva. O curioso é que o ministro do PR e os dois do PMDB que deixaram seus respectivos cargos não mereceram tanta deferência. É que eles não são, nominalmente ao menos, de esquerda, né?
São discursos lamentáveis, que remetem a práticas desastrosas para o país. Dilma não precisava disso, não! É claro que eu não esperava que ela execrasse um ex-auxiliar. Há maneiras decorosas de não esmagar um aliado político sem, no entanto, condescender, na fala ao menos, com práticas notoriamente corruptas.
Dilma que mude, então, de postura! Quando a imprensa voltar a noticiar fatos patrióticos como os havidos no Esporte, ela deve chamar o titular da pasta e condecorá-lo com alguma ordem de mérito. Como sugeriu Lula na quinta-feira passada, quem não presta é a imprensa. Os ladrões de dinheiro público são só uma outra maneira, não reconhecida pelos reacionários, de exercitar o patriotismo.
Todos ali, nesta segunda, deram o seu pior ao país. PS - Há, ainda, uma questão que é de fundo institucional.
Por Reinaldo Azevedo
REV VEJA

Que tipo de bandido é este?

Pelo visto, não foi a Vovó Petralha que sofreu a influência do Dia Das Bruxas.
Aldo, também parece estar de Rebelo preso com a roubalheira de Landinho e seus comunas.


Ao tomar posse no Esporte, Aldo Rebelo afirma que Orlando Silva foi "vítima"
Camila Campanerut - Do UOL Notícias - Brasília

Em cerimônia no Palácio do Planalto, o novo ministro do Esporte, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), tomou posse na tarde desta segunda-feira (31) e elogiou seu antecessor Orlando Silva (PCdoB-SP), afirmando que ele sempre defendeu a democracia e o país.
"Pude testemunhar como deputado a sua trajetória. Mais do que inocente, o senhor é vítima, talvez esta seja a palavra mais precisa", disse Rebelo a Silva. O ex-ministro saiu do cargo depois de denúncias de envolvimento em um suposto esquema de desvio de recursos de convênios firmados com ONGs pela pasta.
"Aceito com humildade [o cargo], com consciência das minhas limitações, deste desafio que se torna mais leve e menor, exatamente pelo que foi construído e foi realizado até agora", completou.
Rebelo defendeu o legado de Silva e citou que o programa Segundo Tempo --alvo dos supostos desvios no ministério-- foi elogiado internacionalmente e era uma tentativa de ampliar a pratica esportiva no país, já que a área foi deixada em segundo plano durante décadas, segundo ele.

Na cerimônia, Silva aproveitou para se defender novamente das acusações durante seu discurso. "Eu fico feliz de poder olhar nos olhos de cada um de vocês, da senhora, presidenta, e dizer: 'eu sou inocente'", afirmou, arrancando aplausos do público que acompanha a posse.
Silva lembrou de realizações do ministério e agradeceu à presidente Dilma Rousseff e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ao citar seu partido, o ex-ministro elogiou a postura do PCdoB e se disse confortável com os rumos que a presidente Dilma dá ao Brasil. Silva também elogiou Aldo Rebelo e afirmou se orgulhar do colega. O ex-ministro citou ainda sua família e disse que ela foi sua fortaleza "durante o tsunami que enfrentou".
Aldo Rebelo se comporta como um irresponsável.
Se queria fazer média com o partido, compactuou com a roubalheira e também pode ser considerado integrante da turminha de bandidos chefiados por Landinho.
Se disse realmente o que pensa e acredita, torna-se realmente, um integrante da turminha de bandidos.
Se mentiu, só para ser político, revela-se como um integrante da turminha de políticos bandidos que perambulam pelo Congresso Nacional.

Aldo é experiente e sabe que teria outros meios de discursar em sua posse, sem se enfiar de cabeça no lamaçal de Landinho e seus ladrões.
Se o fez, pode ser considerado um deLLes. 

DO COM GENTE DECENTE

FHC, LuLLa e as Redes Sociais

Para FHC, ataques a Lula em redes sociais são um equívoco
UIRÁ MACHADO - DE SÃO PAULO

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso afirmou hoje que considera um "equívoco" as manifestações contra Lula nas redes sociais.
"Não endosso isso", disse o ex-presidente após debate no iFHC (Instituto Fernando Henrique Cardoso), no qual o ministro Cezar Peluso, presidente do Supremo Tribunal Federal, defendeu a chamada PEC dos Recursos.
Após a notícia do câncer, internautas iniciaram uma campanha para que o ex-presidente fizesse o seu tratamento contra a doença no SUS (Sistema Único de Saúde).
FHC afirmou que presta a Lula sua "solidariedade nesse momento de dificuldade" e disse desejar que ele se "restabeleça prontamente".
O ex-presidente disse ainda que é preciso "respeitar a saúde" e lembrou que tem uma relação antiga com Lula.

Desde FHC passou a defender a discriminação da maconha, ando com dois pés atrás.
O problema não é só o respeito à saúde do Pinguça. O problema maior é a falta de respeito com que eLLe sempre tratou seus adversários.

Ou já esquecemos a foma jocosa, desrespeitosa e safada com que tratou o caso da "bolinha de papel" atirada contra um LEGÍTIMO REPRESENTANTE DA OPOSIÇÃO, EXERCENDO O LEGÍTIMO DIREITO DE FAZER CAMPANHA EM QUALQEUR LUGAR DO PAÍS?
Ali, não estava o homem Serra. Alí estava a DEMOCRACIA DE UM PAÍS, representada por um candidato de oposição e não um marginal.

Ou já esquecemos a forma jocosa, safada, desrespitosa com que tratou o Dossiê contra a FILHA DE SERRA e o que fizeram seus paus mandados sobre o caso?
Ou já esquecemos a forma nojenta, criminosa, preconceituosa, odienta e odiosa quando disse que o DEM deveria ser 'EXTERMINADO" da vida política de Santa Catarina, como um Hitlerzinho vagabundo querendo eliminar com os judeus tupiniquins?
Exemplos do homem e do político LuLLa não faltam.
Deixar de confundí-los, como gostaria FHC, vai uma grande distância.
Principalmente, quando personagem e ator fazem questão de andar em completa mistura, por absoluta vontade própria.

DO COM GENTE DECENTE

República destroçada


Vivemos numa República bufa
  A constatação não é feita com satisfação, muito pelo contrário.
Basta ler o Estadão todo santo dia. 
As notícias são desesperadoras. 
A falta de compostura virou grife. 
Com o perdão da expressão, mas parece que quanto mais canalha, melhor. 
Os corruptos já não ficam envergonhados. 
Buscam até justificativa histórica para privilégios. 
O leitor deve se lembrar do símbolo maior da oligarquia nacional – e que exerce o domínio absoluto do seu Estado, uma verdadeira capitania familiar – proclamando aos quatro ventos seu “direito” de se deslocar em veículos aéreos mesmo em atividade privada. 
Certa vez, Gregório de Matos Guerra iniciou um poema com o conhecido “Triste Bahia”. 
Bem, como ninguém lê mais o Boca do Inferno, posso escrever (como se fosse meu): triste Brasil. 
Pouco depois, o grande poeta baiano continuou: “Pobre te vejo a ti”.
É a melhor síntese do nosso país.
Trecho do artigo "República destroçada", de Marco Antonio Villa, O Estado de S.Paulo
Leia abaixo:
República destroçada

Marco Antonio Villa - O Estado de S.Paulo

Em 1899 um velho militante, desiludido com os rumos do regime, escreveu que a República não tinha sido proclamada naquele mesmo ano, mas somente anunciada. Dez anos depois continuava aguardando a materialização do seu sonho. Era um otimista. Mais de cem anos depois, o que temos é uma República em frangalhos, destroçada.
Constituições, códigos, leis, decretos, um emaranhado legal caótico. Mas nada consegue regular o bom funcionamento da democracia brasileira. Ética, moralidade, competência, eficiência, compromisso público simplesmente desapareceram. Temos um amontoado de políticos vorazes, saqueadores do erário. A impunidade acabou transformando alguns deles em referências morais, por mais estranho que pareça. Um conhecido político, símbolo da corrupção, do roubo de dinheiro público, do desvio de milhões e milhões de reais, chegou a comemorar recentemente, com muita pompa, o seu aniversário cercado pelas mais altas autoridades da República. Vivemos uma época do vale-tudo. Desapareceram os homens públicos. Foram substituídos pelos políticos profissionais. Todos querem enriquecer a qualquer preço. E rapidamente. Não importam os meios. Garantidos pela impunidade, sabem que se forem apanhados têm sempre uma banca de advogados, regiamente pagos, para livrá-los de alguma condenação. São anos marcados pela hipocrisia. Não há mais ideologia. Longe disso. A disputa política é pelo poder, que tudo pode e no qual nada é proibido. Pois os poderosos exercem o controle do Estado - controle no sentido mais amplo e autocrático possível. Feio não é violar a lei, mas perder uma eleição, estar distante do governo. O Brasil de hoje é uma sociedade invertebrada. Amorfa, passiva, sem capacidade de reação, por mínima que seja. Não há mais distinção. O panorama político foi ficando cinzento, dificultando identificar as diferenças. Partidos, ações administrativas, programas partidários são meras fantasias, sem significados e facilmente substituíveis. O prazo de validade de uma aliança política, de um projeto de governo, é sempre muito curto. O aliado de hoje é facilmente transformado no adversário de amanhã, tudo porque o que os unia era meramente o espólio do poder. Neste universo sombrio, somente os áulicos - e são tantos - é que podem estar satisfeitos. São os modernos bobos da corte. Devem sempre alegrar e divertir os poderosos, ser servis, educados e gentis. E não é de bom tom dizer que o rei está nu. Sobrevivem sempre elogiando e encontrando qualidades onde só há o vazio. Mas a realidade acaba se impondo. Nenhum dos três Poderes consegue funcionar com um mínimo de eficiência. E republicanismo. Todos estão marcados pelo filhotismo, pela corrupção e incompetência. E nas três esferas: municipal, estadual e federal. O País conseguiu desmoralizar até novidades como as formas alternativas de trabalho social, as organizações não governamentais (ONGs). E mais: os Tribunais de Contas, que deveriam vigiar a aplicação do dinheiro público, são instrumentos de corrupção. E não faltam exemplos nos Estados, até mesmo nos mais importantes. A lista dos desmazelos é enorme e faltariam linhas e mais linhas para descrevê-los. A política nacional tem a seriedade das chanchadas da Atlântida. Com a diferença de que ninguém tem o talento de um Oscarito ou de um Grande Otelo.
Os nossos políticos, em sua maioria, são canastrões, representam mal, muito mal, o papel de estadistas. Seriam, no máximo, meros figurantes em Nem Sansão nem Dalila. Grande parte deles não tem ideias próprias. Porém se acham em alta conta. Um deles anunciou, com muita antecedência, que faria um importante pronunciamento no Senado. Seria o seu primeiro discurso. Pelo apresentado, é bom que seja o último. Deu a entender que era uma espécie de Winston Churchill das montanhas. Não era, nunca foi. Estava mais para ator de comédia pastelão. Agora prometeu ficar em silêncio. Fez bem, é mais prudente. Como diziam os antigos, quem não tem nada a dizer deve ficar calado. Resta rir. Quem acompanha pela televisão as sessões do Congresso Nacional, do Supremo Tribunal Federal (STF) e as entrevistas dos membros do Poder Executivo sabe o que estou dizendo. 
O quadro é desolador. 
Alguns mal sabem falar. 
É difícil - muito difícil mesmo, sem exagero - entender do que estão tratando.   
Em certos momentos parecem fazer parte de alguma sociedade secreta, pois nós - pobres cidadãos - temos dificuldade de compreender algumas decisões. 
Mas não se esquecem do ritualismo.
Se não há seriedade no trato dos assuntos públicos, eles tentam manter as aparências, mesmo que nada republicanas.   
O STF tem funcionários somente para colocar as capas nos ministros (são chamados de "capinhas") e outros para puxar a cadeira, nas sessões públicas, quando alguma excelência tem de se sentar para trabalhar.
Vivemos numa República bufa. A constatação não é feita com satisfação, muito pelo contrário. Basta ler o Estadão todo santo dia. As notícias são desesperadoras. A falta de compostura virou grife. Com o perdão da expressão, mas parece que quanto mais canalha, melhor. Os corruptos já não ficam envergonhados. Buscam até justificativa histórica para privilégios. O leitor deve se lembrar do símbolo maior da oligarquia nacional - e que exerce o domínio absoluto do seu Estado, uma verdadeira capitania familiar - proclamando aos quatro ventos seu "direito" de se deslocar em veículos aéreos mesmo em atividade privada. Certa vez, Gregório de Matos Guerra iniciou um poema com o conhecido "Triste Bahia". Bem, como ninguém lê mais o Boca do Inferno, posso escrever (como se fosse meu): triste Brasil. Pouco depois, o grande poeta baiano continuou: "Pobre te vejo a ti". É a melhor síntese do nosso país. HISTORIADOR, É PROFESSOR DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS(UFSCAR)
DO BLOG RESIST.DEMOCRATICA

Para os "blogueiros do imundo", os EUA censuram a internet em Cuba. Como é que conseguem mentir deste jeito?

Neste final de semana, um grupelho chamado "blogueiros do mundo" tiveram um encontro em Foz do Iguaçu, pago sabe-se lá com que dinheiro. Além da estatização dos meios de comunicação, para que sigamos o mesmo rumo da Venezuela, Equador, Bolívia e Argentina, as ratazanas também atacaram, pasmem!, a censura dos Estados Unidos à internet em Cuba. É exatamente o oposto e quem acompanha o blog e o twitter de Yoani Sanchez tem uma prova diária do bloqueio que o governo repressor e assassino da ilha-prisão impõe aos cidadãos. Leia aqui. 
DO COTURNO NOTURNO

Justiça anula 13 questões do ENEM para todo o Brasil. 13 é homenagem à incompetência do Haddad e do PT.

A Justiça Federal do Ceará decidiu nesta segunda-feira anular 13 questões do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) que vazaram para alunos do colégio Christus antes da prova. O Ministério Público Federal queria a suspensão do exame nacional em todo o país ou a anulação das 13 questões. Já o MEC (Ministério da Educação) queria nova prova apenas para os 639 concluintes do ensino médio do colégio Christus, de Fortaleza.Ainda cabe recurso da decisão.
DO CELEAKS

Trogloditas fascistóides interrompem reportagem de Monalisa Perrone. Há nisso mais do que voluntarismo cretino

A jornalista Monalisa Perrone, da TV Globo, foi brutalmente interrompida, na porta do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, por dois cretinos quando fazia uma reportagem sobre a saúde do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. 
Ela tinha acabado de entrar ao vivo, no Jornal Hoje. 
Seria só a manifestação demencial de dois idiotas? 
 Não exatamente.
Há, hoje, sobretudo na Internet, ex-jornalistas sustentados por dinheiro público — patrocinados pelo governo federal ou por estatais — que incentivam esse tipo de manifestação. 

Inventam teorias as mais estapafúrdias para acusar os grandes veículos de comunicação de conspirar contra o governo, o petismo, Lula, Dilma, sei lá o quê… Alguns idiotas caem na conversa.
Basta a gente ver o que vai pela rede. 
Mal sabem que alguns pançudos estão sendo regiamente pagos, ou por órgãos oficiais ou pela concorrência, para promover esse clima de pega-pra-capar.
Aqueles caras não estavam lá por acaso. 
O vídeo está aqui.
Volto em seguida.

Por que promover?   
“Ah, Reinaldo, por que promover os caras?” Porque eles podem ser identificados e responder judicialmente pelo que fizeram. 
Um deles, aquele cuja cara é mais evidente, informa “O Dia” Online, é Thiago de Carvalho Cunha, que já participou de outras manifestações “contra a mídia”. 
É coisa de fascistas, que querem impedir na base do grito e da intimidação, o livre exercício do jornalismo.
E a Globo, obviamente, é um dos alvos. 
Eis um bom momento para a reflexão. 
Um ator contratado da emissora, diga-se, vive fazendo proselitismo “contra a mídia” nos blogs que servem a essa escória, estimulando justamente esse clima. 
Pertence, na prática, a essa cadeia.
É aquele que, no domingo, concedeu uma entrevista à CBN, do grupo Globo, para falar mentiras sobre o meu blog. 
Como é mesmo? “Cría cuervos y te sacarán los ojos”…

Comentários
Deixo claro que não publicarei comentários que flertem com esse tipo de comportamento — nem remotamente. 
E também não aceitarei críticas na linha “Bem feito! 
Quem manda a Globo etc e tal…?” 
Nada disso! 
Nós somos aqueles que repudiam a incivilidade. 
Ponto! 
Qualquer comentário que se volte contra as vítimas ajuda os fascistas.
DO B. RESIST.DEMOCRATICA31.10.2011

Um governo na encruzilhada: para onde vai?

 POR: JOSE SERRA
A crítica ao loteamento político desenfreado dos cargos federais foi um ponto que repisei bastante na última campanha eleitoral. A necessidade de alianças para obter maioria parlamentar acabou gerando no Brasil um desdobramento nefasto: a partilha da máquina estatal por grupos políticos interessados apenas em se servir dela, e não em servir ao povo.
O caso do Ministério do Esporte foi o mais recente e emblemático. Dia após dia, as notícias brotaram, trazendo exemplos de iniciativas nas áreas que receberam o dinheiro, mas nada fizeram. Ou fizeram muito menos do que os recursos permitiriam fazer.
O problema não é monopólio de um partido ou de uma orientação ideológica. Da direita à esquerda, passando pelo centro e também por quem não chega a ter ideologia, a coisa se repete como um script pré-ensaiado. A turma instala-se na máquina e passa a ordenhá-la em benefício próprio.
A versão supostamente benigna diz que é para turbinar campanhas eleitorais, mas será legítimo desconfiar. É provável, como, aliás, o noticiário também começou a mostrar, que os desvios de conduta estejam a abastecer o patrimônio privado dos envolvidos. Ou, então, talvez estejamos diante de um modelo misto. Uma parte para a legenda e outra para quem coloca a mão na massa.
Mas, se o problema não está localizado numa sigla, ou num ponto do espectro ideológico, onde estará? A resposta é simples: na atitude de quem governa. As pressões são parte da política, mas ceder a elas e dar até o mau exemplo não é uma fatalidade. O governante tem margem de escolha, pode fazer ou não fazer. O partido pedir um ministério “de porteira fechada” é do jogo, mas quem governa deve ter força e convicções para conseguir dizer “não”. E vejam bem: daria na mesma se, em vez da porteira fechada para um partido, se dividisse cada ministério ou empresa estatal entre vários partidos e subgrupos, como, aliás, é feito na Petrobrás e na área elétrica do governo.
O presidencialismo de coalizão não éfenômeno recente no Brasil. Foi suspenso durante o regime militar e voltou com força plena desde a redemocratização, especialmente depois da Constituinte. A pulverização partidária obriga. Mas, infelizmente, os últimos anos mostram que o sistema degenerou, degradou-se por força de circunstâncias político-policiais. Especialmente no governo anterior a este, período no qual governabilidade acabou se tornando sinônimo de reunir apoio para abafar escândalos.
Mas a nova presidente não estava obrigada a prosseguir na mesma toada. E para alguns, o início do governo parecia começar a acenar com uma diferença. Houve quem apostasse num esforço para promover cirurgias em pontos críticos da máquina, drenar abcessos, acabar com a “porteira fechada”. Segundo os portadores dessa boa vontade, isso seria natural, pois a presidente precisava mostrar capacidade de comando, alguma ascendência sobre uma administração praticamente organizada pelo antecessor.
Mas, agora, no caso do Ministério do Esporte, evidenciou-se a fraqueza dessa tese. Precisou o STF agir para que o Planalto se mexesse. Talvez não estivesse convencido das vantagens do trade-off na relação com um velho aliado, flagrado em meio a todo tipo de malfeitoria. E ia cedendo à tentação dos panos quentes, que não resolve problema nenhum.
O STF acabou ajudando o governo. Um mau desfecho para a crise no Esporte representaria a renúncia definitiva da presidente da República à ideia da “faxina”, que tão útil tem sido para implantar uma marca. E teria sido assim, não fosse o tribunal. No mundo político os limites da presumida “faxina” presidencial são bem conhecidos, mas, agora, tratar-se-ia de escancará-los ao grande público.
Mais grave, porém, seriam as consequências no médio e no longo prazo. As diversas facções e grupos instalados na máquina olhariam a coisa como uma senha para a impunidade. Construa uma blindagem formal, e seu feudo político estará protegido. Fale grosso e sobreviverá, independentemente do que você fez. O resultado seria acelerar a degeneração.
O governo Dilma Rousseff está numa encruzilhada, num daqueles pontos onde as coisas se definem para o futuro. Ou mostra que tem força para fazer as coisas acontecer na administração e para continuar dissecando os abscessos – e, portanto, sinaliza que está no controle da situação – ou acaba abrindo um período de vale-tudo. Perto do qual o que vimos até agora parecerá brincadeira de criança.
A política é relação de forças e não admite o vácuo. Ou a presidente manda no governo dela, ou saberemos que alguém está a mandar.

José Dirceu, o chefe da quadrilha: "e vamos derrotar eles nas urnas também porque eles têm de apanhar nas ruas e nas urnas”


Um comentário que a filha de Mário Covas enviou ao blog

Ou: O que eles fazem, o que não devemos fazer


O subjornalismo canalha acusa agora os adversários do PT de fazer rigorosamente o que os esbirros do partido fizeram e fazem com aqueles que consideram seus adversários.

Comigo não se criam porque: 
a) não tenho receio dessa escória; 
b) fico feliz a cada vez que falam mal de mim; por que alguém gostaria de ser elogiado por larápios e ladrões de dinheiro público? Por que alguém gostaria de ser aplaudido por gente que enche a pança com o dinheiro dos pobres? 
No post acima, mostro como se comportou comigo o cara que se tornou blogueiro de Lula, a sua voz na Internet. Nem por isso mudarei a postura do blog. Seguirei no caminho que abracei. 
Recebo de Renata Covas Lopes, filha do governador Mário Covas (SP), que morreu no dia 6 de março de 2001, o seguinte comentário: 
Caríssimo, tem toda razão, sábias palavras: “Não aceitarei que se pague na mesma moeda; não darei a eles o prazer perverso de supor que somos iguais. Pela simples, óbvia e boa razão de que não somos.”
Dolorosos comentários sobre a doença de meu pai… Cheguei a ler que a doença devia tê-lo matado mais rápido. Mesmo assim não os tratarei da mesma maneira!

Meu pai já estava bem doente, e Zé Dirceu bradou: “Vamos bater neles nas urnas e nas ruas…E bateram na porta da Secretaria de Educação”. Mesmo assim, não farei o mesmo…

Voltei
Renata tem razão. Vejam este vídeo. O texto que vem a seguir fornece o contexto.
Não fosse pelo sotaque, daria para saber pelo caráter tratar-se de José Dirceu. Transcrevo a sua fala:
“E nós vamos dar a eles esta reposta: mais e mais mobilização, mais e mais greve, mais e mais movimento de rua, e vamos derrotar eles nas urnas também porque eles têm de apanhar nas ruas e nas urnas”. 
O “chefe de quadrilha” (segundo a PGR) e deputado cassado por corrupção fez aquele discurso em 2000, durante uma assembléia de professores em greve. 
O sindicato era presidido por Bebel — sim, aquela da greve eleitoreira de 2010, que foi até multada pelo TSE e que preside o sindicato até hoje.
É uma profissão boa. Não precisa sujar a unha de giz. Dias depois, em 1º de junho daquele ano, seguindo as ordens do chefão, os trogloditas agrediram covardemente o governador Mário Covas, agressão física mesmo, como vocês viram acima!
Já bastante debilitado pelo câncer — morreu nove meses depois —, ele chegou a ter um ponto de sangramento no lábio e outro na cabeça.
É assim que eles fazem política: atropelando as leis nas ruas e nos palácios.
A escória que mama nas tetas públicas hoje em dia acha que palavras duras sobre a doença de Lula são uma espécie de ofensa à santidade. Já Mário Covas podia, meses antes de morrer, ser espancado em praça pública, sob a incitação de Dirceu.
O “chefe de quadrilha” já se manifestou sobre esse vídeo e tentou dizer que era só força de expressão, que “bater nas ruas” queria dizer uma vitoria eleitoral.

Releiam a frase:

“E nós vamos dar a eles esta reposta: mais e mais mobilização, mais e mais greve, mais e mais movimento de rua, e vamos derrotar eles nas urnas também porque eles têm de apanhar nas ruas e nas urnas”.
 Não! 
Sobre a derrota nas urnas, ela já havia falado. “Bater neles nas ruas” quer dizer “bater neles nas ruas”; quer dizer aquilo que os petistas fizeram com Covas.
Mas Renata tem razão; eu mesmo, se me permitem, tenho razão. 
Não se pode e não se deve pagar na mesma moeda. 
E assim deve ser NÃO para provar para eles que somos moralmente superiores.
Para eles, não precisamos provar nada.

Eles nem sequer saberiam apreciar um ato acima da linha de imoralidade.
Devemos proceder assim em homenagem à decência, à integridade do nosso caráter, à bonomia da nossa alma...
DDO BLOG RESIST.DEMOCRATICA

31/10/2011

Um dos cinco ministros caídos é indiciado como "líder de organização criminosa".

Relatório de 40 páginas da Polícia Federal descreve o modus operandi do ex-ministro Wagner Rossi (Agricultura), apontado como "líder da organização criminosa" que teria arquitetado fraude no Programa Anual de Educação Continuada (Paec) - capacitação de servidores - para desvio de R$ 2,72 milhões. A PF vai indiciá-lo criminalmente nesta semana, imputando a ele formação de quadrilha, peculato e fraude à Lei de Licitações. 
Segundo o relatório, a investigação descobriu "verdadeira organização criminosa enraizada no seio do Ministério da Agricultura". A PF sustenta que "os investigados, muitos travestidos de servidores públicos, atuavam no âmbito de uma estrutura complexa e bem definida, agindo com o firme propósito de desviar recursos da União". Rossi foi o quarto ministro do governo Dilma Rousseff a perder o cargo. Ele caiu em agosto, após denúncias de tráfico de influência, falsificação de documento público, falsidade ideológica, corrupção ativa e distribuição de propinas a funcionários que teriam participado do procedimento administrativo que ensejou a contratação da Fundação São Paulo (Fundasp), mantenedora da PUC-SP.
O relatório é subscrito pelo delegado Leo Garrido de Salles Meira. Além do ex-ministro, ele decidiu indiciar outros oito investigados, inclusive o ex-chefe de gabinete Milton Elias Ortolan. A PF confirmou denúncia da revista Veja, que revelou que o lobista Júlio César Fróes Fialho detinha poderes excepcionais na pasta, embora não tivesse vínculo formal com a pasta. "Toda a trama inicia-se com a associação do lobista com a cúpula do Ministério da Agricultura", assinala a PF. "O plano consistiria em direcionar a execução do programa de capacitação de servidores para determinada instituição de ensino, da qual seria exigida vultosa quantia." A PF destaca que Rossi, Ortolan e Fróes "dando prosseguimento à trama delituosa, associaram-se a dois professores da PUC". 
O lobista teria exigido contrapartida de 28% do valor bruto do contrato. Segundo a PF, "a organização criminosa, quando se viu compelida pela consultoria jurídica a efetivar uma pesquisa de preço para dar respaldo à contratação da PUC-SP por dispensa de licitação, passou a forjar diversos documentos".Para a PF, os gestores da Fundasp "foram ludibriados". O plano falhou quando a servidora Joana Luiza Gonçalves da Silva exigiu apresentação de notas fiscais, o que teria provocado intervenção direta de Rossi. (Do Estadão)